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Guias e Dicas
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Guia- Fluidoterapia em Cães e Gatos, Resumos de Clínica médica

Este documento é um guia prático sobre fluidoterapia em cães e gatos. Nele está descrito o conceito e tipos da fluidoterapia, diferença de desidratação e hipovolemia, avaliação de animal desidratado por porcentagem, tipos de fluidos, como calcular a taxa de manutenção, exemplos de cálculos e dicas.

Tipologia: Resumos

2025

À venda por 06/05/2025

M.V.Camila.Divino
M.V.Camila.Divino 🇧🇷

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Fluidoterapia
CÃES E GATOS
CONCEITO
OBJETIVOS
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO
DESIDRATAÇÃO X HIPOVOLEMIA
TIPOS DE FLUIDOTERAPIA
Líquido intersticial
Líquido intracelular
A fluidoterapia é um tratamento de suporte
para uma doença de causa base, na qual
culminou para distúrbios de desidratação,
distúrbios eletrolíticos, entre outros. É
necessário diagnosticar a patologia primária,
além de utilizar a fluidoterapia.
Corrigir desidratação: Causada por
vômitos e diarreias por exemplo.
Corrigir distúrbios eletrolíticos: Causados
por perda de eletrólitos (Sódio, potássio,
cálcio, etc).
Reposição volêmica: Reposição de
líquidos.
Reposição de compostos: Utiliza-se soro
glicosado por exemplo.
Ser via de administração de
medicamentos: Utiliza-se o Manitol por
meio desta via por exemplo.
Oral: Alternativa natural para corrigir ou
manter pequenos graus de desidratação. A
absorção é mais lenta.
Intravenosa: É a mais utilizada em casos
mais graves. Realizada diretamente na veia
do paciente. É indicada em casos de
desidratação, hemorragia, queimaduras,
hipovolemia, choque, acidose metabólica,
hipocalemia e hipercalemia.
Subcutânea: Levantar a pele do paciente
geralmente na região do flanco e aplicar a
fluido por debaixo da pele. A pele ficará
com um certo volume no local e a fluido
será absorvida pelo corpo conforme o
tempo passar. De 10 a 50mL.
Intraóssea: Realizada diretamente na
corrente sanguínea do animal, através de
ossos longos, como o fêmur. É indicada em
pacientes filhotes e em casos de
emergência.
É importante relembrar:
Líquido intracelular: Água presente dentro
das células.
Líquido extracelular: Água presente dentro
do vaso, mas fora das células (plasma).
Líquido intersticial: Água presente fora do
vaso sanguíneo.
Assim, podemos dizer que:
Desidratação: Paciente perde líquido
intersticial (água de fora da célula). Emese,
dairréia, DRC.
Hipovolemia: Perda de conteúdo e água
intravascular (água de dentro do vaso). EX:
Choque hipovolêmico por hemorragia.
A solução e consequentemente a pressão
osmótica irá determinar se a fluido irá para
dentro (intravascular) ou para fora (intersticial)
das células, pois a água sempre irá do meio mais
concentrado para o meio menos concentrado.
Também, a membrana da célula deve ser
permeável aos íons.
Intraperitoneal: Realizada dentro do
abdômen. Geralmente a fuido é aquecida
antes de ser administrada e possui uma
absorção rápida. Utilizada em pacientes que
fazem hemodiálise ou em casos de
necessidade imediata de reposição de
fluídos, por exemplo.
Intrarretal: Administrar diretamente no ânus
e possui rápida absorção. Realizada para
administrar medicações ou em casos de
necessidade imediata de reposição de
fluídos. Utilizada em episódios convulsivos
por exemplo..
Reanimação: Pacientes em choque, etc.
Reidratação: Paciente que perdeu
eletrólitos por vômito, diarreia, etc.
Manutenção: Já houve a reposição das
perdas, mas é colocado uma taxa para o
organismo possa manter o mecanismo
fisiológico do corpo.
Líquido extracelular
Fonte: Autoria própria
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CÃES E GATOS

CONCEITO

OBJETIVOS

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

DESIDRATAÇÃO X HIPOVOLEMIA

TIPOS DE FLUIDOTERAPIA

Líquido intersticial Líquido intracelular A fluidoterapia é um tratamento de suporte para uma doença de causa base, na qual culminou para distúrbios de desidratação, distúrbios eletrolíticos, entre outros. É necessário diagnosticar a patologia primária, além de utilizar a fluidoterapia. Corrigir desidratação: Causada por vômitos e diarreias por exemplo. Corrigir distúrbios eletrolíticos: Causados por perda de eletrólitos (Sódio, potássio, cálcio, etc). Reposição volêmica: Reposição de líquidos. Reposição de compostos: Utiliza-se soro glicosado por exemplo. Ser via de administração de medicamentos: Utiliza-se o Manitol por meio desta via por exemplo. Oral: Alternativa natural para corrigir ou manter pequenos graus de desidratação. A absorção é mais lenta. Intravenosa: É a mais utilizada em casos mais graves. Realizada diretamente na veia do paciente. É indicada em casos de desidratação, hemorragia, queimaduras, hipovolemia, choque, acidose metabólica, hipocalemia e hipercalemia. Subcutânea: Levantar a pele do paciente geralmente na região do flanco e aplicar a fluido por debaixo da pele. A pele ficará com um certo volume no local e a fluido será absorvida pelo corpo conforme o tempo passar. De 10 a 50mL. Intraóssea: Realizada diretamente na corrente sanguínea do animal, através de ossos longos, como o fêmur. É indicada em pacientes filhotes e em casos de emergência. É importante relembrar: Líquido intracelular: Água presente dentro das células. Líquido extracelular: Água presente dentro do vaso, mas fora das células (plasma). Líquido intersticial: Água presente fora do vaso sanguíneo. Assim, podemos dizer que: Desidratação: Paciente perde líquido intersticial (água de fora da célula). Emese, dairréia, DRC. Hipovolemia: Perda de conteúdo e água intravascular (água de dentro do vaso). EX: Choque hipovolêmico por hemorragia. A solução e consequentemente a pressão osmótica irá determinar se a fluido irá para dentro (intravascular) ou para fora (intersticial) das células, pois a água sempre irá do meio mais concentrado para o meio menos concentrado. Também, a membrana da célula deve ser permeável aos íons. Intraperitoneal: Realizada dentro do abdômen. Geralmente a fuido é aquecida antes de ser administrada e possui uma absorção rápida. Utilizada em pacientes que fazem hemodiálise ou em casos de necessidade imediata de reposição de fluídos, por exemplo. Intrarretal: Administrar diretamente no ânus e possui rápida absorção. Realizada para administrar medicações ou em casos de necessidade imediata de reposição de fluídos. Utilizada em episódios convulsivos por exemplo.. Reanimação: Pacientes em choque, etc. Reidratação: Paciente que perdeu eletrólitos por vômito, diarreia, etc. Manutenção: Já houve a reposição das perdas, mas é colocado uma taxa para o organismo possa manter o mecanismo fisiológico do corpo. Líquido extracelular Fonte: Autoria própria

DESIDRATAÇÃO

CÃES E GATOS

TIPOS DE DESIDRATAÇÃO

PORCENTAGEM DE DESIDRATAÇÃO

DESIDRATAÇÃO SINAIS CLÍNICOS

Sem alterações na elasticidade da pele. Pode ter histórico com obervação de perdas ou não da ingestão de líquidos e possível adipisia. 5 a 6 % Perda discreta da elasticidade cutânea, urina mais concentrada, apatia e mucosas parcialmente ressecadas. 7 a 9 % Perda da elasticidade cutânea, TPC 3seg, enoftalmia, mucosas secas, oligúria. 10 a 12% Pregueamento prolongado da pele, TPC >4seg, enoftalmia, mucosas secas, sinais de choque (taquicardia, pulso rápido e fraco, extremidades frias) 13 a 15% Urgência. Sinais de choque e possível morte. Deve-se saber o histórico clínico do paciente e a causa da desidratação (quadro de diarréia, vômito, etc). Existem formas de avaliação para saber se o animal está desidratado. São elas: TURGOR CUTÂNEO: Puxar a pele para avaliar se há perda de elasticidade. Em um paciente hidratado, a pele retornará em até 2 segundos. Cães obesos, idosos, com excesso de pele e caquéticos, darão uma falsa ideia de % de desidratação. MUCOSAS: Estarão pálidas devido a circulação comprometida. OLHOS: Verificar se o paciente apresenta olhos secos e afundados (enoftalmia), devido a falta de líquido. A terceira pálpebra também poderá estar aparente. TEMPERATURA: Nos casos de desidratação, o animal apresentará baixa temperatura corporal (<37,5°). TPC: Pressionar o dedo na gengiva até ficar branca e aguardar 2 segundos para que a coloração volte ao normal. Em pacientes desidratados, o tempo será maior que 3 segundos. PULSO: Colocar a mão na virilha do paciente para sentir o pulso. Se estiver fraco, é um sinal de desidratação. Isotônica: Organismo perde, mas ainda possui no corpo, logo gera-se um tipo de “equilíbrio”. Hipotônica: Paciente perde mais eletrólitos do que água. Hipertônica: Paciente perde mais água do que eletrólitos. Isotônico (^) Hipotônico Hipertônico Fonte: Autoria própria

CÃES E GATOS

CÁLCULO

IMPORTANTE

1º passo: Necessidade basal de líquido. Carnívoros adultos: 40-50mL/kg por dia Carnívoros filhotes: 70mL/kg por dia Cães idosos, cardiopatas, pneumopatas: 40mL/Kg Equipo: Micro (pacientes com <7kg) ou macro (paciente com >7kg). 2º passo: Necessidade de reposição: 3º passo: Determinar perdas contínuas Vômito: 40mL/kg por dia Diarréia: 50mL/Kg por dia Ambos: 60mL/Kg por dia 4º passo: Calcular o volume final e velocidade: Limite: Cães: 90mL/h Gatos: 55mL/h 20 gotas do equipo macro: 1mL 60 gotas do equipo micro: 1mL Peso (Kg) x % de desidratação x 10 EXEMPLO 1 1º: Valor basal (manutenção): 50 x 10= 500 2º Reposição: 10 X 5 X 10= 500 3º Perda contínua: 60 x 10= 600 4º Soma total: 500+500+600= 1.600mL 67 x 20 : 60 = 22, Logo serão aproximadamente 22 gotas por minuto 1.600 : 24= 66,66mL/h

EXEMPLO 2

Antes de iniciar a fluido, devemos determinar: Grau de desidratação Tipo de fluido Via de administração Velocidade Quantidade Quando parar Cão, adulto, fêmea, SRD, com 10kg, apresentando gastroenterite, com vômito e diarréia. Grau desidratação: 5% Para saber quantas gotas por minuto através do equipo macrogotas, basta multiplicar o valor diário por 20 e dividir por 60 (minutos): Para calcular a taxa de infusão que seria o valor de líquido total diário por hora, basta dividir por 24 (horas).

  1. Paciente canino, SRD, fêmea, castrada com quadro de gastroenterocolite aguda após uso de anti-inflamatório não esteroidal. Paciente apresentou os seguintes parâmetros após exame físico: ·Peso: 10 Kg ·Glasgow: 12/ ·FC: 160 bpm ·Discreta taquipneia ·ACP: BCNFR sem sopro e CP sem alterações. ·Mucosas hipocoradas ·Enoftalmia ·Xerostomia ·TPC> 2 segundos ·Diminuição de Tugor cutâneo importante ·MPAS: 77 mmHg ·Sensibilidade abdominal ·Apresentou quadros de hematêmese no consultório, melena durante a avaliação de ·termometria (37,8C). A) Qual seria o cálculo de fluidoterapia para reposição volêmica do paciente acima? Cálculo: 10 kg x 7% x 10 = 700 mL/dia B) Calcule o volume de manutenção em 24 horas. Cálculo: 60 mL x 10 kg = 600 mL/dia C) Diante do quadro acima, quais distúrbios eletrolíticos associados? Os distúrbios eletrolíticos mais prováveis são: Hipernatremia: Pode ocorrer devido à perda de fluido hipotônico, especialmente por desidratação. Hipocalemia: Frequentemente associada a vômitos e diarreia, com perda significativa de potássio.

NOTES

Para usar a bomba de infusão, é necessário apenas calcular quantos mL de fluido o animal precisará por dia. Excesso de fluido, pode causar edema pulmonar Algumas medicações podem precipitar com alguns íons da solução. Logo, na dúvida, administrar com soro fisiológico Doentes renais tem veias finas e frageis Não diluir ceftriaxona com ringer devido ao cálcio presente. Sepse: Soro glicofisiológico para suplementar As soluções hipertônicas não devem ser a primeira escolhida para pacientes desidratados, pois podem causar desidratação celular. A maioria das desidratações são por perdas isotônicas. Em casos de diabetes, são mais comuns perdas hipertônicas. Sempre checar se a fluido está realmente infundida. O valor total de líquido deverá ser recalculado todos os dias de acordo com a evolução do quadro do paciente.

CÃES E GATOS

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