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Aprenda o que é a HAS , bem como suas características!
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Correlacionar os sinais e sintomas iniciais e de complicações da HAS e sua fisiopatologia; Compreender quais são os exames gráficos, laboratoriais e de imagem que podem ser utilizados. FISIOPATOLOGIA DOS SINAIS E SINTOMAS DA HAS: Hipertensão primária ou essencial nos estágios iniciais: Geralmente assintomática nos estágios iniciais mas pode apresentar cefaleia. Achados clínicos também estão ausentes na hipertensão precoce e as alterações visíveis costumam ser encontradas apenas nos casos graves avançados, como a retinopatia hipertensiva. Cefaleia: A cefaleia suboccipital, pulsátil, que ocorre nas primeiras horas da manhã e vai desaparecendo com o passar do dia, é dita como característica, porém qualquer tipo de cefaleia pode ocorrer no indivíduo hipertenso. Hipertensão primária não tratada – COMLPICAÇÕES: Lesões Oculares: A hipertensão também afeta os olhos, algumas vezes de maneira agressiva. A retinopatia hipertensiva acomete a retina por uma série de alterações da microcirculação. Os olhos de um paciente hipertenso inicialmente têm tônus vasomotor exagerado, que causa estreitamento arteriolar generalizado. À medida que a hipertensão persiste, as alterações arterioscleróticas pioram e incluem hiperplasia da média da artéria, espessamento da íntima e degeneração hialina. Essas alterações crônicas podem causar entalhes arteriovenosos (AV) mais graves e cegueira. Quando ocorrem aumentos repentinos da PA, os pacientes podem ter hemorragias, microaneurismas e exsudatos duros. Vários estudos confirmaram que há uma relação direta entre retinopatia hipertensiva e PA alta. A retina é um dos órgãos-alvo que deveriam ser avaliados regularmente nos pacientes hipertensos, de modo a evitar lesões oculares graves. Hipertrofia ventricular esquerda: O bombeamento prolongado contra uma resistência periférica elevada causa hipertrofia ventricular esquerda, sendo detectada por ecocardiografia e dilatação cardíaca, observada em exame físico. Aumento da pressão sanguínea ao se levantar: Tem sido recomendada a avaliação da pressão sanguínea em resposta ao ato de se levantar. Geralmente ocorre um aumento da PA ao se levantar, em caso de hipertensão essencial, provavelmente devido a uma resposta simpática hiperativa à postura ereta. Esse aumento normalmente não ocorre em outras formas de hipertensão. Nefrosclerose e Nefropatia Diabética: A hipertensão crônica provoca nefrosclerose, uma causa comum de doença renal crônica. A lesão dos rins é causada por vários mecanismos. Um dos principais mecanismos pelos quais a hipertensão causa danos aos rins é por redução da perfusão (hipoperfusão) dos glomérulos. Em seguida, essa hipoperfusão causa: Glomerulosclerose: formação de cicatrizes nos vasos sanguíneos que compõem o glomérulo e Fibrose tubulointersticial: inflamação que afeta os túbulos renais e os tecidos que circundam os rins.
Outro mecanismo estudado é a disfunção endotelial causada pelas pressões glomerulares altas. A hipertensão também desempenha um papel importante na aceleração da evolução dos outros tipos de doença renal, principalmente nefropatia diabética. Em razão do risco de nefropatia diabética, a American Diabetes Association recomendou que os pacientes com diabetes mantivessem a pressão arterial em níveis inferiores a 130/80 mmHg. AVE isquêmico e Hemorragia intracerebral: A hipertensão, principalmente a hipertensão sistólica, é um fator de risco significativo para AVE isquêmico e hemorragia intracerebral. O estreitamento e a esclerose das artérias perfurantes finas nas regiões subcorticais do encéfalo são anormalidades encontradas comumente à necropsia dos pacientes com hipertensão crônica. Essas alterações parecem contribuir para a hipoperfusão, a perda da autorregulação do fluxo sanguíneo e a violação da barreira hematencefálica, que por fim levam à desmielinização da substância branca subcortical. O tratamento anti-hipertensivo eficaz reduz acentuadamente o risco de desenvolver alterações significativas da substância branca. Entretanto, depois de estabelecidas, essas alterações não parecem ser reversíveis.
A hipertrofia ventricular esquerda (HVE) pode determinar um quadro de disfunção diastólica. Como sinal clínico há o aparecimento de: Um galope pré-sistólico (quarta bulha), que pode ser palpável; Um íctus propulsivo não desviado para a esquerda; Um sopro sistólico mais audível no foco aórtico pode ser comum, caracterizando espessamento e/ou calcificação da válvula aórtica; Uma segunda bulha A2 intensa e clangorosa. A dilatação ventricular e a progressiva redução na fração de ejeção levam ao aparecimento de sinais e sintomas decorrentes da disfunção sistólica: Galope protodiastólico: terceira bulha. A dispneia é progressiva aos esforços, podendo evoluir para dispneia paroxística noturna (edema agudo do pulmão), sendo a manifestação mais comum. A evolução da disfunção ventricular para insuficiência cardíaca congestiva leva ao aparecimento de edema de membros inferiores, derrame pleural, hepatomegalia e turgência jugular. Na fase inicial da cardiopatia hipertensiva o ritmo sinusal está sempre presente. Contudo, com o tempo e com o desenvolvimento incipiente de HVE observa- se a presença de arritmias , sendo as mais frequentes: Batidas ectópicas, Extra-sístoles supra e posteriormente ventriculares. A fibrilação atrial é a arritmia mais frequente na evidência de cardiopatia hipertensiva. Seu aparecimento poderá ocorrer em diversas situações: A presença de disfunção diastólica e sobrecarga atrial é um dos mecanismos, por vezes paroxística, mas que pode ficar sustentada com a duração e mau controle da pressão arterial. O crescimento progressivo da cavidade atrial esquerda pela disfunção sistólica determina o aparecimento da fibrilação atrial. CÉREBRO: A circulação cerebral está frequentemente comprometida pela hipertensão arterial. A elevação súbita da pressão arterial pode se manifestar por tonteira, cefaleia, zumbido e escotoma cintilante. Durante muitos anos esse equilíbrio pode ser mantido sem o aparecimento de maiores sintomatologias. Contudo, dependendo da intensidade, da duração e do caráter súbito de uma elevação muito brusca, esse equilíbrio poderá ser rompido, ocorrendo transudação de líquido.
Esses tumores secretam predominantemente norepinefrina e têm como característica fundamental os níveis pressóricos sustentados, porém podendo em 40% dos casos ser episódicos. Naqueles com hipertensão paroxística (elevação da PA de forma abrupta e grave) a crise pode surgir de várias maneiras, incluindo exercício, ao se dobrar sobre o abdome, no ato de urinar, ao defecar, durante a indução de anestesia e na palpação do abdome. Aldosteronismo primário: No aldosteronismo primário (tumor ou hiperplasia da camada cortical glomerulosa da suprarrenal) os indivíduos hipertensos apresentam sintomas decorrentes da excessiva perda renal de potássio, determinando fraqueza muscular, poliúria e noctúria. Síndrome de Cushing : Os sinais e sintomas mais comuns da síndrome de Cushing estão relacionados ao excesso de corticosteroides produzidos primariamente pela suprarrenal ou secundários ao excessivo estímulo de ACTH produzido pela hipófise (doença de Cushing); Como grande parte dos pacientes desenvolve hipertensão arterial e diabetes, podem surgir sintomas associados ao aumento da glicose e da pressão arterial, tais como dor de cabeça, sede exagerada, aumento do volume urinário, aumento do apetite e visão borrada. Doença renal crônica: Os hipertensos decorrentes de doença renal crônica — glomerulonefrite e pielonefrite crônicas — apresentam sintomas devido à destruição do parênquima funcional renal. Os sintomas causados pelas chamadas substâncias tóxicas também melhoram com dieta hipoproteica ou com diálise. Dentre estas citam-se ureia, creatinina, creatina, indóis, guanidinas, fenóis, polipeptídeos, ácidos tricarboxílicos, etc., que têm seu efeito principalmente sobre as mucosas do organismo. Seu acúmulo no decorrer da insuficiência renal crônica pode ser resultante da falta de excreção ou de metabolização deficiente. Apneia Obstrutiva do Sono: Existem ainda muitas dúvidas sobre a apneia obstrutiva do sono (AOS) ser causa secundária de hipertensão arterial. Contudo, a sua presença determina dificuldade em controlar a PA, sendo considerada uma causa de hipertensão arterial resistente. O hipertenso com AOS pode se apresentar sonolento durante o dia. Em geral está associada à obesidade abdominal, mas indivíduos com peso normal também podem apresentar a mesma sintomatologia. EXAMES GRÁFICOS, LABORATORIAIS E DE IMAGEM: Os principais objetivos da avaliação clínica e laboratorial são: Atingir essas metas permite o diagnóstico correto da HA e seu prognóstico, possibilitando a escolha da melhor terapêutica para o paciente. Avaliação clínica: São aspectos relevantes da ANAMNESE :
diabete melito; indícios de hipertensão secundária.
RESUMO DE AVALIAÇÃO LABORATORIAL: DECISÃO TERAPÊUTICA: A decisão terapêutica deve levar em conta, além dos valores da pressão arterial, a presença ou não de lesões em órgãos-alvo e de fatores de risco cardiovascular associados. REFERÊNCIAS: DEPARTAMENTE DO HIPERTENSÃO ARTERIAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. Investigação clínico laboratorial e decisão terapêutica. Disponível em: http://departamentos.cardiol.br/dha/consenso3/investiga cao.asp. OIGMAN, W. Sinais e sintomas em hipertensão Arterial. J. bras. med ., v. 102, n. 5, p. 13-18, 2014. MALAQUIAS, M. V. B.; SOUZA, W. K. S. B.; PLANIK, F. L ., et al. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Aterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia , v. 107, p. 1-83,