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Guias e Dicas
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Guia Técnico sobre Pessoas Transgênero: Entendendo a Diversidade de Gênero, Resumos de Psicologia de Gênero

Um guia técnico sobre pessoas transsexuais, travestis e outros transgêneros, escrito por jaqueline gomes de jesus. Ele aborda a importância de evitar preconceitos e termos ofensivos, e explica que a construção social de gênero difere de sua biologia. O documento discute a vivência de gênero como uma questão de identidade e apresenta termos e conceitos relacionados. Além disso, ele aborda a diferença entre travestis e transexuais, e oferece orientações sobre a compreensão de identidades de gênero.

O que você vai aprender

  • O que é a transfobia e como afeta as pessoas transgênero?
  • Qual é a diferença entre homens e mulheres, de acordo com este documento?
  • Quais são os termos e conceitos importantes relacionados à identidade de gênero?
  • Como as pessoas transexuais lidam com sua identidade de gênero?
  • Quais são as principais diferenças entre travestis e transexuais?

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 10/02/2022

crislane-silva-6
crislane-silva-6 🇧🇷

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ORIENTAÇÕES SOBRE
IDENTIDADE DE GÊNERO:
CONCEITOS E TERMOS
Guia técnico sobre pessoas transexuais, travestis e demais
transgêneros, para formadores de opinião
Jaqueline Gomes de Jesus
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Baixe Guia Técnico sobre Pessoas Transgênero: Entendendo a Diversidade de Gênero e outras Resumos em PDF para Psicologia de Gênero, somente na Docsity!

ORIENTAÇÕES SOBRE

IDENTIDADE DE GÊNERO:

CONCEITOS E TERMOS

Guia técnico sobre pessoas transexuais, travestis e demais

transgêneros, para formadores de opinião

Jaqueline Gomes de Jesus

Guia técnico sobre pessoas transexuais, travestis e demais transgêneros, para formadores de opinião^1

Pare de, sem perceber, misturar pronomes e usar termos preconceituosos e ajude milhares de pessoas a viveremuma vida sem violência!

Brasília Abril, 2012

(^1) Distribuição gratuita. Reprodução autorizada desde que citada a fonte.

Sumário

  • Bem-vindo(a)! Qual é o seu gênero? Página
  • Transgeneralidades.....................................................................................
    • Pessoas transexuais
    • As travestis
    • Crossdressers
    • Drag queen/king, transformista
    • A coragem de ser quem se é
  • Símbolos
  • Datas estratégicas
  • Termos inclusivos
    • Glossário de termos inclusivos
  • Mensagem final
  • Outras referências
    • Links
    • Filmes
    • Leituras
  • A autora
    • Os revisores

Bandeira do Orgulho Transgênero

Sobre a bandeira, sua autora, Mônica Helms, comenta:

Azul para meninos, rosa para meninas, branco para quem está em transição e para quem não se sente pertencente a qualquer gênero. Simboliza que não importa a direção do seu vôo, ele sempre estará correto!

Para a ciência biológica, o que determina o sexo de uma pessoa é o tamanho das suas células reprodutivas (pequenas: espermatozóides, logo, macho; grandes: óvulos, logo, fêmea), e só. Biologicamente, isso não define o comportamento masculino ou feminino das pessoas: o que faz isso é a cultura, a qual define alguém como masculino ou feminino, e isso muda de acordo com a cultura de que falamos.

Mulheres de países nórdicos têm características que, para nossa cultura, são tidas como masculinas. Ser masculino no Brasil é diferente do que é ser masculino no Japão ou mesmo na Argentina. Há culturas para as quais não é o órgão genital que define o sexo. Ser masculino ou feminino, homem ou mulher, é uma questão de gênero. Logo, o conceito básico para entendermos homens e mulheres é o de gênero.

Sexo é biológico, gênero é social. E o gênero vai além do sexo: O que importa, na definição do que é ser homem ou mulher, não são os cromossomos ou a conformação genital, mas a auto-percepção e a forma como a pessoa se expressa socialmente.

Se adotamos ou não determinados modelos e papéis de gênero, isso pode independer de nossos órgãos genitais, dos cromossomos ou de alguns níveis hormonais.

Todos e todas nós vivenciamos, em diferentes situações e momentos da vida, inversões temporárias de papéis determinados para o gênero de cada um: somos mais ou menos masculinos, nós nos fantasiamos, interpretamos, etc.

Pesquise exemplos, na História, de que tais limites não são fixos e pré- determinados, representados por pessoas comoMaria Quitéria, heroína da Guerra da Independência, que se vestiu de homem para poder lutar contra o domínio português.

Para algumas pessoas, a vivência de um gênero discordante do sexo é uma questão de identidade, é o caso das pessoas conhecidas como travestis, e das transexuais, que são tratadas, coletivamente, como parte do grupo chamado de “transgênero”.

TRANSGENERALIDADES

O que é ser uma pessoa transgênero? Vamos por partes. No Brasil, ainda não há consenso sobre o termo, vale ressaltar. Apresentarei um ponto de vista partilhado com algumas outras pessoas, especialistas e militantes.

Reconhecendo-se a diversidade de formas de viver o gênero, dois aspectos cabem na dimensão transgênero, enquanto expressões diferentes da condição. A vivência do gênero como:

  1. Identidade (o que caracteriza transexuais e travestis); OU como
  2. Funcionalidade (representado por crossdressers , drag queens , drag kings e transformistas).

Há ainda as pessoas que não se identificam com qualquer gênero. Aqui no Brasil ainda não há consenso quanto a como denominá-las. Alguns utilizam o termo queer , outros a antiga denominação andrógino ou, ainda, reutilizam a palavra transgênero.

Tem sido utilizado o termo “transfobia” para se referir a preconceitos e discriminações sofridos pelas pessoas transgênero, de forma geral. Muito ainda tem de ser enfrentado para se chegar a um mínimo de dignidade e respeito à identidade das pessoas transexuais e travestis, para além dos estereótipos.

Um deles leva alguns a esquecer que a pessoa transgênero vivencia outros aspectos de sua humanidade além dos relacionados à sua identidade de gênero: que não a de ser uma pessoa transexual, como foi discutido no começo do guia: ela tem raça, classe, origem geográfica, religião, idade, uma rica história de vida, para além da transexualidade.

Entre as pessoas de um mesmo grupo há grande diversidade: as pessoas brancas não são todas iguais, como não são as pessoas negras, mulheres, homens, indígenas, transexuais e tantas outras.

Pessoas Transexuais

A transexualidade é uma questão de identidade. Não é uma doença mental, não é uma perversão sexual, nem é uma doença debilitante ou contagiosa.

Não tem nada a ver com orientação sexual, como geralmente se pensa, não é uma escolha nem é um capricho. Ela é identificada ao longo de toda a História e no mundo inteiro.

Ou seja, nem toda pessoa transexual é gay ou lésbica, a maioria não é, apesar de geralmente serem identificados como membros do mesmo grupo político, o de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – LGBT.

Homossexuais se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo, o que não se relaciona com sua identidade de gênero. Não se questionam quanto a sua identidade como homens ou mulheres e ao gênero que lhes foi atribuído quando nasceram, ao contrário das pessoas transexuais.

Transexuais sentem que seu corpo não está adequado à forma como pensam e se sentem, e querem corrigir isso adequando seu corpo ao seu estado psíquico. Isso pode se dar de várias formas, desde tratamentos hormonais até procedimentos cirúrgicos.

Para a pessoa transexual, é imprescindível viver integralmente como ela é por dentro, seja na aceitação social e profissional do nome pelo qual ela se identifica ou no uso do banheiro correspondente à sua identidade, entre outros aspectos. Isso ajuda na consolidação da sua identidade e para avaliar se ela pode fazer a cirurgia de transgenitalização (adequação do órgão genital). Algumas pessoas transexuais decidem não fazer a cirurgia.

As Travestis

Entende-se, nesta perspectiva, que são travestis as pessoas que vivenciam papéis de gênero feminino, mas não se reconhecem como homens ou como mulheres, mas como membros de um terceiro gênero ou de um não-gênero.

É importante ressaltar que travestis, independentemente de como se reconhecem, preferem ser tratadas no feminino, considerando insultoso serem adjetivadas no masculino:

AS travestis, sim. Os travestis, não.

A nossa sociedade tem estigmatizado fortemente as travestis, que sofrem com a dificuldade de serem empregadas, mesmo que tenham qualificação, e acabam, em sua maioria, sendo forçadas a trabalharem como profissionais do sexo. Entretanto, nem toda travesti é profissional do sexo.

A denominação travesti é estigmatizada. Tem-se discutido a sua utilidade no mundo contemporâneo, quando se entende que as pessoas transgênero não se “travestem” no sentido original da terminologia, e que há os termos transexual e crossdresser para se referir a dimensões melhor definidas da vivência transgênero.

Crossdressers

Surgiu um termo novo, variante de travesti, para se referir a homens heterossexuais, geralmente casados, que não buscam reconhecimento e tratamento de gênero (não são transexuais), mas, apesar de vivenciarem diferentes papéis de gênero, tendo prazer ao se vestirem como mulheres, sentem-se como pertencentes ao gênero que lhes foi atribuído ao nascimento, e não se consideram travestis: crossdressers.

A vivência do crossdresser geralmente é doméstica, com ou sem o apoio de suas companheiras, têm satisfação emocional ou sexual momentânea em se vestirem como mulheres, diferentemente das travestis, que vivem integralmente de forma feminina.

Drag Queen/King , Transformista

Artistas que fazem uso de feminilidade estereotipada e exacerbada em suas apresentações são conhecidos como drag queens (sendo mulheres fantasiadas como homens, são drag kings ).

O termo mais antigo, usado no Brasil para tratá-los, é o de artistas transformistas. Drag queens/king são transformistas vivenciam a inversão do gênero como espetáculo, não como identidade.

Aproximam-se dos crossdressers pela funcionalidade do que fazem, enão das travestis e transexuais pela identidade.

A Coragem de ser quem se é

Pessoas que se identificam com alguma das expressões da transgeneralidade enfrentam um primeiro desafio: reconhecer a si mesmas e fazer decisões pessoais sobre se e quando irão se apresentar aos outros da forma como se identificam. Cada um(a) tem o seu tempo.

É preciso compreender que essa atitude não é simples de se tomar, nem fácil de pôr em prática, porém é necessária, para que elas possam ser quem são por inteiro, entre seus amigos, na família, no trabalho, na rua.

Variante dos escudos – Ying Yang azul e rosa.

Sereias – representam, de forma

genérica, a multiplicidade de expressões do corpo feminino.

Reprodução de xilogravura de Ivan Borges.

DATAS ESTRATÉGICAS

29 de janeiro Dia da Visibilidade Trans

8 de março Dia Internacional da Mulher (enfoque nas mulheres transexuais).

24 de junho Dia de Ação Trans por Justiça Social e Econômica

28 de junho Dia do Orgulho LGBT

23 de outubro Dia Mundial de Luta Contra a Patologização da Transexualidade

19 de novembro Dia Internacional do Homem (enfoque nos homens transexuais).

20 de novembro Dia da Memória Transgênero

TERMOS INCLUSIVOS

Escrever ou falar conforme um vocabulário reconhecido pelas pessoas representadas é essencial para valorizar a cidadania. Com relação a travestis e transexuais, é comum o uso de expressões que levam a concepções errôneas sobre a vivência e os desafios dessas pessoas.

Reforçando : com relação a pronomes, as pessoas transgênero devem ser tratadas de acordo com o gênero com o qual se identificam. Se você não está certo(a) quanto ao gênero da pessoa, pode perguntar, respeitosamente, como ela prefere ser tratada, e tratá-la dessa forma.

Abaixo segue um glossário de termos considerados inclusivos, por representarem adequadamente o cotidiano de homens e mulheres transexuais, de travestis e outras pessoas transgênero, buscando-se representar minimamente, e com didática, a sua diversidade identitária, incluindo conceitos relacionados a gênero e orientação sexual.

Glossário de termos inclusivos

Sexo

Classificação biológica das pessoas como machos ou fêmeas, baseada em características orgânicas como cromossomos, níveis hormonais, órgãos reprodutivos e genitais.

Gênero

Classificação pessoal e social das pessoas como homens ou mulheres. Orienta papéis e expressões de gênero. Independe do sexo.

Expressão de gênero

Forma como a pessoa se apresenta, sua aparência e seu comportamento, de acordo com expectativas sociais de aparência e comportamento de um determinado gênero. Depende da cultura em que a pessoa vive.

Orientação sexual

Atração afetivo-sexual por alguém. Sexualidade. Diferente do senso pessoal de pertencer a algum gênero.

Assexual

Pessoa que não sente atração sexual por pessoas de qualquer gênero.

Bissexual

Pessoa que se atrai afetivo-sexualmente por pessoas de qualquer gênero.

Heterossexual

Pessoa que se atrai afetivo-sexualmente por pessoas de gênero diferente daquele com o qual se identifica.

Homossexual

Pessoa que se atrai afetivo-sexualmente por pessoas de gênero igual àquele com o qual se identifica.

Crossdresser

Pessoa que frequentemente se veste, usa acessórios e/ou se maquia diferentemente do que é socialmente estabelecido para o seu gênero, sem se identificar como travesti ou transexual. Geralmente são homens heterossexuais, casados, que podem ou não ter o apoio de suas companheiras.

Transexual

Termo genérico que caracteriza a pessoa que não se identifica com o gênero que lhe foi atribuído quando de seu nascimento. Evite utilizar o termo isoladamente, pois soa ofensivo para pessoas transexuais, pelo fato de essa ser uma de suas características, entre outras, e não a única. Sempre se refira à pessoa como mulher transexual ou como homem transexual, de acordo com o gênero com o qual ela se identifica.

Homem transexual

Pessoa que reivindica o reconhecimento social e legal como homem. Alguns também se denominam transhomens ou Female-to-Male (FtM).

Mulher transexual

Pessoa que reivindica o reconhecimento social e legal como mulher. Algumas também se denominam transmulheres ou Male-to-Female (MtF).

Travesti

Pessoa que vivencia papéis de gênero feminino, mas não se reconhece como homem ou mulher, entendendo-se como integrante de um terceiro gênero ou de um não-gênero. Referir-se a ela sempre no feminino, o artigo “a” é a forma respeitosa de tratamento.

Transformista ou Drag Queen/Drag King

Artista que se veste, de maneira estereotipada, conforme o gênero masculino ou feminino, para fins artísticos ou de entretenimento. A sua personagem não tem relação com sua identidade de gênero ou orientação sexual.

Queer ou Andrógino ou Transgênero

Termo ainda não consensual com o qual se denomina a pessoa que não se enquadra em nenhuma identidade ou expressão de gênero.

Transfobia

Preconceito e/ou discriminação em função da identidade de gênero de pessoas transexuais ou travestis.

Processo transexualizador

Processo pelo qual a pessoa transgênero passa, de forma geral, para que seu corpo adquira características físicas do gênero com o qual se identifica. Pode ou não incluir tratamento hormonal, procedimentos cirúrgicos variados (como mastectomia, para homens transexuais) e cirurgia de redesignação genital/sexual ou de transgenitalização.

Cirurgia de redesignação genital/sexual ou de transgenitalização

Procedimento cirúrgico por meio do qual se altera o órgão genital da pessoa para criar uma neovagina ou um neofalo. Preferível ao termo antiquado “mudança de sexo”. É importante, para quem se relaciona ou trata com pessoas transexuais, não enfatizar exageradamente o papel dessa cirurgia em sua vida ou no seu processo transexualizador, do qual ela é apenas uma etapa, que pode não ocorrer.

MENSAGEM FINAL

Toda mudança em favor da justiça e da igualdade começa quando entendemos melhor quem são as outras pessoas, e o que elas vivem, superando mitos e medos.

Sem respeito à identidade de cada um(a), não garantimos a cidadania das pessoas e, silenciosamente, calamos sonhos, esperanças, aumentamos os desafios que as pessoas têm de enfrentar na vida.

Cada ser humano tem múltiplas formas de vivenciar sua identidade, e isso não muda para as pessoas transgênero: não são todas iguais. A identidade de gênero não esgota a subjetividade de uma pessoa, nem sua subjetividade se restringe ao fato de ser transexual.

Tenho a expectativa de que este guia técnico auxilie em uma melhor compreensão das diferentes dimensões da identidade de gênero e promova a produção de novos materiais, fundamentados em conceitos científicos atualizados e em diálogo com a realidade das pessoas.

Referindo-me às palavras da bióloga Joan Roughgarden, torço para que nossa sociedade amadureça e, um dia, o fato de uma pessoa se assumir transexual ou travesti não mais seja razão de luto para ela, os familiares e amigos, mas de enorme alegria, quem sabe com direito a uma festa, visto a pessoa estar se encontrando, em uma espécie de segundo nascimento.

Conheça, Respeite, Valorize!

OUTRAS REFERÊNCIAS

Para maiores informações sobre o tema, consulte as referências abaixo.

Links

http://anavtrans.blogspot.com (grupo de apoio em Brasília) http://astrario.blogspot.com (grupo de apoio no Rio de Janeiro) http://ftmbrasil.org.br (sobre homens transexuais) http://www.tsroadmap.com (em inglês)

Filmes

Café da Manhã em Plutão. Comédia. 2005.

Hedwig: Rock, Amor e Traição. Musical / Comédia / Drama. 2001.

Meninos não Choram. Drama. 2009.

Minha Vida em Cor-de-Rosa. Drama. 1997.

Quanto Dura o Amor?. Drama. 2009.

Soldier´s Girl. Drama. 2003.

Transamérica. Aventura / Comédia / Drama. 2005.

Encontrando Bianca. Educativo. 2010. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=A_0g9BEPVEA.

A Erotização de Mulheres Transexuais por Homens Heterossexuais. Educativo (em inglês, opção de legenda em português). 2011. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=4pspzd1eDoY.

Entre Lugares: a invisibilidade do homem trans (Curta Pernambuco 01.12). Reportagem. 2011. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=kJrTqw2HOwg.

Reportagem Especial sobre Transexualidade. Reportagem. 2011. Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=IJPSgMURhts&feature=fvst.