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O “Hemograma Revelado” é um guia prático, completo e descomplicado para quem deseja aprender de verdade a interpretar o Hemograma - um dos exames laboratoriais mais solicitados na prática clínica e essencial na rotina dos profissionais da saúde. Aqui, você vai além dos conceitos básicos! Este eBook traz uma abordagem clara, didática e objetiva, revelando os bastidores do hemograma, explicando de forma simples o que cada parâmetro significa, como interpretar alterações e como correlacionar os achados laboratoriais com condições clínicas reais. Elaborado pela equipe do BiGs Saúde.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
BIANCA GOMES FERNANDES 2024 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
DIREITOS RESERVADOS BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS ATENÇÃO! Este Ebook está legalmente registrado. Este Ebook encontra-se sob rastreio, por isso, é PROIBIDO o compartilhamento deste PDF. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste Ebook pode ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou outro, sem a permissão prévia por escrito do autor.
O HEMOGRAMA Introdução a um dos exames mais solicitados 5 INTRODUÇÃO AO HEMOGRAMA Composição do exame 6 INTRODUÇÃO AO HEMOGRAMA Os valores de referência 8 ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo 9 LEUCOGRAMA Interpretando os defensores do seu Sistema Imunológico 22 PLAQUETOGRAMA Desvendando os guardiões da coagulação 29 COMPLEMENTOS DO HEMOGRAMA Os valores de referência para outras faixas etárias 31 COMPLEMENTOS DO HEMOGRAMA Resumo dos principais termos abordados neste Ebook 32 INTERPRETANDO NA PRÁTICA Casos clínicos para aplicar os conhecimentos 33 QUER MAIS UM BÔNUS? É só me contar o que achou desta jornada 36 SUMÁRIO BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
O HEMOGRAMA Introdução a um dos exames mais solicitados BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
INTRODUÇÃO AO HEMOGRAMA Composição do exame BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Observe o hemograma abaixo. Note que ele está dividido (conforme discutimos na página anterior), em três partes principais: Eritrograma (hemácias/eritrócitos); Leucograma (leucócitos); Plaquetograma (plaquetas). Cada seção fornece dados específicos sobre as células do sangue, oferecendo uma visão detalhada do que está acontecendo no organismo. Representação do hemograma emitido pelo Laboratório Napoleão Dias - LANAD. Imagem adaptada pelo autor, 2024.
INTRODUÇÃO AO HEMOGRAMA Os valores de referência BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Antes de iniciarmos a análise de cada linha do hemograma, é fundamental compreender os valores de referência que utilizaremos como base para interpretar os resultados. Os valores de referência adotados neste Ebook foram retirados do Programa Nacional de Controle de Qualidade (PNCQ) , uma fonte confiável amplamente utilizada em laboratórios clínicos no Brasil. Vale ressaltar que esses valores podem variar conforme o laboratório e a metodologia utilizada. Ou mesmo, de acordo com o gênero ou faixa etária. As dosagens que contabilizam células no hemograma podem apresentar os resultados de duas maneiras: em milímetros cúbicos (mm³) ou em notação científica, como potência de 10, geralmente expressa como células por litro. Exemplo : A contagem de hemácias em homens adultos pode ser reportada como 4,5 a 5, milhões por microlitro (μL ou mm³) de sangue ou 4,5 a 5,5 x 10¹²/L. A notação em potência de 10 é comumente utilizada em sistemas mais modernos e em diretrizes internacionais, enquanto a expressão em mm³ ainda é amplamente encontrada em laboratórios e relatórios nacionais. É importante estar atento a essa variação para uma correta interpretação dos resultados. Mais detalhes sobre valor de referência na página 31. Agora sim estamos prontos para mergulhar em cada dosagem!
A hemoglobina é a proteína que fica dentro da célula chamada hemácia (que contabilizamos no tópico anterior). É essa proteína que se liga ao oxigênio, e garante que ele chegue aos músculos, ao cérebro, ao intestino e a cada célula do corpo. O oxigênio é importante para a geração de energia pelas células. Valores normais: 15 a 17 g/dL - Homens adultos. 12 a 15 g/dL - Mulheres adultas. Interpretação : Um nível normal de hemoglobina sugere que o transporte de oxigênio está funcionando bem. Valores baixos são indicativos de anemia e podem sinalizar problemas como deficiência de ferro, sangramento crônico ou doenças genéticas. Valores elevados podem indicar desidratação ou distúrbios sanguíneos. Medir a hemoglobina é uma maneira rápida de detectar se o paciente tem anemia ou outros problemas relacionados ao transporte de oxigênio. Em atletas, níveis mais altos podem ser esperados devido à maior demanda de oxigênio. Essa dosagem avalia avalia diretamente a capacidade de transporte do oxigênio (O2).
2. Hemoglobina (Hb) ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo BGF (^) 10 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Determina a porcentagem de hemácias em um certo volume de sangue. Interpretação : Um hematócrito baixo indica que o paciente pode estar com anemia ou com excesso de líquidos no corpo (hiper-hidratação). Já um hematócrito alto pode sugerir desidratação, policitemia ou doenças pulmonares. É útil para avaliar a gravidade de uma anemia ou identificar desequilíbrios hídricos. Utilizado para avaliar a necessidade transfusional. Realiza-se a transfusão de concentrado de hemácias quando o Ht é inferior a 20% e/ou a Hb é inferior a 7g/dL.
3. Hematócrito (Ht ou HCT) ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS O hematócrito mede a proporção de hemácias no volume total de sangue. Em outras palavras, diz “o quanto do sangue são hemácias”. Valores normais: 40 a 50 % - Homens adultos. 36 a 46 % - Mulheres adultas. Hemácias
Avalia o TAMANHO das hemácias.
4. Volume Corpuscular/globular Médio (VCM ou VGM) ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo O VCM calcula o tamanho médio das hemácias. Esse dado é crucial para identificar o tipo de anemia que o paciente pode ter, facilitando o diagnóstico diferencial. É um dos primeiros parâmetros a serem observados quando o objetivo é identificar a causa da anemia. Valores normais: 83 a 101 fL (fentolitros) - Adultos. Interpretação : VCM baixo: Indica microcitose, associada a anemias por deficiência de ferro (anemia ferropriva) ou talassemia (doença hereditária: afeta a hemoglobina). VCM alto: Sinal de macrocitose, o que pode ocorrer em anemias megaloblásticas (como deficiência de B12 ou folato) ou doenças hepáticas. BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS MICRO cítica NORMO cítica MACRO cítica
Avalia a COR das hemácias.
5. Hemoglobina Corpuscular/globular Média (HCM ou HGM) ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo O HCM mede a quantidade média de hemoglobina presente em cada hemácia. O HCM está diretamente relacionada ao VCM e ajuda a confirmar o tipo de anemia, especialmente quando as hemácias têm baixa concentração de hemoglobina. Valores normais: 27 a 32 pg (picogramas) - Adultos. Interpretação : HCM baixo: Indica hipocromia, com hemácias apresentando menos hemoglobina. É comum em anemias ferroprivas. HCM alto: Pode estar relacionada a condições como esferocitose hereditária. BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS HIPO crômica NORMO crômica HIPER crômica
A morfologia das hemácias ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Hemácias normais e maduras têm: Tamanho uniforme (7 μm); Não possuem núcleo; São redondas a achatadas, com uma depressão no meio (bicôncavas). Devido à hemoglobina, sua cor é rosa com um centro pálido na coloração de rotina. Alterações de tamanho e de forma em um número significativo de hemácias indicam problemas. Anisocitose – Hemácias de tamanhos variados: A presença de hemácias pequenas (menos de 7μm) é chamada microcitose, e a de hemácias grandes (mais de 7 μm), macrocitose. Poiquilocitose – Hemácias de formatos variados: Pode incluir equinócitos, acantócitos, eliptócitos/ovalócitos, hemácias em rouleaux, esquizócitos, dacriócitos (gota), drepanócitos (foice), codócitos (hemácias em alvo), estomatócitos e esferócitos. Esses achados são extremamente relevantes para a interpretação correta de um hemograma, pois podem ser indicativos de doenças graves ou disfunções metabólicas. Veja mais detalhes sobre essas alterações nas páginas a seguir.
A morfologia das hemácias - Principais alterações ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Dica: “quino lembra quina”. E essa hemácia fica com um aspecto cheio de quinas. Quando aparece:
A morfologia das hemácias - Principais alterações ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Dica: viu “ CO ” lembrar que “no C entro tem um O ”. Quando aparece:
BÔNUS - Exames complementares para a série vermelha ERITROGRAMA - Série Vermelha Decifrando o transporte de oxigênio no corpo BGF TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Prepare-se para dar um passo além! Neste bônus exclusivo, vamos mergulhar na interpretação de exames importantes para a série vermelha, como o ferro sérico, ferritina, transferrina e saturação de transferrina. Esses, embora não estejam no Hemograma (são Bioquímicos), revelam os bastidores da produção de hemácias, mostrando o que pode estar por trás de uma anemia, por exemplo. Mede a quantidade de ferro circulante no sangue. Está diretamente relacionado ao transporte de oxigênio pelas hemácias, pois é um componente crucial da hemoglobina. OBS : Seu nível é instável - importante olhar complementos! Ferro sérico Valores normais: 65 a 175 μg/dL(Homens) e 50 a 170 μg/dL (Mulheres). Ferro sérico baixo: pode indicar anemia ferropriva - que pode ocorrer por perdas sanguíneas crônicas, ingestão inadequada de ferro ou problemas na absorção do ferro. Ferro sérico elevado: pode estar associado a doenças como hemocromatose (excesso de ferro no organismo) ou uso excessivo de suplementos de ferro. É uma proteína que armazena ferro nas células e reflete os estoques de ferro do corpo. É um dos melhores marcadores para detectar deficiências de ferro precoces, mesmo antes de haver alterações no hemograma. Ferritina É a principal proteína responsável por transportar o ferro no sangue. Quando os níveis de ferro estão baixos, a produção de transferrina aumenta na tentativa de "capturar" mais ferro. V alores normais: 203 a 362 mg/dL. Transferrina A saturação de transferrina mede a porcentagem de transferrina que está ligada ao ferro - IST. Ou seja, quantos "bancos" da transferrina estão ocupados (realmente transportando ferro). Valores normais: 20 a 50% (Homens) e 15 a 50% (Mulheres). Saturação de Transferrina Saturação de transferrina baixa: indica que a transferrina está com pouca carga de ferro, sugerindo deficiência de ferro. Saturação elevada (acima de 50%): indica excesso de ferro, o que pode ocorrer em condições como hemocromatose. Valores normais: 23,9 a 336,2 ng/mL (Homens) e 11,0 a 306,8 ng/mL (Mulheres).