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Vulvovaginites: Tipos, Sintomas, Diagnóstico e Tratamento, Notas de estudo de Ginecologia

Este documento aborda diferentes tipos de vulvovaginites, incluindo vaginoses bacterianas, candidíase, tricomoníase e vulvovaginites inflamatórias. Discutimos os sintomas, diagnósticos e tratamentos de cada tipo, além de fatores de risco e indicadores de internação. Útil para estudantes de saúde, profissionais de saúde e pessoas interessadas em saúde reprodutiva.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 29/01/2024

luis-felipe-gadotti
luis-felipe-gadotti 🇧🇷

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Vulvovaginites
Bacilos de doderlein (lactobacilos)
Transformam o glicogênio do epitélio vaginal em ácido lático garantindo o ph
da vagina (ph abaixo de 4,5)
Podem ser causadas também por mobiluncus e prevotella
Vaginose Bacteriana - Gardnerella
Ph acima de 4,5
Exposição ao semen (Muitas ejaculações vaginais)
Ducha vaginal
Diminuição dos lactobacilos (Ph alcalino causa morte deles)
Ocasionando a proliferação de gardnerella
Clínica: Leucorreia fluida, acinzentada e FÉTIDA (Peixe podre)
Teste de whiff (Gota de hidróxido de potássio na amostra). Causa cheiro
forte.
Lâminfcerls
Caso seja detectada no preventivo e a paciente for assintomática não
necessidade de tratamento.
Em gestante deve tratar mesmo se for assintomática (Metronidazol)
Tratamento: Metronidazol 500mg 12/12h por 7 dias
Não necessidade de tratamento do parceiro sexual
Orientar não beber álcool (Efeito dissulfiram)
Candidíase - Candida albicans
Leucorreia grumosa + hiperemia em colo (Queijo ricota) + PRURIDO
Tratamento
Miconazol 7 dias
Nistatina 14 dias
Fluconazol é segunda opção
Não precisa tratar o parceiro
Candidíase de repetição: 4 ou + episódios/ano
Fluconazol 150mg D1 D4 D7 - Após 1x/semana por 6 meses
Excluir DM e HIV
Não melhora desconfiar de candida glabrata ou tropicalis - Tratar com
ácido bórico
Tricomoníase
IST - Protozoário flagelado anaeróbio
Incubação 4 a 20 dias
Homem geralmente assintomático
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Vulvovaginites

● Bacilos de doderlein (lactobacilos) ○ Transformam o glicogênio do epitélio vaginal em ácido lático garantindo o ph da vagina ( ph abaixo de 4,5) ■ Podem ser causadas também por mobiluncus e prevotella Vaginose Bacteriana - Gardnerella ● Ph acima de 4, ○ Exposição ao semen (Muitas ejaculações vaginais) ○ Ducha vaginal ● Diminuição dos lactobacilos (Ph alcalino causa morte deles) ● Ocasionando a proliferação de gardnerella ● Clínica: Leucorreia fluida, acinzentada e FÉTIDA (Peixe podre) ○ Teste de whiff (Gota de hidróxido de potássio na amostra). Causa cheiro forte. ○ Lâminfcerls ■ Caso seja detectada no preventivo e a paciente for assintomática não há necessidade de tratamento. ■ Em gestante deve tratar mesmo se for assintomática (Metronidazol) ● Tratamento: Metronidazol 500mg 12/12h por 7 dias ○ Não há necessidade de tratamento do parceiro sexual ■ Orientar não beber álcool (Efeito dissulfiram) Candidíase - Candida albicans ● Leucorreia grumosa + hiperemia em colo (Queijo ricota) + PRURIDO Tratamento ● Miconazol 7 dias ● Nistatina 14 dias ● Fluconazol é segunda opção Não precisa tratar o parceiro Candidíase de repetição: 4 ou + episódios/ano ● Fluconazol 150mg D1 D4 D7 - Após 1x/semana por 6 meses ○ Excluir DM e HIV ○ Não melhora desconfiar de candida glabrata ou tropicalis - Tratar com ácido bórico Tricomoníase ● IST - Protozoário flagelado anaeróbio ○ Incubação 4 a 20 dias ● Homem geralmente assintomático

● Mulher: Leucorreia verde bolhosa e abundante - Irritação vulvar, coceira ○ Colpite tigroide: Colo em morango ■ Ph alcalino + que 4,5 - protozoários moveis ● Tratamento: Metronidazol 2g VO dose unica ○ Sempre tratar parceiro, mesmo assintomático ○ Orientar não usar bebida alcoolica Vaginite inflamatória - ● Substituição dos lactobacilos por Estreptococo do grupo B ● Leucorreia purulenta, irritação vaginal ○ Tratamento é clindamicina (creme vaginal) Vaginite por corpo estranho ● Crianças, leucorreia amarela com odor fétido Vaginose citolítica ● Diminuição do ph + Proliferação excessiva dos lactobacilos Vaginite atrófica ● Diminuição dos lactobacilos e aumento do ph - Consequência da menopausa ○ Usar estrogênio tópico

DIP

● Inflamação do sistema reprodutor causado por bactérias ascendentes ○ Geralmente IST’S : Principais são Chlamydia Traco e Neisseria Gono ■ Pode ser também por e.coli, micoplasma, ureaplasma, streptococcus agalactiae, gardnerella vaginalis, usuárias de DIU: actinomyces israelii ● Fatores de risco: Vulvovaginites ou cervicites concomitantes, múltiplas parcerias, início precoce da vida sexual, jovens, tabagismo, DIP prévia, DIU (somente 1º mês pós-inserção), uso de tampões ou duchas vaginais, não uso de preservativo. ● Clínica: Pode ser assintomática ○ Dor pélvica, leucorreia purulenta, dispareunia (de profundidade, dor ao penis encostar no colo) ○ Ao exame físico: Dor a palpação dos anexos, EE: Cervicite purulenta, dor a mobilização do colo. Critérios diagnósticos: 3 maiores + 1 menor ● Maiores: Necessita dos 3 ○ Dor hipogástrica, a palpação dos anexos e a mobilização do colo ● Menores: UM desses ○ Temperatura axilar acima de 37,5. Secreção cervical anormal, leucocitose, PCR ou VSG aumentados, laboratorial pra gonococo ou chlamydia. Ou Critérios elaborados: 1 desses ● Histopatologia - endometrite ● Imagem - abscesso

● Hidrossalpinge (Acumulo de liquido) ● Síndrome de Fitz-hugh-curtis, Ocorre principalmente pela clamídia e causa aderências no fígado, perihepatite causando dor em hipocôndrio direito ● Gestação ectópica

Cervicite

● Processo inflamatório do canal endocervical ○ Germes ascendentes, geralmente IST’S ■ Neisseria e chlamydia são os principais Neisseria gonorrhoeae : Diplococo GRAM - de transmissão sexual com período de incubação de 4 a 7 dias ● Assintomáticas (60 a 80% dos casos) ● Secreção cervical e ou uretral purulenta ● Bartolinite e esquenite No RN pode causar conjuntivite gonocócica Diagnóstico CLINICO ● Cultura, coloração de GRAM. Padrão ouro é o PCR do canal cervical. Tratamento ● Ceftriaxona 500mg IM dose única + Azitromicina 1g VO dose única Cervicite por chlamydia ● Se comporta como vírus, fica dentro da celula (Gram -) Clínica ● 60-75% assintomática ● Cervicite purulenta Diagnóstico CLÍNICO ● PCR do canal endocervical Tratamento ● Azitromicina 1g VO dose única IST’S Problema de saúde publica - Mulheres são mais suscetíveis pela anatomia da relação sexual

  • Sequela importante é infertilidade - obstrução da tuba uterina
  • Prevenção CAMISINHA. SEMPRE ORIENTAR

IST’S BACTERIANAS:

Gonorréia

Causa por Neisseria gonorrhoeae ○ Transmissão sexual - Incubação 3 a 10 dias ● Clínica : Assintomática em 60 a 80% dos casos ○ Secreção cervical/uretral purulenta também no homem secreção purulenta na ordenha do penis ○ Pode ser realizado cultura de secreção cervical. PCR do canal cervical por biologia molecular é padrão ouro para diagnóstico laboratorial. Porém o diagnóstico é clínico. ● Tratamento: Ceftriaxona 250mg IM DOSE ÚNICA + azitromicina 1G VO dose única. ○ Deve-se associar azitromicina devido a crescente resistência bacteriana a ceftriaxona

Cancro mole ou Cancroide

Causa por Haemophilus ducreyi, GRAM - ○ População de clima tropical, imunossuprimida e baixo nível socioeconômico ○ Transmissão sexual - incubação 3 a 5 dias ● Clínica : Úlcera com base amolecida e fundo purulento - UNICA OU MULTIPLA (Normalmente múltipla , ao contrário do cancro duro que é unico) ○ DOLOROSA (mal cheirosa e friável) + adenopatia inguinal ○ Bacterioscopia: Disposição em CArdume de peixe ● Tratamento: Azitromicina 1G VO dose única - TRATAR PARCEIRO!!! ○ 2ª opção: Ceftriaxona 250mg VO dose única ○ Punção da adenopatia inguinal.

Lesão em espelho

Linfogranuloma Venéreo

Causa por Chlamydia trachomatis ○ Transmissão sexual - Parasita intracelular obrigatório ● Clínica : Pequena úlcera ou pápula indolor + Linfadenopatía inguinal dolorosa e supuração por múltiplos orifícios (bico de regador), para todos os lados ● Tratamento: Doxiciclina 100mg 12/12h por 21 DIAS. ○ 2 opção: Azitromicina 1g por 3 semanas 1x na semana - 3g sendo 1g por semana. ○ Punção da adenopatia inguinal. E se for gestante? Não pode usar Doxiciclina, usar AZITROMICINA

IST’S VIRAIS:

Herpes genital

● Causa pelo herpes-simples 1 e 2 (Tipo 2 mais genital, tipo 1 labial) ○ Doença ulcerativa mais frequente ○ Transmissão sexual ● Clínica : MUITO DOLOROSA ○ Doença recorrente e INCURÁVEL

○ Primoinfecção é mais sintomática (Podem ocorrer sintomas sistêmicos antes do aparecimento das vesículas) ■ #PROVA: Paciente com queixa de corrimento, mucoso e sanguinolento, astenia, febril. Ao exame especular: Múltiplas vesículas em colo de útero.Vesícula para úlcera para crosta ● Tratamento: Aciclovir VO 400mg 8/8h por 7 a 10 dias. ○ Acelera o ciclo do vírus, se livrando da lesão mais rapidamente. ○ Se for recorrente, tto por 5 dias. ○ Aciclovir tópico para região genital NÃO FUNCIONA, somente para labial. *Herpes genital de REPETIÇÃO = 6 episódios ou mais em 1 ano Dica: HERPES 6 letras, 6 episódios. Oferecer TTO supressivo: Aciclovir 400mg 12/12h por 6 meses Raciocínio rápido: Papilomavírus humano (HPV) ● Subtipos 6 e 11, não são oncogênicos, eles causam as verrugas genitais , chamadas de condilomas acuminados.

● Mulher, 18 anos úlceras dolorosas genitais, diarréia mucopiossanguinolenta. ○ Doença de crohnÚlcera genital em facada

SÍFILIS

Causada pelo treponema pallidum, uma espiroqueta ○ Média de 3 semanas após relação sexual para a manifestação ■ A maioria dos pacientes é assintomática ■ Doença de notificação compulsória SEMANAL. ● Primária ou cancro duro ○ Primeira fase da doença ○ Úlcera genital com bordos elevada, fundo LISO, por vezes brilhoso ■ NÃO É DOLOROSO!!!!! Por vezes, pode estar dentro da vagina ● Secundária ○ Geralmente após 6 semanas a 6 meses do desaparecimento do cancro duro. Treponema pallidum está na corrente sanguínea

○ Lesões papulares: Roséolas ou sifílides. Atinge tronco, palma de mão e planta de pés. Além de placas mucosas em região oral. (acinzentadas) ■ Manifestação genital: Condiloma plano ou lata: Lesão em RELEVO. pode ser confundido facilmente com o condiloma do HPV (o condiloma acuminado), o do hpv tem aspecto rugoso, de couve flor, o condiloma plano é liso. ■ Além de alopecia e madarose (rarefação dos cílios e sobrancelha) ● Latente: ○ Período totalmente assintomático, as lesões de sífilis secundarias podem recidivar, mas podem continuar sem sintomas/lesões. ● Terciária: ○ ¼ dos pacientes sem tratamento evoluem para a terciária ■ Sífilis cardiovascular: Aortite, regurgitação aórtica ■ Neurossífilis ● Duração ignorada Classificação quanto ao tempo de contaminação/início das manifestações ● Recente: até 1 ano ○ Primária, secundária e latente até 1 ano ● Tardia: 1 ano ou mais ○ Latente com mais de 1 ano ou a Terciária ● Diagnóstico ○ No início da doença, em fase primária EXAMES NÃO FAZEM SENTIDO, a doença é local, irá negativar os exames. ■ Ideal: Pesquisa direta em campo escuro: Raspagem da lesão e pesquisa de treponema. (Tanto em cancro duro quanto em condiloma plano) ■ Teste não treponêmico: VDRL Alta sensibilidade, muito falso + ● Identificar indiretamente o anticorpo contra o treponema pallidum ○ Será usado para controle pós tratamento

● SEMPRE TRATAR PARCEIRO SEXUAL. Deve ser CONVOCADO, testado e tratado. Mesmo se o teste rápido deu negativo. Deve ser tratado, poís o parceiro pode estár na janela imunológica. ● Alergia à penicilina: Doxiciclina 100mg 12/12h 15 dias. Tardia 30 dias. NÃO PODE EM GESTANTE O Seguimento deve ser feito com VDRL trimestral. ● Precisa cai r DUAS diluições em um ano na tardia e duas diluições em 6 meses na recente para considerar tratamento bem sucedido. ○ Se estava 1:64 precisa chegar a 1:8 em. Caso não ocorra, deverá ser tratado novamente e considerad o reinfecção. ○ Se subir o VDRL duas diluições ou novos sinais e sintomas também é considerado reinfecção