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Tuberculose: Doença, Causas, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento, Esquemas de Microbiologia

Este documento oferece uma análise completa sobre a tuberculose, uma doença infeciosa que afeta principalmente os pulmões. Aborda as causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção, incluindo informações sobre os diferentes tipos de tuberculose, fatores de virulência da mycobacterium tuberculosis e a importância da vacinação bcg. O documento também discute as complicações da doença e as estratégias de controle de infecções, destacando a necessidade de monitoramento global para prevenir a propagação da tuberculose.

Tipologia: Esquemas

2024

Compartilhado em 01/12/2024

ana-julia-ayres
ana-julia-ayres 🇧🇷

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Bactérias
Mycobacterium tuberculosis
Parede Celular Única: A parede celular da Mycobacterium tuberculosis contém ácido micólico,
conferindo-lhe uma resistência única aos antibióticos.
Crescimento Lento: O crescimento lento deste microrganismo dificulta o seu tratamento com agentes
antimicrobianos convencionais.
Fatores de Virulência: Os fatores de virulência da Mycobacterium tuberculosis permitem a sua
sobrevivência e replicação no interior das células hospedeiras.
Aspectos Gerais:
Tuberculose
INFECÇÕES
RESPIRARIAS
Bacilos Aeróbios;
Álcool ácido resistentes (BAAR)
Elevado teor lipídico da parede celular (ác. Micólico);
Retém o corante carbolfucsina;
Imóveis;
Intracelulares;
Vários reservatórios conhecidos;
Bacilo de Koch (BK);
Outras espécies causadoras da tuberculose
M. bovis, M. africanum e M. microti
Doença infecciosa e transmissível;
Afeta principalmente os pulmões;
10 milhões de novos casos em todo o mundo e um milhão de óbitos;
Campanha iniciada em 2016 pela OMS;
O Brasil, que ainda permanece entre os 20 países que apresentam mais casos da doença
20ª posição na classificação de carga da doença;
19ª quanto à coinfecção TB/HIV.
Relatório do Ministério da Saúde (2016)
Redução de 20% no nº de casos nos últimos 10 anos
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Bactérias

Mycobacterium tuberculosis

Parede Celular Única: A parede celular da Mycobacterium tuberculosis contém ácido micólico, conferindo-lhe uma resistência única aos antibióticos. Crescimento Lento: O crescimento lento deste microrganismo dificulta o seu tratamento com agentes antimicrobianos convencionais. Fatores de Virulência: Os fatores de virulência da Mycobacterium tuberculosis permitem a sua sobrevivência e replicação no interior das células hospedeiras. Aspectos Gerais:

Tuberculose

INFECÇÕES

RESPIRATÓRIAS

Bacilos Aeróbios; Álcool ácido resistentes (BAAR) Elevado teor lipídico da parede celular (ác. Micólico); Retém o corante carbolfucsina; Imóveis; Intracelulares; Vários reservatórios conhecidos; Bacilo de Koch (BK); Outras espécies causadoras da tuberculose M. bovis, M. africanum e M. microti Doença infecciosa e transmissível; Afeta principalmente os pulmões; 10 milhões de novos casos em todo o mundo e um milhão de óbitos; Campanha iniciada em 2016 pela OMS; O Brasil, que ainda permanece entre os 20 países que apresentam mais casos da doença 20ª posição na classificação de carga da doença; 19ª quanto à coinfecção TB/HIV. Relatório do Ministério da Saúde (2016) Redução de 20% no nº de casos nos últimos 10 anos

Formas Clínicas

De 38,7 casos/100 mil habitantes em 2006 para 30,9 casos/100 mil habitantes em 2015; Ainda são notificados por ano aproximadamente 70 mil casos novos de tuberculose e ocorrem 4,5 mil mortes em decorrência da doença. Pulmonar: mais de 90% dos casos Sintomas Tosse produtiva* com ou sem hemoptise A tosse pode ser seca inicialmente Dor torácica Comprometimento do estado geral Febre baixa vespertina com sudorese

Tratamento

Prevenção

Outras Bactérias

Diferenciação entre infecções respiratórias superiores e inferiores

Infecções Respiratórias Superiores (IRS): Cultura : Leva de 3 a 8 semanas Mais sensível que a baciloscopia; Permite teste de sensibilidade às drogas antituberculose; Resultado demorado. Semeadura da amostra clínica no meio de Cultura Löwenstein-Jensen Padrão Ouro Prolongado devido: A natureza do granuloma A natureza da parede celular destas bactérias A associação de drogas é necessária devido ao frequente aparecimento de subpopulações resistentes; Todo o tratamento é fornecido pelo Ministério da Saúde; Tratamento diretamente observado (TDO). Vacina BCG Linhagem de M. bovis: bacilo de Calmette-Guérin; Oferece proteção a não infectados contra as formas mais graves; Não está recomendada a segunda dose da vacina BCG no Brasil. Melhores condições de moradia e nutrição; Rápida identificação e tratamento Paciente torna-se não infeccioso 2 a 3 semanas após início do tratamento; Isolamento respiratório (máscaras N95/PFF2 ); Identificação de indivíduos expostos a pacientes com doença pulmonar ativa; Pasteurização do leite.

Infecções Respiratórias Inferiores (IRI): Localização: Afetam estruturas acima da laringe, como nariz, seios paranasais, faringe e laringe. Exemplos: Resfriado comum, faringite, sinusite, laringite. Sinais e Sintomas: Dor de garganta Congestão nasal Secreção nasal (rinorreia) Tosse seca ou produtiva leve Febre baixa (raramente alta) Dores de cabeça e dor facial (especialmente em sinusite) Localização: Afetam estruturas abaixo da laringe, como traqueia, brônquios e pulmões. Exemplos: Bronquite aguda, pneumonia, bronquiolite. Sinais e Sintomas: Tosse persistente (produtiva ou seca) Dificuldade para respirar (dispneia) Dor no peito (especialmente ao respirar ou tossir) Febre alta Sibilância Expectoração purulenta (em pneumonia)

“Dor de Garganta ”: Amigdalite, faringite ou laringite (cordas vocais)

Infecções Respiratórias Inferiores

Pneumonias Típicas e Atípicas

Pneumonias Típicas: Pneumonias Atípicas: Causas: Frequentemente causadas por patógenos como Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Moraxella catarrhalis. Características Clínicas: Começo súbito Febre alta Calafrios Tosse produtiva com escarro purulento Dor pleurítica Radiografia: Infiltrados alveolares bem definidos. Causas: Comumente associadas a organismos como Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae e Legionella pneumophila. Características Clínicas: Começo insidioso Febre leve a moderada Tosse seca Sintomas sistêmicos (fadiga, mialgia) Radiografia: Infiltrados intersticiais difusos.

Diferença em Relação à Tuberculose:

Relação dos Sinais e Sintomas com a Fisiopatologia das Infecções Respiratórias

Tuberculose (TB): Causada pelo Mycobacterium tuberculosis. Sinais e sintomas podem incluir tosse persistente, hemoptise, sudorese noturna, perda de peso e febre baixa. A infecção geralmente é crônica e pode afetar a parte superior dos pulmões. Diagnóstico pode ser feito por baciloscopia, cultura e testes de imagem (como a radiografia de tórax). Tosse: Um reflexo protetor que ajuda a expulsar secreções e patógenos dos pulmões. Na pneumonia, a tosse pode ser produtiva devido à presença de secreção inflamatória nos alvéolos.

Febre: Um mecanismo de defesa do organismo que ocorre devido à liberação de pirogênios (substâncias que induzem febre) em resposta a uma infecção. A febre ajuda a inibir a replicação de patógenos. Dispneia: Resulta da inflamação das vias aéreas e do comprometimento da troca gasosa nos pulmões. Em pneumonias, a acumulação de líquido nos alvéolos reduz a capacidade respiratória.

Diagnóstico e Tratamento

Vírus

Principais Vírus Causadores de Quadros Clínicos Respiratórios

  1. Vírus Influenza (gripe): Características: Vírus RNA envelopado, com subtipos A, B e C. Quadros Clínicos: Febre alta, mialgia, tosse seca, dor de garganta e fadiga.

Complicações: Pneumonia viral e infecções bacterianas secundárias.

  1. Vírus Sincicial Respiratório (VSR): Características: Vírus RNA envelopado, comum em crianças. Quadros Clínicos: Bronquiolite e pneumonia em lactentes; sintomas semelhantes ao resfriado em adultos. Complicações: Pode levar a obstrução das vias aéreas inferiores. Crianças pode excretar o vírus por longos períodos (aproximadamente 9 dias) enquanto adultos os excretam por no máximo 2 dias Podem alcançar o trato respiratório inferior causando quadros clínicos graves Prevenção e controle: Imunoprofilaxia para pacientes de alto risco (Bebês e imunocomprometidos Tratamento: Terapia de Suporte Broncodilatadores Ribavirina (administrado em aerossol somente em casos graves) Virtualmente todas as crianças até 2 anos tiveram a infecção Proteção incompleta Circula normalmente no final do inverno e início da primavera
  2. Coronavírus: Características: Vírus RNA envelopado; exemplos incluem SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-
    Quadros Clínicos: Sintomas respiratórios leves a graves; COVID-19 pode incluir febre, tosse, dificuldade respiratória e sintomas gastrointestinais. Complicações: Síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e complicações multissistêmicas.
  1. Adenovírus: Características: Vírus DNA não envelopado. Quadros Clínicos: Infecções respiratórias superiores e inferiores, febre, faringite, conjuntivite. Complicações: Pneumonia, especialmente em imunocomprometidos.
  2. Rinovírus: Características: Vírus RNA não envelopado; principal causador de resfriados comuns. Quadros Clínicos: Congestão nasal, rinorreia, dor de garganta, tosse. Complicações: Raramente causam pneumonia, mas podem agravar asma e DPOC.
  3. Mononucleose infecciosa:

Diferenças Clínicas e Laboratoriais no Diagnóstico

Importância da Caracterização das Viroses na Prática Clínica

  1. História Clínica e Exame Físico: Os sintomas iniciais, a gravidade e a presença de complicações ajudam a diferenciar os vírus. Por exemplo, a gripe se apresenta de forma súbita, enquanto a infecção por rinovírus tende a ser mais leve.
  2. Exames Laboratoriais: PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Método sensível para detectar material genético viral; pode identificar vários vírus simultaneamente. Teste Rápido de Antígeno: Utilizado para detectar infecções por vírus da gripe, com resultados rápidos, mas menor sensibilidade em comparação com PCR. Culturas Virais: Menos comuns em prática clínica devido ao tempo necessário e dificuldade em isolar certos vírus. Sorologia: Pode ser útil em alguns casos, mas geralmente não é usada para diagnóstico imediato. Manejo do Paciente: A caracterização dos vírus permite tratamentos direcionados, como antivirais específicos (por exemplo, inibidores da neuraminidase para a gripe) e orientações

Os sintomas clássicos da influenza incluem: A doença costuma durar em torno de 7 dias, mas pode se agravar em pacientes com comorbidades, idosos e crianças, levando a complicações pulmonares, cardíacas e neurológicas O quadro clínico lembra a Influenza sazonal, porém parece haver acometimento preferencial de adultos jovens e maior incidência de vômitos, diarréias e complicações.

5. Complicações

As complicações da influenza podem ser severas, especialmente em indivíduos imunocomprometidos ou com doenças crônicas:

6. Diagnóstico

Para o diagnóstico da influenza, são utilizados diferentes métodos laboratoriais:

7. Tratamento e Prevenção

Febre alta e calafrios Tosse (geralmente seca) Mialgia (dores musculares) e artralgia (dores nas articulações) Cefaleia (dor de cabeça) Mal-estar geral Vômitos e diarreia, que são mais comuns em infecções por H1N1. Pulmonares: Pneumonia viral primária ou pneumonia bacteriana secundária (como Streptococcus pneumoniae). Cardíacas: Miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e pericardite. Neurológicas: Síndrome de Guillain-Barré, encefalites e a rara síndrome de Reye, que afeta o cérebro e o fígado, principalmente em crianças RT-PCR: O método mais confiável para detecção de material genético do vírus. Isolamento viral: Utilizado em laboratórios especializados para estudar o vírus. Sorologia: Em alguns casos, pode ser usada para confirmar infecções passadas. Teste rápido (ELISA) e Imunofluorescência: Métodos mais rápidos, mas com menor sensibilidade comparados ao PCR Antivirais: Medicamentos como oseltamivir e zanamivir são eficazes quando administrados nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas. Eles ajudam a reduzir a gravidade e a duração da doença. Vacinação: A vacina contra a influenza é ajustada anualmente com base nas cepas circulantes. No Brasil, é oferecida prioritariamente para grupos de risco, como crianças menores de dois anos, idosos e pessoas com comorbidades

8. Importância na Saúde Pública

A influenza representa uma ameaça contínua à saúde pública devido à sua alta transmissibilidade e capacidade de causar epidemias sazonais e pandemias. O monitoramento global do vírus, conduzido por instituições como a OMS e o CDC, é essencial para prever o surgimento de novas cepas e adaptar as vacinas de acordo com as alterações antigênicas do vírus