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Uma análise detalhada do episódio da ilha dos amores, encontrado nos cantos ix e x de os lusíadas, de luís de camões. A análise aborda a importância estrutural e simbólica deste episódio na obra, além de sua relevância histórica e filosófica. O texto discute a visão paradisíaca da ilha dos amores, a interpretação do amor físico como chave para o conhecimento, e a elevação dos portugueses a um estatuto divino.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Colégio Equipe de Juiz de Fora Rua São Mateus, 331 - São Mateus – Juiz de Fora – MG (32) 3232- 8686 24 /0 7 /2020: EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS PARA O TESTE (TECIDO EPITELIAL) – 1 º ano EM DISCIPLINA: LITERATURA PROFESSOR: TATIANA A Ilha dos Amores. O mito da Ilha dos Amores é contado por Luís de Camões, nos Cantos IX e X d'Os Lusíadas. Nestes cantos, é relatada a vontade da deusa Vénus em premiar os heróis lusitanos, com um merecido descanso e com prazeres divinos, numa ilha paradisíaca, no meio do oceano, a Ilha dos Amores.
O episódio da Ilha dos Amores ocupa uma quinta parte do poema. Encontra-se colocado estruturalmente na convergência de todos os diversos níveis de ação presentes na obra:
_- a viagem dos marinheiros;
- a interpretação filosófica do significado da ação dos homens no
- a crítica da situação factual da política do tempo de Camões. Fácil será fazer uma extrapolação e dizer que a Ilha é a visão paradisíaca do verdadeiro Portugal ou que ela representa uma utopia de feição idealista : o lugar da recompensa dos homens após o longo sofrimento, privação e risco da demorada viagem. Mas convém notar que, com a prática erótica que essa Ilha faculta aos homens e ao Gama, é feito, paralelamente, o discurso da revelação da sabedoria histórica. Para além de considerações de carácter esotérico (secreto, misterioso), o que o poema nos dá é de facto a prática e o apogeu do amor físico como sendo a chave textual para a abertura do conhecimento. Tais propostas são manifestamente (ofensivas) relativamente às doutrinas quer neoplatónicas quer católicas.
Simbologia do episódio da Ilha dos Amores A Ilha dos Amores simboliza o reconhecimento dos feitos do povo português através de uma recompensa – a celebração de um casamento cósmico entre as ninfas e os portugueses, através do qual Camões os
imortais e soberanos/O mundo cos varões que esforço e arte/Divinos os fizeram, sendo humanos». Vénus , deusa do Amor e da Beleza, é assim a deusa que se identifica com estes heróis e os vai salvando dos
persistência e dedicação na tarefa da superação da humanidade. Na ilha "fresca e bela" encontram-se ninfas à espera, tendo os marinheiros a oportunidade de se deleitar com elas que os acolhem , depois de jogos de sedução , dividem-se entre o prazer sexual e o Amor. É aliás este Amor que existe entre Vénus e os
aos portugueses a possibilidade de realização completa, sem as
através desta e de muitas outras obras.
Em Os Lusíadas a revelação súbita da nudez desperta o instinto para o qual o pecado não existe. É em plena inocência, como se o tabu bíblico nunca tivesse existido, que se realizam as núpcias, sem restrições. Depois desta recuperação da inocência e desta abolição da consciência do Bem e do Mal, os homens recuperam também a imortalidade. Como amantes das ninfas imortais, tornam-se eles próprios divinos.
Evidentemente há uma entrega aos prazeres da carne, mas é um prazer fruto do Amor, que preenche a alma e purifica. O Amor que deifica homens e humaniza deuses, unindo-os num só ser, fazendo com que entre eles não haja mais distinção, deixando criaturas humanas e divinas num mesmo patamar, numa mesma existência.