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Você já ouviu falar em harpejamento ou hipertonia reflexa equina? Este distúrbio neuromuscular raro causa uma hiperflexão involuntária dos membros traseiros dos cavalos, e pode impactar diretamente seu desempenho e bem-estar. Neste material completo e didático, você vai encontrar: O que é o harpejamento e suas classificações (convencional e australiana) Possíveis causas e teorias sobre a fisiopatogenia Sinais clínicos, agravantes climáticos e graus de hiperflexão Como realizar o diagnóstico correto, incluindo diferenciais Opções de tratamento clínico e cirúrgico com protocolos detalhados Prognóstico e cuidados pós-operatórios Ideal para médicos veterinários, estudantes de veterinária e criadores de equinos, este documento é um guia valioso para entender e manejar uma condição ainda pouco discutida na prática clínica. Baixe agora e aprofunde seus conhecimentos sobre essa condição neurológica desafiadora!
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
HIPERTONIA REFLEXA EQUINA
Hiperflexão involuntária do tarso, com apresentação uni ou bilateral, que ocorre quando o animal está em movimento. Conhecido também como hipertonia reflexa equina, pode ser um sinal clínico de desequilíbrio funcional de músculos flexores e extensores que transpõem o tarso.
Convencional, clássica, esporádico ou idiopático: Etiologia: desconhecida, traumatismo, osteoartrose társica, enfermidades na medula, aderências tendinosas No mundo todo Unilateral Casos individuais Tendão extensor digital lateral Australiana ou adquirido Surtos ou formas esporádicas, ocorre na Austrália, Nova Zelândia, EUA, Chile, Brasil, Colômbia Japão Plantas tóxicas: Hypochaeris radicata, Taraxacum officinale, Malva parviflora, Hypochaeris radicata, Rumex acetosella, Elymus repens, que predominam nas pastagens em épocas de seca Bilateral Epizootica Acredita-se que possa ocorrer uma neuropatia periférica (axonopatia) e atrofia muscular neurogênica do extensor digital longo e lateral, músculo gastrocnêmio e cricoaritenóideo dorsal
A origem do harpejamento convencional ainda não é completamente compreendida. Algumas teorias propõem que o surgimento do harpejamento após lesões na parte dorsal do metatarso está associado à formação de aderências que envolvem o tendão extensor digital lateral. Os músculos extensores digitais longo e lateral desempenham um papel na flexão do jarrete e na extensão do dedo. Essas aderências podem comprometer a capacidade de alongamento desses tendões durante os movimentos da articulação tarsocrural, levando a uma flexão acentuada dessa articulação devido à interação com a ação de estalo habitual da articulação tarsocrural.
Sugere-se que o harpejamento pode resultar de alterações nos fusos neuromusculares ou nas partes eferente ou aferente do reflexo miotático. Esse mecanismo pode ser uma explicação viável para o harpejamento observado nos cavalos analisados neste estudo. O equilíbrio entre a tensão e o relaxamento do músculo extensor é mantido pelo fuso neuromuscular e pelo reflexo miotático. Lesões nos fusos neuromusculares ou nas fibras nervosas do arco reflexo miotático podem comprometer o controle da contração muscular, levando à hiperflexão da articulação tarsocrural. Além disso, aderências dos tendões extensores digitais longos e laterais na região proximal do terceiro metatarso podem provocar disfunção do fuso neuromuscular. Quando um cavalo move uma das patas traseiras, os dedos costumam se estender devido à contração dos músculos extensores digitais longos e laterais, o que ajuda a suportar o peso do corpo. Caso o funcionamento desses músculos e seus tendões seja comprometido por aderências, os músculos e as fibras intrafusais do fuso neuromuscular podem se alongar demais, resultando na ativação das fibras nervosas aferentes. Isso, por sua vez, ativa o neurônio motor, provocando contração muscular e hiperflexão na articulação tarsocrural.
Hiperflexão dos membros pélvicos, podendo ser unilateral ou bilateral Mais evidente quando o animal recua ou realiza um movimento circular A mudança climática pode interferir na intensidade do movimento, pois o tempo frio agrava os sinais, e o clima quente ameniza a Hiperflexão Graus de Hiperflexão:
II. Incisão proximal com 15 cm de extensão sob o músculo extensor digital lateral III. Divulsão do tecido subcutâneo IV. Introdução da pinça por baixo para exposição do músculo extensor digital e do tendão V. Identificação do local de incisão VI. Incisão de aproximadamente 6 cm na porção distal do tendão VII. Introdução da pinça por baixo para exposição do tendão extensor digital lateral VIII. Tracionar o ventre muscular até sua completa exteriorização IX. Realizar uma amarradura e seccionar o músculo, promovendo a excisão do tendão e 2 cm do ventre muscular X. Sutura subcutâneo – simples contínuo XI. Sutura de pele – simples separado ou simples contínuo Pós cirúrgico Compressa de gelo afim de diminuir edema Antibioticoterapia Anti-inflamatório Antimicrobiano tópico (ex. nitrofurona) Curativo local – bandagem
Clínico: reservado Cirúrgico: favorável
Crabill MR, Honnas CM, Taylor DS, Schumacher J, Watkins JP, Snyder JR. Stringhalt secondary to trauma to the dorsoproximal region of the metatarsus in horses: 10 cases (1986-1991). J Am Vet Med Assoc. 1994 Sep 15;205(6):867-9. PMID: 7829383. GIUNCO, C.; NAVARRO DE ABREU, R. Tratamento cirúrgico para harpejamento idiopático em equino: relato de caso. Revista de Educação Continuada em Medicina Veterinária e Zootecnia do CRMV-SP , v. 19, n. 1, 2 set.
RODRIGUES, A. et al.. Harpejamento em eqüinos no Rio Grande do Sul. Pesquisa Veterinária Brasileira , v. 28, n. 1, p. 23–28, jan. 2008. https://youtu.be/6lC77fsAKGQ?si=Kv80v2HIYVyqY0TJ. https://www.youtube.com/watch?v=FwzA6JifzsE&t=2839s.