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História da produção da cadeira, Trabalhos de Sociologia

O artigo analisa o processo de produção de uma cadeira, relacionando-o com conceitos de Marx, como alienação e fetichismo da mercadoria. Também apresenta as reflexões dos autores sobre como esse estudo mudou sua visão sobre mercadorias. Trabalho escrito em 2021. Matéria sociologia do Direito. Professor Antônio Gracias Vieira Filho.

Tipologia: Trabalhos

2021

Compartilhado em 09/11/2024

sara-n-martins-alves
sara-n-martins-alves 🇧🇷

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FACULDADE PIAGET CAMPUS SUZANO
CURSO DE DIREITO
MATEUS GUTTIERREZ PIRES - RGM: 3325-20-1
SARA DO NASCIMENTO MARTINS ALVES- RGM: 3355-20-1
THALITA RIBEIRO SOUZA - RGM:3352-20-1
TDE SOCIOLOGIA GERAL
Suzano São Paulo
2021
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Baixe História da produção da cadeira e outras Trabalhos em PDF para Sociologia, somente na Docsity!

FACULDADE PIAGET – CAMPUS SUZANO

CURSO DE DIREITO

MATEUS GUTTIERREZ PIRES - RGM: 3325- 20 - 1

SARA DO NASCIMENTO MARTINS ALVES- RGM: 3355 - 20 - 1

THALITA RIBEIRO SOUZA - RGM:3352- 20 - 1

TDE – SOCIOLOGIA GERAL

Suzano – São Paulo

MATEUS GUTTIERREZ PIRES - RGM: 3325- 20 - 1

SARA DO NASCIMENTO MARTINS ALVES- RGM: 3355 - 20 - 1

THALITA RIBEIRO SOUZA - RGM:3352- 20 - 1

TDE – SOCIOLOGIA GERAL

Trabalho Discente Efetivo (TDE) solicitado como exigência parcial para aprovação na disciplina de Sociologia Geral na Faculdade Piaget, campus Suzano (SP), graduação em Direito. Realizado sob orientação do Profº Me Antonio Gracias Vieira Filho Orientador: Profº Me Antonio Gracias Vieira Filho Suzano – São Paulo 2021

Introdução Neste artigo iremos ver o processo de produção de uma cadeira e relaciona-lo com a Sociologia. Abordaremos o quanto produzir uma cadeira parece ser simples, mas não é e como os profissionais que a produzem lidam com essa mercadoria. Será mostrado aqui desde o que o lenhador faz até o vendedor vender para o comerciante. Passaremos por obras e pensamentos de Marx para associarmos tudo o que for possível, como a alienação, a ideologia, o fetichismo da mercadoria, a centralidade da noção de trabalho e a luta de classes, por exemplo. Por fim, as opiniões dos autores deste artigo estarão presente para relatar principalmente se a percepção da mercadoria mudou após a elaboração deste trabalho e o porquê isso aconteceu e também se a percepção sobre a obra de Karl Marx foi alterada após toda essa análise sobre a mercadoria.

1. Descrição do item A cadeira é um objeto muito antigo, sua história pode se dizer que foi em tempos dos primórdios quando o ser humano manuseava a cadeira simples e feita por pedras. Foi no século XVI quando ganhou alta popularidade, após o período da idade média as cadeiras passaram a ser algo luxuoso e nobre, visando apenas o poder aquisitivo que os tinham e que apenas pessoas referentes à dinastia podiam sentar sobre ela. Diante do marco histórico contemplado no decorrer do tempo, foi ainda no século XVI que chegou ao Brasil, pela passagem dos Portugueses ao qual os índios apenas se acomodavam em redes, feitas por fibras vegetais. Entretanto, as cadeiras mais antigas que existem são as egípcias, que apresentam possuir grande riqueza e brilho, sua produção era feita por Ébano e Marfim, sua madeira era moldada em madeira douradas, os materiais eram caros no qual às suas representações das pernas eram como formas de bestiais (criaturas místicas) ou em figuras domésticas. A cadeiras que eram encontradas antigamente, tinham o formato muito curioso e se percebe-se que a cada ano e séculos que se passam estas tais cadeiras têm a conservação maior do que as destes séculos, ou seja, o material que era usado antes era totalmente natural e próprio da natureza, os de hoje em dia é sim vem da natureza, porém passam por vários processos e produtos químicos até estabelecer o formato ideal adquirido pelos consumidores. Hoje em dia a estrutura ou design de uma cadeira ainda é o da Thonet, que foi um dos primeiros modelos a serem produzidos depois dessas da idade média. O modelo Thonet chamou a atenção pelo seu curvamento e espessura. O século XX viu um próspero uso da tecnologia sobre os metais nas cadeiras, pois acreditavam que a durabilidade era mais intensa. Em 1928, uma das cadeiras a ficar popular também foi a “Hill House”, de Charles Rennie Mackintosh, junto a seu design Marcel Breuer. A princípio quando enxergamos um produto, percebemos que ele não foi criado pela natureza de forma “do nada e de repente”, a elaboração da cadeira passa por todo um processo desde o corte do lenhador, visando compreender que muitas das vezes isso gera consequências ao meio ambiente, por estarem “machucando”, cada árvore retirada da sua raiz, pois ultimamente o que causa isso

é um dos fatores mais vastos, ou seja, a deflorestação, nisso ameaça os princípios da biodiversidade, pode se dizer que muitas das vezes a extração ilegal possa ser uma fonte de renda de longo prazo, mesmo que os seus funcionamentos não são feitos conforme estes padrões determinados. A princípio é normal que as empresas que usufruam a esta exploração da madeira, pois preferem a forma ilegal, a “mais barata”, pois não há cobrança de impostos, a exploração de madeira no nosso País ainda é um grande problema e de grande devastação, nisto vemos que a floresta amazônica é a principal afetada e ferida nessa execução, conforme algumas pesquisas ao longo do tempo a porcentagem de exploração ilegal chegou a 84,06%, por ano. Já a exploração legal que já diz no nome uma coisa positiva, ou seja, a extração vem com nota fiscal, documentada, rastreável e certificável, isso gera menos impacto ao meio ambiental e afirma que sua conservação causa mais permanência das florestas e matérias primas. Afinal, como é feita a produção da madeira? Ela é feita primeiramente pela escolha da árvore e o corte do tronco, no qual pra isso acontece o processo de decidir qual será a aparência e dimensões (matéria-prima), após isso é levada para serraria onde é removida o que não será utilizado, e cortada para virar tábua, viga, caibro e etc. Assim vendidas para madeireiras para que comerciantes ou pessoas façam o uso do produto, os marceneiros/carpinteiros recebem o pedido de um modelo da cadeira que será feita e assim se começa o modo utilizado pelas matérias primas e sendo moldadas conforme as solicitações de seus clientes, Segundo Adam Smith ao qual diz que: “O que vai gerar a riqueza das nações é o fato de cada indivíduo procurar o seu desenvolvimento e crescimento econômico pessoal”, vemos que todos esses parágrafos acima ressaltam o processo ao qual Smith esclarece. A princípio quando enxergamos um produto vemos que de todo esse processo estabelecido por trás, há de gerar uma renda ou talvez um terço disso tudo, após a desenvoltura do produto, é gerado um esquema de venda visando as principais ideias, ou seja, o planejamento adequado para esta comercialização. Durante a época de Marx e Nietzsche essa comercialização era organizada sobre quem tinha mais poder, por mais que fossem os próprios trabalhadores que faziam o produto para obter resultado, eles não tinham as propriedades de produção.

2. Análise aprofundada “Fetichismo da mercadoria” é um conceito mostrado por Karl Marx na obra chamada “ O Capital ” (1867), esse livro está ligado completamente com o conceito “alienação”. A palavra alienação vem do Latim “alienus”, que significa “de fora” ou “pertencente a outro”. Marx usou a Alienação em uma das suas obras, foi em “ Manuscritos econômico-filosóficos ”, de 1844. Nele Marx explica o estranhamento do trabalhador em relação ao produto do seu trabalho. Na alienação é como se o produto tivesse sido criado sem o homem, pois ele não participa de todas as fases do processo de construção e não se sente identificado com o item. Isso se torna um “feitiço”, daí o termo utilizado por Max: Fetichismo da mercadoria. Quando observamos um produto artesanal sabemos que uma pessoa específica o fez, já o produto adquirido em uma loja não fazemos a menor ideia de quantas pessoas ajudaram a produzir aquilo. O distanciamento do trabalhador em relação ao produto produzido Marx chamou de alienação.

4. Percepção dos integrantes do grupo Este exercício nos deu outra visão sobre a cadeira. Esse objeto é algo tão comum no nosso dia a dia e nunca paramos para pensar em toda a sua produção. São muitas pessoas trabalhando para uma simples cadeira ser produzida, transportada e vendida. A mão de obra é fundamental para isso e mais de uma pessoa trabalha para uma cadeira ser feita e com isso as relações de produção são coletivas, mas também individualizadas. A pessoa não tem uma certa amizade com seu companheiro de serviço, pois não são do mesmo setor, mas trabalham em prol da construção do mesmo item, além de não se identificarem com o produto e fazerem isso para conseguirem conquistar o seu salário e se sustentarem. Por fim, percebemos que a alienação é muito presente, até mais do que imaginávamos. 5. Utilidade da Sociologia Na nossa vida vivemos experiências diversas e praticamente todas elas estão atreladas à Sociologia. A Sociologia abre nossos olhos em relação a várias coisas, aprendemos, conforme trabalho solicitado, todo o processo de produção de um item e como podemos enxergar a Sociologia nele. A alienação, a ideologia, a luta de classe e outras coisas, estão no nosso dia a dia e isso pode passar desapercebido por nós, por isso que existe a Sociologia, para abrir os nossos olhos e conseguirmos observar o mundo de uma melhor forma, visando a melhoria de todos os setores sociais, pois são fundamentais para a nossa vida. O nosso estudo científico fica aflorado com esses estudos. Passamos a entender como funcionam os grupos sociais, as associações e quais as funções disso tudo no nosso cotidiano. A principal coisa que a Sociologia nos abre os olhos, na nossa opinião, é sobre o indivíduo. Observamos vários exemplos na sala de aula sobre como as pessoas são e tudo existe uma explicação dentro da Sociologia, isso se torna fantástico, pois desde cedo o homem é estudado e praticamente mantém as mesmas características, mas sempre evoluindo, principalmente na relação de agrupamento e convivência social. Conclusão Nossas percepções sobre o item e a obra de Marx mudaram bastante. Conseguimos identificar cada elemento que Marx traz em sua obra no processo de produção da cadeira e foi impressionante como cada coisa se encaixa com o item escolhido, desde a alienação até a luta de classe e obviamente também mudamos o nosso pensamento sobre o item, vimos o quanto é difícil e trabalhoso construir e vender. Tudo começa com o lenhador pegando a lenha e acaba com a cadeira vendida pronta para ser usada e isso acontece devido o empenho e o trabalho dos empregados.

Referências Bibliográficas ANTIGUIDADES OSVALDO. Conheça a história da cadeira. 2017. Disponível em: https://www.osvaldoantiguidades.com.br/conheca-historia-da-cadeira/. Acesso em: 03 mai. 2021. BEZERRA, Juliana. Adam Smith. Toda Matéria. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/adam-smith/. Acesso em: 03 mai. 2021. BODART, Cristiano das Neves. O conceito de fetichismo da mercadoria. Blog Café com Sociologia. 2016. Disponível em:https://cafecomsociologia.com/para-entender- o-conceito-de-fetichismo-da-mercadoria. Acesso em: 10 mai. 2021. MARX, KARL. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004 MÉ SZÁ ROS, István. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2007. PORTAL DO GOVERNO FEDERAL. Aprendendo a exportar. Disponível em: http://aprendendoaexportar.gov.br/index.php/negociando-com-importador/formas-de- comercializacao. Acesso em: 03 mai. 2021. PORTAL EDUCAÇÃO. Sociologia: Sua importância para o entendimento das pessoas e do mundo. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/sociologia-sua- importancia-para-o-entendimento-das-pessoas-e-do-mundo/51305. Acesso em: 03 mai. 2021. QUIOZINI, Antonio. O caráter fetichista da mercadoria e seu segredo: conclusões do primeiro capítulo de O Capital de Karl Marx. Esquerda Diário.

  1. Disponível em: https://esquerdadiario.com.br/O-carater-fetichista-da- mercadoria-e-seu-segredo-conclusoes-do-primeiro-capitulo-de-O-Capital-de. Acesso em: 03 mai. 2021. RIAZOR MÓVEIS. História da cadeira. Disponível em: https://riazormoveis.com.br/blog/historia-da-cadeira/. Acesso em: 03 mai. 2021. VIEIRA FILHO, Antonio Gracias. Apresentação 2 – O pensamento de Karl Marx, uma breve introdução. Sociologia Geral. Suzano: Faculdade Piaget, 1º semestre de 2021.