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Guias e Dicas
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O Sistema Reprodutor Masculino: Uma Abordagem Histológica Detalhada, Notas de estudo de Histologia

Uma análise aprofundada da estrutura histológica do sistema reprodutor masculino, explorando os testículos, túbulos seminíferos, ductos genitais intratesticulares e o pênis. Aborda a formação dos espermatozoides, a função das células de sertoli e de leydig, e o processo de ereção e ejaculação. O texto é rico em detalhes e ilustrações, tornando-o um recurso valioso para o estudo da anatomia e fisiologia humana.

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 04/03/2025

havilla-misia-barbosa-da-costa
havilla-misia-barbosa-da-costa 🇧🇷

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Concepção e Formação do Ser Humano
Histologia do sistema reprodutor
Sistema reprodutor masculino
Vista histológica dos testículos
Os testículos são órgãos pareados que
produzem espermatozoides e testosterona.
Cada testículo no homem adulto é um órgão
oval com aproximadamente 4 cm de
comprimento, 2 a 3 cm de largura e 3 cm de
espessura. Outro constituinte do testículo é a
túnica vaginal, uma parte do peritônio que
acompanha o testículo no processo de migração
do abdome e, por sua vez, é composta por duas
camadas: uma parietal exterior e uma visceral
interna, sendo responsáveis pela cobertura dos
segmentos lateral e anterior da túnica albugínea
nos testículos. A bolsa escrotal, camada externa
composta por pele e tecido muscular, vai
proteger os testículos e contribuir para
manutenção da temperatura ideal para a produção dos espermatozóides, abaixo da
temperatura basal intra-abdominal
Cada testículo é envolto pela túnica albugínea, uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso,
que se torna espessada na região posterior formando o mediastino testicular. É esse
espessamento que vai ser responsável pela formação dos septos fibrosos que serão
direcionados para a parte parenquimatosa do testículo, dividindo-o em cerca de 250 porções
piramidais, os lóbulos testiculares. Os septos não são completos, o que permite uma
intercomunicação entre os lóbulos
Nos lóbulos estão os túbulos
seminíferos, que se enovelam e estão
envoltos por tecido conjuntivo frouxo
rico em vasos sanguíneos e linfáticos,
nervos e células intersticiais (células de
Leydig). O epitélio seminífero dos
túbulos seminíferos produz os
espermatozoides, que são as células
reprodutoras masculinas. Já as células
de Leydig (Figura 4) secretam
andrógeno testicular. Os
espermatozoides dirigem-se para os
túbulos retos, que ligam a extremidade
aberta de cada
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Histologia do sistema reprodutor

Sistema reprodutor masculino

Vista histológica dos testículos

Os testículos são órgãos pareados que produzem espermatozoides e testosterona. Cada testículo no homem adulto é um órgão oval com aproximadamente 4 cm de comprimento, 2 a 3 cm de largura e 3 cm de espessura. Outro constituinte do testículo é a túnica vaginal, uma parte do peritônio que acompanha o testículo no processo de migração do abdome e, por sua vez, é composta por duas camadas: uma parietal exterior e uma visceral interna, sendo responsáveis pela cobertura dos segmentos lateral e anterior da túnica albugínea nos testículos. A bolsa escrotal, camada externa composta por pele e tecido muscular, vai proteger os testículos e contribuir para manutenção da temperatura ideal para a produção dos espermatozóides, abaixo da temperatura basal intra-abdominal Cada testículo é envolto pela túnica albugínea, uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso, que se torna espessada na região posterior formando o mediastino testicular. É esse espessamento que vai ser responsável pela formação dos septos fibrosos que serão direcionados para a parte parenquimatosa do testículo, dividindo-o em cerca de 250 porções piramidais, os lóbulos testiculares. Os septos não são completos, o que permite uma intercomunicação entre os lóbulos Nos lóbulos estão os túbulos seminíferos, que se enovelam e estão envoltos por tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células intersticiais (células de Leydig). O epitélio seminífero dos túbulos seminíferos produz os espermatozoides, que são as células reprodutoras masculinas. Já as células de Leydig (Figura 4) secretam andrógeno testicular. Os espermatozoides dirigem-se para os túbulos retos, que ligam a extremidade aberta de cada

túbulo seminífero à rede testicular localizada no mediastino testicular. Os espermatozoides saem da rede testicular através dos ductos eferentes, os quais finalmente se fundem com o epidídimo

Vista histológica dos túbulos seminíferos e os ductos genitais intratesticulares

Cada testículo contém de 250 a 1000 túbulos seminíferos (figura 4). São túbulos ocos, enovelados, com 150 a 250 μm de diâmetro e 30 a 70 cm de comprimento cada, dispostos em alças. Os ductos genitais intratesticulares – túbulos retos, rede testicular e ductos eferentes – seguem-se aos túbulos seminíferos e conduzem espermatozoides e fluidos. Os túbulos seminíferos dão origem, a partir de suas extremidades, aos túbulos retos. Estes são tubos curtos e retificados, revestidos na sua porção inicial apenas por células de Sertoli e em seguida por epitélio cúbico simples, que irão comunicar os túbulos seminíferos com a rede testicular, composta por diversos canais dispostos em formato de rede que estão ligados ao interior do mediastino testicular e cobertos por tecido cúbico epitelial simples. Essa rede está conectada ao ducto do epidídimo ou ducto epididimário por cerca de 10 a 20 ductos eferentes, formados por grupos de células epiteliais cuboides não ciliadas, que absorvem fluido secretado pelos túbulos seminíferos, alternadas com grupos de células ciliadas, cujos cílios batem em direção do epidídimo, criando um fluxo que conduz os espermatozoides para o epidídimo. Ao redor da lâmina basal do epitélio há uma fina camada de células musculares lisas orientadas circularmente. Os ductos eferentes gradualmente se fundem para formar o ducto do epidídimo. O túbulo seminífero possui uma estrutura que apresenta uma luz central e a parede dos túbulos seminíferos (Figura 5). A parede dos túbulos seminíferos é formada por uma fina camada de tecido conjuntivo, a túnica própria, e por um espesso epitélio seminífero. A túnica própria e o epitélio seminífero estão separados um do outro por uma lâmina basal bem desenvolvida. O tecido conjuntivo é constituído principalmente por delgados feixes entrelaçados de fibras de colágeno tipo I contendo várias camadas de fibroblastos. O epitélio seminífero (ou epitélio germinativo) possui duas populações celulares: as células da linhagem espermatogênica – espermatogônias, espermatócitos, espermátides; e as células de Sertoli – de núcleo basal e formato piramidal. A maioria das células que compõem o epitélio seminífero é da linhagem espermatogênica em diferentes estágios de maturação.

óstio externo da uretra, que é de epitélio escamoso estratificado, unindo-se ao epitélio da pele peniana. Ao longo da uretra peniana são encontradas as glândulas de Littré, que são glândulas secretoras de muco. Já na glande o epitélio transforma-se em estratificado pavimentoso. O prepúcio consiste em uma porção de pele retrátil formada por tecido conjuntivo e músculo liso internamente e que tem como função produzir lubrificação para o pênis através das glândulas sebáceas que se localizam tanto na dobra interna quanto no fragmento de pele que recobre a glande. Circundando a uretra peniana tem-se o tecido erétil, que compões os corpos cavernosos e uretra. É um tecido composto por fibras elásticas, colágena, fibras musculares lisas e numerosos seios vasculares. Esses espaços venosos possuem formato variado, são revestidos por endotélio e são separados um dos outros por trabéculas de fibras de tecido conjuntivo e células musculares lisas. Tais espaços vasculares dos corpos cavernosos são maiores no centro e menores na periferia, próximos à túnica albugínea. Entretanto, os espaços vasculares do corpo esponjoso apresentam tamanhos semelhantes ao longo de toda a sua extensão. As trabéculas do corpo esponjoso contêm mais fibras elásticas e menos células musculares lisas do que as dos corpos cavernosos. Os tecidos eréteis dos corpos cavernosos recebem sangue dos ramos das artérias profunda e dorsal do pênis, que penetram nas paredes das trabéculas do tecido erétil e formam plexos capilares, que fornecem algum fluxo sanguíneo para os espaços vasculares, ou formam artérias espiraladas (artérias helicinas), que são importantes fontes de sangue para os espaços vasculares durante a ereção do pênis. Já a drenagem venosa ocorre através de três grupos de veias, os quais são drenados pela veia dorsal profunda, e têm origem na base da glande do pênis, na região dorsal dos corpos cavernosos, e na região ventral dos corpos cavernosos e do corpo esponjoso. Além disso, algumas das veias deixam o tecido erétil na raiz do pênis e desembocam no plexo de veias que drena a próstata. No estado de flacidez, os espaços vasculares do tecido erétil contêm pouco sangue. O fluxo sanguíneo arterial, nesta situação, é desviado desses espaços para anastomoses arteriovenosas que ligam os ramos das artérias profunda e dorsal do pênis a veias que lançam sangue na veia dorsal profunda. Já a ereção ocorre quando o fluxo sanguíneo é deslocado para os espaços vasculares do tecido erétil (corpos cavernosos e, em menor extensão, corpo esponjoso), provocando o aumento do tamanho do pênis e tornando-o túrgido. Nesse momento, a túnica albugínea que reveste os tecidos eréteis é distendida e diminui em espessura de 2 mm para 0,5 mm. A ereção ocorre através de impulsos do sistema nervoso parassimpático após um estímulo sexual (táteis, olfativos, visuais, auditivos e psicológicos) que levam ao relaxamento da musculatura dos vasos penianos e do musculo liso dos corpos cavernosos, levando a vasodilatação. Concomitante, há a inibição dos impulsos vasoconstrictores do simpático. Com a abertura das artérias penianas e dos espaços cavernosos há um consequente aumento de fluxo sanguíneo preenchendo os espaços cavernosos e levando à rigidez peniana. As veias do pênis tornam-se comprimidas e o sangue fica retido nos espaços vasculares do tecido erétil, mantendo, dessa maneira, o pênis em uma condição ereta. Como resultado do estímulo continuado da glande do pênis, ocorre a ejaculação, que consiste na expulsão forçada do sêmen a partir dos ductos genitais masculinos. Após a ereção, as glândulas bulbouretrais liberam um fluido viscoso que lubrifica o revestimento da uretra e momentos antes da ejaculação, a próstata lança sua secreção na uretra e os espermatozoides da ampola dos dois ductos deferentes são liberados nos ductos ejaculadores. A secreção prostática aparentemente auxilia os espermatozoides a adquirirem

motilidade. A secreção final adicionada ao sêmen é um fluido rico em frutose, liberado pelas vesículas seminais, que fornece energia para os espermatozoides. Esta secreção forma a maior parte do volume do ejaculado. A regulação da ejaculação é dada pelo sistema nervoso simpático, com impulsos que desencadeiam uma sequência de acontecimentos: • Contração do músculo liso dos ductos genitais e das glândulas genitais acessórias forçam o sêmen para dentro da uretra. • Contração do músculo do esfíncter da bexiga urinária, impedindo a liberação de urina ou a entrada de sêmen na bexiga. • Contrações rítmicas do músculo bulboesponjoso (que envolve a extremidade proximal do corpo esponjoso - bulbo do pênis) que resultam na expulsão forçada do sêmen da uretra. Após a ejaculação e o orgasmo, há a diminuição da atividade parassimpática, as anastomoses arteriovenosas são reativadas, o fluxo sanguíneo através das artérias profunda e dorsal do pênis diminui, e a drenagem venosa esvazia lentamente o sangue dos espaços vasculares dos tecidos eréteis e o pênis sofre detumescência e volta a seu estado flácido. No qual o fluxo de sangue é pequeno e mantido pelo tônus intrínseco da musculatura lisa e por impulsos contínuos da inervação simpática

Sistema reprodutor

feminino

Visão histológica dos ovários Os ovários são órgãos bilaterais que produzem gametas femininos (óvulos) e hormônios. Histologicamente, eles são divididos em uma região cortical, onde ocorre o desenvolvimento folicular, e uma região medular, rica em vasos sanguíneos e nervos A superfície dos ovários é coberta por um epitélio germinativo, que pode variar entre epitélio pavimentoso simples, composto por células achatadas, e epitélio cúbico simples, composto por células cúbicas, que conferem maior resistência à superfície ovariana. O epitélio germinativo participa na proteção do ovário e é o local de origem de muitos dos tumores ovarianos epiteliais Logo abaixo do epitélio germinativo, encontra-se a túnica albugínea, uma

sanguíneos. A teca externa organiza-se de maneira concêntrica ao redor do folículo s

O folículo dominante apresenta um grande antro preenchido com líquido folicular. Sua camada granulosa torna-se mais delgada conforme o folículo cresce, enquanto as tecas foliculares tornam-se mais espessas, especialmente a teca interna, que continua a produção de esteróides. O folículo é tão grande que provoca uma saliência na superfície do ovário, visível por ultrassonografia. Este exame de imagem pode detectar a presença do folículo pré-ovulatório, indicando que a mulher está no período pré-ovulatório do ciclo menstrual. O processo de desenvolvimento do folículo primordial até o folículo pré-ovulatório maduro leva cerca de 90 dias. Apenas o folículo dominante prossegue até a ovulação, enquanto os folículos que não se tornam dominantes passam por um processo de degeneração chamado atresia.