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Esse trabalho visa falar sobre O Hard Power, Soft Power e Multilateralismo dos EUA
Tipologia: Trabalhos
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O Presente trabalho tem como objetivo apresentar uma visão dos conceitos de Multilateralismo, como Hard Power, Soft Power e Smart Power e também mostrar na prática como o Estados Unidos trabalha com essas ferramentas, no qual desde a vitória dos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial e com o surgimento da Guerra Fria, o Estados Unidos passa a ser a nação mais rica do mundo e ao mesmo tempo ao lado da ex-União das Repúblicas Soviéticas uma das nações mais influentes. Sabendo de tal poderio econômico, político, militar, cultural, diplomático e tecnológico os americanos começam a criar estratégias para se manter no poder e ser um dos países mais prestigiados mundialmente. No decorrer deste trabalho, no primeiro momento, a apresentação do contexto atual do Estados Unidos. Em seguida, a explicação de cada conceito, como os estadunidenses exercem essa influência. Por consequente, descrevendo os fatos quanto ao poder econômico, militar e cultural aplicado em seu território. Como base de pesquisa, foi utilizado metodologia bibliográfica desenvolvida no decorrer das aulas e apoio de sites.
O multilateralismo é fruto de um processo histórico importante e que pode ser observado ao longo das décadas, uma vez que os países perceberam que não poderiam sozinhos, de forma individual, resolver questões que poderiam agredir outras nações. Basicamente o conceito de multilateralismo está na união de vários países trabalhando em conjunto sobre um determinado tema, ou seja, é a intensificação de tratados e organizações internacionais, ele pode envolver várias nações agindo em conjunto como na ONU, ou pode envolver alianças regionais ou militares, pactos, ou agrupamentos como a OTAN. Com Donald Trump os Estados unidos tem ignorado o multilateralismo, o presidente sempre carrega um discurso patriota, colocando os Estados Unidos a frente das outras nações, em um de seus discursos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Trump disse que, acima de tudo, é preciso proteger a soberania e a independência das nações e chegou a dizer que temas como imigração não devem ser controlados por organizações internacionais, porém quando voltamos alguns anos atrás em um contexto de guerra fria os investimentos dos Estados Unidos na criação de uma ordem internacional multilateral evidencia um entendimento do multilateralismo como um passo importante para a criação de uma ordem internacional favorável às potencias vencedoras da segunda guerra mundial, com isso percebemos que os Estados unidos sendo uma potência econômica e militar é um estado muito importante para um contexto de multilateralismo e na participação de organizações internacionais.
Hard Power é um conceito usado pela vertente realista das relações internacionais e designa a capacidade de um corpo político (geralmente, um estado) de influenciar ou exercer poder sobre o comportamento de outro, utilizando o emprego de recursos militares (força militar ) e econômicos ( pressão econômica), ou seja o Estado pode utilizar tanto a força bruta , a punição ou a recompensa para terem o que desejam. Os Estados Unidos têm sido o exemplo clássico de "Hard Power”. Em 2013, o país concentrava cerca de 46% das despesas militares mundiais (que adentra o conceito de domínio militar), e em 2014, seu orçamento militar foi de USD 600 bilhões, incluindo USD 84 bilhões para "operações contingenciais externas", como a Guerra do Afeganistão. Os norte-americanos são também o maior importador de mercadorias do mundo (adentra o conceito de domínio econômico), além de dispor de recursos tecnológicos para monitorar governos de outros países (adentra o conceito de domínio político). Um dos mais significativos exemplos de Hard Power foi a invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003, no ano de 2002, os Estados Unidos tentavam por meio da Organização das Nações Unidas provar que o governo iraquiano preservava um poderoso arsenal de armas químicas. Partindo dessa denúncia, George W. Bush (o atual presidente na época) ameaçou atacar o Iraque caso o governo daquele país não realizasse a destruição de seu arsenal militar, mostrando que tal ataque atende aos quesitos de Hard Power por ameaçar , e então fazer o uso da força bruta para que a vontade do país seja fosse feita , ou seja , para provar que suas denúncias eram verdadeiras. Outro exemplo um pouco mais atual foi o novo presidente decidir construir um muro na divisa entre os Estados Unidos e o México conhecido como muro EUA- MEXICO, o motivo pelo qual o presidente tomou esta decisão foi por estar descontente com a imigração ilegal de pessoas pela tal fronteira , foi analisado e o presidente decretou até estado de emergência no país por não obter o valor desejado para a construção, este exemplo também pode ser considerado um Hard Power pois foi usada a força bruta com militares para impedir os imigrantes de atravessarem a fronteira , e foi entendido também como um ato de punição para com os imigrantes.
O Soft Power é um conceito primeiramente usado por Joseph Nye, que remete a um poder que um corpo político – geralmente o Estado – têm de controle sobre outro Estado. Ou seja, é o uso de convencimento, persuasão, coerção referente a cultura, ciência, e outras vertentes. Basicamente, segundo Joseph Nye, o Soft Power é uma maneira de não gastar tanto dinheiro e mesmo assim ter os ‘outros’ a fazer algo por você, ou algo que você queira. Segundo ele, em um estudo enquanto professor da universidade Harvard - Soft Power: The Benefits Of Soft Power (Os Benefícios do Soft Power): "O conceito básico de poder é a capacidade de influenciar os outros para que façam o que você quer. Basicamente, há três maneiras de se fazer isto: uma delas é ameaçá-los com porretes; a segunda é recompensá-los com cenouras; e a terceira é atraí- los ou cooptá-los para que queiram o mesmo que você. Se você conseguir atrair os outros, de modo que queiram o que você quer, vai ter que gastar muito menos em cenouras e porretes." Desta forma, este último tópico se refere diretamente ao uso de outras ferramentas além de ameaças, bombas, guerras, armas, é o poder de persuasão que o Estado tem com o restante do mundo, para benefício próprio. O Estados Unidos, desde que se tornou a maior potência mundial, sendo considerado mundialmente com um forte poder em diversas áreas dentro da Nação econômica, cultural, científica e militar, desejando com mais afinco que isso se mantenha, para benefício próprio. Muitos países se espelham na nação norte-americana como forma de ver a vida. O país utiliza, de diversas maneiras, o Soft Power (muitas vezes, juntamente com o Hard Power, para induzir, convencer de alguma maneira outra nação/corpo político que geralmente se enquadra como um Estado.) Porém, o Estados Unidos abrange o conceito de Soft Power inteiro, fazendo uso de diversas vertentes do conceito em todos os seus movimentos internacionais, tendo sucesso na maioria deles. A Cultura estadunidense é algo que muitos países desejam adquirir, como consumindo filmes, séries, e músicas com grande insistência, fazendo com que
mais produtos sejam expostos, para o alcance ser cada vez maior, se é que já não é o maior alcance que se podem ter. Vingadores, uma franquia MARVEL editora norte-americana e mídias relacionadas, segundo uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, arrecadou mais de USD 1,2 bilhões, batendo seu próprio recorde de vendas de ingressos apenas no fim de semana de estreia. O filme, que conta com o Capitão América como o capitão propriamente dito de todos os filmes, mostra e valoriza o Estados Unidos, papel que já era feito antigamente, quando o Capitão América foi criado, na Guerra Fria que também foi usado o Soft Power na Cultura, para mostrar o famoso jeito de levar a vida americano e o porquê aquela era a melhor maneira. O Estados Unidos faz uso abrangente da Cultura como forma de outras nações usarem isto para se espelharem neles, seguirem e concordarem com eles, ver o porquê que o país está neste patamar de liderança global em diversas vertentes, e conseguir o que eles querem dos outros Estados, pela grande influência mundial que eles carregam. No governo de Barack Obama, vendo que o potencial do Soft Power estava começando a ser ameaçado por conta dos movimentos antiglobalização, a então Secretária de Estado, Hilary Clinton, também tentou de outra maneira engajar o Soft Power americano no mundo, administrando outras vertentes. Obama e Clinton iniciaram uma procura de movimentos estudantis, manifestações pró recursos humanos, manifestações feministas, para resgatar o “American way of life”, e garantir assim, uma boa imagem do Estados Unidos frente ao mundo, para que assim, consigam manter o poder supremo em diversas áreas de uma nação. É fato que o Soft Power ao longo dos anos vêm sendo usado como uma abordagem promissora em outros Estados, porém o Estados Unidos ainda abrange boa parte do mundo com sua cultura que é muito forte, tendo vistas que o público ao redor do mundo, quando ouvem uma música, assistem um filme, conectam imediatamente com a país norte-americana, sem se conectar com o fato que pode ser de outra nação, pois o Estados Unidos continua sendo uma referência muito forte no contexto cultura, por mais que agora não seja mais o soberano e único neste quesito. Portanto, podemos perceber que, segundo Nye: “Soft power rests on the ability to shape the preferences of others” (O Soft Power repousa na habilidade de
O Smart Power, definido por Joseph Nye, está diretamente ligado ao poder inteligente, a capacidade de promover a interação entre o Hard power e o Soft power, mas sabendo dosar os elementos do poder de acordo com as necessidades, pois envolve o uso estratégico da diplomacia, persuasão, capacitação, poder militar e econômico, influência de modo que seja rentável e legitima como políticas sociais. O principal objetivo deste termo é a ação de política externa centrada nos ganhos absolutos e bens públicos globais como forma de empoderar o Estado dentro do sistema internacional. Analisamos os momentos em que o Estados Unidos, país que é considerado o mais influente do mundo e exerce forte domínio político, econômico, militar e cultural, se destacou em relação ao termo Smart Power, entre eles temos o governo do ex-presidente Barack Obama, onde foi citado por Hillary Clinton (ex- secretária dos EUA), a mesma relatou em uma entrevista: "Devemos usar o que foi chamado de poder inteligente, o conjunto completo de ferramentas à nossa disposição, diplomática, econômica, militar, política, legal e cultural". Durante o governo de Obama (2015) ocorreu o acordo nuclear com o Irã, de modo diplomático, o Estados Unidos presou pela estratégia política de “duas vias”, onde estabeleceu os limites à atividade nuclear do Irã, em troca do fim das penalidades, às quais o país persa estava submetido. A aproximação do EUA com Cuba, também podemos consideração uma ação Smart Power, onde ocorreu um reatamento diplomático em 2015, colocando um fim a mais de cinco décadas de hostilidades, posteriormente houve a reabertura das embaixadas dos EUA em Havana e de Cuba em Washington. Para coroar essa nova fase entre os dois países, o então presidente dos EUA, Barack Obama, foi recebido em Cuba para um encontro com Raúl Castro, em março de
A partir disso, é possível ter a percepção de que o poder inteligente foi bem utilizado em ambas situações analisadas anteriormente, é um termo que sempre deve ser utilizado de maneira estratégica, sem coagir os outros estados, mas
sim na busca de obter através da promoção de ganhos absolutos e bens públicos globais, e assim empoderando o sistema internacional.
instalar as suas embaixadas na capital de Cuba e através de Barack Obama conseguindo após décadas um diálogo com o presidente Cubano, demonstrando assim o total interesse dos Americanos em manter uma relação pacifista com Cuba, Entendemos que essa seria uma das primeiras portas abertas para que os Americanos consigam manter uma relação comercial com Cuba e ao mesmo tempo gradualmente impor o seu Soft Power (American way of life) neste país. No nosso entendimento o Estados Unidos desde a Guerra Fria sempre se preocupou em ser uma das nações mais influentes e usa exaustivamente todas as ferramentas necessárias para lograr êxito, um palavra/adjetivo que melhor define esse jeito estadunidense de conduzir, intervir e até coagir internacionalmente seria o adjetivo “Implacável”, o Estados Unidos é uma nação que busca ou sempre buscou serem “Implacáveis” no campo internacional, seja quando estão produzindo e importando a sua cultura para o mundo, seja na ciência, no poder militar, na forma como usa da sua diplomacia, sempre os norte- americanos estão embarcados no grau máximo de competitividade, sua busca por ter a excelência e melhor performance são insaciáveis contra quaisquer nações que ousam ameaçar e tirar o seu posto de “1° lugar”, portanto quaisquer nações que almeja tirar-lhes esse posto devem-se se preparar com devida atenção e implacabilidade, pois os estadunidenses não desperdiçam chances em utilizar o seu Hard Power, Soft Power e Smart Power com maestria.
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