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3 - A COMBUSTÃO 3.1 PROCESSOS DE COM- BUSTAÃO 3.2 - CÁLCULOS DE COM- BUSTÃO 3.3 - PROPRIEDADES DOS GASES 3.4 - ANÁLISE DOS PRODU- TOS DE COMBUSTÃO 3.5 - TRATAMENTO DOS FUMOS 3.1 - PROCESSOS DE COMBUSTÃO 3.1.1 - A Combustão: Os fenômenos conhecidos como combustão, sob o ponto de vista químico, são definidos apenas com a aplicação das regras de reações, entre os elementos combustíveis e do comburente. Na realidade, os processos se desenvolvem de forma extremamente complexa, uma vez que as reações se processam com os fluidos em movimento, com forte variação de temperatura e desen- volvendo velocidades elevadas. Sob o ponto de vista termodinâmico, a matéria envolve considerações sôbre substâncias que além de sofrerem mudanças de estado, alteram simultaneamente as suas composições químicas. Foge ao escopo deste trabalho, ingressar na análise completa da matéria. Aos interessados no assunto recomenda-se consultar a literatura indicada durante a exposição deste capítulo. Dentro dos limites deste trabalho se entende por combustão, uma reação química, relativamente veloz, com notável desenvolvimento de calor que se verifica em fase gasosa ou heterogênea, entre os produtos combustíveis e o comburente oxigênio. No desenvolvimento deste capítulo a matéria serátratada à luz da primeira lei datermodinâmica apli- cada aos processos de combustão, em escoamento de regime permanente, método sobremaneira conveniente e satisfatório para a solução da maioria dos problemas objetivados no curso. Asegundalei participa de casos especiais, como por exemplo, na combustão de Licor Preto, resíduo da fabricação da celulose, processo sulfato. Deve-se enfatizar que as reações mais importantes quanto ao aspecto da liberação de calor, se verificam em fase gasosa. Durante o processo, existem reações intermediárias instáveis que atuam sôbre as formas sólidas e líquidas dos combustíveis desdobrando-as em compostos cada-vez menos complexos até a forma de CO e H,. A chama é uma manifestação visível do processo, que se propaga no espaço limitado à queima do combustível, com velocidades subsônicas, que apresenta particular importância no dimensionamento das câmaras de combustão dos Geradores de Vapor. São responsáveis pela emissão de calor na forma de calor radiante luminoso. A Combustão Processos de Combustão 3-1 Todo o início de combustão se processa por escorvamento, mediante a introdução de uma chama piloto ou fonte quente junto a mistura combustível-comburente. A ignição expontânea, só se verifica se a mistura das substâncias reagentes, for aquecida à temperatura bem mais elevada do que a ambiente. 3.1.2 - Tipos de Chamas: Segundo a critério de misturas, as chamas se subdividem em: 1 - Chama de Difusão 2 - Chama Pré Misturada São denominadas “Chama de Difusão”, aquelas que resultam da queima verificada no exato momento que se promove a mistura dos produtos a reagirem. O segundo tipo se verifica quando se processa a mistura dos produtos reagentes, antes da ignição, para a seguir submeté-los à queima. O Bico Bunzem fornece um exemplo do segundo processo. Pelo critério da velocidade do fluxo, a chama pode ser: 1 - Chama Laminar 2 - Chama Turbulenta É enquadrada na segunda sub-classe, quando se constata a presença de evoluções nitidamente vorticosas, típicas para Reynolds (Re) acima de 2.500. 4 Há finalmente o critério segundo o tipo de combustível: 1 - Chama de Combustível Sólido; 2 - Chama de Combustível Líquido; 3 - Chama de Combustível Gasoso; critério este que dá margem a análise de problemas de maior interesse prático. 3.1.3 - Queima dos Combustíveis: Os combustíveis gasosos disponíveis na natureza ou os artificiais, são geralmente substâncias não complexas. Uma mistura íntima entre os produtos reagentes, com escorvamento de chama piloto, é suficiente para provocar as reações de combustão e consequente desenvolvimento de calor. A própria temperatura desenvolvida na combustão sustenta o processo e a continuidade das reações do tipo: | 1 H + E o, = HO 1 co + 0, = Co, CH, + 20, = CO, + 2H,0 O hidrogênio queima com chama incolor; O CO com chama azul. Geralmente os combustíveis gasosos apresentam na queima chama azulada pouco radiante. Estudiosos como Lewis, Von Elbe, Cosslet e Garner, chegaram a estabelecer reações intermediárias e deterceira ordem na combustão dos gases, cujo objetivo transcede ao curso, o que entretanto não altera o fato de serem os combustíveis gasosos, os mais fáceis de queimar. Combustão de Substâncias Líquidas: A queima de combustíveis líquidos a pressões próximas à da atmosfera, se processa por degra- dação em cadeia, de moléculas dos hidrocarbonetos. A cinética de oxidação, além de ser complexa, é extremamente sensível às condições de operação, variando de acôrdo com a pressão, temperatura, difusão das substâncias e regimes dos fluxos. O fato se constatou experimentalmente. A Combustão Processos de Combustão 3-2 2º - Simultaneamente, o calor resultante das reações anteriores, vaporiza a matéria volátil que se as- sociam aos compostos instáveis e prosseguem a dissociação segundo o processo semelhante ao anunciado para os combustíveis líquidos. 3º - O resultado final da dissociação libera os componentes combustíveis do tipo CO e H,, que acabam por reagir com o oxigênio para formarem CO, e água. Também na queima de combustíveis sólidos comparece a intensa luminosidade em favor dos processos de transferência do calor por irradiação. O comprimento da chama é tanto maior quanto for a porcentagem dos voláteis. Um carvão coque, praticamente isento de matérias voláteis, apresenta uma chama curta e o carbono fixo forma compostos gasosos bem próximos ao carbono, altamente instáveis que reagem totalmente com o oxigênio. 3.1.4 - Velocidade de Propagação da Chama: Um combustível pode reagir com o oxigênio, segundo três regimes distintos: a) - por oxidação lenta, a umatemperatura limitada e baixa velocidade específica. É umprocesso que se manifesta em condições peculiares e na maioria dos casos sem apresentarem chama. É oque ocorre na maioria dos combustíveis sólidos estocados ao ar livre. Verifica-se uma verdadeira deterioração do combustível, principalmente se a ação do oxigênio não for contida ou dificultada. b) - por reação dos componentes da mistura combustível-comburente, graças a presença de uma fonte de calor que possibilita a formação de uma onda de deflagração da chama contínua e gradual em regime de velocidade subsônica. É o processo que interessa particularmente ao assunto tratado neste compendio visando a queima eficiente de qualquer combustível disponível, para a geração de vapor. A liberação da energia se verifica em regime de velocidades bem definidas, característica de cada tipo de combustível, determinada por parâmetros físicos que se impõe ao processo. A velocidade da frente da chama se propaga com valôres de alguns metros por segundo, com elevada carga específica de produção de calor. c) - por oxidação violenta a alta temperatura, num regime turbulento de velocidade de deflagração altíssima (super sônica). Êo processo de detonação altamente prejudicial a segurança operacional das caldeiras. A velocidade de propagação de chama tem sido analisada mais para misturas de gases com- bustíveis. O Ábaco A 3.1.1 apresenta o resultado de várias experiências feitas pelo Professor Wheeler. 500 Nas ordenadas são registrados os excessos 450 de ar das misturas. H, Nas abscissas, a velocidade em cm/s. 400 E Este gráfico dá uma ordem de grandeza para 350 / as velocidades de propagação da chama, / N! para experiências feitas em laboratório. 300 250 l 200 15 / [Leça z . 100 Ábaco A 3.1.1 - Velocidade de [ 4 ER co Propagação de Chama (Weeler) so L/R =É TIN Fe 3.1.5 - Temperatura da Chama: se Cio as Ar “3 % O cálculo da temperatura teórica da chama também denominada temperatura adiabática,- se determina a partir das propriedades de cada combustível, com a hipótese de queima de processar num sistema onde não se realizatrabalho, não se verificam variações de energia cinética ou potencial e não há troca com o meio exterior, admitindo-se o ar estequiometricamente necessário. A Combustão Processos de Combustão 3-4 Apresenta pouco interesse prático, dado que, a combustão nos processos industriais dificilmente se verifica nas condições impostas na definição supra. 3.1.6 - Comburente: Namaior parte dos processos industriais de combustão, o comburente é suprido pelo ar e não como oxigênio puro. O ar seco apresenta-se com a seguinte composição: Componentes % em Pêso % em Volume Oxigênio 23,15 20,95 Nitrogênio 75,52 78,09 Argônio 1,28 0,93 Bióxido Carbono 0,04 0,03 Tabela T 3.1.1 - Composição do Ar Sêco Densidade: 1,201 kg/m? t = 21ºc Pressão Barométrica: 29,22 pol Hg Fonte: J.A.G.H. Standardization of Thermodinamic Properties of Moist Air. Na prática, se adotam os valôres arrendodados, seguinte: Componentes | %emPêso | %emvVolume | | Oxigênio 23,0 21,0 | Nitrogênio 770 “790, | 100,0 100,0 Tabela T 3.1.2 - Dados de Composição Usados na Prática A temperatura e a pressão barométrica variam apreciavelmente de região para região. A Tabela T 3.1.3 fornece os valôres das propriedades do ar em função da altitude, tomando como padrão o ar ao nível do mar, pressão barométrica de 29,92 pol Hg a 15ºC. | Altitude Pressão Atmosférica Pêso Específico | | m em mm de Hg Kg/m? | | 0 760 1,293 | [100 750 1286 | 200 741 1,261 | 300 732 1,244 | 400 723 1,229 | 500 715 1,216 600 705 1,198 700 696 1,183 800 688 1,168 900 679 1,154 1000 | 671 1,138 | Tabela T 3.1.3 - Pêso Específico do Ar à Diferentes Altitudes Onitrogênio ingressa na composição de mistura dos reagentes e como tal, permanecenos produtos finais, porquanto não participa das reações. AO sair do sistema, este gás possui a mesma temperatura dos produtos de combustão, sofrendo, em consequência uma mudança no volume, representando uma perda de calor sensível A Combustão Processos de Combustão 3-5 Quanto maiorfor o excesso de ar, maiores serão as perdas representadas pelo calor sensível contido neste volume de fluidos que não participam do processo. Atendência é portanto manter este excesso dentro de valôres otimizados que não comprometem a combustão completa. 3.1.9 - Ar Primário e Ar Secundário: Nem sempre o ar necessário a queima de uma substância é adicionado diretamente sôbre o mesmo. Emiinúmeros processos de combustão, o ar é dividido, parte sendo forçado a atravessar a camada de combustível e parte adicionado no meio da chama, acima do leito de combustão. Essa técnica que se mostra particularmente vantajosa na queima dos combustíveis sólidos, denomina de Ar Primário a porção injetada através da camada e de Ar Secundário, a outra porção. O ar secundário pode representar de 10 a 20 % do ar primário. O motivo desta separação é dar oportunidade de se verificar uma combustão completa de toda a matéria combustível. O ar primário responde pelas reações de decomposição e queima e o ar secundário assegura a extinção de parcela ponderável de produtos gasosos ainda combustíveis. Há casos onde se divide mais o comburente para a injeção de um ar terciário. Caso típico é o da Combustão do Licor Preto em fábricas de celulose sulfato. No primeiro estágio, proporciona-se a formação de uma zona redutora, onde se verificam as reações que interessam ao processo. A seguir, se projeta o ar seundário e terciário, acima da camada anterior, para completar a queima do combustível. Acombustão do carvão mineral, quando feita em camadas de 100 a 150 mm, obrigatoriamente exige a introdução de um ar secundário; - para queimar o C, CO e H, formado na decomposição do leito; - para provocar turbulência da chama e assegurar maior tempo de residência do combustível na câmara de combustão. A queima do bagaço de cana constitui outro exemplo marcante de como se deve dividir o ar a fim de assegurar combustão completa. 3.2 - CÁLCULOS DE COMBUSTÃO 3.2.1 - Composição dos Gases de Combustão: Os cálculos de combustão são feitos a partir das reações químicas que se verificam entre os elementos ativos de qualquer combustível, com o comburente, oxigênio do ar. Conhecida a análise elementar do combustível, se separam os elementos que reagem com o oxigênio, mediante as seguintes equações: Cc + 0, +cCo, H+ = o, > HO s + o, > SO, as quais fornecem o resultado final de uma queima completa. Os produtos resultantes, são sempre gasosos e denominados Gases de Combustão, também conhecidos na prática como fumos. O oxigênio eventualmente existente na composição do combustível se considera como unido a parcela equivalente de hidrogênio. Nada impede a ocorrência do monóxido de carbono, pelas reações: c+! o,-co co + 2 Cc >2c0 que decorrem de uma combustão imperfeita do carbono. Nestas condições a combustão diz-se Incompleta, visto que o produto final ainda tem condições de prosseguir a reação com o oxigênio, segundo: co a o, =Co, A Combustão Cálculo de Combustão 3-7 despreendendo apreciável quantidade de calor. Além dos produtos acima, nos gases de Combustão ainda comparecem outros componentes a saber, o nitrogênio, o oxigênio de excesso, vapor de água decorrente da umidade do combustível, eventuais moléculas de produtos não queimados e partículas em suspensão de natureza orgânica e inorgânica. A parcela de natureza orgânica representa a perda de incombustos arrastados com os gases de | combustão, presente mais na queima de combustíveis sólidos. Os produtos de natureza inorgânica são sais e óxidos minerais decorrentes do próprio combustível que são elutriados durante o processo, sérios responsáveis pela deteriorização do meio ambiente. 3.2.2 - Reações de Combustão: Adotaremos nos cálculos volumes molares tabelados por E. Justi. | | Substância Símbolo (a)Pêso Molar (b)Vol.Molar || kg/kmol Nmº/kmol | | Carbono c 12,01 - Hidrogênio H, 2,016 22,43 Oxigênio o, 32,00 22,39 Enxôfre s 32,06 - Gás Carbônico co, 44,01 22,26 Monóxido de Carbono co 28,01 22,40 Água H,O 18,016 22,40) GásSulturoso | SO, 64,06 21,89 Nitrogênio N, 28,016 22,40 Metano CH, 16,041 22,36 Etano CH 30,067 22,16 Propano CH, 44,092 - Butano CH 58,118 - Etileno CH, 28,051 22,24 Propileno CH, 42,077 | - Acetileno CH, 26,036 - Álcool Metílico CH,OH 32,041 - Álcool Etílico C,H,0H 46,067 - Gás Sulíidrico Hs 34,076 - Ar HO 28,90 - Tabela T 3.2.1 - Pêsos e Volumes Molares de Substâncias (Segundo E. Justi) Os valôres das colunas “a” - “b” e o valôr “c”, tem a seguinte observação: a) Calculado pelos pêsos atômicos dados na “Journal of the American Chemical Society - Fevereiro de 1937 b) Volumes molares dados pela American Gas Association nas condições normais de pressão (760 mm Col. Hg) e temperatura (ºC) c) Admite-se a água na forma de vapor Definindo um Combustível Genérico, tendo: c - comoteor de carbono h - como teor de hidrogênio A Combustão Cálculo de Combustão 3-8 O enxofre, reagindo segundo: S+0, » SO, fornece: ” 32,0 em peso - 1 kg de S exige ETE = 0,998kg de O, etorma 8808 4996 kgdeso, 32,00 em volume - 1 kg de S exige 2289 0,697 Nmº de O, 32,06 eforma 2189... 0,683 Nm? de SO, 32,00 Com estes valores pode-se estabalecer o peso e o volume dos gases que intervem nas reações de combustão. 3.2.3 - Pêso e Volume Teóricos de Ar: Considerando o mesmo combustível genérico definido no parágrafo anterior, pode-se estabelecer, pelas reações supra, a expressão que permite o cálculo do peso e do volume de ar estequiome- tricamente necessário, para realizar a queima. Inicialmente se determina o oxigênio necessário, denominando de: ! Go, = O pêso de oxigênio teórico e So = o volume de oxigênio teórico, se obtem diretamente as expressões: 1 G= 26640+7,94 (n o ) + 09985 (32.1) 8 o Vo = 18640+5,56 (» ai ) + 06975 (3.22) 8 nas quais comparece a dedução do teor do oxigênio constatado como componente do combustível. Admite-se que êste oxigênio tenha reagido com o hidrogênio do combustível. Na reação H > A + Do > Ho 2 verifica-se que para dois Kmol de H, se necessita de 16 de oxigênio. Portanto, a presença de oxigênio no combustível representa um consumo de ade hidrogênio. As expressões (3.2.1) e (3.2.2), referidas ao ar, considerando a composição já definida à página 7, se convertem em: t 100 t G = EE x Go 100 t t Var = 2 x Voo que redundam finalmente em: G| = 11,582C + 3452 ( nl) + 434semkgikg (3.2.3) ar 8 t Vi, = 8876C + 2647 ( E) + 3,32sem Nm'kg (3.2.4) ar A Combustão Cálculo de Combustão 3-10 3.2.4 - Pêso e Volume de Ar Real: Conforme definição anterior, o fator de excesso de ar, permite deduzir que: t = nxG, onde (3.2.5) vu= nxVi (26) Gr e VE são respectivamente o pêso e o volume de ar real necessário à combustão. 3.2.5- Pêso e Volume dos Gases de Combustão: Os gases produzidos por uma combustão perfeita, sãoincolores e contém bióxido de carbono, nitrogênio, bióxido de enxofre, oxigênio e vapor de água. Quando os gases desprendidos pela chaminé apresentam uma coloração escura, seja intensa ou tênue, são sintomas de uma combustão imperfeita, que apresenta carbono livre em suspensão e na mistura gasosa, provável presença de monóxido de carbono e eventual hidrocarbonetos de expressão geral CnHm. Admitindo combustão completa, as equações anteriores permitem determinar o pêso e o volume dos Gases de Combustão. Denominando de: &, = pêso do gásteórico vo = volume do gás teórico, tem-se: (co) (H,0) (So) (No) Gy =3,6640 + 8,94 (h+w) + 1.9965 + 0,77 G, +n (327) onde a primeira parcela representa o pêso de CO, formado; a segunda o pêso do vapor de água decorrente da reação do hidrogênio do combustível e da unidade w; a terceira do pêso do SO, formado pela queima do enxofre e finalmente a quarta o pêso de nitrogênio do ar de combustão e, do existente no combustível. Em volume, a expressão assume a forma seguinte: (co) (80) (N) (H,0) VE =1.85350+0,6935 + 0,79V! + 0,81 + (9h + w) 1,24 (328) na qual, a primeira parcela representa o volume de CO, nos gases úmidos, a segunda o volume de SO,, a terceira de N,; seja o contido mo ar da combustão ou do próprio combustível, e a quarta, do vapor de água incluso aquele decorrente da umidade w. Nestas equações que estabelecem o pêso eovolume da mistura de gases, existe o vapor de água. Daqui para frente, se fará distinção de pesos e volumes à umido e à seco, colocando a indicação u ou s anexos aos índices existentes O volume dos gases a sêco, cujo conhecimento apresenta interesse, se determina pela mesma expressão anterior, da qual se elimina a parcela do vapor de água. VE = 1.85350+06935 +0,79V, +08n (3.2.9) Considerando o excesso de ar sempre presente na combustão real, as fórmulas tornam-se: [o = [o + (n-1) & (3.2.10) v= ve + (0-1) Vi (3.211) onde S e Vo São pêso e volume real dos gases de combustão. 3.2.6 - Volume dos Gases de Combustão na Queima de Combustíveis Gasosos: Combustíveis gasosos se operam com volumes. A determinação do ar necessário e dos gases formados pode ser determinado pelo método anterior. Para a determinação do volume, costuma-se adotar uma expressão mais simples que parte da composição do gás, a saber: Vit = (CO)+(CH,)+2(C,H5) +3(C,Hg) + (H,0)+H,+2(C,H9) +3(C;H9) +0.79Vi + (N)) (32.12) onde o componente entre parenteses representao seu teor no combustível em volume. Partindo das A Combustão Cálculos de Combustão 3-11 Se — SEN SENA “RS ANS N AS N =, S NN o Sh ERNDAS N n NANA > co > u ô ? E PCI (kcal/kg x 103) Ábaco A 3.2.1 - Volumes de Ar e Gases de Combustão na Queima de Combustíveis Sólidos em Função do PCI A Combustão Cálculos de Combustão 3-13 Nm3/kg 2 T n= 2,0 57 Exemplo PCI = 10.450 keal Ag us A 26 n= 1,6 ag Vir = 11,5 Nm3Ag us A Vbr = 11,5 x 1,6 = 18,40 Nm3/kg Pa 2a) vo = 19,2 Nm3Ag ai TA 1,7 23 Bi Ea as 1,6 n A Pra 21 ad b5 Dead 20 LA a ai ai 14 94 Pa a LA | LA LILA 18 A 1z A | ad 1,2 Pá A A, A LA 11 tá [O — am Pee Pa LM 35 im LA À as A vo” 1,0 ATA asia LA + p— A t E LA LA +] LA Var LA Lp L— — L-+—T 2 L—] Ad +—1 p— pat Il 4 4 DN —— na p— +—n p— | LTL | E E | , À ] 8 7 5 10 11 PCI Gkcal/kg x 103) 12 Ábaco A 3.2.2 - Volumes de Ar e Gases de Combustão na Queima de Combustíveis Líquidos A Combustão Cálculos de Combustão 3-14 a 2 À 7 PCI “5 Nm | NJ ESA kcalkg jo ente 3 o AM “ss IS ox E ooo: e Sm 3, = e Ne | Ádam E E am S] Jo, RR NS Rosy so o A SS dE des RR pa E RA ES as BE FT [— e és x mo tor E NNSSS saco o A E [— SS 3 3 o SA EESSSS io Cb ES dp, Ti= SS 1000 sE 8º ne ee 1 E EU 359 SE p 2h, 3 4jo sb jo A Hg % Vá 30 Y 5 a | ai A DOAR Lao EM 4 VYA [Composição do 5 WilLenha Seca ds Vy VV / 50,0 %C E » / 6,0 % E) 43,5 % º Tera, O A V) EA 0,5 % Cinza = T Pude Fo for 0: Vá V VA o AS A Teor Maximo á de COy dos ga
a NENE ANAN/ me 2 ss NI ef Nf tn So, Po h8 y vis IP Alb VA SH NADA pm, EIS a an ad mL E 9 [ /] AA 9 BL RA AZ ; eU UU il RU 3 2 e 2 1 1 ouu L Litadis LIL j j 1 QU 5 6 7 891 n 12 pci (Keal/Kg x 102) o Mo wo E Ábaco A 3.2.5 - Determinação do Volume Ar/Gases Formados na Queima de Combustíveis Sólidos e Liquidos em Função do PCI (W.Boie) A Combustão Cálculos de Combustão 3-17 [o MSbNO de Contato os ao Pg UMa [IPI teg. 2] / RAR o SLELS A pah ” 17 [ [ / 17 > "Or A “DU A “vu CA/A/ 64 uz INN 9 CADES) ri // a ni Nm INTRA 07/77/48 9 9 LIA) : SIA 6///01]; 6 e; , Combustivel Sblido A Conpusr el 2 3 Liquido q 1 Va Águb (st Ga a PCI (Kal/Kgx102) Ábaco A 3.2.7 - Determinação do peso de gás e do vapor de água formados na queima de combustíveis solidos e líquidos, em função de "n'(W. Boie) A Combustão Cálculos de Combustão 3-19 | ] | Com a aplicação destes métodos práticos se obtem resultados de cerca de 1,5% para mais ou para menos. / Exemplo 1 - Conhecida a composição estequiométrica do óleo BPF expressa em porcen- tagem em pêso: C -85,86%H, = 11,66 S = 2,4% - água + resíduos = 0,05%, determinar o pêso e o volume do ar teoricamente necessário para a sua combustão. Solução: Resume-se na simples aplicação das fórmulas (3.2.3) e (3.2.4) o Gi =11,582c+3452(h 3) +43 8 (3.2.3) Vi =8876c+ 2647 (h- 2] +332s (3.2.4) o das quais elimina-se a parcela 8 pelo fato do oxigênio não constar combustível. Gi = 11,582x0,8586 + 34,52x0,1166 + 4,34 x 0,024 = 14,07 kg de ar/kg de combustível Vis = 8,876 x 08586 + 26,47 x 0,1166 + 3,32 x 0,024 = 10,79 Nm? de ar/kg de combustível é Se a combustão for praticada com fator de excesso de arn = 1,15 ou seja, 15% de excesso de ar, os valores se modificam para: Gi 1,15x 14,07 = 16,18 kg de ar/kg combustível Var 1,15x 10,79 = 12,40 Nm? de ar/kg combustível Na prática, estes valores são obtidos diretamente dos Ábacos apresentados no texto. Exemplo 2 - Consideremos o mesmo combustível do exercício anterior e admitamos se pratique a combustão com 40% de excesso de ar. Comparar os resultados. Solução para n = 1,4 [ol n 1,4x 14,07 = 19,70 kg de ar/kg de combustível < [O 1,4x 10,79 = 15,1 Nm? de ar/kg de combustível Verifica-se portanto que: 1º) Tanto em pêso como em volume houve um aumento de 21,7%. 2º) Este aumento se deve exclusivamente ao acréscimo de ar, portanto de O,eN,, gases que não vão participar da reação. Aplicando-se as mesmas expressões, se obtem o acréscimo de oxigênio por: em pêso: (0,4 - 0,15) (2,664 x 0,8586 + 7,94 x 0,1166 + 0,998 x 0,024) = 0,81 kg de 0,/kg de combustível em volume: (0,4 -0,15) (1,864 x 0,8586 + 5,56 x 0,1166 + 0,697 x 0,024) = 0,566 Nm? de 0,/kg de combustível O nitrogênio é aumentado em: em pêso: 76.85 => 10 X0,81 = 2,69 kg de N,/kg de combustível 23.15 A Combustão Cálculos de Combustão 3-20 A