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trabalhar a igualdade na escola é dar voz às meninas, liberdade, autonomia e emancipação, mostrar que elas podem alcançar lugares maiores e que elas devem tomar esses lugares.
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educação Curso de Pedagogia
Maria Teresa Eglér Mantoan (Organização)
Coletânea de textos escritos por alunas da Metodologia do Ensino Fundamental – 2º (^) Sem./2006 disciplina
Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educação Curso de Pedagogia
Maria Teresa Eglér Mantoan (Organização)
Coletânea de textos escritos por alunas da disciplina Metodologia do Ensino Fundamental – 2º Sem./
1- Ana Karolina Miranda, 15 Sem título
Este trabalho despretensioso, que inaugura um tópico da Biblioteca Digital da Faculdade de Educação, amplia os meus propósitos de formadora de professores e me faz sentir orgulhosa desses alunos e de todos os demais, que estiveram conosco, cursando esta disciplina. Para melhor situar o leitor no contexto desta publicação, incluo, antes dos textos, o Plano de Curso da Disciplina, tal como foi concebido e executado e página da Internet, em que trabalhamos virtualmente – muito pouco para as minhas expectativas, infelizmente! Mas vale visitá-la: http://www.todosnos.unicamp.br. Agradeço às autoras as contribuições que apresentamos aos leitores e que mostram uma reflexão diversa e ampla sobre as diferenças na escola e suas repercussões na re- construção pedagógica do ensino e na aprendizagem. Agradeço, também, à Renata Ribeiro e à Daniela Donadon, alunas queridas, que me ajudaram na organização desta coletânea, com muita dedicação e competência. Que seja esta a primeira de muitas publicações que promoveremos com esses objetivos e que outros professores possam se contaminar pela iniciativa.
Maria Teresa Eglér Mantoan Campinas, janeiro de 2007
Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educação Curso de Pedagogia EP153 – Metodologia do Ensino Fundamental Profa. Maria Teresa Eglér Mantoan LEPED/Unicamp – http://fae.unicamp.br/leped Tel: (19) 3788 5586/ 3788 5553/ 2121 0996 e-mail: tmantoan@unicamp.br 2º semestre de 2006
Plano de Curso
Ementa: O curso tratará de aspectos teóricos e de práticas escolares do Ensino Fundamental, na perspectiva de uma escola comum para todos - ensino inclusivo. Abordaremos as inovações educacionais que subjazem a essas práticas e que afetam a organização administrativa e pedagógica das escolas.
Objetivos
Discutir essa etapa da educação básica e o acesso de todos os alunos à escola, a partir de:
ALVES, N. e LEITE GARCIA, R. (orgs.) (1999).O sentido da escola. Rio de Janeiro/RJ: D P& A. AQUINO, J. (org) (1998). Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: Summus Editorial. ARENDT, Hanna. (1992). Entre o passado e o futuro. 3ª ed. São Paulo: Perspectiva. BARBOSA MOREIRA, A.F. (org.). Currículo: políticas e práticas. Campinas, Sp: Papirus, 1999. BRANDÃO, Z. (org.) (1994). A crise dos paradigmas e a educação. 3ª edição, SãoPaulo: Cortez.
DUBY, Georges (1999). Ano 1000, ano 2000:na pista de nossos medos. Trad. Eugênio M. da Silva, Maria Regina B. Osório. São Paulo: UNESP/ Imprensa Oficial do Estado – (Prismas). ELIAS, Marisa del Cioppo.(1997). Célèstin Freinet: uma pedagogia de atividade e cooperação. Petrópolis: Vozes. ESTEBAN, Maria Teresa (org.) (2001). Avaliação: uma prática em busca de novossentidos. 3ª edição. Rio de Janeiro: DP&A
FERREIRA, Gláucia de Mello (org).( 2003). Palavra de Professor (a): tateios e reflexões na prática da pedagogia Freinet.Campinas:Mercado das LetrasEdições e Livraria LTDA. FREINET, Celéstin.(1961) Méthode Naturelle de lecture. Bibliothéque de l´École Moderne. Cannes: Imprimerie CEL Freinet. FREINET Céléstin.(1977). A leitura pela imprensa na escola. Lisboa: DistribuidoraNacional de Livros.
IMBERNÓN, F. (org.).(2000). A Educação no Século XXI – os desafios do futuro imediato. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed. LARROSA, J. e PÉREZ de LARA, N. (orgs.) (1998). Imagens do outro; tradução de Celso Márcio Teixeira. Petrópolis/RJ: Vozes.
LARROSSA, J., SKLIAR, C. (orgs.) (2001). Habitantes de Babel: políticas e poéticas da diferença. Tradução de Semíramis Gorini da Veiga. Belo Horizonte: Autêntica. MANTOAN, M. T. E. (1997) Ser ou estar, eis a questão. Compreendendo o déficit intelectual. Rio de Janeiro: WVA Editores. MANTOAN, M. T. E. (1998). Integração/Inclusão – escola (de qualidade) para todos. Pátio – revista pedagógica 2,(5), 48- MANTOAN, M. T. E. (2000).Ensinando a turma toda – as diferenças na escola. Pátio – revista pedagógica – ARTMED/ Porto Alegre RS, Ano V, nº 20, Fev/Abr/2002, pp.18- MANTOAN, M. T. E. (1998).Todas as crianças são bem-vindas à escola. Apostila. Faculdade de Educação/ Unicamp – Campinas/SP. MANTOAN, M. T. E. (2000).Não há mal que sempre dure Apostila. Faculdade de Educação/ Unicamp – Campinas/SP. MANTOAN, Maria Teresa Eglér (org.), (2002). Caminhos pedagógicos da inclusão. São Paulo: Memnon - edições científicas. MANTOAN, Maria Teresa Eglér, (2003). Inclusão escolar: o que é? Por quê?Como fazer? São Paulo: Editora Moderna.
MORIN, Edgar. (2001). A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. NAJMANOVICH, Denise (2001). O sujeito encarnado - questões para pesquisa no/do cotidiano. Rio de Janeiro: D P& A: SEPE OLIVEIRA, I.B. de (org.) (1999). A democracia no cotidiano da escola. Rio de Janeiro: DP&A SEPE RANCIÈRE, J. (2002). O mestre ignorante. Cinco estudos sobre emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica. SAMPAIO , Rosa Maria Whitaker Ferreira.( 989). Freinet: evolução histórica eatualidades.São Paulo: Editora Scipione.
SILVA, T. T. da. Documentos de Identidade – uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte: Autêntica, 1999. SILVA, Tomás Tadeu da (org.).(2000). Identidade e diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis, RJ: Vozes.
Ana Karolina Miranda
Visto que a estrutura e o funcionamento de nossa sociedade estão intimamente ligados à produção e reprodução dos conhecimentos adquiridos pela humanidade desde o surgimento do Homem até aqui, o ato de educar já poderia ser considerado deveras importante. Não obstante, uma educação tradicional – ainda predominante nas escolas atualmente – não é mais capaz de contemplar as necessidades e aspirações dos alunos, o que propicia o desejo de transformação das práticas de sala de aula de muitos professores. Por outro lado, mantém outros encobertos pelo véu da ignorância, uma vez que entrar em crise de paradigmas significa instabilidade, o que exige se desvincular da comodidade da pedagogia do fracasso dos alunos e se abrir para uma nova concepção, na qual se deve oferecer o maior número de possibilidades para o aluno aprender, além de se superar o mito do método pronto e adequado ao ensino de todos. É um trabalho que requer reflexão e auto-avaliação constantes das práticas aplicadas, por isso é preciso sentir prazer em participar ativamente desse processo que nunca terá final. Mantoan cita John Rawls (2002), que evidencia aspectos relevantes para a problematização das questões abordadas quando:
“...sugere, então, uma igualdade democrática, que combina o princípiodiferença (...) ao combinar os dois princípios, RAWLS reconhece da igualdade de oportunidades com o princípio da que as desigualdades naturais e sociais são imerecidas e precisam ser reparadas e compensadas, e o princípio da diferença é o que garante essa reparação, visando à igualdade.” (MANTOAN, 2006) Uma escola democrática se inicia por esse caminho: proporcionar a todos a igualdade de oportunidades para aprender, não através de uma metodologia compartimentalizada - em que os conhecimentos são sistematizados em protodisciplinas - e imbuída de estereótipos e preconceitos, mas sim através de uma didática abrangente, que possa alcançar e respeitar as diferenças sem descaracterizá-las, em que a busca pelo saber seja o objetivo principal, sem a preocupação de internalização de fundamentos enquadrados em uma determinada disciplina que não fazem sentido para as crianças, isoladamente. Como conseqüência será promovida a emancipação intelectual, antes vislumbrada apenas por alguns. Universidade Estadual de Campinas Graduanda 3º ano - Pedagogia Faculdade de Educação
O ensino escolar brasileiro é aberto a poucos, sobretudo no caso de alunos deficientes. Além disso, a inclusão escolar tem sido mal compreendida sobre seu apelo a mudanças nas escolas. Ainda há muita resistência. Problemas conceituais, desrespeito a preceitos constitucionais, interpretações tendenciosas de nossa legislação educacional e preconceitos que distorcem o sentido da inclusão escolar são também grandes barreiras a serem enfrentadas pelos que defendem essa inclusão. Inúmeros são os desafios, mas lutar por direitos iguais para todos, sobretudo no que diz respeito à educação, deve ser o grande objetivo daqueles que buscam um sistema escolar justo e preparado para atender a todos.
Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Educação Graduanda 3º ano - Pedagogia
Beatriz Helena Ferreira
Reflexão. Não existe outra palavra que possa traduzir com tamanha fidedignidade as tantas experiências vividas ao dar início a procura de conflitos com determinados padrões. Perdi-me ao encontrar as certezas e as contradições. Este encontro me proporcionou um direcionamento de pensamentos sobre aquilo que sou, a ponto de alcançar análises profundas de idéias, situações e problemas. Decidi, portanto, subir a uma pedra mais alta, onde medo e grande confusão encontrei. Como na reflexão, ocorreu-me um desvio de direção das ondas luminosas que encontram um corpo interposto: as histórias me contaram desde pequena, continuam contando todos os dias. Tentei sim tudo resolver, ao abrir os olhos e em seguida fugir desses tais paradigmas: vou agora em busca dos meus. Desde então, me dei conta que detenho um curioso poder: posso mudar meus significados, meu signo, meus comportamentos e conceitos, que, por sua vez, chegaram até mim depois de se modificarem muitas e muitas vezes. Tomei posse, portanto dessas ferramentas tanto nas mãos, e nos pés, e uni-os aos motivos de sobra que tenho para através das diferenças valorizar tudo e todos a minha volta. As escolhas que fiz em busca dos melhores atos, dos melhores sabores, das melhores melodias e dos melhores personagens que me compõem, criei um estilo de viver mais adocicado, valorizando que a única coisa que todos tem igual é a diferença, sou apenas sujeito simples. Cativar. Uma maneira sempre improvisada de viver a vida, de sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relacionar as idéias.