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Instrumentos de Coleta de Dados em Pesquisa. Por Eduardo Fernandes Barbosa. Um sistema de monitoramento e avaliação de projetos só pode ser implementado com ...
Tipologia: Notas de estudo
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SEE-MG/CEFET-MG/
Por Eduardo Fernandes Barbosa
Um sistema de monitoramento e avaliação de projetos só pode ser implementado com =ucesso com a definição dos meios para obtenção de dados confiáveis sobre =rocessos, produtos e resultados
(Ref.: Curso de Especialização em Metodologias =e Desenv. e Avaliação de Projetos Educacionais =96 SEE-MG/CEFET- MG/1999)
Um sistema de =onitoramento e avaliação de projetos só pode ser implementado com sucesso com a =efinição dos meios para obtenção de dados confiáveis sobre processos, produtos = resultados. Um sistema de avaliação, mesmo com um planejamento perfeito, pode =racassar inteiramente se os dados necessários para análise não puderem ser =btidos, ou se os mesmos são imprecisos ou sem confiabilidade.
Métodos e técnicas de =oleta de dados e informações qualitativas são =bjeto de estudo nas disciplinas de avaliação e gerência de projetos. Esta área =e conhecimento envolve =onsiderações sobre uma grande variedade de aspectos, tais como: projeto de instrumentos de coleta =e dados, estimativa de custos de obtenção, controle de qualidade, =onfiabilidade, validação, seleção de amostras, métodos de processamento, =étodos de análise, métodos estatísticos, técnicas de apresentação de =elatórios, etc. A decisão sobre que instrumento utilizar, como, onde e quando aplicar, etc. pode ser complexa, dependendo do porte e abrangência do =rojeto. Por outro lado, projetos de menor porte, como os que se desenvolvem dentro =os limites de uma escola, podem ser monitorados e avaliados com dados =btidos a partir de instrumentos simples e de baixo custo.
Medidas quantitativas utilizam algum tipo de instrumento para obter índices =uméricos que correspondem a características específicas das pessoas ou =bjetos da medição. O resultado da aplicação de um instrumento para medida =uantitativa é um conjunto de valores numéricos que são resumidos e registrados sob = forma de relatórios. Consequentemente a qualidade das medidas =nfluem diretamente nesses resultados. Se as medidas são fracas ou polarizadas =(direcionadas por alguma característica do instrumento ou por =eficiências em sua aplicação), assim também serão os resultados. Técnicas de =edidas robustas, ao contrário, aumentam a precisão e a confiabilidade dos dados =oletados. Portanto, é imprescindível saber distinguir que situações podem =fetar a qualidade de uma medida, uma vez que isto afeta diretamente a qualidade =os dados obtidos. É =mportante destacar, ainda, que uma técnica de pesquisa deve ser escolhida em função das necessidades de =nformação e não do orçamento disponível.
Este texto tem por =bjetivo apresentar uma breve informação sobre cinco técnicas utilizadas =om frequência para para =oleta de dados e informação qualitativa: (i) questionários; (ii) entrevistas; (iii) observação direta;(iv) registros institucionais e (v) grupos focais. =/SPAN>
Também chamados de survey (pesquisa ampla), o questionário é um dos procedimentos mais =tilizados para obter informações. É uma técnica de custo razoável, apresenta =s mesmas questões para todas as pessoas, garante o anonimato e pode conter questões para =tender a finalidades específicas de uma pesquisa. Aplicada criteriosamente, =sta técnica apresenta elevada confiabilidade. Podem ser desenvolvidos para medir =titudes, opiniões, comportamento, circunstâncias da vida do cidadão, e =utras questões. Quanto à aplicação, os questionários fazem uso de materiais =imples como lápis, papel, formulários, etc. Podem ser aplicados individualmente ou em =rupos, por telefone, ou mesmo pelo correio. Pode incluir questões abertas, =echadas, de múltipla escolha, de resposta numérica, ou do tipo sim ou não.
As =tapas necessárias para o desenvolvimento de um questionário são: =/SPAN>(i) Justificativa; (ii) Definição dos objetivos; (iii) Redação das questões e afirmações; (iv) Revisão; (v) Definição do formato; (vi) Pré-teste e (vii) Revisão final.
<![if =supportLists]>2. <![endif]>Entrevistas
É =m método flexível de obtenção de informações qualitativas sobre um =rojeto. Este método requer um bom planejamento prévio e habilidade do entrevistador para =eguir um roteiro de questionário, com possibilidades de introduzir =ariações que se fizerem necessárias durante sua aplicação. Em geral, a =plicação de uma entrevista requer um tempo maior do que o de respostas a =uestionários. Por isso seu custo pode ser elevado, se o número de pessoas a serem =ntrevistadas for muito grande. Em contrapartida, a entrevista pode fornecer uma =uantidade de informações muito maior do que o questionário. Um dos requisitos =ara aplicação desta técnica é que o entrevistador possua as habilidades para =onduzir o processo. Boas questões e um entrevistador sem habilidades, não =azem uma boa entrevista.
O desenvolvimento de questões para entrevista deve considerar alguns =spectos, para que seja efetiva, tais como: (i) adaptar a linguagem ao =ível do entrevistado; (ii) evitar questões longas; =iii) manter um referencial básico (objetivo) para a =ntrevista; (iv) sugerir todas as respostas possíveis para =ma pergunta, ou não sugerir nenhuma (para =vitar direcionar a resposta).
Algumas habilidades desejáveis no entrevistador são: (i) conhecimento do asssunto objeto da entrevista; (ii) capacidade de síntese e decisão; (ii) boa comunicação oral; (iii) colocação imparcial perante o entrevistado e (iv) auto-controle emocional.
<![if =supportLists]>3. <![endif]>Observação Direta
Este =étodo de coleta de dados baseia-se na atuação de observadores treinados para =bter determinados tipos de informações sobre resultados, processos, =mpactos, etc. Requer um sistema de pontuação muito bem preparado e definido, =reinamento adequado dos observadores, supervisão durante aplicação e =rocedimentos de verificação periódica para determinar a qualidade das medidas =ealizadas. Observações realizadas em fases iniciais de um projeto ou mesmo =ntes de seu início podem ser de caráter não estruturada, ou seja, realizadas =e maneira informal.
A =bservação direta depende mais da habilidade do pesquisador em captar =nformação através dos 5 sentidos, julgá-las sem interferências e registrá-las com =idelidade do que da capacidade das pessoas de responder a perguntas ou se posicionar =iante de afirmações. Em geral, este método é aplicado com o =esquisador completamente fora das situações, fatos ou pessoas que está =bservando. Uma =as vantagens desta técnica é que o pesquisador não precisa se =reocupar com as limitações das pessoas em responder às questões. Entretanto, é =m procedimento de custo elevado e difícil de ser conduzido de forma confiável, =rincipalmente quando se trata
<![if =supportLists]> • <![endif]> GF usa pequenos grupos, enquanto que o survey requer grandes amostras; <![if =supportLists]> • <![endif]> GF não são úteis para inferências precisas a respeito de toda a população; <![if =supportLists]> • <![endif]> GF utiliza questões e respostas não estruturadas, enquanto que o survey utiliza questões muito bem estruturadas, =adronizadas, e respostas precodificadas
Quando utilizar GF´s: GF´s são úteis nos estágios exploratórios de uma pesquisa, ou quando =dministradores querem ampliar sua compreensão a respeito de um projeto, programa ou =erviço. GF´s pode ser utilizado para monitorar um =erviço em execução, para verificar, por exemplo, o grau de satisfação das =essoas que o utilizam, que mudanças gostariam de ver ou que dificuldades estão encontrando. = Os passos mais importantes na condução de um GF são: selecionar os =articipantes e escrever o guia do moderador (agenda).
Seleção dos participantes: antes de selecionar os participantes, devemos decidir de que grupo queremos obter informações. Públicos =lvo muito diferentes não devem ser colocados juntos porque um pode inibir =s comentários do outro. A idade, posição social, posição =ierárquica, conhecimento dos participantes e outras variáveis, podem influenciar na =iscussão. Os participantes podem ajustar o que vão dizer conforme a situação em =ue se encontrarem no grupo. Por isso, a definição do grupo alvo deve ser a =ais específica possível.
A agenda do moderador: descreve os principais tópicos a serem abordados, os quais devem ser citados =urante a discussão, através de questões e pontos previamente anotados. As =rimeiras questões discutidas devem ser de caráter geral e abordagem fácil, =ara permitir a participação imediata de todos. O objetivo é obter o =nvolvimento e fluidez na conversação. Em seguida, questões mais específicas e de =aráter mais analítico podem ser apresentadas
Local de reuniões: GF´s normalmente são realizados em locais especialmente preparados para =ste tipo de atividade. A sala deve ser equipada com recursos para gravação da =iscussão, sendo que este fato deve ser comunicado aos participantes, =ssegurando-lhes anonimato e uso exclusivo das gravações para as finalidades da =esquisa. Os participantes também devem ser informados da existência de =bservadores da discussão.
Problemas a serem evitados: Os gerentes devem estar atentos para possíveis armadilhas envolvendo a =écnica de GF’s. A maior armadilha é utilizar este recurso em uma situação =m que não é adequado como mecanismo de pesquisa. Devido ao fato de GF ser uma =écnica mais simples e muito mais barata do que um survey, corre-se o risco de optar por ela em detrimento de uma pesquisa mais ampla e =recisa. O GF fornece informações em grande nível de detalhes e que =ormalmente não podem ser generalizadas para o resto da população. Os surveys são =eneralizáveis se a amostra for escolhida corretamente, mas as informações que eles =roduzem são menos detalhadas do que os GF’s e não contém os mesmos elementos =e expontaneidade.
A pesquisa através de GF’s é uma ferramenta para gerentes do =erviço público interessados em saber mais sobre preferências específicas e =ecessidades de seus clientes e/ou empregados. É uma técnica flexível e pode contribuir =razendo novas idéias.
Considerações finais
Cada uma das técnicas citadas anteriormente é objeto =e estudos profundos e detalhados na literatura especializada. Portanto, =ara melhor conhecimento, estudos comparativos, planejamento e aplicação de =nstrumentos de coleta de dados, é altamente recomendável que a bibliografia =specífica seja objeto de consulta, estudo e discussões pelas equipes de monitoramento = avaliação. Neste sentido, as referências nos. 1, 3, 4 e 5 citadas =baixo, são
particularmente detalhadas a respeito da seleção, desenvolvimento e =so de procedimentos de coleta de dados.
Quadro =omparativo entre Técnicas de Coleta de Dados Técnica de Coleta
Pontos Fortes Pontos Fracos
Questionário - Garante o anonimato
(*) “desejo de nivelamento =ocial” refere-se à tendencia de =lguém responder a um questionário não exatamente da forma em que a =ealidade se apresenta para ele, mas influenciado por um desejo de se apresentar =xternamente com outro nível social, mais alto (ou mais baixo), conforme as =onveniências de sua imagem perante à sociedade. Por exemplo, em um questionário de =ma administradora de cartões de crédito, a pessoa pode se ver =mpulsionada a declarar uma renda pessoal acima daquela que realmente possui. =/SPAN> Fonte: =cMillan, J. H. and Schumacher, S. Research in Education. Addison Wesley Educational Publishers Inc., New York, 1997, pp. 274-275.