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Estudo para o Projeto de um Hospital Veterinário: Análise da Normativa e Referências, Slides de Veterinária

A pesquisa final de um graduado em arquitetura e urbanismo da universidade feevale sobre o tema de um hospital veterinário para cães e gatos. O documento coleta e analisa dados para o desenvolvimento do projeto, incluindo a importância de diferenciar hospitais, clínicas e consultórios veterinários, as exigências da resolução 1015/2012 e a importância de espaço para a grande demanda de atendimentos, cirurgias e internações. O documento também apresenta análises de projetos referenciais.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância de espaço para hospitais veterinários?
  • Quais são as principais referências utilizadas no projeto de um hospital veterinário?
  • Quais são as exigências mínimas para o funcionamento de hospitais veterinários?
  • Quais são as normas específicas a serem consideradas no projeto de um hospital veterinário?
  • Que é a diferença entre hospitais, clínicas e consultórios veterinários?

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jorginho86
Jorginho86 🇧🇷

4.6

(97)

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Hospital Veterinário
Espaço Animal
FONTE: UNSPLASH, MAREK SZTURC
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Baixe Estudo para o Projeto de um Hospital Veterinário: Análise da Normativa e Referências e outras Slides em PDF para Veterinária, somente na Docsity!

Hospital Veterinário

Espaço Animal

FONTE: UNSPLASH, MAREK SZTURC

Universidade Feevale

Curso de Arquitetura e Urbanismo

Pesquisa do Trabalho Final de Graduação

Orientadora: Ana Eliza Pereira Fernandes

Orientanda: Andressa Wittmann

Novo Hamburgo, 2019

Hospital Veterinário

Espaço Animal

5.2 Referência técnica para o funcionamento dos serviços veterinários -

    1. Tema
  • 1.1 Apresentação
  • 1.1.1 A Medicina Veterinária no Brasil..................................................................
  • 1.1.2 Hospitais, clínicas e consultórios: entenda as diferenças........................
  • 1.1.3 Setores dos Hospitais Veterinários..............................................................
  • 1.1.4 Especialidades veterinárias...........................................................................
  • 1.2 Justificativa
  • 1.2.1 Animais de estimação x humanos................................................................
    1. Referências arquitetônicas....................................................
  • 2.1 Referências análogas
  • 2.2 Referências formais
  • 2.3 Visita técnica
    1. Área de intervenção..............................................................
  • 3 .1 Apresentando o município
  • 3.2 Por quê Dois Irmãos?
  • 3.3 Os porquês do lote
  • 3.4 Apresentando o lote
    • 3.5 Análises
    • 3.5.1 Fluxos viários.....................................................................................................
    • 3.5.2 Infraestrutura e equipamentos urbanos
    • 3.5.3 Densidade, usos e alturas
    • 3.5.4 Conforto ambiental e vegetação
    • 3.5.5 Regime urbanístico
      1. Projeto..................................................................................................
    • 4.1 Programa de Necessidades..............................................................................
    • 4.2 Fluxograma..........................................................................................................
    • 4.3 Materialidade e sistema construtivo...............................................................
    • 5 Normas técnicas e legislação
    • 5.1 Resolução nº 1015/2012......................................................................................
    • Anvisa
    • 5.3 NBR 9050/2015
    • 5.4 NBRs 10151/2000 e 10152/1987
    • 5.5 NBR 9077/2001
      1. Hipóteses de ocupação e volumetria..........................................
    • 7 Conclusão............................................................................................
    • 8 Referências..........................................................................................

A presente pesquisa do Trabalho Final de Graduação, do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Feevale, cujo tema é um hospital veterinário para cães e gatos, tem como objetivo coletar e analisar dados para o desenvolvimento do projeto proposto, a ser implantado na cidade de Dois Irmãos – RS. O aumento do número de animais de pequeno porte no Brasil e a relação cada vez mais intimista entre os humanos e seus animais de estimação, exigem uma demanda de serviços especializados para o público animal. Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Brasil é o segundo país do mundo em população de animais de estimação, ficando abaixo apenas dos Estados Unidos. Estima-se um total de 132,4 milhões de animais de pequeno porte nos lares brasileiros, dividindo-se entre cães, gatos, aves canoras e outros (gráfico 1). Não há dados concretos da população animal no Rio Grande do Sul, porém estima-se que a população animal seja de 20% a 25% da população humana daquela daquele estado ou município (CRMV-RS).

1Tema (^) 1.1 Apresentação

Estes números movimentam a economia do país, tornando-o no terceiro maior mercado de indústria pet do mundo (IBGE, 2013). Segundo Santos e Ramírez-Gálvez (2012), é notável a proliferação de pet shops nos municípios brasileiros, oferecendo os mais diversos artigos para os animais de companhia. Há uma diversidade muito grande de produtos e serviços na indústria pet , atuando fortemente na economia brasileira, conforme o gráfico 2.

CÃES GATOS AVES OUTROS

milhões

Gráfico 1: População de animais de estimação no Brasil. Fonte: Autora, 2019.

No Rio Grande do Sul, 70% das empresas inscritas no Conselho Regional de Medicina Veterinária estão relacionadas ao segmento de pequenos animais como hospitais veterinários, laboratórios, fábricas de ração e de medicamentos, entre outros. Já a principal área de atuação dos veterinários no estado é a clínica e a cirurgia de animais de pequeno porte (CFMV, 2014).

Gráfico 2: Divisão do mercado pet na economia brasileira. Fonte: Autora, 2019.

ALIMENTOS ACESSÓRIOS SERVIÇOS MEDICAMENTOS

Como consequência da criação dos conselhos de Medicina Veterinária, tanto a nível federal (CFMV), quanto estadual (CRMV), estão as diversas resoluções que regem o funcionamento e são responsáveis pela fiscalização dos estabelecimentos de atendimento médico-veterinário atuantes no Brasil. Desta forma, torna-se fundamental esclarecer as diferenças entre hospitais, clínicas e consultórios veterinários. O tema a ser desenvolvido nesta pesquisa será um hospital veterinário para cães e gatos.

Segundo a Resolução nº 1015, de 2012, disponibilizada pelo CFMV, as principais diferenças entre hospitais, clínicas e consultórios veterinários são os setores obrigatórios e opcionais de cada tema, alterando o nível de infraestrutura, quantidade de equipamentos e complexidade que lhes é exigido.

Para o funcionamento dos hospitais veterinários, é obrigatório haver os setores de atendimento, sustentação, bloco cirúrgico, internação e diagnóstico. Outro importante diferencial é o funcionamento 24 horas, possibilitando atendimentos de urgência e

Medicina Veterinária, os consultórios veterinários possuem infraestrutura menor e bem simplificada, exigindo somente o setor de atendimento. São utilizados para consultas em geral, vacinas e diagnósticos rápidos, onde exames necessários devem ser encaminhados à um local que ofereça este tipo de procedimento.

1.1.2 Hospitais, clínicas e consultórios: entenda as diferenças

HOSPITAIS

CLÍNICAS

CONSULTÓRIOS

24h

24h

Figura 1: Setores obrigatórios e opcionais em hospitais, clínicas e consultórios veterinários. Fonte: Autora, 2019.

emergência a qualquer momento (CFMV, 2012). Por oferecerem estrutura mais completa, possibilitam a realização de exames e o rápido diagnóstico, tudo em um só lugar, oferecendo um panorama mais amplo da situação de cada animal, o que possibilita a recuperação mais rápida e eficiente dos pacientes (PET SUPPORT, 2018). As condições de funcionamento das clínicas veterinárias não são tão amplas quanto dos hospitais. São obrigatórios apenas os setores de atendimento e sustentação. Podem optar pelos setores cirúrgico, de internação e de diagnóstico. É importante ressaltar que optando pelos setores não-obrigatórios, devem respeitar os mesmos critérios e exigências de um hospital veterinário. Optando pelo setor de internação, é obrigatório seu funcionamento 24 horas, pois é necessário o acompanhamento integral dos pacientes internados. É possível haver somente internações diurnas, como pós-cirúrgicas, mas é fundamental que sejam supervisionados por um médico veterinário em todo o período de funcionamento da clínica (CFMV, 2012). Por fim, segundo o Conselho Federal de (^7)

Conforme figura 1, em ordem, estão os setores: atendimento, sustentação, cirúrgico, internação, diagnóstico. O atendimento 24 horas não é um setor, mas uma característica do estabelecimento. Os nomes dos setores são estipulados pela Resolução 1015/2012, porém para fins de projeto, os setores serão renomeados e redivididos.

A Resolução nº 1015/2012 é a normativa específica sobre o funcionamento dos hospitais veterinários, que é o tema a ser desenvolvido nesta pesquisa. Importante fonte de consulta para fins de projeto, a resolução é disponibilizada pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária e é abrangente no país inteiro.

Cada setor de um hospital veterinário possui ambientes e equipamentos obrigatórios para o seu funcionamento, que serão apresentados mais detalhadamente no item normas e legislação desta pesquisa.

O setor de atendimento, através da recepção, é responsável pelo primeiro

contato do paciente e seu acompanhante com o estabelecimento. A recepção é o local do agendamento e gerenciamento das consultas, além das informações gerais sobre o funcionamento e os serviços oferecidos. O consultório é o local do primeiro contato do paciente com o veterinário, através de atendimentos clínico-gerais ou direcionados à especialidades, realizando primeiros diagnósticos, encaminhamentos, revisões e vacinas.

O setor de sustentação é o setor de serviços e apoio do estabelecimento. Sanitários e vestiários devem ser previstos de acordo com o número de funcionários, assim como as instalações para descanso dos plantonistas e um ambiente de alimentação e suporte para a equipe de trabalho. Para os animais, é preciso haver um local de preparo de alimentos para os pacientes internados. Setor de estocagem de medicamentos e unidade de conservação de animais mortos também estão previstos neste setor. Por fim, lavanderia e depósito prevêem, sequencialmente, a limpeza do estabelecimento e a estocagem de equipamentos em geral (CFMV). O setor cirúrgico vai além da sala cirúrgica. É aconselhável uma sala para cirurgias que hajam contaminação, principalmente utilizada para procedimentos odontológicos, separada de outra sala cirúrgica sem contaminação. É necessária uma sala de preparo para os pacientes, e outra de preparo para o veterinários que realizarem as cirurgias. A sala de lavagem e esterilização dos materiais não é obrigatória quando houver a

terceirização deste serviço. Concluindo este setor, é necessário prever uma unidade de recuperação anestésica, contendo os sistemas de aquecimento, provisão de oxigênio, ventilação mecânica e a monitorização completa do paciente. O setor de internação é responsável por cuidar dos pacientes internados, sejam eles pós operados ou não, através de baias individuais que os acomodem separadamente. É importante que os cães estejam separados dos gatos, e é obrigatório o isolamento de animais com doenças infecto- contagiosas. Mesmo que não obrigatório, é interessante prever um espaço de banho para a limpeza dos animais internados, assim como antes de receberem alta.

estabelecimento. Laboratório de análises clínicas para diagnóstico dos exames coletados in loco, radiologia e ultrassonografia são os exames mínimos para estrutura deste setor, conforme a Resolução nº 1015/2012.

O setor de diagnóstico é o setor dos exames incorporado à estrutura do

1.1.3 Setores dos Hospitais Veterinários

raças e portes de cães possuem muita energia e vitalidade, exigindo um exercício físico acompanhado de seu dono. Durante esta atividade, as chances de uma interação social se ampliam, contribuindo para o início de uma socialização com outras pessoas (G1 ZH, 2010). Segundo o Estadão (2017), as crianças também são beneficiadas ao conviverem com um animal de estimação. A interação de ambos estimula seu desenvolvimento motor e cognitivo. A imunidade de uma criança que convive diariamente com animas é muito superior caso não houvesse esse contato. De acordo com uma pesquisa realizada nas escolas, as faltas escolares por doença são muito menores em crianças cujos lares possuem cachorro ou gato. Além dos benefícios já citados, segundo Berzins (2000), recuperações mais rápidas de doenças estão associadas ao convívio com animais de estimação. Segundo Vicária (2003), estudos mostram que os níveis de estresse de pessoas que convivem com animais de estimação são controlados, assim como os níveis de pressão arterial. Logo, estas mesmas pessoas apresentam menor chance de terem

A relação dos animais de estimação com seus donos está se tornando cada vez mais intimista e complexa. Ao entrar para a família, um animal passa a compartilhar hábitos de seus tutores, ocupando um lugar importante na relação familiar. A convivência com os pets pode provocar alterações no comportamento humano, assim como sua lealdade e presença constante são fundamentais para o bom relacionamento entre ambos (TERRA, 2018).

O novo status que os animais de companhia estão assumindo nas famílias brasileiras é devido ao número cada vez maior de pessoas morando sozinhas, do número reduzido dos integrantes das famílias e da maior expectativa de vida da população (SEBRAE, 2019). A presença dos animais de estimação no cotidiano das pessoas ajuda na liberação do hormônio que é responsável pelo aumento do humor, a serotonina. Pessoas que possuem animais de estimação tendem a ser mais bem humoradas, reduzindo o risco de depressão (G1 MARANHÃO, 2018). O sedentarismo também é menos provável quando quem possui animais em seus lares se obriga a levá-los para passear. Determinadas

2.1.1 Animais de estimação x humanos

problemas cardíacos. Um estudo feito pela Universidade Estadual de Nova York, testou os níveis de pressão arterial de um grupo de pessoas em quatro situações: sozinhas, acompanhadas por seus parceiros, acompanhadas por seus parceiros e seus animais de estimação, e somente acompanhadas pelos seus animais de estimação. O melhor resultado foi a companhia apenas dos pets (EXAME, 2016). Araceli (2003) comenta em seus estudos a Terapia Assistida por Animais. Nesta, os benefícios notados são a diminuição da pressão sanguínea, diminuição da ansiedade, do colesterol e inclusive a liberação de neurotransmissores. Segundo Lacerda (2014) os animais de estimação contribuem inclusive para adesão em programas de reabilitação de seus donos, e relata que o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos promoveu uma palestra em que houve a declaração de que “... nenhum estudo futuro sobre a saúde humana seria considerado abrangente se os animais com os quais as pessoas dividem seu lar não fossem incluídos.” 10

2.1 Justificativa

Segundo O Estadão (2018), uma pesquisa realizada por uma rede de hospitais americana apontou que sete entre dez funcionários acreditam em um impacto positivo na produtividade e engajamento com o trabalho quando há a presença dos animais de estimação nos escritórios. A prática tende a crescer quando justificada com resultados positivos comprovados.

Portanto, aos poucos, as empresas estão aderindo aos pet days , prática conhecida por levar os bichinhos de estimação para o ambiente de trabalho (imagem 1). Em algumas empresas essa prática é diária; em outras é combinado um dia para realizar a ação. Chefes e funcionários confirmam os benefícios da companhia dos pets no trabalho, mas é preciso organização e responsabilidade: cada dono se responsabiliza pela comida e sujeira gerada pelo seu animal. O evento deve ter restrição de horários, limitando-se a um turno por dia, para não estressar os animais que estão fora da sua rotina. Além disso, para o evento acontecer com tranquilidade, os bichinhos devem estar com as vacinas e os vermífugos em dia, para não contaminar uns aos outros. É necessário

ter o controle de pulgas, carrapatos e outras doenças, estarem limpos e irem com frequência necessária ao veterinário, cuidando da saúde e do bem-estar dos animais (FOLHA DE SÃO PAULO, 2018).

mais colaborativo, com menos estresse e ansiedade entre os colaboradores, afirma o G (2017). Há quem não tenha animais de estimação e se interesse em adotar um animalzinho depois do evento. O incentivo à adoção é mais um benefício da ação, estimulando o crescimento do número de animais nos lares brasileiros. Este tipo de ação também estimula o cuidado com os animais, desde a higiene até as consultas de rotina e prevenção nos veterinários. A Medicina Veterinária possui um papel fundamental em um cenário com a presença de tantos animais de estimação. É importante conhecermos o início desta trajetória no Brasil, desde a fundação da primeira escola de Medicina Veterinária, até a criação dos conselhos federal e estaduais atuantes no nosso país. O próximo título deste trabalho aborda este histórico, através de uma linha do tempo.

Imagem 1: Pet day em empresa de São Paulo. Fonte: Folha de São Paulo, 2018.

2.1.1 Animais de estimação x humanos

A ação contribui na interação das equipes e na aproximação das pessoas, além de auxiliar os empregados novos a se sentirem mais familiarizados com o ambiente de trabalho, tornando o escritório uma extensão da sua casa. O ambiente corporativo se torna

2.1 Análogas

Atendimento

Acesso social Acesso de serviços Acesso especial

LEGENDA (por setores)

Diagnóstico

Internação

Cirúrgico Sustentação

Administrativo

Sanitários/Vestiários

Área técnica/Shafts

Pátio externo

Circulação horizontal

Circulação vertical

Imagem 5: Planta baixa do pavimento térreo. Fonte: Adaptado de Galeria da Arquitetura, 2013.

Acesso dos pacientes e acompanhantes

Acesso dos funcionários/ equipe médica e pacientes

Acesso dos funcionários/ equipe médica em todo o pavimento

Imagem 6: Planta baixa do pavimento superior. Fonte: Adaptado de Galeria da Arquitetura, 2013.

Circulação vertical dispersa

2.1 Análogas

Imagem 7: Fachada frontal do hospital veterinário. Fonte: Galeria da arquitetura,2016.

Hospital Veterinário da Uniritter Ano: 2016 | Localização: Porto Alegre/RS Projeto: VRP Arquitetura Estratégica

O Hospital Veterinário da Uniritter possui uma área total de 2203,00m². Em relação ao projeto análogo anterior, possui uma estrutura maior e mais completa. O grande porte do hospital deve-se ao seu uso, pois além de hospital veterinário com atendimento ao público da capital gaúcha, é o campo prático para os estudantes de Medicina Veterinária da Uniritter. Além de cães e gatos, atende aves, répteis e mamíferos de pequeno porte (UNIRITTER, 2016). Sua estrutura também se divide em dois pavimentos. O pavimento térreo (imagem 10) possui os setores de atendimento, diagnóstico, cirúrgico e internação, além de um pet shop. Junto à recepção (imagem 12), há uma sala de triagem, para definir a prioridade de atendimento dos pacientes e encaminhá-los ao correto procedimento. O acesso social e o acesso para animais com doenças infecto- contagiosas ocorrem na fachada frontal da edificação (imagem 7). Já o acesso de serviços (imagem 8) localiza-se aos fundos do hospital, juntamente ao pátio de serviço (imagem 9).

Imagemarquitetura, 2016. 9: Fachada dos fundos do hospital veterinário. Fonte: Galeria da

Imagem 8: Acesso de serviço do hospital. Fonte: Galeria da arquitetura, 2016.

Este pátio assume grande proporção no projeto, separando o volume principal a um volume secundário que abriga parte do setor de sustentação, além de equipamentos de infraestrutura, como central de gás, central de oxigênio e reservatórios (GALERIA DA ARQUITETURA, 2016). O pavimento superior (imagem 11) inclui a outra parte do setor de sustentação, além do administrativo e de salas de estudo. É um pavimento de acesso exclusivo à funcionários e aos alunos (GALERA DA ARQUITETURA, 2016). A edificação apresenta poucos ambientes com ventilação natural, o que é um ponto negativo. A fachada norte é pouco explorada quanto à insolação. Muitos ambientes acontecem no núcleo do projeto, como os consultórios (imagem 13), sala de tratamento, e parte do setor cirúrgico. Há uma preocupação com a identidade visual interna, relacionada á sinalização dos ambientes do hospital (imagem 14). Esta referência foi escolhida devido à sua complexa infraestrutura, raramente encontrada nos demais hospitais veterinários da região.

2.1 Análogas

Imagem 15: Hospital Veterinário Canis Mallorca. Fonte: Archdaily, 2015.

Hospital Veterinário Canis Mallorca Ano: 2014 | Localização: Palma/Espanha Projeto: Estudi E. Torres Pujol

O Hospital Veterinário Canis Mallorca (imagem 15) possui 1538,00m², adaptados ao lote trapezoidal e ocupando toda a taxa de ocupação permitida (ARCHDAILY, 2015). De acordo com Archdaily (2015), o edifício possui três pavimentos, e há uma notável preocupação com a iluminação e ventilação natural dos ambientes, através da ventilação cruzada e da clarabóia existente no projeto (imagem 16). Com exceção da fachada frontal, as demais fachadas utilizam uma grande quantidade de esquadrias, como solução para a iluminação e a ventilação natural da edificação (imagem 17). Esta preocupação também ocorre no subsolo, onde em alguns momentos a edificação é descolada da divisa, possibilitando a abertura de fenestrações (imagem 21). Para utilizar esta solução, é preciso observar a disposição dos ambientes no projeto em relação à orientação solar. Em alguns ambientes não é indicada a insolação direta, para não interferir no atendimento aos pacientes. A sala de espera é um dos lugares que recebem esta luz natural,

Imagem 16: Corte da edificação. Fonte: Adaptado de Archdaily, 2015.

Imagem 17: Fachada lateral do hospital veterinário. Fonte: Archdaily, 2015.

como mostra a figura 21. A proposta oferece um estacionamento coberto, provavelmente de uso exclusivo para funcionários, localizado no subsolo (imagem 18), juntamente à espaços de apoio e serviços do hospital. O pavimento térreo (imagem 19), é destinado aos setores de atendimento, diagnóstico e internação. O acesso social principal está localizado na fachada frontal, através da recepção, que também dispõe de uma loja de produtos para os pets (imagem 23). O acesso social secundário encontra-se na lateral da edificação, assim como os dois acessos de serviços. Pelo fato do edifício possuir três pavimentos, os mesmos ficam mais distribuídos, e o pavimento do acesso principal inclui menos setores (ARCHDAILY, 2015). Conforme Archdaily (2015), o pavimento superior (imagem 20) abrange os setores de administração, sustentação e ainda o setor cirúrgico. O pavimento superior não se limita apenas ao acesso dos funcionários do hospital, pois o setor cirúrgico inclui o acesso dos pacientes. O acesso dos acompanhantes continua limitado ao pavimento térreo.

Imagem 22: Sala de espera. Fonte: Archdaily, 2015.

2.1 Análogas

Imagem 19: Planta baixa do pavimento térreo. Fonte: Archdaily, 2015.

Imagem 23: Recepção e loja. Fonte: Archdaily, 2015. 17

Imagem 21: Iluminação do subsolo. Fonte: Archdaily, 2015.

Imagem 18: Planta baixa do pavimento subsolo. Fonte: Archdaily, 2015.

Imagem 20: Planta baixa do pavimento superior. Fonte: Archdaily, 2015.

Atendimento

Acesso social Acesso de serviços

LEGENDA (por setores)

Diagnóstico

Internação

Cirúrgico Sustentação

Administrativo

Sanitários/Vestiários

Área técnica/Shafts

Pátio externo

Circulação horizontal

Circulação vertical

2.2 Formais

Wallan Veterinary Hospital Ano: 2016 | Localização: Austrália Projeto: Crosshatch

O segundo referencial formal trata-se de um hospital veterinário de apenas 260,00m², localizado em Wallan, Austrália. Respeitando o seu entorno residencial, o Wallan Veterinary Hospital renova o conceito de arquitetura hospitalar animal utilizando em abundância a madeira, harmonizada ao tom escuro da alvenaria.

Em relação ao lote, o edifício possui baixa taxa de ocupação (imagem 27). Os usos do hospital estão divididos em três volumes, separados pelas circulações internas do projeto. Externamente, a lateral de menor recuo é ocupada com equipamentos de infraestrutura e serviço. A maior lateral, é destinada à passagem dos veículos. O estacionamento localiza-se na parte frontal e posterior do prédio, totalizando 12 vagas.

O local de implantação do projeto é suscetível à inundações, devido a presença de um rio próximo ao local. Por este motivo, a

ILUMINAÇÃO INTERNA

edificação foi elevada, a um nível único, em relação ao nível da rua. A composição dos materiais (imagem 28) aborda uma arquitetura diferenciada para empreendimentos hospitalares, e ao mesmo tempo silenciosa para o local aonde está inserido. A madeira, por ser usada como máscara para as fachadas, permite a ventilação cruzada dos ambientes internos (imagem 29), sem influenciar negativamente nas fachadas Para edificações de qualquer uso, a ventilação e iluminação natural dos ambientes é de extrema importância, ainda mais quando associada à área da saúde. O ripado de madeira também proporciona proteção solar à edificação, utilizado nas fachadas norte, leste e oeste. À noite, a luz artificial vinda do interior da edificação transparece entre o ripado, assegurando o funcionamento do hospital em período integral (ARCHDAILY, 2017). Os interiores em tons claros, combinados novamente ao uso da madeira, transmitem tranquilidade e bem-estar aos usuários, associando a cor branca à ambientes hospitalares. Imagem 28: Vista interna das esquadrias. Fonte: Archdaily, 2017.

Imagem 29: Relação entre o edifício e o lote. Fonte: Adaptado de Archdaily, 2017.

Imagem 27: Combinação dos materiais na fachada frontal. Fonte: Adaptado de Archdaily, 2017.

COMPOSIÇÃO DOS MATERIAIS

ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO PRÉDIO

2.2 Formais

RITMO NA FACHADA

ILUMINAÇÃO NATURAL

Seattle Children’s Localização: Seattle, EUA Projeto: ZGF Architects

O Seattle Children’s é um hospital infantil, localizado em Seattle, EUA. Referência mundial

em saúde, esta referência formal foi escolhida, principalmente, pelas soluções arquitetônicas utilizada nas fachadas.

De baixa altura, mas em maior escala, o hospital infantil de Seattle apresenta o uso de cor na fachada, associado ao seu público-alvo infantil. Se o público for animal, segundo o

Estadão (2017) “os olhos dos cães conseguem detectar menos cores que os humanos, então é possível que eles só enxerguem amarelo e azul”. Por isso, estas seriam as cores adequadas no uso do projeto, caso se opte pelo uso da cor, a fim de buscar essa aproximação com os

pacientes. A cor não é a protagonista da fachada; e, sim, o uso do vidro em toda a extensão do pavimento térreo, que permite a entrada de luz natural em larga escala (imagem 31). A tela metálica, utilizada na parte

Imagem 30: Ritmo na fachada. Fonte: Adaptado de Archdaily, 2016.

Imagem 31: Uso do vidro na fachada. Fonte: Adaptado de Archdaily, 2016.

Imagem 32: Interior do hospital. Fonte: Archdaily, 2016.

superior da fachada, acompanha os módulos de divisão do vidro (imagem 30), compondo um ritmo para a fachada (ARCHDAILY, 2016). Conforme Archdaily (2016), internamente é perceptível o uso de cor e da madeira, além do branco tradicionalmente utilizado em hospitais (imagem 32). Além das referências análogas e formais, a visita técnica é outra fonte de importantes informações, observadas presencialmente, com a possibilidade de sanar dúvidas, sentir os espaços, observar o comportamento do público alvo e conhecer um estabelecimento relacionado ao tema mais próximo à região do projeto.