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Hematologia - As hemácias, Resumos de Patologia

O resumo aborda tudo que você precisa saber sobre hemácias, o primeiro passo do estudo da hematologia, para compreensão dos exames de nossos pacientes.

Tipologia: Resumos

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Hematologia Veterinária
- Fonte: https://www.multimidia.ufpa.br/jspui/bitstream/321654/2525/6/Hematologia_Veterinaria.pdf
- Composição do sangue: formado pelo plasma e por três tipos celulares hemácias, leucócitos e
plaquetas. O plasma é formado por água, minerais, eletrólitos, vitaminas, proteínas, lipídeos e
carboidratos.
- O sangue circula no interior dos vasos (artérias, arteríolas, veias e vênulas), tem como funções
principais a nutrição e oxigenação dos tecidos, participa ainda da regulação da temperatura corporal.
Temos como volume de sangue total, também chamado de volemia aproximadamente 7,5% do peso
corporal varia com a espécie, idade e nível de desidratação.
- Hipovolemia: ocorre em situações nas quais há decréscimo do volume sanguíneo como em casos
de hemorragias, problemas renais e desidratação. O choque hipovolêmico ocorre quando 70 a 80%
do total de sangue foi perdido e é uma situação muito grave.
- Hipervolemia: ocorre em situações de ingestão, administração ou retenção de quidos e sódio em
excesso.
- As células sanguíneas possuem período de vida curto, mas sua quantidade permanece estável por
haver constante produção das mesmas pelo sistema hematopoiético. Temos como participantes: a
medula, o baço, o fígado, o timo, os intestinos, os rins, estômago e os macrófagos do Sistema
Monocítico Fagocitário (SMF).
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Hematologia Veterinária

  • Fonte: https://www.multimidia.ufpa.br/jspui/bitstream/321654/2525/6/Hematologia_Veterinaria.pdf - Composição do sangue: formado pelo plasma e por três tipos celulares – hemácias, leucócitos e plaquetas. O plasma é formado por água, minerais, eletrólitos, vitaminas, proteínas, lipídeos e carboidratos.
  • O sangue circula no interior dos vasos (artérias, arteríolas, veias e vênulas), tem como funções principais a nutrição e oxigenação dos tecidos, participa ainda da regulação da temperatura corporal. Temos como volume de sangue total, também chamado de volemia aproximadamente 7,5% do peso corporal – varia com a espécie, idade e nível de desidratação.
  • Hipovolemia: ocorre em situações nas quais há decréscimo do volume sanguíneo como em casos de hemorragias, problemas renais e desidratação. O choque hipovolêmico ocorre quando 70 a 80% do total de sangue foi perdido e é uma situação muito grave.
  • Hipervolemia: ocorre em situações de ingestão, administração ou retenção de líquidos e sódio em excesso.
  • As células sanguíneas possuem período de vida curto, mas sua quantidade permanece estável por haver constante produção das mesmas pelo sistema hematopoiético. Temos como participantes: a medula, o baço, o fígado, o timo, os intestinos, os rins, estômago e os macrófagos do Sistema Monocítico Fagocitário (SMF).

- Hematopoiese: produção das células sanguíneas.

  • Hemocatarese: processo pelo qual as hemácias e elementos figurados são destruídos.
  • Hemólise: processo de destruição, patológico ou fisiológico, das hemácias e pode ocorrer dentro do vaso sanguíneo (intracelular) ou em órgãos ricos em SMF como baço e fígado (extravascular).
  • Hematopoiese: de maneira geral, ocorre da seguinte forma:
    • Temos uma célula tronco pluripotente, também chamada de Stem Cell que é capaz de dar origem a qualquer um dos tipos celulares do sangue.
    • Por estímulos específicos, há a diferenciação dessas células pluripotentes em dois grandes grupos, os precursores linfoides e mieloides.
    • Os linfoides , originam as Células Linfocíticas Formadoras de Colônia (LCFC), que geram o linfoblasto e, em seguida, os linfócitos T e B e as Natural Killers
    • Já os mieloides , vão gerar todo o restante de células:
  • Eritropoiese: geração das células vermelhas, temos o proeritroblasto, eritroblasto basófilo, eritroblasto policromático, eritroblasto ortocromático, eritrócito policromático e o eritrócito.
  • Granulopoiese: formação de granulócitos, todas elas derivam do mieloblasto:
    • Basófilo: promielócito B, mielócito B, metamielócito B, bastonete basófilo e por fim o basófilo.
    • Neutrófilo: promiolécito N, mielócito N, metamielócito N, bastonente neutrófilo e neutrófilo.
    • Eosinófilo: promielócito E, mielócito E, metamielócito E, bastonete eosinófilo e eosinófilo.
  • Monocitopoiese: geração das células agranulares, todas derivam do monoblasto.
    • Temos o promonócito, os monócitos que vão gerar os macrófagos e as células dendríticas.
  • Trombopoiese: produção de plaquetas. Temos o megacarioblasto, o promegacariócito, o megacariócito e os trombócitos – plaquetas.
  • As células mieloides ainda geram os mastócitos. - Para maiores detalhes, conferir o esquema: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4c/Hematopoiesis_%28human%29_diagram_pt.s vg
  • A produção de células sanguíneas fora da medula óssea pode ser compensatório quando ocorre algum problema medular (leucemias, linfomas, mielofibrose, anemias graves ou hemoglobinopatias congênitas). Nesses casos, baço e fígado retomam sua produção.
  • Hemácias, eritrócitos ou glóbulos vermelhos: células mais abundantes do sangue, compostas por água (61%), proteína – hemoglobina (32%), carboidratos (7%) e lipídeos (0,4%). As hemácias maduras, nos mamíferos, não possuem núcleo, formato bicôncavo e não apresentam organelas.
  • Função: transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos e dos tecidos para os pulmões carreiam o gás carbônico. Essa função é realizada por meio da hemoglobina.
  • A hemoglobina: uma proteína conjugada formada por duas cadeias de globina ligadas a um grupo prostético denominada HEME que é formado por ferro e grupamentos porfirínicos. - Produção: em animais adultos as hemácias (eritropoiese) são produzidas na medula óssea, mas dependem de medula integra, presença de precursores, participação de fatores nutricionais, hormonas, tendo como fatores estimulantes: interleucinas, eritropoietina, hormônios da tireoide, fatores de crescimento, andrógenos e hipóxia tecidual (estimula maior produção como mecanismo compensatório).
  • Essa bilirrubina conjugada passa aos canais biliares e é armazenada na vesícula biliar até ser secretada no intestino.
  • No intestino, a bilirrubina sofre ação de enzimas bacterianas, gerando a estercobilinas, que são eliminadas em sua maior parte nas fezes, enquanto a outra parte retorna ao fígado pela veia porta e é excretada na urina. - Avaliação: a avaliação da conformidade das hemácias é feita por meio de esfregaços sanguíneos corados com corantes tricrômicos. Há quatro características principais que devem ser avaliadas, o tamanho (varia com a espécie), cor, morfologia e presença de inclusões. Abaixo há exemplos de hemácias normais de diferentes espécies:
  • Cor das hemácias: a coloração das hemácias é dada pelo teor de hemoglobina da célula. Geralmente células maduras possuem 100% do teor da hemoglobina, enquanto os reticulócitos (ultimo estágio imaturo), apresentam 97%, para estimar essa concentração é usado o índice hematimétrico CHGM ou CHCM, e se classifica em:
    • Normocrômicas: concentração de hemoglobina dentro dos valores de referência.
    • Hipocrômicas: abaixo dos valores de referência.
    • Hipercrômicas: acima do valores de referência, mas fisiologicamente isso é impossível, já que as hemácias possuem um nível de saturação para a hemoglobina, a não ser que o citoplasma tenha sido rompido.
  • Morfologia e distribuição: existem diversos termos técnicos que são capazes de descrever a respeito da morfologia e da distribuição dessas hemácias (não listarei aqui, consulte o link https://www.multimidia.ufpa.br/jspui/bitstream/321654/2525/6/Hematologia_Veterinaria.pdf e acesse a página 31).
  • Anemias: redução na contagem global de hemácias, no hematócrito e na concentração da hemoglobina. São alterações vistas no eritrograma que é a porção do hemograma que analisa a série vermelha do sangue.
  • Há a anemia verdadeira que há alterações no eritrograma e a anemia falsa, que pode ocorrer em caso de fluidoterapia, no qual ocorre falsa redução da série vermelha, o mesmo ocorre em animais gestantes, lactantes e filhotes.
  • Há 3 grupos de sinais principais observados em animais anêmicos:
    • Redução da volemia: palidez das mucosas, palidez dos órgãos e tecidos.
    • Hipóxia: cianose, intolerância ao exercício/apatia, dispneia para compensar a menor chegada de oxigênio aos tecidos (menor quantidade de hemácias), disfunção de órgãos e tecidos pela falta de oxigênio necessária.
    • Mecanismos de compensação do organismo: aceleração do pulso, taquicardia, por causa da menor quantidade de hemácias há aumento da velocidade de circulação para compensar a falta de oxigênio e nutrientes para os órgãos.
  • Análises importantes: animais mais jovens podem apresentar números mais elevados de hemácias por maior atividade hematopoiética. Machos tendem a apresentar maiores índices eritrocitários, pois andrógenos são estimulantes e os estrógenos inibidores da eritropoiese.
  • Raça, temos como exemplo, animais de corrida possuem maiores contagem que animais específicos para tração.
  • Prática de exercícios antes do hemograma podem gerar aumento dos eritrócitos.
  • Estados fisiológicos, em gestação e lactação pode ocorre retenção de liquido e redução dos eritrócitos, gerando uma falsa anemia (conceito já definido).
  • Classificação das anemias:
  • Anemias hemorrágicas: ocorrem por perda de sangue de forma aguda ou crônica, pode ser interna ou externa – traumas, perda de sangue em processos cirúrgicos, defeitos hemostáticos, intoxicação por anticoagulantes, doenças hepáticas (reduz fatores de coagulação), lesões de TGI.
  • Ocorre ainda em casos de doenças parasitárias – infestação grave por pulgas ou carrapatos.
  • Geralmente, somente após 72 horas do início da hemorragia é que temos alterações nos exames.
  • Importante: em casos de hiperproteinemia, o animal pode estar desidratado e a anemia pode ser mais severa que os índices indica. No caso de anemias hemorrágicas temos hipoproteinemia, por haver perda de proteínas também. Já nas hemolíticas, não temos alteração nas proteínas.
  • Anemias hemolíticas: destruição anormal e excessiva das hemácias, pode ser intra ou extravascular. Nesse caso, a metabolização dessas hemácias lisadas enfrentará saturação, gerando icterícia (acúmulo de bilirrubina) e hemoglobinúria (excreção de hemácias pelos rins e, posteriormente urina, pois o fígado não consegue lidar com tantas hemácias em lise ao mesmo tempo).
  • Limitações: reticulócitos são as hemácias jovens, mas em caso de equinos isso não ocorre, eles não liberam hemácias jovens. Diferenças das células nas espécies, superposição entre plaquetas e eritrócitos de felinos, caprinos e bovinos.
  • Aglutinação de leucócitos: essa aglutinação resulta em menor contagem, gerando leucopenia por artefato. Necessidade de manipulação da temperatura para dissolver esses aglomerados.
  • Citometria de fluxo a laser: as microgotas são submetidas ao Laser, com sinal característico.
  • Eritrograma: contagem do número de hemácias que se dá pela unidade de milhões por milímetro cúbico. Em seguida se analisa a taxa de hemoglobina (transporte de gases – oxigênio).
  • Importante saber realizar a diluição da amostra de forma uniforme.
  • Hematócrito: extremamente importante, se temos poucas células pode haver uma hemodiluição ou anemia, se está alto, temos uma desidratação.
  • Oferece ainda um recurso emergencial, tubo de sangue passa por centrífuga, o resultado dividido por três gera as hemoglobinas, o peso dividido por 6 gera o número de hemácias.
  • Plasma no refratômetro: quantidade de proteínas plasmáticas. O que precipita demonstra o fibrinogênio, uma enzima inflamatória muito importante.
  • Em caso de anemia com hemácia hipercrônica temos hemólise e icterícia.
  • Volume globular médio: tamanho das hemácias, em caso de anemia mas tamanho normal temos anemia arregenerativa.
  • CHGM e mais uma sigla que eu perdi.
  • Produção de eritrócito: organismo precisa de globina, ferro, cobalto, cobre, fator hematopoiético e vitaminas e protoporfirinas. Havendo deficiência no fígado, pode haver dificuldade em transportar o ferro e o cobre.
  • Importante calibrar a máquina de acordo com a espécie que está sendo analisada.
  • Eritropoiese: suficientes para manter o organismo, de forma equilibrada, produzir novas hemácias e descartar as velhas. A produção depende de alguns fatores: falta de oxigênio demanda maior produção de hemácias (locais mais rarefeitos, por exemplo),
  • Nos rins, temos a produção da eritropoietina e, no fígado, temos a produção de eritropoietigênio, que vão estimular a maturação de reticulócitos.
  • Em casos de problemas renais, a anemia será arregenerativa, pois há problemas no local de produção.
  • Uso de eritropoietina sintética em animais anêmicos não tem gerado bons resultados, é preciso haver análise da possiblidade de condição de vida.
  • Efeitos de hormônios andrógenos na eritropoiese:
    • Na presença de testosterona há aumento da taxa de glóbulos vermelhos, uso de doses farmacológicas para aumento do volume.
    • A cortisona estimula a hemácia e as plaquetas.
    • A análise dos valores deve ser diferente do macho para a fêmea.
  • Órgãos que compõe o sistema hematopoiético: medula, fígado, baço, timo, linfonodo, rins, mucosa estomacal e intestinal, sistema retículo endotelial.
  • As mucosas do TGI são importantes para absorção de ferro, em casos de gastrites, alterações da mucosa estomacal gera rápida absorção do ferro, mas ele não é metabolizado, ou seja, há ferro disponível, mas a sua absorção não está sendo realizada da forma correta, sendo necessário uma suplementação.
  • Fatores que influenciam na hematimetria:
  • Idade: O cão vai diminuir as hemácias e elas aumentam normalmente até os seis meses, ou seja, animais mais novos possuem níveis mais baixos de glóbulos vermelhos.
    • Já no gato, os eritrócitos são o dobro do tamanho das células adultas.
  • Em relação as raças, o árabe puro sangue inglês tem mais hemoglobinas, o zebu possui mai s hematócrito e volume globular médio, volume globular e hemoglobina são mais baixos nos holandeses.
  • Em relação ao ambiente, em locais de maior altitude, teremos a hematimetria diferenciada.
  • Aspecto morfológico e tintorial das hemácias: de acordo com cada espécie elas possuem um tamanho. Havendo mudança no diâmetro, na forma, na coloração, devem ser analisados.
  • Hemácias pequenas e escuras (hipercrômica): leva o nome de esferócito e demonstra uma anemia autoimune.
    • Pode haver hematozoários intra ou extra hemáticos. Temos como exemplo de extra, o trypanossoma , presença de rickettisas (erliquia), presença de inclusões virais (cinomose), presença de microfilárias.
  • Poiquilócitos: desvio da forma normal da célula: - Leptócitos, codócitos, esferócitos, termos aceitos em cães e gatos.
    • Queratócitos: CID, estomatócitos, acantócitos esquizócitos (fragmentos de hemácias em caso de hemólise exagerada), platicitos (hemácias com pouca hemoglobina e adquirem a forma achatada).
  • Reticulocitose: em casos de anemias agudas, lembrando que reticulócitos são hemácias jovens. Cuidado para não confundir com parasita.
  • Pontos basófilos podem indicar intoxicação por chumbo, mais comum quando as tintas ainda tinham chumbo ou em caso de uso de jornais como forração para o recinto.