Baixe Impactos ambientais e suas medidas mitigadoras de um abatedouro de bovinos e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Engenharia Ambiental, somente na Docsity!
IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS E SUAS
MEDIDAS MITIGADORAS DE UM ABATEDOURO DE BOVINOS
IDENTIFICATION AND EVALUATION OF THE AMBIENTALS IMPACTS AND
MEDIATING MEASURES OF A BOVINE SLAUGHTERHOUSE
Ozanan de Almeida Dias^1 Fernanda Silva Aguiar^2 RESUMO Os abatedouros são agroindústrias que geram diversos impactos ambientais relacionados, principalmente, ao alto consumo de água, emissões gasosas, geração de resíduos sólidos e efluentes líquidos. Diante do exposto, objetivou- se nesse trabalho identificar os aspectos e impactos ambientais de um abatedouro de bovinos, permitindo assim avaliar se as medidas mitigadoras adotadas pelo empreendimento são eficazes para que o mesmo alcance a sua viabilidade ambiental. Para desenvolver o estudo, utilizou-se a pesquisa exploratória de abordagem qualitativa, por meio de entrevistas e visitas nas instalações do abatedouro. Através dos resultados, observa-se que o empreendimento vem adotando medidas para reduzir o consumo de água em suas atividades. Verificou-se também que os resíduos sólidos não recicláveis são direcionados para um aterro sanitário e os orgânicos são encaminhados para compostagem. Os resíduos classificados como subprodutos de origem animal não comestível, são comercializados para uma indústria de ração. Já as águas residuárias são encaminhadas para a estação de tratamento, a qual alcançou eficiência na remoção dos poluentes, constatado pelos resultados da análise laboratorial do efluente tratado. Mediante aos resultados, pode-se concluir que o empreendimento possui mecanismos de controle ambiental necessários para mitigar, controlar ou eliminar os impactos ambientais que possam surgir, alcançando assim a sua viabilidade ambiental. (^1) Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária. Faculdades Santo Agostinho – FASA de Montes Claros, Gestor Ambiental. E-mail: ozanandias@gmail.com (^2) Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária. Faculdades Santo Agostinho – FASA de Montes Claros. E-mail: ferndaaguiarmel@hotmail.com
Palavras-chave: Resíduos sólidos. Efluentes líquidos. Viabilidade ambiental. ABSTRACT Slaughterhouses are agro industries that generates diverse environmental impacts, linked mainly, to high water consumptions rates, gaseous emissions, creation of both solid and liquids wastes. Based on the above, the purpose of this work was to identify the aspects and impacts of a bovine slaughterhouse, allowing an evaluation on how the mitigating measures adopted by the enterprise were efficient for its environmental viability. To develop the study, the exploratory and qualitative research was used, through interviews and visits at the slaughterhouse installations. Results are showing that the company has been adopting measures in order to reduce the water footprint in its activities. It has been verified that non-recyclable solids wastes are directed to a sanitary landfill while the organics are forwarded for compost. Wastes classifieds as sub-products of animal origins aren’t edible; they are commercialized for a pet food industry. Wastewaters are directed to a treatment station, that successfully reached efficiency in removing the pollutants, as proved by the results of the laboratory analyze on the treated effluent. Seeing the results, it is fair to conclude that the company owns the environmental the control mechanisms to mitigate, control or eliminates environmental impacts that may appear, reaching her environmental viability. Keywords: Solid wastes. Liquids effluents. Environmental viability. INTRODUÇÃO A expansão agroindustrial para atender a necessidade das presentes gerações, buscando suprir a demanda de alimentos para uma população cada vez mais crescente, tem por consequência agressões danosas aos ecossistemas. Segundo Araújo e Mendonça (2009), da natureza são extraídos
abatedouro, estão, sobretudo, relacionados ao alto consumo de água, a geração de resíduos sólidos, efluentes líquidos com alta carga poluidora e emissões gasosas oriundos de diversas etapas do processo produtivo. Em virtude disso, é imprescindível levantar os aspectos e impactos ambientais, construindo assim o diagnóstico da situação ambiental da agroindústria, visando planejamento e execução de medidas eficazes para eliminar ou mitigar os impactos nocivos ao meio ambiente. Diante do exposto, o presente trabalho tem como objetivo identificar os aspectos e impactos ambientais de um abatedouro de bovinos, bem como avaliar se as medidas mitigadoras adotadas pelo empreendimento são eficazes para que o mesmo alcance a sua viabilidade ambiental. METODOLOGIA O trabalho foi realizado em um abatedouro localizado na zona rural do município de Montes Claros – MG. Esse empreendimento possui área total de 16,76 ha (167.600 m²), sendo que deste montante, 0,207 ha (2.070 m²) perfaz as instalações construídas, 3,63 ha (36.300 m²) de áreas Reserva Legal – RL e 5,91 ha (59.100 m²) de Área de Preservação Permanente – APP. A agroindústria em questão exerce a atividade de abatedouro de bovinos, com capacidade projetada máxima de abate de 250 cabeças/dia. O regime de operação do empreendimento ocorre em função do abate, com o encerramento ao finalizar a limpeza e higienização das instalações, máquinas e equipamentos, que ocorre sempre após a matança. As atividades acontecem no período de 08 h/dia, 05 dias/semana e durante todo mês. Fazem parte do quadro de funcionários 45 trabalhadores, sendo 40 do setor de produção e 05 do setor administrativo. Para desenvolver o estudo de caso, utilizou-se a pesquisa exploratória de abordagem qualitativa por meio de visitas nas instalações do abatedouro. As coletas de dados ou informações foram realizadas através de observação,
análise de estudos e documentos, bem como por meio de entrevistas com os responsáveis pela operação do empreendimento, das áreas de meio ambiente, segurança do trabalho, produção e administração. Os dados coletados foram analisados conforme a Teoria Fundamentada, a qual foi desenvolvida pelos sociólogos americanos Anselm Strauss e Barney Glaser (ARAUJO et al., 2007). A Teoria Fundamentada é uma avaliação qualitativa e indutiva do estudo de um fenômeno, realizada através da coleta e análise sistemática dos dados pertencentes a esse fenômeno (STRAUSS; CORBIN, 1994). A pesquisa estabelece uma formulação teórica da realidade investigada. Segundo Strauss e Corbin (1994) o levantamento dos dados tem o propósito de ajudar a construir essa teoria, antes de testar a relação entre as variáveis. Após o levantamento dos dados, realizou-se uma revisão literária sobre questões ambientais em indústrias frigoríficas e abatedouros, de modo a levantar os aspectos e impactos ambientais gerados pela atividade do empreendimento. Além disso, para avaliar a situação ambiental da agroindústria, foram analisadas qualitativamente todas as medidas adotadas pela empresa para eliminar ou mitigar os impactos ambientais gerados, podendo assim inferir sobre viabilidade ambiental do abatedouro. RESULTADOS E DISCUSSÃO Aspectos ambientais O elevado consumo de água no processo produtivo do abatedouro é um dos mais importantes aspectos ambientais da agroindústria. Toda a água utilizada na operação do empreendimento é oriunda da explotação de água subterrânea de 02 (dois) poços tubulares profundos. Estima-se um consumo diário de 175 m³/dia, levando-se em consideração o gasto de 0,7 m³/bovino abatido. As atividades desenvolvidas no abatedouro também geram diversos tipos de resíduos sólidos, dos quais destacam: (a) resíduos orgânicos: provenientes
acarretando conflitos com outros usuários que venham a usufruir desse recurso hídrico. Ademais, a explotação demasiada nos poços tubulares pode intervir na disponibilidade de água, afetando a perenidade do aquífero. Nesse aspecto, o empreendimento vem adotando medidas para reduzir o volume de água utilizado no abatedouro. Além disso, de ambos os poços tubulares foram realizados os testes de bombeamento, demonstrando suas eficiências no que se refere à disponibilidade de água do aquífero frente às vazões captadas. Foram realizadas também análises físico-químicas e microbiológicas da água, sendo que essas variáveis apresentaram resultados dentro dos padrões de potabilidade. O abatedouro estudado consome 0,7 m³ de água por animal abatido, diferentemente dos resultados encontrados por Cruz e Araújo (2015) que avaliaram os aspectos e impactos ambientais de um frigorífico em Cachoeira Alta
- GO e encontraram o consumo de 2,7 m³ de água para cada bovino abatido. Diante do exposto, percebe-se que as ações do abatedouro são eficazes na redução do consumo de água em suas atividades, tendo em vista o baixo consumo de água quando comparado ao frigorífico de Cachoeira Alta. Resíduos sólidos Os resíduos sólidos gerados no abatedouro são segregados na fonte de geração conforme a NBR 10.004/2004. São separados de acordo com sua classe, acondicionados em embalagens específicas e armazenados temporariamente em abrigos apropriados, para posteriormente serem encaminhados para sua destinação e disposição final ambientalmente correta. De acordo com o Programa de Controle e Monitoramento dos Resíduos Sólidos do abatedouro, os resíduos recicláveis são destinados para empresas de reciclagem. Os não recicláveis oriundos do sanitário, escritório e indústria são encaminhados para o aterro sanitário de Montes Claros. Os couros, chifres e cascos são vendidos como produto para processamento por empresas de terceiros. Aproveitando a disponibilidade de área, o empreendimento implantou um sistema de compostagem para os resíduos orgânicos originários da operação do abate, bem como para aqueles resíduos provenientes do tratamento preliminar,
da centrífuga e leito de secagem da Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos Industriais – ETE. Esses resíduos são encaminhados para um galpão de compostagem construído em alvenaria, coberto, concretado e com sistema de drenagem dos líquidos para ETE. Segundo Costa et al. (2009), em frigoríficos e abatedouros, os resíduos orgânicos após receberem tratamento pela compostagem fornecem, como subproduto, o composto orgânico. Esse composto pode ser utilizado como fonte de nutrientes para uso agrícola ou comercializado, constituindo-se em fonte direta de renda ao empreendimento. A compostagem é definida como um processo biológico de decomposição e de reciclagem da matéria orgânica, propiciando um destino útil para os resíduos orgânicos. Tem como resultado final o composto orgânico, que pode ser aplicado ao solo para melhorar suas características, sem ocasionar riscos ao meio ambiente (ANDREOLI et al., 2014). No abatedouro, após o término do processo de compostagem, 60 dias, o composto orgânico é utilizado como fertilizante em solo agrícola na propriedade rural do empreendedor. Ademais, tem-se a possibilidade de venda para produtores rurais, em situação de produção expressiva do composto. Os resíduos orgânicos, enquadrados como subproduto de origem animal não comestível, como sangue, ossos, gorduras, aparas de carne, vísceras e animais ou suas partes condenadas pela inspeção sanitária, são encaminhados para Indústria de Rações Patense Ltda. para fabricação de ração animal, empresa que no presente encontra-se regularizada ambientalmente. Resultados semelhantes foram encontrados por Silva (2011), que avaliou a disposição e destinação final dos resíduos sólidos de um frigorífico localizado em Araguaína – TO. Segundo o autor, os resíduos classificados como subprodutos não comestíveis são encaminhados à graxarias para serem transformados em farinha para fabricação de rações, e dos resíduos orgânicos são feitos compostos para serem usados como fertilizantes. Comentou ainda, que os resíduos recicláveis e não recicláveis são destinados respectivamente para usinas de reciclagem e aterro sanitário.
poluentes é realizada por mecanismos biológicos, através da ação metabólica e da floculação de partículas, sendo empregado geralmente no nível secundário do tratamento (LEME, 2014). Os reatores UASB têm como principal objetivo a remoção da matéria orgânica, seja ela dissolvida (Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO solúvel ou filtrada), a qual não é removida no tratamento primário, ou em suspensão (DBO suspensa ou particulada) cujos sólidos de sedimentabilidade mais lenta persistiram na massa líquida, mesmo tendo passado pelo tratamento primário (VON SPERLING, 2014). No abatedouro em questão, a linha vermelha e verde, correspondente aos efluentes líquidos industriais, sofre tratamentos preliminares específicos, estritamente físicos, como peneiramento e desarenamento. Logo em sequência são direcionadas conjuntamente para o equalizador. Objetivando reduzir a carga orgânica do efluente, o sangue da sangria não é direcionado para linha vermelha, sendo o mesmo coletado na calha de sangria e destinado para um tanque de refrigeração para posteriormente ser coletado e utilizado como subprodutos em graxarias. Os efluentes do equalizador são bombeados para o flotador retangular a ar dissolvido, esse por sua vez, consiste em um mecanismo físico-químico projetado especialmente para efetuar a remoção de sólidos, sejam eles sólidos suspensos totais e DBO particulada. Os sólidos removidos nesse flotador, assim como todo o lodo gerado na ETE são direcionados para o leito secagem e/ou decantador centrífugo para serem desaguados. Já a fração líquida do flotador é direcionada para o reator UASB, seguido de filtro aerado e decandor para remoção da DBO remanescente. Com a intenção de verificar a eficiência da ETE, o empreendedor realizou coleta das águas residuárias antes dos equalizadores (afluente) e após o decantador (efluente). Então, as amostras simples foram encaminhadas para um laboratório credenciado pela Fundação Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais – FEAM para que fossem realizadas as análises físico-químicas. De maneira geral, os resultados das análises (Tabela 1) indicaram que o sistema de tratamento de efluentes líquidos industriais adotado pelo abatedouro, alcançou eficiência na remoção de poluentes orgânicos.
Tabela 1. Resultados nas análises físico-químicas do afluente e efluente da ETE. Avaliação da eficiência da ETE Parâmetros Resultados Unidade Eficiência Afluente Efluente (%) Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO 3.000,0 357,4 mg. L-^1 88, Demanda Química de Oxigênio - DQO 10.600,0 558,0 mg. L-^1 94, Sólidos suspensos totais 304,0 28,0 mg. L-^1 90, Sólidos sedimentáveis 100,0 0,1 mg. L-^1 99, Nitrato total 53,0 2,4 mg. L-^1 95, Fósforo total 60,0 1,6 mg. L-^1 97, Ao avaliar as taxas de DBO e DQO encontradas nas análises do efluente, observa-se que o sistema de tratamento adotado apresentou elevada eficiência. A ETE alcançou a remoção 88% da DBO e 94% da DQO. Portanto, cumprindo a legislação ambiental vigente em Minas Gerais, na qual a Deliberação Normativa
- DN Conjunta do Conselho de Política Ambiental de Minas Gerais/Conselho Estadual de Recursos Hídricos - COPAM/CERH-MG nº 01/2008 estabelece a eficiência mínima de 75% da DBO e 70% da DQO (MINAS GERAIS, 2008). Resultados semelhantes foram obtidos por Rodrigues et al. (2014), que ao analisar o comportamento de um reator UASB, encontrou a eficiência global de 98% da DBO e 93% da DQO. Torkian et al. (2003) testaram um reator UASB com capacidade de 01 m³, com carga orgânica aplicada variando de 13 a 39 kg DQO/m³/d e tempo de detenção hidráulico – TDH de 2 a 7 horas, observaram uma porcentagem de remoções de DQO de 75% a 90% para afluentes de 3000 a 4500 mg. L-^1 de DBO. Os resultados apresentados demonstram a alta capacidade dos reatores UASB na remoção de matéria orgânica, mesmo recebendo afluentes com elevadas cargas orgânicas. Para os demais parâmetros analisados, a ETE também alcançou expressiva remoção. Os resultados encontrados no efluente após tratamento estão dentro dos limites fixados na DN Conjunta COPAM/CERH-MG nº 01/2008,
solo, bem como através da avaliação de medidas para evitar possíveis contaminações das águas superficiais e subterrâneas. O projeto de fertirrigação é realizado em 23 ha de pastagens, que então é dividido em glebas de 7,56 ha. Cada gleba será irrigada durante 31 dias, voltando a ser irrigada após 62 dias, formando um sistema rotativo. Efluentes líquidos domésticos e sanitários Os efluentes da linha marrom, compreendidos como aqueles combinados de efluentes sanitários e domésticos, sofrem tratamento por tanque séptico, seguido de filtro anaeróbio e sumidouro, conjunto mais conhecido como fossa séptica (Figura 2). Nesse sistema o tanque séptico remove a maior parte dos sólidos em suspensão, os quais sedimentam e sofrem o processo de digestão no fundo do tanque (VON SPERLING, 2014). O filtro anaeróbio efetua a remoção complementar da DBO, especialmente a fração solúvel contida no efluente. Figura 2. Imagem de um sistema fossa séptica. Fonte: Naturaltec (2016). Poluição atmosférica A poluição atmosférica restringiu-se basicamente aos efluentes gasosos da caldeira e da defumadora de embutidos, além das emissões odoríferas da ETE e da composteira, e em menor proporção o material particulado suspenso
por movimentação de veículos. O empreendimento possui 02 (duas) caldeiras de combustão a lenha, uma delas com capacidade nominal de 1000 kg de vapor/hora e a outra, usada somente em situações emergenciais (atualmente desativada) com capacidade de 300 kg de vapor/hora. As lenhas utilizadas são de origem plantada e também nativa, a última comprada de ONG’s que recebem doações de madeiras apreendidas por órgãos fiscalizadores. As emissões geradas na caldeira e na defumadora são provenientes da queima de lenhas. A reação de combustão libera principalmente monóxido de carbono e material particulado. As emissões dessas substâncias devêm atender às restrições impostas pela Deliberação Normativa COPAM 187/2013 (MINAS GERAIS, 2013). Nesse sentido, o empreendedor realizou ensaios para determinar as concentrações e taxas de emissão de material particulada (MP) e monóxido de carbono (CO) emitido na chaminé da caldeira. Conforme relatório técnico enviado pela empresa que realizou os ensaios, as taxas de emissões atmosféricas estavam de acordo com os limites estabelecidos pela legislação em vigor. No que se referem os odores gerados no empreendimento, é sabido que o gerenciamento adequado dos resíduos sólidos, principalmente os orgânicos, assim como operação adequada da ETE e composteira, reduz expressivamente as emissões odoríferas. Além disso, a execução de projetos paisagísticos e cortina verde além minimizar a poluição visual também melhoram a qualidade do ar. O paisagismo e cortina vegetal visam o equilíbrio da qualidade do ar, com vistas a promover uma barreira contra a emanação de material particulado, odores e ruídos para áreas limítrofes. Diante da importância, o empreendedor pretende executar um projeto de paisagismo e cortina verde. O empreendimento adota em todas as fases do seu processo produtivo a implantação de um gerenciamento adequado com boas práticas de limpeza, acondicionamento, destinação final imediata dos resíduos e eficiência operacional no sistema de tratamento de efluentes. Além do mais implantará um programa de gestão de resíduos sólidos, a fim de se manter um ambiente livre de emissões odoríferas. A redução das fontes geradoras de odores é obtida, principalmente, pela manutenção da higiene no ambiente e evitando-se o
sistema de condução dos efluentes da ETE, podendo sobrecarregá-la em momentos de grandes precipitações, interferindo em sua eficiência de tratamento. Visando mitigar os impactos ambientais das águas pluviais, o empreendedor tem intenção de executar um projeto técnico da drenagem pluvial, que contemple todas as áreas do abatedouro. CONCLUSÕES Pode-se inferir que, o empreendimento não possui restrições que inviabilize a sua operação, para isso basta que o mesmo concilie sua atividade com a manutenção da qualidade do meio ambiente em que está inserido, através do monitoramento e controle de todos os seus impactos ambientais. Conclui-se que, o abatedouro possui mecanismos de controle ambiental necessários para mitigar, controlar ou eliminar os impactos ambientais que possam surgir. Também é primordial a sustentação do desempenho ambiental do empreendimento, que será proporcionada pela execução dos projetos, manutenção dos mecanismos de controle ambiental, assim como o monitoramento dos aspectos e impactos ambientais potencias. Pode-se concluir finalmente que o abatedouro, através das medidas adotadas para mitigar os impactos ambientais, alcança a sua viabilidade ambiental, que será mantida com a melhoria continua dos mecanismos necessários para que a indústria continue em equilíbrio ambiental, sem causar danos ao meio ambiente. REFERÊNCIAS ANDREOLI, C. V.; VON SPERLING, M.; FERNANDES, F. Lodo de esgotos: tratamento e disposição final. 2a^ ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. 444 p.
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