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Guias e Dicas
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História da Descoberta e Evolução dos Vasos Bronquicos: Anastomoses e Circulação Pulmonar, Resumos de Fotografia

A história da descoberta e evolução dos vasos bronquicos, incluindo as anastomoses entre eles e as artérias pulmonares. O texto aborda os primeiros relatos sobre as artérias bronquicas, as descobertas de reisseissen e sommering, as anastomoses entre as artérias bronquicas e pulmonares, e as experimentações de müller, ghoreyeb e karsner, schlaepfer, ziegler, berry, east e bernaro, schlaepfer, work-knudsen, e outros. O documento também discute as consequências da ligadura da artéria pulmonar em relação à circulação bronquica.

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Salamaleque
Salamaleque 🇧🇷

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NICANOR
LETTI
CONSEQüÊNCIAS
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DA
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DA
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PULMONAR
ESQUERDA
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Baixe História da Descoberta e Evolução dos Vasos Bronquicos: Anastomoses e Circulação Pulmonar e outras Resumos em PDF para Fotografia, somente na Docsity!

NICANOR LETTI

CONSEQüÊNCIAS ANATôMICAS DA l.IGADURA

DA ARTÉRIA PULMONAR ESQUERDA EM CÃES

Tese poro concorrer à Docência-Livre do

Cadeira de Anatomia do Faculdade de

Medicina de Pôrto Alegre do Universidade

do Rio Grande do Su l.

I 111 11 111

Bib.Fac.Med. UFRGS

T- 0546

Consequencias anato micas da li

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05300271 W0140 L686c 1961 [000~18354] Letti, Nicanor. Conseqüências anatornlcas da llgadura da artéria pulmonar esquerda em eles. 1961. 36 p. : il.

AGRADECIMENTO

Agradecemos de modo especial ao Prof. Tauphick Saadi, inspi-

rador dêste trabalho, aos Drs. Joseph Ha use r S. ]., J u lice Aillon,

Alaor Teixei ra pe la sua colaboração nos dive rsos setores da inves-

tigação. Acs Drs. E loy Ju li us Garcia e Godofredo Fay de Macedo

pela ajuda na revisão. Aos dedicados func ionários ela Facu l dade ele

Medicina, Srs.: Migue l Kolling, João de Vagre, Alvair More ira, Ân-

gelo Perozzo e Rui Fetzner, sem cu ja ded icação não seria possível

a rea lização dêste traba lho.

íNDICE

Ag r adecim e nto .. .......

Índice ............ ... .. ...... .... ....... ... ....

Introd u ção

Mater ial e m é todos... ... ........ ... ...........

Resu l tados

Discussão

R es umo e conclmões

Bibliografia ....... ... .. ...... ...... ... .........

INTRODUÇÃO

Des de o século passado, tem-se preconizado a li gadu ra da arté- ria pu l monar em casos de bronquiectasias crônicas e enfisemas avan- çados. SAUERBRUCH^1 foi o primeir o a aconse l har tal procedimento. Rea li zou algumas intervenções sem resultados satisfatórios, o que mo ti vou o abandono el e su as idéias. Entretanto, a partir de 1945, d ev ido aos traba lhos de VERLOOP^2 • 3

e de LrEBOW e col. 4 • .>, o assunto vcltou a ser discutido e já muitos

ciru rg iões preconizam novamente a ligadura da artéria pulmonar em uma sér ie de af ecções pulmonares cr ônicas. S abe mos que a ci r cu l ação p ulm onar se div i de em: - sistêmica

  • de origem aórtica, formando as artérias brônquicas ou os chama- dos "vasa nutriria" de REISSEISSEN 7 ; e a cir cu l ação funcional, saindo

do VD, distribui-se pelas artérias pulmonar es D e E aos pulmões.

GALENO, co m o refere uma sé ri de anato mi stas, já conhecia as artér ias brônquicas, embora nunca as tenha de scrito com êste nome. MARCHETTI 6 ( 1956) foi quem descreveu pela primeira vez os vasos brônquicos, sendo que somente muito mais tarde, em 1808 e 1822, REISSEISSEN e SoMMERING^7 • ~ descreveram sua Função de "vasa nu- tr i ria" elo pu lmão e de "vasa vasorum" da artér ia pulmonar , relatando ainda êsses AA algumas alterações dê stes vasos associadas a molés - tias pulmonar es crônicas. Entretanto, foi VrRCHO\V 9 • 1 0 ·^11 o primeiro a es tudar os proble-

m as re l acionad cs com a ci r culação colateral, devido à obstrução da

artéria pu l monar, principa l mente em ramos lobares da mes ma. As anastomoses entre as artérias brônquicas e pulmonares já e!·am conhecidas de RuvscH 1 ~. Os achados d e VrRCHOW foram n egados por CorJNTfF. IM e LIT- T :.N 1 s, que não e ncontraram dilatação do sistema arterial brônquico depois de três mes es de c bstrução da artéria pulmonar. Em 1878, KüTTNER 1 ~ en co ntrou anasto m oses entre a artéria pu' monar e a artéria brônquicJ no cão. Foi êle ainda o primeiro a ligar ex perimentalmente a artéria pu l monar em ovinos, verificando que, após a ligadura , o líquido inj e tado na circulação sistêrnica era encontra do na artéria pulmonar, concluindo pela existência de anastomoses entre o sistema arterial pulmonar e arterial brônquico. Em 1906, MrLLER 15 publicou seu primeiro trabalho sôbre cir- culação pulmonar, onde demonstrou as comunicações que existem en-

tre as artérias brônquicas e as veias pulmonares, não encontrando anastomoses entre as artérias brônquicas e pulmonares.

GHOREYEB e KARSNERH', em 1913, demonstraram que os sistemas

da artéria pulmonar e brônqui.ca só apresentavam anastomoses capi- lares. As atresias congê nit as da artér ia pulmonar e sua r epercussão sôbre o desenvolvimento da circulação col atera l fcram estudadas por

CHRISTELLER 17 em 1916.

Mais tarde, ScHLAEPFFER^1 R encontrou fibrose do pulmão após

ligadura da artéria pulmonar. Os estudos de ScHLAEPFFER 19 · 20 fo-

ram realizados com a intenção de conseguir um meio de cicatrizar o mais ràpidamente possível as lesões tuberculosas do pulmão.

Em 1926 e 1927 surgiram dois trabalhos de SMJRNOFF 21 • 22 , em

que êste autor realiza a l aqueadura experimental da arté ri a pulmo - nar, das veias pulmonares e das artérias brônquicas. Verificou que, quando ligava a artéria pu lm onar , ocorria atro- fia fibr csa do tecido com desaparecimento conseqüente da funciona- lidade do pulmão; a li gadura das veias pulmonares levam os animais à morte; quando da li gadura da artéria e da veia, simultâneamente, os animais sobreviviam. Contrariando alguns achados de SMIRNOFF, ScHLAEPFFER 23 ve-

rificou aumento da circulação venosa colateral e estase pulmonar

pequena após ligadura das veias pulmonares.

Foi, entretanto, em 1930 com o trabalho de MATHES, REICHERT

e HoLMAN 24 que, pela primeira vez, utili zou-se do método radiológico para estudo da circu l ação pulmonar. Êstes autores utilizaram a mas-

sa de HILL, ( sc lução de bicloreto ele bismuto a 20% e solução de

acácia a 11 % ) injetada nas artérias br ô nquicas ou pulmonares, ob-

tendo imagens radiológicas imperfe itas. ··HoRINE e WARNER 2 5. ZG ,^27 , depois da ligadura da artéria pul- monar em cães encontraram áreas de e nfisema, atelectasia e hemor-

ragia no pulmão e notaram que, pela ligadura extrapleural, não ha-

via diminuição do vo lum e de expansão pulmonar com 75 % ele índice

de mortalidade nos animais operados.

BERRY, BRAILSFORD e BuR GH DALY^28 , es tudando em 1931 o sis-

tema vascu lar bronquial do cão, descreveram o curso e a distribuição das artérias brônquicas e ainda de monstraram a ex istência de co- municações capilares e pré - capilares e ntre as artérias pulmonares e aquelas.

EAST e BERNARo 29 , em 193 8, discutem a circu l ação brônquica

dilatada em casos de atresia da artéria pulmonar. AMEUILLE, LEMOINE, TINEL, VAND ENDORGE e FAUVET 30,3l,3Z,a3,34, examinando os vasos pulmonares de pulmões com lesões tubercul o sas, encontrara m as artérias brônquicas dilatadas. Posteriormente, em cães, r ea liZaram a ligadura de um dos ramo s da artéria pulmonar.

Embora os pulmões não apresentassem lesões histológicas até 6 me-

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Fotografia 11." 1 - Esta fotografia m os tr ~ o dispositivo que ut iiizamos para expan- dir e injetar o mercúrio metálico na circu l ação brônquica do animal, o c ursor era gr aduado permitindo a elevaçã o ou abaixamento de acô rd o com a pressão a r- ter ia l do a nim a l.

D ecorr ido o t e mpo de [e rminado pela ex p é! IJm e nt ação, os amma1s foram sacrificados. Prepar. u-se o an im a l, an estes iand o-o e se ndo to- mada a pressão ar t erial p el o mé todo dir eto, seguida de sa ng na nas carótidas. Seguiram-se as se gu int es fas es :

1.0 abertura ampla do tórax , co m resecção de sua parede

vent ral ; 2.0 - a pós lig adura p rév ia d e tod ( s os vasos ele con e xão com as zonas circull\·izinhas , ext raçã o cuid adosa dos órgãos torácicos, em b loco;

3.^0 conexão da tr;:~quéia a um fo le m a nu al e expa n são de ambos os pulmões, fotografia da peça; 4.^0 mantidos cs pulmões em expansão, li gadura da aorta dis-

ta lm ente à em e rgência da subcl áv ia E ..

5.^0 injeção de 50 ml de mercúrio na ao rta na porção distai

a ligadura. ( F o to grafia n. 0 1). E l evação do tubo injetor

em rel ação à peç a a uma a ltura em cms, igual à pressão

a rt erial máxim a , medida antes da morte do animal. Desta

fo rma, como se po de verificar na fig. 1, o mercúrio não

s.o

tem out ra possibilidade senão a de penetrar nos pulmões através das artérias brônquicas, uma vez que a porção proximal da aorta descendente e as int ercostais estão ocluídas; fotografia das artérias brônquicas de ambos cs pulmões; esvasiamento da aorta e radiografia da peça pela técnica comum de exame radiológico dos pulmões; a fim de co lh êr material para estudo histológico, deixa- va-se escorrer, t anto quanto possível o m ercúrio dos pul- mões, retirando um fragmento do pulmão E. e de seu

testemunho, o pulmão D.

O estudo histológico, para ver ifi cação do estado das fibras elás-

ticas e de reticulina, foi realizado seg und o o método de V AN GmsoN

c de BrELCHOWSKY4o , 41.

RESULTADOS

Para ver ifica ção do efeito da ligadura da artena pulmonar, os pulmões, retirados e tratados segundo a técnica já descrita, foram examinados segundo os seguintes dois critérios:

1.0 - exame macroscópico, que compreende o exame direto e o radiológico. O exame direto permite-nos verificar a va- riação da expansão pulmonar e o aspecto da artéria brôn- quica na sua porção extrapu lmonar bem como outros detalhes de superfície. O exame radiológico proporciona a verificação de a lt erações da artéria brônquica na sua por- ção pulmonar e, especialmente, a percepção do estabe le- cimento de anastomose com a artéria pulmonar.

  1. 0 ~ exame mtcroscópico; a fim de poder detectar as modi- ficações das estru tur as mesenquimais do pulmão, recor- remos ao estudo das fibras de reticulina e das fibras elás- ticas, responsáveis pelas alterações na el ast icidad e pul- monar.

Os resu lt ados observados estão contidos no quadro n° 1.

Para maior ilustração dos resultados, vejam -se as fc.tografias das páginas seguintes. (Fotografias n. 0 8^ 2 a 27.)

QUADRO N. 0 1

ASPECTO MACROSCóP ICO GRUPO ASPECTO MICROSCóPICO Exam e direto (^) Exame radiológico

NO\

Tempo de operação I^ Lado^ 1/^ Expansão^ I^ Art. brônq.^

Outros deta lh es Art. brônq.

I 11

Fibras de A na stomoses , reticulina

Fibras elásticas

11 I^ c^1 .Jm^ .l^ llUIC,^1 a^ d'l^1 ata^ d^ a^ peq. áreas de 1 ..^ d^ *"^ dilatada.^ e^ .JJnperceptJvels^ ,^ -^ ~~^ ~norma1s^ I^ norm ais

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1 (Fotog. 14- 19) I D JJ normal norm al - normal imperceptíveis ~\ norma l normal

I 1 11 -~ E^1^ c 1·^ 1111111UJ^ ·^ -,^ d-- a^ - c ~^^^1 --^1^^ ata -^^ c a - ~^ ·^^ -;~.co l. e ader,áreas de dilatadavancosa^ e^ fran~:a rt. pulm.^ c/-:^^11 aumen topequeno aum entopequeno

4 I 7 meses I Ir

I (Fotog. 20- 25) D 11 normal norma l - normal imperceptíveis [ normal normal

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I I normal - ~ 1 : r:a~l -- ~derêncdia s I- 10 -rmal_ _. im pm<p<i•<i! l omm>l I ooon>l I I E a pare e I I 2 meses I - 1 j ~ (Fotog. 26 c 27) l D I normal normal normal normal imperceptíveis il normal normal

colap so. ad erênc ia s.

Fotografia 11° 4 - Artéria brônquica E. (pulmão operado) da Forografia nO 2.

F o to graf-ia 1~. 0 5 - Arteriografia dos pulmões de um cão do grupo n° 1, ond e vemos as artérias brônquicas E ., dilatadas e aum e nt ada s em número, enquanto q~te do lado direito perma- necem normais.

Fotografia 11.^0 6 - Fibr as de rc ti c ul ina do pulm ão de um cã o operado do grupo n. 0 1.

Fotografia ·n° 7 - F ibras el ásticas do pu l mão ope r ado de um cão do g rup o n O 1.

Fotografia n ." 10 - A rt éria br ônquic a do pu l mã o norm al, da Fo togra fi a n .• 8.

Fotografia n ." 11 - Arte ri ografia brfmquica de um cão, 3 me- ses após a c irur gia, no ta nd o-se o po nt o de li ga dur a da a rt é ri a pulm o na r e o fran co enc him e nt o da m esma atr avés da s a r té- ri as br ô nq ui cas.

Fotografia 11. 0 12 - Fibra s de reticulina de um pu lmão operado do [( rup o n° 2.

Fo tografia n° /3- Fibras elásticas de um pulmão operado de um cão do grupo n° ~.