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História do Edifício Holiday, Notas de estudo de História Moderna

O texto fala sobre a história da construção do Edifício, localizado no bairro de Boa Viagem, Recife-PE. Um edificação que segue o estilo moderno, que fora uma inovação na época.

Tipologia: Notas de estudo

2024

Compartilhado em 23/10/2023

kamylly-steffany
kamylly-steffany 🇧🇷

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Edifício Holiday – História
Um marco arquitetônico modernista e social para a formação e ocupação da
Zona Sul do Recife, foi construído em 1957. Localizado no bairro de Boa Viagem, o
edifício contribuiu para a mudança da paisagem da cidade, de formas que vão muito
além de sua estética inovadora.
Projetado por Joaquim Rodrigues, sua importância se mistura com a própria
história do bairro. Tendo em vista a distância de Boa Viagem em relação ao Centro da
cidade, num tempo em que vias asfaltadas ainda eram raras e a ocupação do bairro era
feita apenas por fazendas e casas espaçadas umas das outras, o Holiday trouxe uma
proposta de habitação diferente: edificação vertical com apartamentos pequenos e uma
mistura entre comércio e habitação no mesmo local.
A edificação, com formato de meia-lua, é composta por três blocos, com dois
térreos e uma torre principal, possui 416 apartamentos pequenos — com o propósito de
funcionarem como uma estadia de veraneio —
E pé-direito alto, com sete colunas de 36 metros de profundidade para
sustentação. Conta com umas três dezenas de comércios espalhados em seu pátio, que
servem seus moradores e faz com que o imóvel tenha uma dinâmica própria, como se de
fato fosse uma pequena cidade.
O arquiteto buscou muitas referências no Copan, em São Paulo, projetado por
Oscar Niemeyer. A vista superior da escada circular que ao observador a impressão
de infinidade, o revestimento de sua base feita num material chamado de pedra e
seus elementos vazados para ventilação.
Para a área de lazer, foram construídos na rocha dois lagos artificiais com
cascata. O excedente de material retirado do morro era vendido no local e anunciado
como “excelentes pedras para alvenaria de primeira qualidade”.
Diante dos problemas que a edificação apresentou durante os anos, o presidente
do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE) identificou uma
alternativa para requalificar a construção. Sendo um meio-termo entre deixar os
moradores em situação de risco ou tirá-los sem pensar no impacto social, seria utilizar o
Serviço de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social, um direito garantido
por lei, para promover orientação de arquitetos e urbanistas em obras de forma gratuita,
uma possibilidade de encarar o Holiday como um Minha Casa Minha Vida.
Infelizmente, o entrave de ser um prédio privado impede a realização dessa ajuda.

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Edifício Holiday – História Um marco arquitetônico modernista e social para a formação e ocupação da Zona Sul do Recife, foi construído em 1957. Localizado no bairro de Boa Viagem, o edifício contribuiu para a mudança da paisagem da cidade, de formas que vão muito além de sua estética inovadora. Projetado por Joaquim Rodrigues, sua importância se mistura com a própria história do bairro. Tendo em vista a distância de Boa Viagem em relação ao Centro da cidade, num tempo em que vias asfaltadas ainda eram raras e a ocupação do bairro era feita apenas por fazendas e casas espaçadas umas das outras, o Holiday trouxe uma proposta de habitação diferente: edificação vertical com apartamentos pequenos e uma mistura entre comércio e habitação no mesmo local. A edificação, com formato de meia-lua, é composta por três blocos, com dois térreos e uma torre principal, possui 416 apartamentos pequenos — com o propósito de funcionarem como uma estadia de veraneio — E pé-direito alto, com sete colunas de 36 metros de profundidade para sustentação. Conta com umas três dezenas de comércios espalhados em seu pátio, que servem seus moradores e faz com que o imóvel tenha uma dinâmica própria, como se de fato fosse uma pequena cidade. O arquiteto buscou muitas referências no Copan, em São Paulo, projetado por Oscar Niemeyer. A vista superior da escada circular que dá ao observador a impressão de infinidade, o revestimento de sua base feita num material chamado pó de pedra e seus elementos vazados para ventilação. Para a área de lazer, foram construídos na rocha dois lagos artificiais com cascata. O excedente de material retirado do morro era vendido no local e anunciado como “excelentes pedras para alvenaria de primeira qualidade”. Diante dos problemas que a edificação apresentou durante os anos, o presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Pernambuco (CAU-PE) identificou uma alternativa para requalificar a construção. Sendo um meio-termo entre deixar os moradores em situação de risco ou tirá-los sem pensar no impacto social, seria utilizar o Serviço de Assistência Técnica em Habitação de Interesse Social, um direito garantido por lei, para promover orientação de arquitetos e urbanistas em obras de forma gratuita, uma possibilidade de encarar o Holiday como um Minha Casa Minha Vida. Infelizmente, o entrave de ser um prédio privado impede a realização dessa ajuda.