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Imobilização e Fratura, Notas de estudo de Traumatologia

técnicas de extração e imobilização de vítimas de trauma

Tipologia: Notas de estudo

2019
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Compartilhado em 21/10/2019

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técnicas de extração e
imobilização de vítimas
de trauma
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técnicas de extração e

imobilização de vítimas

de trauma

Técnicas de exTração e imobilização
de víTimas de Trauma

PREFÁCIO

Todos nós, elementos que desempenhamos funções operacionais na emergência médica pré-hospitalar, somos frequentemente confrontados com situações de trauma. São, grande parte das vezes, situações graves e que exigem dos socorristas uma atuação segura e tecnicamente adequada, pois disso depende a vida daqueles que assistimos.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem feito esforços consideráveis para melhorar a resposta dada às situações de emergência médica, sobretudo no que diz respeito aos tempos de resposta. Mas, este esforço para que o Sistema Integrado de Emergência Médica trabalhe cada vez melhor não pode ficar-se apenas por aqui. É também fundamental melhorar a nossa capacidade de intervenção no terreno, as nossas competências técnicas e atualizar os conhecimentos, de forma permanente e continuada. Assim, é com grande satisfação que lhe apresentamos o novo Manual de Técnicas de Extração e Imobilização de Vítimas de Trauma. Aqui pode encontrar aquelas que são as boas práticas atuais, consensualizadas a nível internacional, na assistência às vítimas de trauma.

Este Manual insere-se também naquela que é uma nova lógica da formação do INEM: produtos de apoio pedagógico dirigidos a todos os profissionais - Técnicos, Enfermeiros e Médicos - do pré-hospitalar, dado que as técnicas a aplicar são sempre as mesmas, independentemente de quem executa o gesto.

Este é um trabalho de uma vasta equipa, nas áreas técnicas, pedagógicas e, também, audiovisual, que trabalhou afincadamente para lhe apresentarmos um novo Manual, com novo layout, novos conteúdos e novos materiais de apoio. A toda esta equipa, cuja composição encontrará na Ficha Técnica, aqui fica o agradecimento do INEM pelo bom trabalho realizado.

Termino, desejando a todos que continuem o bom trabalho. O INEM conta com todos e com cada um para garantir uma assitência técnicamente qualificada, sempre com um elevado respeito e consideração pela vida humana, aqueles que necessitam do nosso saber em situação de emergência.

Saudações cordiais do

miguel soares de oliveira Presidente do conselho diretivo do INEM

validado Pela comissão de Peritos

Ana Teresa Lufinha, Hospital Militar Principal, Médico (Anestesiologia)

antónio marques, Hospital de Santo António, Médico (Anestesiologia)

armando almeida, Administração Regional de Saúde (Algarve), Enfermeiro

cândida durão, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, Enfermeira

carlos luz, Hospital Garcia de Orta, Médico (Cirurgia)

daniel ferreira, Hospital da Luz, Médico (Cardiologia)

ernestina Gomes, Hospital Pedro Hispano, Médico (Anestesiologia)

fernando Próspero, Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, Médico (Cirurgia)

francisco abecasis, Centro Hospitalar Lisboa Norte, Médico (Pediatria)

hélder Pereira, Hospital Garcia de Orta, Médico (Cardiologia)

João João mendes, Centro Hospitalar Lisboa Central, Médico (Medicina Interna)

José artur Paiva, Hospital de São João, Médico (Medicina Interna)

miguel félix, Centro Hospitalar de Coimbra, Médico (Pediatria)

desiGn e PaGinação david rafachinho, Desiner Sénior

carlos Pereira, INEM (Gabinete de Marketing e Comunicação)

edição audiovisual José ribeiro da cunha, INEM (Gabinete de Marketing e Comunicação)

Técnicas de exTração e imobilização

de víTimas de Trauma

ÍNDICE

    1. Introdução SECÇÃO 1: TÉCNICAS DE ExTRAÇÃO E IMObILIzAÇÃO
    1. Estabilização manual da cabeça
    1. Aplicação do colar cervical
    1. Rolamento
    1. Levantamento
    1. Maca pluma
    1. Imobilização em plano duro
    1. Alinhamento em posição neutra no plano duro
    1. Colete de extração
    1. Extração rápida
    1. Remoção do capacete
    1. Imobilização vertical
    1. Conceitos gerais na imobilização de fraturas
    1. O transporte da criança no automóvel
    1. Imobilização pediátrica
    1. Transporte de vítimas de trauma
    1. Introdução SECÇÃO 2: ExTRAÇÃO DE VÍTIMAS ENCARCERADAS
    1. Aplicação do método "SAVER"
    1. Conceito de encarceramento e extração
    1. zonas de trabalho
    1. Regras e procedimentos de segurança
    1. Estrutura dos veículos
    1. Técnicas normalizadas para criação de espaço
    1. Equipamento mais frequentemente usado
  • SECÇÃO 3: bIbLIOGRAFIA
técnicas de extração e imobilização
10 de vítimas de trauma

secção 1

TÉCNICAS DE

EXTRAÇÃO E

IMOBILIZAÇÃO

11

13

NOTAS :

SECÇÃO 1

As técnicas de imobilização e remoção de vítimas de trauma têm vindo a ser modificadas ao longo dos anos com o objetivo de estabelecer o conjunto de procedimentos mais adequados que maximize a segurança na mobilização das vítimas de trauma.

Os princípios que asseguram uma imobilização efetiva da vítima de trauma, são os que a seguir se enumeram:

  1. Assegurar desde o início a estabilização manual e o alinhamento da coluna cervical, até à substituição mecânica (estabilizadores laterais de cabeça);
  2. Verificar a função neurológica nas extremidades;
  3. Aplicar um colar cervical , preferencialmente de duas peças, adequado ao tamanho da vítima;
  4. Imobilizar o tronco antes da cabeça;
  5. Evitar o movimento do tronco da vítima para cima ou para baixo, no dispositivo de imobilização;
  6. Evitar o movimento do tronco da vítima para a direita ou esquerda, no dispositivo de imobilzação;
  7. Evitar o movimento anterior do tronco da vítima, no plano;
  8. Assegurar que a imobilização torácica não inibe a excursão torácica ou provoca compromisso ventilatório;
  9. Imobilizar eficazmente a cabeça de modo a que esta não se mova em qualquer direção, incluindo rotação;
  10. Proporcionar, se necessário, o preenchimento do espaço sobe a cabeça;
  11. Manter a cabeça numa posição neutra e alinhada;
  12. Assegurar que nada inibe ou dificulta a abertura da boca, por parte da vítima;
  13. Imobilizar os membros inferiores de modo a que estes não se movam, mesmo nas situações em que o plano é lateralizado;
  14. Manter a bacia e os membros inferiores numa posição neutra alinhada,
  15. Assegurar que os membros superiores estão imobilizados ao plano ou tronco de forma adequada;
  16. Assegurar que a imobilização não compromete a circulação distal em qualquer membro;
  17. Reavaliar a vítima na sequência de qualquer movimento brusco/inusitado, que possa comprometer uma lesão instável da coluna, enquanto o dispositivo de imobilização é aplicado;
  18. Efetuar todo o processo de imobilização num espaço de tempo adequado;
  19. Reavaliar a função neurológica nas extremidades.

A indicação para aplicação das técnicas descritas está relacionada com as eventuais lesões associadas ao mecanismo de lesão identificado. Assim, as técnicas de colocação de colar cervical e imobilização em plano duro deverão ser consideradas sempre que exista:

  • No contexto de trauma fechado, qualquer lesão que coloque em risco a vida (AbCDE);
  • Perda de mobilidade ou sensibilidade após acidente;
  • Deformidade do pescoço ou coluna vertebral;
  • Alteração do estado de consciência após acidente;
  • Situações em que o mecanismo de lesão sugere transferência significativa de energia cinética: ° Projeção da vítima do veículo acidentado; ° Vítima de atropelamento; ° Vítima encarcerada; ° Vítima de queda > 3 metros; ° Vítima de acidente em veículo de 2 rodas > 30 Km/hora; ° Vítima de acidente em veículo ligeiro > 50 Km/hora; ° Vítima de acidente cujo veículo apresenta grande deformidade/intrusão dentro do veículo; ° Vítima de Capotamento.

Na execução das Técnicas de Trauma entende-se por “1º elemento”, aquele que fica à cabeça da vítima, e como tal é responsável pelas “vozes” na execução das técnicas.

Esta “voz” deve ter 3 momentos claros:

  1. Advertência / Chamada ( Exemplo: “estão todos prontos?”);
  2. Execução (Exemplo: “à minha ordem vamos baixar”);
  3. Voz de “Alto”/Ponto de Referência.

A função sensório-motora e a perfusão dos membros deve ser avaliada antes e depois das técnicas de imobilização.

Durante o processo de alinhamento e imobilização da vítima, devem ser evitados quaisquer movimentos bruscos, descoordenados ou desnecessários, já que podem contribuir para o agravamento/ aparecimento de défice neurológico.

Introdução

técnicas de extração e imobilização
14 de vítimas de trauma
  1. estabilização

manual da cabeça

secção 1

TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO E IMOBILIZAÇÃO

Técnicas de exTração e imobilização
16 de víTimas de^ Trauma

NOTAS : Abordagem posterior com vítima sentada em veículo :

  1. A execução desta técnica deve ser antecedida de uma estabilização lateral da cabeça;
  2. O 1º elemento coloca-se por trás da vítima;
  3. Coloca as suas mãos lateralmente sobre os pavilhões auriculares da vítima, sem movimentar a cabeça (figura 2);
  4. Os dedos deverão ser distribuídos de forma a proporcionar uma estabilização eficaz da cabeça da vítima;
  5. Se a cabeça não está alinhada numa posição neutra o elemento mobiliza lentamente a cabeça, até conseguir o alinhamento (exceto se contra indicado);
  6. O 1º elemento (se possível) aproxima os seus braços e apoia-os no banco, nos apoios de cabeça ou no seu tronco, para se manter mais estável.

Figura 2

Abordagem anterior com a vítima de pé :

  1. Posicionando-se diretamente em frente da vítima, o 1º elemento coloca as suas mãos de ambos os lados da cabeça sobre os pavilhões auriculares, sem movimentar a cabeça (figura 3);
  2. Se a cabeça não está alinhada numa posição neutra o 1º elemento mobiliza lentamente a cabeça, até conseguir o alinhamento (excepto se contraindicado);
  3. Deve ser mantida a pressão suficiente para suportar e estabilizar a cabeça.

Figura 3

Abordagem com a vítima em

decúbito dorsal :

  1. O 1º elemento posiciona-se atrás da cabeça da vítima, na posição de ajoelhado ou deitado;
  2. As mãos do 1º elemento são colocadas de cada lado da cabeça da vítima, colocando as palmas da mão sobre os pavilhões auriculares desta (figura 4);
  3. Os dedos de ambas as mãos do 1 elemento devem ser utilizados de forma a proporcionar uma estabilização eficaz e segura;
  4. Ao estabilizar a cabeça da vítima, os cotovelos e/ou os antebraços do 1º elemento podem ser apoiados no chão ou nos joelhos (para um suporte adicional).

Figura 4

SECÇÃO 1

17

Estabilização manual da cabeça

19

NOTAS :

SECÇÃO 1

Para realizar corretamente esta técnica são necessários 2 elementos.

obJetivos: Efetuar a correta colocação de um colar cervical de tamanho adequado.

indicações: Quando o mecanismo de lesão sugere traumatismo da coluna cervical (consultar página 15).

contraindicações: Trauma penetrante com eventual objeto empalado e/ou hematoma expansivo, no pescoço ou zonas adjacentes.

técnica:

  1. O primeiro elemento deve fazer ou manter, de acordo com a posição e a situação da vítima, o alinhamento e a imobilização da cabeça e coluna cervical, em posição neutra, deixando livre a região cervical, para que seja mais fácil a aplicação do colar cervical;
  2. O segundo elemento, procederá à escolha do tamanho do colar cervical, medindo a distância do ângulo da mandíbula à base do pescoço;
  3. Os passos da aplicação do colar dependem do tipo de colar e das suas instruções de colocação. No entanto, sempre que possível, deve-se optar por um colar de duas peças e quatro apoios, ajustando primeiro a parte anterior do colar ao pescoço da vítima, colocando, de seguida, a parte posterior do colar, procedendo então ao ajuste final;
  4. O primeiro elemento mantém sempre o alinhamento em posição neutra (segundo o eixo nariz-umbigo-pés) e a imobilização, durante os movimentos a realizar posteriormente.

Para o transporte da vítima em plano duro é obrigatória a aplicação do cinto tipo aranha ou os cintos do plano e depois destes os estabilizadores laterais de cabeça.

Esta técnica deverá ser executada sempre que o mecanismo de lesão sugere traumatismo da coluna cervical.

Aplicação do colar cervical

Película 1: Aplicação do colar cervical (filme INEM)

técnicas de extração e imobilização
20 de vítimas de trauma
  1. rolamento

secção 1

TÉCNICAS DE EXTRAÇÃO E IMOBILIZAÇÃO