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HIGIENE-DO-TRABALHO-–-MÓDULO-II-–-RISCOS-QUÍMICOS.pdf
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Não perca as partes importantes!
Fonte: analysticsbrasil.com^1
rezado (a) aluno (a) Durante essa disciplina vere- mos alguns conceitos importantes sobre higiene do trabalho e riscos bi- ológicos. Note que antes de falar sobre os fatores de risco químicos, deve- mos tratar sobre a gestão do meio ambiente do trabalho como um todo, desse modo, faz-se indispensá- vel uma justaposição panorâmica, porquanto nem todos os alunos são ligados ao campo de EST - Engenha- ria de Segurança do Trabalho, sendo que alguns, até mesmo, terão o seu o primeiro contato neste curso. Assim, algumas definições são corriqueiras como os três tomos da HT, por isso
(^1) Retirado em analysticsbrasil.com
volta e meia há prolixidade, contudo sempre com fito de reforço de um pensamento central, que por vezes passaria desapercebido, se não fosse esse o recurso. O principal objetivo da Higiene do Trabalho é o bom em- prego de medidas apropriadas para acautelar e controlar os riscos no lo- cal de trabalho. As normas e regula- mentos quando não respeitados são inúteis para resguardar a saúde dos trabalhadores, de maneira que para sua efetiva prática, é solicitada a aplicação de estratégias de vigilân- cia, bem como as de controle. Logo, a falta de padrões nor- mativos não precisa servir de pre- texto para não acautelar exposições
em que declaradamente exista riscos graves, controles precisam ser aloca- dos antes mesmo de avaliações quantitativas. Desse modo, tendo alguma dúvida, não deixe de encaminhar as suas perguntas ao setor pedagógico por meio do protocolo ou atendi- mento aos alunos.
Bons estudos!
Note que lidar este tipo de trabalho é indispensável para o trabalhador, bem como a sociedade e até mesmo para o desenvolvimento dos países. Atividades humanas imperativas - agricultura, comercialização de mi- nerais, indústria, produção de ener- gia, assim como o transporte e ou- tros serviços - estão repetidamente conexas com a episódio de agentes ou aspectos que podem ocasionar riscos para a saúde. Logo, estes riscos podem ser de incidentes ou doenças profissio- nais; todavia, neste modulo mencio- naremos tão-somente aos fatores de risco que podem induzir a doenças profissionais (embora de extrema- mente importantes, os riscos de in- cidentes do trabalho não serão tra- balhados).
Os trabalhadores são a força motora do desenvolvimento
das nações, porém infelizmente muitas vezes perdem sua saúde e até suas vidas neste processo, o que é inaceitável e pode ser evitado se houver vontade polí- tica para aplicar os conheci- mentos existentes quanto a fa- tores de risco e sua prevenção e para atuar dentro um contexto de justiça social. Agentes peri- gosos podem também sair dos locais de trabalho (efluentes, lixo tóxico e cargas perigosas, bem como certos produtos para consumo), atingindo pessoas fora dele e danificando o meio ambiente (ar, água, solo) imedi- ato ou distante (até a estratos- fera) e os recursos naturais (GOELZER, 2016).
Exemplos de Fatores Ocupaci- onais de Risco
Existem diversos tipos de agentes químicos, seja em formas lí- quida, gasosa ou de partículas:
Arsênico: refinação do cobre, pesticidas, produtos farmacêu- ticos, fabricação de vidro, pre- servação da madeira, indústria do couro Benzeno: coquerias, indústria petroquímica, gaso- lina (1-5%), impureza em certos solventes, indústria do couro (colas), indústria química Chumbo: fabricação de baterias e pilhas, mineração e refinação, fundições, tintas e pigmentos, cerâmica, gasolina (orgânico), recuperação de sucata, indús- tria química Mercúrio: pestici- das, processo cloro-alcali, equi- pamento eletrônico, fabricação
traumas cumulativos; movi- mentos e esforços repetitivos (digitadores, caixas de super- mercado, trabalhos com equi- pamentos vibratórios leves, músicos) (GOELZER, 2016).
Por fim, podemos citar os fato- res Psicossociais:
Problemas socioeconômicos, psicológicos, más relações de trabalho, ritmo de trabalho ina- dequado, isolamento, trabalho excessivo e/ou não gratificante, falta de pausas para repouso, nível de responsabilidade ina- dequado (muita ou pouca), falta de controle sobre o resultado do trabalho, sub ou super capaci- tação, falta de treinamento para as tarefas, turnos inadequados; assédio moral e sexual (GOEL- ZER, 2016).
Logo, os requerimentos cres- centes do mundo moderno e assim como no próprio mercado de traba- lho, como a precisão de maior pro- dutividade, diminuição continua do contingente de colaboradores nas empresas, expectativas inexequí- veis, relações de trabalho densas, co- branças excessivas quanto às com- petências individuais e ao mesmo tempo disponível para cumprir as tarefas, e diversos outros fatores co- locam os indivíduos em circunstân- cias de grande stress ocupacional, o que induze a uma série de implica- ções. Mais de 100.000 substancias são utilizadas ou produzidas
por um grande número de ativi- dades. Estima-se que mais de 200 agentes biológicos e vege- tais - como vírus, bactérias, pa- rasitas, fungos e poeiras orgâni- cas, podem se encontrar em lo- cais de trabalho (OMS, 1995). A OMS, em sua publicação “Sa- úde e Ambiente no Desenvolvi- mento Sustentável – Cinco anos depois da Reunião de Cú- pola da Terra” (OMS, 1997) destaca a importância dos ris- cos químicos, que continuam aumentando, sem que haja um desenvolvimento paralelo quanto à prevenção da exposi- ção aos mesmos (GOELZER, 2016).
Do mesmo modo, permanece a exposição a riscos de natureza física, podemos citar o ruído e as radiações. Aspectos de risco ergonômicos e psi- cossociais, o que até anos atrás eram ignorados, mas tem se tomando im- portância crescente sendo motivos para doenças, como dificuldade com a leitura, depressão, ansiedade, terrores noturnos, entre tantos ou- tros e sintomas ligados ao estresse no trabalho concebem como as prin- cipais implicações ocupacionais em certos países (onde os riscos mais manifestos, como os químicos e bio- lógicos) uma vez que são bastante evitados/controlados.
1.2. Riscos Químicos
Note que os risco químicos são as substâncias químicas encontra- das em diferentes estados: líquido,
sólido ou gasoso. Como já vimos nos exemplos elas podem estar contidas no ar, na água ou em elementos em- pregados pelas pessoas. Quando presentes no local de trabalho, essas substâncias podem trazer riscos à saúde do profissional. Logo, esses agentes químicos, em regra, estão em produtos que usam conservantes, solventes ou mi- nerais nas amplas empresas. A indústria farmacêutica, ali- mentícia, industriais em geral, a tí- tulo de exemplo, emprega diversos reagentes químicos para produzir medicamentos ou produzir material de limpezas, combustíveis, solven- tes, tintas, polímeros, entre tantos outros. Logo, as empresas de pesquisa científica, além disso empregam substâncias para separação de amostras biológicas, como os ácidos, bases EDTA, (extremamente tó- xico). Na agricultura, os trabalhado- res além disso estão expostos a ris- cos químicos provenientes dos de- fensivos agrícolas, fertilizantes e fo- leares. Os produtos podem ocasionar alergias e complicações à saúde dos trabalhadores que possui o contato todos os dias.
1.3. As vias de Penetração dos Agentes Químicos
Note que esses agentes podem contagiar o trabalhador de diferen- tes formas: Contato com a pele; Aspiração de gases tóxicos; Contato com a mucosa, ao in- gerir alimentos ou itens em ambientes nos quais é feito o manuseio de produtos quími- cos.
Diversos agentes podem ocasi- onar graves irritações no sujeito ou implicar em reações corrosivas. De acordo com a substância química e do tempo de exposição, a decorrên- cia pode ser devastadora no profissi- onal. Daí a importância de se ter chuveiros de emergências nos labo- ratórios.
Chuveiro de emergência, para olhos e corpo inteiro
Fonte: lojazeusbrasil.com
Fonte: getwer.com.br^2
ote que são os diversos obstá- culos ao se começar a imple- mentação de formas para controle dos agentes químicos no local de tra- balho. Por esse motivo, diversas ve- zes este processo é incógnito. Dentre os principais empecilhos identifica- dos, pode-se mencionar: Insuficiente conscientização de empregadores e emprega- dos; Falta de procedimentos docu- mentados e organizados de maneira sistemática; Rotulagem inapropriada ou inexistente dos produtos quí- micos;
(^2) Retirado em getwer.com.br
Falta de informação adequada sobre qualidade, quantidade e toxicidade dos produtos em uso; Falta de treinamento apropri- ado; Recursos humanos e financei- ros escassos; Dificuldade ao acesso de infor- mações (RIBEIRO, 2011).
Para começar à implementa- ção de formas para gestão dos agen- tes químicos no local de trabalho, é imprescindível: Conhecer as propriedades fí- sico-químicas de todos os
Se há recipientes mal vedados ou deixados abertos. Verifi- cam-se emissões fugitivas em função de vedação inadequada ou ausência de exaustão? É possível melhorar a vedação dos recipientes mal vedados? Se há embalagens danificadas, não rotuladas ou reutilizadas. Se há situações em que os tra- balhadores “criam” seus pró- prios EPIs, como, por exem- plo, toalhas ao redor da face. Os EPIs fornecidos são real- mente adequados ao trabalho? Os trabalhadores receberam treinamento adequado para utilizar e conservar seus EPIs? Se as condições de ventilação (natural e artificial) e tempera- tura estão adequadas. Se as condições de limpeza e
organização nos departamen- tos, onde há altos índices de absenteísmo por motivo mé- dico, estão adequadas. Os tra- balhadores reclamam de mal- estar constantemente? As substâncias utilizadas estão causando danos ao meio ambi- ente e aos trabalhadores? É possível substituir a substân- cia em questão? Se há registro dos locais onde ocorreram incidentes no pas- sado. Qual a qualidade desses registros? Quais foram as cau- sas e as soluções adotadas? (RIBEIRO, 2011).
O ideal é realizar a inscrição em uma ficha como apresentada a seguir, anotando o que foi observado
Fonte: Fundacentro
Assim, esta ficha descritiva é um dos componentes imprescindí- veis para a concepção de um método sistemático para implicação de me- didas de controle das substâncias químicas no local de trabalho. Além de reproduzir informa- ções oriundos da observação, os pro- fissionais envolvidos nas atividades delineadas necessitam relatar o seu dia a dia. Os resultados alcançados ne- cessitam ser publicados a todos que, de forma que os profissionais envol- vidos com o tema SST dentro do em- preendimento (técnicos e engenhei- ros de segurança, administradores, médicos responsáveis, membros da CIPA etc.) tenham o total conheci- mento da matéria.
2.2. Realizando o Inventário de Produtos Químicos
A segunda fase do procedi- mento para implementação de for- mas de controle das substâncias quí- micas no local de trabalho incide em uma vez compreendido todo o fluxo dos produtos químicos no recinto, deve-se criar um inventário dos mesmos. Para realizar um inventá- rio, primeiramente é conciso saber
quais dados sobre os produtos quí- micos aproveitados na empresa e os que estão a sua disposição. Vale ressaltar que precisam ser discriminados TODOS os produ- tos químicos viventes e/ou produ- zido dentro da empresa, uma vez que um único produto pode ser ino- fensivo, todavia, ao entrar em con- tato com os demais, pode causar re- ações químicas toxicas. Bem como: Matéria-prima; Preparações especiais; Vapores emanados durante o manuseio e a preparação de produtos; Fumos, poeiras, névoas gera- das durante as atividades/pro- cessos; Substâncias coadjuvantes (ca- talisadores, corantes, tintas, adesivos, secantes etc.); Substâncias utilizadas na lim- peza dos equipamentos e do local de trabalho (resíduos); e Produto final. Figura 1 Ficha descritiva: utilização de pro- dutos químicos (RIBEIRO, 2011).
Dessa forma, para cada agente químico identificado, é necessário fazer uma ficha descritiva tal como a da figura abaixo:
duto Desconhecido 02” etc. Logo, com todas essas informações em mãos, a próxima fase é determinar quais são as atuações que precisam ser seguidas para implementar um sistema eficaz para o controle da ex- posição aos agentes químicos no lo- cal de trabalho. A proposta deste subitem é de- finir essas medidas de controle por meio da avaliação qualitativa da ex- posição a substâncias químicos, pro- cedimento no qual se afere o perigo proporcionado pelo contato com de- terminado agente e o grau de expo- sição a esta mesma substância ao longo da execução das tarefas funci- onais.
Esta avaliação é o primeiro passo para se chegar às medi- das de controle adequadas (também chamadas de ações),
porque é através dela que se tem condição de decidir o que será colocado em prática para reduzir a exposição. Ainda que o ideal seja a eliminação com- pleta de qualquer agente ou fa- tor de risco que possa afetar a saúde nos ambientes de traba- lho, isto nem sempre é possível. A proposta, ao se implementar um sistema efetivo de controle da exposição aos agentes quí- micos no ambiente de trabalho, é buscar a redução máxima da exposição e, consequente- mente, do risco. A fonte de pe- rigo, a propagação através do ambiente de trabalho e a expo- sição do trabalhador devem ser interrompidas de alguma forma (RIBEIRO, 2011).
No decorrer do processo de avaliação, é indispensável conside- rar a seguinte hierarquia de con- trole:
Fonte: Fundacentro
Materiais Complementares
Links “gratuitos” a serem con- sultados para um acrescentamento no estudo do aluno de assuntos que não poderão ser abordados na apos- tila em questão. Higiene ocupacional: Índices de intolerância avaliação-qualitativa-de-ris- cos-químicos/ HIGIENE_E_TOXICOLO- GIA.pdf
BELTRAMI, Mônica e STUMM, Silvana. Higiene no Trabalho. IFAP, 2013.
CONECT. Riscos biológicos: o que são e qual sua relação com acidentes no traba- lho? CULTURA DE SEGURANÇA,NOR- MAS REGULAMENTADORAS NRS,
EPSSO. Riscos biológicos no ambiente ocupacional. 2017. Retirado em: https://epsso.com.br/2017/11/24/riscos- biologicos-no-ambiente-ocupacional/ HIGIENE OCUPACIONAL. Noções de ventilação industrial. s/a. Retirado em: http://www.higieneocupacio- nal.com.br/download/vent-ind- nocoes.doc.
LAPA, Reginaldo Pedreira. Higiene Ocu- pacional: o que é e para que serve? RIS- KEX, 2016.
PROLIFE. LTCAT – Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho. 2017. Retirado em: https://prolifeengenha- ria.com.br/servicos/ltcat/
PRONACI. Higiene e Segurança no Traba- lho. Ficha Técnica PRONACI Edição 2002.
SALIBA, Tuffi Messias. Manual prático de higiene ocupacional e PPRA : avaliação. Beatriz de Freitas Lanza. — 6. ed. — São Paulo : LTr, 2014.
SALIBA, Tuffi Messias; DE FREITAS LANZA, Maria Beatriz. Curso básico de se- gurança e higiene ocupacional. LTr Edi- tora Ltda., 2018.
GOELZER, Berenice I. F. Reconheci- mento, avaliação, prevenção e controle de riscos ocupacionais. UFPR, 2016.
CONECT. Riscos químicos no ambiente de trabalho: conheça os mais perigosos!.
RIBEIRO, Marcela Gerardo. 1234567890Avaliação qualitativa de riscos químicos: orientações básicas para o con- trole da exposição a produtos químicos em fundições / Marcela Gerardo Ribeiro, Wal- ter dos Reis Pedreira F Filho, Elena Elisa- beth Riederer. – São Paulo : Fundacentro,
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