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Este documento fornece uma visão abrangente sobre a hipertensão arterial sistêmica (HAS), uma doença crônica e multifatorial. Aborda os principais aspectos da HAS, incluindo definição, classificação, manifestações clínicas, fatores de risco e métodos de diagnóstico, como MAPA e MDPAC. Destaca a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, uma vez que, se não controlada, pode levar a complicações graves. Discute a relevância de fatores como dieta, consumo de álcool e tabaco, atividade física e controle glicêmico no desenvolvimento e manejo da HAS. Este documento é uma referência valiosa para profissionais de saúde, estudantes e pacientes interessados.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica, multifatorial, caracterizada por um aumento sustentado dos níveis pressóricos com a pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e uma PA diastólica igual ou superior a 90 mmHg A hipertensão refere-se a uma condição prolongada de elevação da pressão arterial, por isso é chamado de “aumento sustentado”. Os aumentos da pressão arterial esporádicos não são características da hipertensão. Cerca de 1/3 da população mundial é considerada hipertensa. A hipertensão é um fator de risco primário para doenças cardiovasculares e uma causa líder de morbidade e mortalidade, sendo que 51% dos AVC são causados por hipertensão. Sem tratamento adequado, cerca de 50% dos hipertensos morrem devido à doença cardíaca isquêmica (DCI) ou à insuficiência cardíaca congestiva, e um terço por acidente vascular encefálico. É uma condição clínica multifatorial, que depende de fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais Todos os órgãos que são vascularizados podem ser atingidos pela HAS. É definida como doença crônica não transmissível, onde os benefícios do tratamento superam os riscos. É uma doença considerada como “custo efetivo”, visto que os gastos com o tratamento são muito inferiores aos gastos das consequências do não tratamento
interação de vários polimorfismos genéticos (que individualmente podem ser inconsequentes) e fatores ambientais, que conspiram para aumentar o volume sanguíneo e/ou a resistência periférica. A hipertensão primária pode ser chamada também de essencial. É assim denominada porque o aumento gradual na pressão arterial, associado à idade, foi considerado “essencial” para a perfusão normal de órgãos internos, como o cérebro. Tanto os fatores não modificáveis quanto aqueles relacionados ao estilo de vida são implicados, seja isolada ou coletivamente, como fatores de contribuição para o desenvolvimento da hipertensão primária.
Lesão em órgão-alvo: O aumento da pressão de perfusão ocasionada pela hipertensão pode causar lesão direta dos órgãos-alvo. Além disso, o aumento da pressão intravascular pode lesionar as células endoteliais vasculares, o que aumenta o risco de desenvolvimento de doença vascular aterosclerótica; A lesão dos órgãos-alvo afeta em particular os órgãos com estrutura altamente vascularizada ou que dependem fortemente de um suprimento de sangue adequado para a sua função apropriada, incluindo coração, cérebro, rins e retina nos olhos.
Hipertensão mascarada: É quando fora do consultório os valores pressóricos do paciente são elevados, mas no consultório ocorre a diminuição dos valores. Nesse caso, o paciente é considerado hipertenso.
É recomendado programas de triagem para HA, os valores devem ser anotados no prontuários e não podem ser arredondados.
A hipertensão é sempre determinada pelo pior. Se a sistólica possuir valores de HAS estágio 1 mas a diastólica estar em HAS estágio 2, considera-se a diastólica para classificar a hipertensão. Caso o paciente possua a pressão arterial sistólica alterada e a diastólica não, é chamado de hipertensão sistólica isolada. Ao contrário, chama-se hipertensão diastólica isolada. O risco de doença cardiovascular dobra para cada aumento de 20 mmHg na pressão sistólica e de 10 mmHg na pressão diastólica
A hipertensão é considerada uma doença silenciosa, ou seja, sem sintomas. No entanto, ao passar de tempo o paciente acometido com a hipertensão desenvolve lesões em órgãos alvo, principalmente em territórios vasculares.
Insuficiência cardíaca: A falta do controle da hipertensão faz com que o ventrículo esquerdo realize mais força para vencer a pressão da artéria aorta, gerando hipertrofia. Após isso, começa a ter alterações no músculo, podendo ser fibrose ou remodelação cardíaca, tendo como resultado a diminuição da ejeção do sangue e o coração não consegue fornecer sangue adequadamente para atender às necessidades do corpo. Doença coronariana: a hipertensão é fator de risco para o desenvolvimento de aterosclerose; a longo prazo a hipertensão coloca uma pressão excessiva nas paredes das artérias coronárias resultando em danos as células endoteliais; a hipertensão obriga o coração a trabalhar de forma mais intensa podendo gerar hipertrofia ventricular esquerda; aumenta a vulnerabilidade de ruptura das placas ateroscleróticas.
Fatores de risco não modificáveis para hipertensão primária: está incluído nessa categoria a idade, sexo, raça, histórico familiar e genética.
A hipertensão primária é mais comum em adultos do que em crianças, sendo que em crianças, geralmente a hipertensão é secundária A elevação da pressão arterial com o envelhecimento está relacionada a um enrijecimento das paredes arteriais, que afeta a pressão sistólica em particular, além de que artérias perdem a capacidade de complacência. Evidências mais recentes também indicam que a capacidade renal de excreção do sódio diminui com a idade, e a retenção de sódio também contribui para a hipertensão Cerca de 65% dos indivíduos acima dos 60 anos apresentam HAS.
A ingestão de sódio está associada a HAS quando a ingestão média é superior a 2g de sódio ao dia, o que equivale a 5g de sal de cozinha. A ingestão do sódio é um dos principais riscos modificáveis da HAS O aumento da ingestão de potássio pode diminuir os níveis pressóricos
Anamnese: História familiar de HA, identificação de fatores de risco cardiovascular e renais (uso de tabaco, álcool, sedentarismo…), pesquisar manifestações de LOA, verificar a presença de outras doenças, questionar sobre uso de fármacos e drogas que possam interferir na pressão arterial, rastrear indícios de HA secundária
potássio, podendo gerar complicações Creatinina plasmática É um indicador da função renal. Níveis elevados indicam disfunção renal que pode ser associada a hipertensão Glicemia de jejum e HbA1c A hipertensão geralmente coexiste com a diabetes. O controle da glicemia evita complicações cardiovasculares e renais Colesterol total, HDLc e triglicerídeos plasmáticos O perfil lipídico faz parte da avaliação do risco cardiovascular. Níveis elevados de colesterol total, baixo HDLc e triglicerídeos aumentados podem contribuir para aterosclerose. Ácido úrico plasmático A hiperuricemia pode ser associada a hipertensão e é fator de risco independente para doença cardiovascular e há remédios que podem alterar a uricemia Eletrocardiograma convencional Pesquisa de alterações no ritmo cardíaco, tamanho do coração e lesões cardíacas causadas pela hipertensão; Exames para grupos de risco
eco não estar disponível Ecocardiograma Para indícios de hipertrofia ventricular esquerda ou suspesa de insuficiência cardíaca Albuminuria Para hipertensos diabéticos, com síndrome metabólica ou com dois ou mais fatores de risco Ultrassonografia de carótidas Para presença de sopro carotídeo, sinais de doenças cerebrovasculares ou doença aterosclerótica Ultrassonografia renal Paciente com massas abdominais ou sopros Teste ergométrico Para paciente com suspeita de doença coronária estável, diabetes melitos, história familiar para doença coronariana Ressonância nuclear magnética Pacientes como distúrbios cognitivos e demência, busca infartos silenciosos e micro hemorragias