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Guias e Dicas
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História da Teologia Sistemática, Trabalhos de Teologia

Este texto busca levantar algumas considerações sobre a Teologia Sistemática e apresentar breviamente o inicio e o seu desenvolvimento e a definição. Obviamente, não se tem a pretensão de explanar minuciosamente todo o desenvolvimento e evoluçao, mas sim apresentar um simples caminho que mostre a construção da Teologia Sistemática.

Tipologia: Trabalhos

2020

Compartilhado em 21/01/2020

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cristiano-colombo 🇧🇷

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SETEFI
CRISTIANO O. COLOMBO SILVA
SEMINÁRIO TEOLÓGICO FILADÉLFIA
HISTÓRIA DA TEOLOGIA SISTEMÁTICA
CAMPINAS
2019
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SETEFI

CRISTIANO O. COLOMBO SILVA

SEMINÁRIO TEOLÓGICO FILADÉLFIA

HISTÓRIA DA TEOLOGIA SISTEMÁTICA

CAMPINAS

CRISTIANO O. COLOMBO SILVA

TEOLOGIA SISTEMÁTICA

Orientação PROF. MARCOS ANTONIO PEREIRA

Campinas

1. INTRODUÇÃO

Este texto busca levantar algumas considerações sobre a Teologia Sistemática e apresentar breviamente o inicio e o seu desenvolvimento e a definição. Obviamente, não se tem a pretensão de explanar minuciosamente todo o desenvolvimento e evoluçao, mas sim apresentar um simples caminho que mostre a construção da Teologia Sistemática. Porém, para que se possa compreender melhor a questão abordade neste texto, precisa-se fazer um breve resgate histórico até as origens e os primeiros desenvolvimentos tanto da Teologia, quanto da Teologia Sistemática. Para que se possa ter uma breve noção da formação de um pensamento que transcorreu séculos.

2. DESENVOLVIMENTO DA TEOLOGIA SISTEMÁTICA

A Teologia Sistemática é entendida como uma compilação ou sistematização organizada e hermenêutica acerca de a fé cristã. A Teologia Sistemática nutre-se da convicção de que a prática vivida pela comunidade de fé em Jesus Cristo é o acesso à manifestação única de Deus que constitui o objeto da reflexão teológica, ela não seria possível fora da Palavra de Deus ou da Revelação de Deus. A fundamentação da Teologia Sistemática passa pela Tradição, e, por isso mesmo, ela é de caráter bíblico. A tentativa de elaborar as muitas convicções da religião cristã e os vários argumentos e temas propostos de diversos textos da Bíblia em um sistema acessível coerente e bem-ordenado é uma tarefa relativamente recente. A preocupação em sistematizar as doutrinas cristãs na forma de credos surgiu bem cedo na história da Igreja. O primeiro sumário doutrinário de que se tem conhecimento é o chamado “Credo dos Apóstolos”, elaborado provavelmente no final do primeiro ou início do segundo século (CAIRNS, 1995; MCGRATH, 2005; COLLOQUIUM, 2016). Toda sistematização da igreja foi formada no período patrístico. Este abrange o período entre o fim da era apostólica e a realização do Concílio de Calcedônia (451), em que viveram e contribuíram os primeiros líderes, que substituíram os apóstolos na liderança da igreja (CAIRNS, 1995). Entretanto este período o Cristianismo encarou dois grandes desafios, a igreja teve que enfrentar com a opressão feita pelo Império Romano. Além disso, o Cristianismo precisou confrontar as heresias que emergiram em seu meio. Estas heresias podem ser classificadas em três grandes junções o legalismo judaizante, o helenismo intelectualista e as religiões mistéricas espiritualistas (CAIRNS, 1995). Perante estes dois problemas, a Igreja precisou desenvolver os credos, que deveriam ser declarados pelos novos membros da comunidade. Com a parada da opressão e diante do esfacelamento do império romano, conceituou o interesse por parte dos imperadores em usar a Igreja como agencia unificadora do império e mantenedora da tradição clássica. Contudo para tal, o Cristianismo precisaria ter um corpo unificado de doutrinas e práticas (CAIRNS, 1995). Por conseguinte foi neste ambiente que a Igreja foi praticamente obrigada a formular seu conjunto de crenças. O metodologia que ela empregou para definir as questões doutrinárias foi a realização dos concílios ecumênicos. No entanto as decisões tomadas nestes concílios foram grandemente determinadas por pessoas iminentes presentes na igreja daquela época, tais como Irineu (130-200), Tertuliano (160-

ESCOLATICISMO

O escolasticismo predominou aproximadamente durante toda a Idade Média. Sua principal intensão era fornecer uma interpretação teológica para todos os âmbitos da vida (TILLICH, 2007, p. 146). No final deste período houve a transição da filosofia platônica para a aristotélica como norteadora das elaborações doutrinárias. Este novo paradigma teológico ficou conhecido como nominalismo, ao qual se opunha o antigo paradigma platônico, conhecido como realismo (CAIRNS, 1995 ; TILLICH, 2007). Tomás de Aquino (1225-1274) foi quem, de modo mais enfático, “tentou integrar a filosofia aristotélica com a revelação bíblica”. (OLSON, 2004). Portanto, na Idade Média tanto o Novo quanto o Antigo Testamento eram lidos à luz da tradição da Igreja e a preocupação era harmonizar as passagens bíblicas a esta tradição (WACHHOLZ, 2010). Portanto, algumas declarações bíblicas e dos pais da igreja foram desenvolvidas de modo abstrato, dando origem a novas doutrinas e práticas no coração da Igreja Medieval, tais como a transubstanciação, a veneração à mãe de Jesus, a invocação aos santos, a sucessão apostólica, entre outras (CAIRNS, 1995).

3. CONCLUSÃO

Podemos perceber mesmo que sucintamente como a Teologia Sistemática foi desenvolvida, ela foi uma resposta aos questionamentos que surgiram. Para evidenciar uma definição da Teologia Sistemática, é fundamental reconhecer que todo ser humano tem uma cosmovisão, uma compreensão de mundo. Ela fundamenta-se nas lentes que se utiliza para interpretar a realidade. Trata-se do “[...] sistema de pressupostos que usamos para organizar e interpretar nossa experiência da vida” (FERREIRA, MYATT, 2007, p. 5) Não existe uma visão neutra na compreensão do mundo. Todos possuem uma compreensão sobre o sagrado, sobre o ser humano, sobre a natureza, dentre outros assuntos. Neste sentido, de acordo com Carson (2001, p. 44), a maioria das pessoas adota algum tipo de “Teologia Sistemática”. Franklin Ferreira e Alan Myatt (2007, p. 5) relacionam a Teologia Sistemática à elaboração de uma cosmovisão cristã, ao declararem que: A teologia sistemática é uma parte essencial da tarefa de construir uma cosmovisão cristã [...]. Sem uma teologia sistemática não é possível ter uma cosmovisão cristã. A teologia sistemática nos ajuda a responder às perguntas de nossa época, às filosofias do mundo e aos problemas que o ser humano tem enfrentado constantemente. Conforme definição, a Teologia Sistemática procura organizar todo o material revelado por Deus aos cristãos da atualidade. Portanto a Teologia Sistemática pressupõe que o conteúdo bíblico, quando corretamente interpretado, é prescritivo não apenas aos seus destinatários imediatos, mas também aos crentes da atualidade (COLLOQUIUM, 2016). Deste modo, a Teologia Sistemática, como uma atividade de pensar sobre o Deus revelado nas Escrituras, procura organizar o que a divindade quis revelar ao longo dos séculos nas Escrituras. Para J. I. Packer (2004, p. 11). Grudem (1999, p. 4) define doutrina como aquilo “que a Bíblia como um todo nos ensina hoje acerca de algum tópico específico”, Ou seja, estabelecer o que a Bíblia trata a respeito de algum ensino é “simplesmente o resultado do processo de fazer teologia sistemática”.