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Uma revisão de literatura sobre a influência da perda precoce de dentes decíduos na erupção de dentes permanentes. O texto aborda as etapas de formação dos dentes, a rizólise e rizogênese, e as possíveis consequências ou benefícios para a erupção de dentes permanentes, considerando aspectos histológicos e morfológicos.
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Tipologia: Provas
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Trabalho de conclusão de curso apresentada ao curso de Bacharelado em Odontologia da Universidade Tiradentes - UNIT para fins de conclusão do curso de graduação.
Orientadora: Profº Ms. Luiz Guilherme Martins Maia.
O sucesso é uma consequência e não um objetivo.
Gustave Flaubert
Rodrigo Barbosa Batista,* Luiz Guilherme Martins Maia**
Graduando em Odontologia – Universidade Tiradentes; MSc. Professor titular do Curso de Odontologia – Universidade Tiradente*.
RESUMO
Este presente trabalho vem apresentar a influência da perda precoce do dente decíduo e suas conseqüências para a erupção do dentes permanentes, sabendo que a perdas precoces dos dentes decíduos, além de ocasionarem transtornos oclusais e mastigatórios podem também ter relação com a fonética e estética do indivíduo. Neste cenário, destacam-se achados histológicos que envolvem os dentes desde o germe dentário até que o mesmo chegue a um contato oclusal passando por alguns estágios de erupção onde a partir desse ponto podem sofrer algum tipo de interferência para concluir seu processo de formação e assim irromper na cavidade oral podendo obter uma função no conjunto mastigatório. Objetiva-se, por meio de Revisão de Literatura a influência de perda precoce do dente decíduo em relação ao processo de retardo ou aceleração da erupção do dente permanente considerando o processo histológico e morfológico
Palavras Chaves: Perda de dente; dente decíduo; erupção.
ABSTRACT
This present work is to present the influence of early loss of deciduous teeth and
its consequences for the eruption of permanent teeth, knowing that the early loss of
deciduous teeth, and occlusal and masticatory ocasionarem disorders may also be
related to phonetics and aesthetics of the individual. In this scenario, we highlight
histological findings involving the teeth from the tooth germ until it reaches an occlusal
contact through some stages of eruption from that point where you can experience some
kind of interference to complete its formation process and thus break in the oral cavity
may obtain a chewing function in the set. Objective is, through Literature Review the influence of early loss of deciduous teeth in relation to the process of retardation or
acceleration of the erupting permanent tooth considering the morphological and
histological processing
Key words: tooth loss, deciduous tooth, eruption.
2.1 Histologia Do Germe Dentário
Existe um processo de evolução do órgão do esmalte para chegar à dentição formada, em que os germes dentários passam por três estágios: broto (botão), casquete (capuz) e campânula (sino) (VELLINI, 2001). A fase de broto, inicialmente tem uma forma arredondada e determina o primeiro crescimento em volume da lâmina dentária dentro do ectomesênquima. Esta é caracterizada por um espessamento do epitélio bucal e não tem forma definida (JAMES 2005). Pinto (2006) caracteriza esse estágio como de iniciação ou proliferação, pois é nele que ocorre a proliferação inicial do epitélio bucal e das células mesenquimaticas adjacente. As células periféricas são pequenas, colunares e justapostas umas às outras, enquanto a região central do broto é constituída de células poligonais (GUEDES, 2006). Gradativamente, passa a ter uma forma côncava e o órgão do esmalte passa a ser considerado casquete. Nesse estágio o mesênquima dentário, que está parcialmente circundado pelo órgão do esmallte com forma de capuz, é chamado de papila dentária. Juntas essas estruturas constituem o germe dentário e suas estruturas de suporte. Com o tempo o casquete se desenvolve, mudando de tamanho sendo chamado agora de campânula. Essa mudança de casquete para campânula é chamada de morfodiferenciação e é nesse estágio em que a coroa do dente ganha forma. A mesma é definida e contornada pela junção entre o epitélio interno do esmalte e a papila dentária. Nesse mesmo estágio, as células do epitélio interno do esmalte apresentam-se na periferia e diferenciam-se em ameloblastos que são responsáveis pela futura formação do esmalte (JAMES, 2005).
2.2 Erupção Dentária
A erupção segundo James (2005), classifica-se em três fases: pré-eruptiva, eruptiva pré-funcional ou pós-eruptiva. Na fase pré-eruptiva, o dente prepara-se para erupcionar e concomitantemente, o germe do permanente movimenta-se no interior dos maxilares. Já Hulland AS, et al, (2000) falam que essa fase é intra- óssea e estende-se do rompimento do pedículo que une o germe dentário à lâmina dentária, durante a fase de campânula da odontogênese, indo até a formação completa da coroa e, nesta fase, não há movimentação do germe dental. Na fase eruptiva (pré-funcional), começa com a formação radicular até os dentes atingirem seu contato oclusal. Nesta fase, o esmalte já se apresenta mineralizado havendo o início da formação radicular intra-óssea e extra- óssea iniciando a erupção clínica do dente e, a ponta da cúspide provoca degeneração da membrana podendo assim, ser vista clinicamente. Na fase eruptiva funcional (pós-funcional) dente já se apresenta em oclusão e continua enquanto cada dente permanecer em contato oclusal. Durante este processo, as raízes dos dentes continuam crescendo e os dentes continuam a se mover até chegar a um ponto de contato oclusal (OSBORN, 1983).
2.3 Efeitos da Perda do Dente Decíduo Sobre o Dente Permanente
Na erupção dos dentes permanentes há uma alteração do tecido conjuntivo para formar uma via de erupção. Para haver algum tipo de erupção deve ocorrer algum tipo de reabsorção na cripta óssea sobrejacente. Uma remodelação osteoclastica reabsorve uma parte dessa cripta formando uma via de erupção ainda pequena que vai aumentando para permitir o movimento do dente em
direção a membrana da mucosa oral (VELLINI, 2001). Há perda precoce dos dentes decíduos pode afetar a erupção dos futuros dentes permanentes. Essas perdas precoces acontecem quando ocorre perda prematura antes de sua esfoliação normal (Brusola, 1989), antes de o sucessor permanente ter um estágio de formação coronária completa e formação radicular já iniciada (Moyers, 1991).
O problema maior surge quando a perda de um dente decíduo se processa um pouco antes da raiz do elemento sucessor permanente estar formada (entre os estágios 05 e 06 de Nolla). Nestes casos forma-se uma fibrose cicatricial, que parece atrasar a erupção do dente permanente, com conseqüente deslocamento dos dentes adjacentes e extrusão do dente antagonista (GARCIA, 2003). Entretanto, Segundo Guedes-Pinto (1991) a perda prematura determina a erupção precoce de dentes permanentes, caso ocorra num período mais ou menos próximo da sua esfoliação normal, e um atraso no período de erupção dos seus sucessores se esta ocorre numa época muito precoce ao de sua esfoliação normal, isso porque no local da perda ocorre neoformação óssea sobre o germe dental, além da fibrose no tecido gengival devido ao traumatismo logo, a perda precoce.
Andreasen, et al. (2001), Flores MT, (2002), Lauterstien, et al. (1962), Cardoso L, (2005) falam que com essa perda precoce dos dentes decíduos os dentes permanentes pode acelerar ou retardar. A perda algumas vezes isso pode está relacionado com a quantidade de tecido ósseo que está acima do germe. Se o dente decíduo for perdido antes do permanente começar seu processo de erupção, isto é, antes da
coroa está totalmente formada é provável que este atrase sua erupção, pois o processo alveolar pode voltar a ser formado sobre o germe dificultando a erupção. Por outro lado, as lesões periapicais, de um molar decíduo podem acelerar a erupção dos dentes permanente (CORRÊA, et al. 2002). Distúrbios mecânicos, bem como os processos patológicos localizados ocasionam a perda de tecido mineralizado tal como dentina, cemento e osso alveolar por células clásticas, alterando o plano genético de erupção (ALAMOUDI, 1999, CAUFIELD, 1993, KATZ, et al., 2002). De acordo com Garfinkle, et al. (1980) se o decíduo for extraído antes de 1/3 da raiz formada, a erupção do permanente vai ser atrasada pela reposição óssea no alvéolo. Isso acontece pela redução da capacidade de reabsorver osso levando ao impedimento da erupção do permanente (MARRKS. S.C, 1976). Já em 1984 Marks. S.C, Cahill. D.R falam que há uma evidência que a reabsorção óssea ocorre independentemente dos movimentos eruptivos de seu sucessor, isso impede que mesmo que se forme uma camada óssea sobre o dente permanente o mesmo não vai perde sua ação de reabsorve osso. Tendo assim, o dente, que reabsorver todo osso subjacente para começar seu processo de erupção.
2.4 Prevalência De Dentes Precocemente perdidos.
As principais causas de perda precoce dentes decíduos pode acontecer por trauma, reabsorção prematura de suas raízes, cárie, ou por extrações (CHRISTENSEN, et al, 1996). Segundo Tomita et al. (2000) aponta como principal fator de perda precoce à presença de extensas lesões de cárie,
um dente decíduo extraído, que as principais causas das exodontias foram às lesões de cáries decorrentes de patologias pulpares.
3. Considerações Finais
A perda precoce de dentes está crescendo muito em crianças que ainda apresentam-se na fase de dentição decídua. O presente trabalho mostra as principais causas que levam a perda precoce de um dente decíduo e se existe alguma influência no processo de rizólise e rizogênese que chegue a acelerar ou retardar a erupção dos dentes permanentes considerando acontecimentos histológicos e morfológicos para explicar tais fatos. Levando em consideração que existem ainda poucos trabalhos na Liretatura que abordam esse assunto. Sendo o mesmo muito importante para a vivência clínica do Cirurgião Dentista.
4. Referências 1. ALAMOUDI N. The prevalence of crowding attrition, midline discrepancies and premature tooth loss in the primary dentition of children in Jeddah, Saudi Arábia J. Clin. Pediatr. Dent , v. 24, n.1, p. 53-58, 1999. 2. ALSHENEIFI, T; HUGHES, C. V. Reasons for dental extractions in children. Pediatr Dent, Chicago, v. 23, n. 2, p. 109-112, Mar./Apr. 2001. 3. ARAUJO, F. M. Relação entre o tipo de aleitamento e o uso de chupeta. J Bras Odontopediatr Odontol Bebê, Curitiba, v.3, n. 25, p. 235-240, mai./jun. 2002. 4. ANDREASEN FM, ANDREASEN JO. Texto e atlas colorido de traumatismo dental. 3 ed. São Paulo: Artmed , p. 770, 2001. 5. Assed S, Queiroz AM. Erupção Dental. In: Assed S. Odontopediatria: bases científicas para prática clínica. São Paulo: Artes Médicas , p.173-212, 2005. 6. BATISTA, A. M. R. Prevalência e etiologia da perda precoce de dentes
decíduos nos pacientes atendidos na clinica de odontopediatria da Universidade Federal de Santa Catarina. 2006. 126 f. Dissertação (Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006.
appliances. J Clin Paediatr Dent , n. 27, p. 87-90, 2002.