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Este guia tem como objetivo contribuir para a formação básica de professores de ciências naturais em manobras de suporte básico de vida, um tema novo no currículo da disciplina. O guia aborda a reconhecer situações de risco de vida iminente, saber quando e como pedir ajuda, e iniciar manobras que contribuam para preservar a oxigenação e a circulação na vítima. Além disso, é fornecido um algoritmo simplificado de suporte básico de vida no adulto e na criança.
O que você vai aprender
Tipologia: Provas
1 / 32
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Não perca as partes importantes!
… paragem cardiorrespiratória. 8
… obstrução da via aérea. 15
… respiração normalizada numa vítima inconsciente. 19
… questões de natureza ética. (^22)
… questões de natureza institucional. 23
… questões de natureza logística. 24
… questões de natureza pedagógica. 26
… a cadeia de sobrevivência. (^2)
… o suporte básico de vida. 4
… a paragem cardiorrespiratória (PCR). 5
… a obstrução da via aérea (OVA). 6
… a posição lateral de segurança (PLS). 7
Guia de Suporte Básico de Vida
Este guia pretende contribuir para uma formação básica dos professores de Ciências Naturais em manobras de suporte básico de vida, um tema novo no domínio curri- cular da disciplina que se encontra desenvolvido em diferentes descritores do obje- tivo geral Aplicar medidas de suporte básico de vida, previsto nas Metas Curriculares.
Tanto o conteúdo deste guia como o do manual escolar não pretendem habilitar o docente ou o aluno, em termos práticos, para a execução de manobras de suporte básico de vida. As manobras carecem de treino e de supervisão por formadores credenciados de modo que o docente fique devidamente capacitado para exem- plificar os procedimentos junto dos seus alunos e os possa orientar na execução prática dos algoritmos em vigor.
CTIC9GSBV © Porto Editora
Intervir para salvar uma vida envolve uma sequência de etapas em que cada uma delas é determinante para a sobrevivência. Estas etapas podem ser descritas como elos de uma cadeia de sobrevivência.
1.° Reconhecimento e pedido de ajuda
A suspeita de um enfarte agudo do miocárdio ou de uma paragem cardiorrespiratória (PCR) exige o pronto reconhecimento do estado da vítima e a chamada imediata dos serviços de emergência. O número universal de emergência nos países da União Europeia é o 112.
2.° Suporte básico de vida (SBV)
Numa vítima em paragem cardiorrespiratória, o coração está parado, o sangue deixa de circular e o cérebro não é oxigenado. É necessário iniciar, de imediato, as manobras de suporte básico de vida, com compressões torácicas e ventilações , de modo a aumentar as hipóteses de sobrevivência da vítima.
O que é…
A cadeia de sobrevivência
Figura 1 – Cadeia de sobrevivência.
1.° 2.°
CTIC9GSBV © Porto Editora
I S B N 9 7 8 - 9 7 2 - 0 - 8 7 0 3 8 - 4
O suporte básico de vida é um conjunto de procedimentos bem definidos e com metodologias padronizadas para todos os países da União Europeia. São seus objetivos:
- reconhecer as situações em que há risco de vida iminente; - saber quando e como pedir ajuda; - saber iniciar, de imediato e sem recurso a qualquer equipamento, manobras que contribuam para preservar a oxigenação e a circulação na vítima até à chegada das equipas diferenciadas.
Uma reanimação básica de qualidade amplia grandemente as hipóteses de sobrevivência da vítima.
O que é…
O suporte básico de vida
Sobrevivência (%)
Tempo até à desfibrilhação (min)
Sem reanimação básica
Com reanimação básica média
Potencial com reanimação básica de qualidade 40
30
20
10
3-4 9-10 15-16 21-
Figura 2 – Variação das hipóteses de sobrevivência em função do tempo e da qualidade do auxílio.
CTIC9GSBV © Porto Editora
O que é…
A paragem cardiorrespiratória
CTIC9GSBV © Porto Editora
Consiste na interrupção ou falência súbita e inesperada dos batimentos cardíacos , implicando a paragem da circulação sanguínea, da hematose pulmonar e do fornecimento de oxigénio às células de todos os tecidos e órgãos do corpo.
As causas da paragem cardiorrespiratória são muito diversas. As mais comuns passam pela obstrução das vias respiratórias por um corpo estranho, pela doença cardíaca, pelo traumatismo craniano, pelo afogamento ou pela eletrocussão.
Os sintomas da paragem cardiorrespiratória resultam da falência das funções cardíaca e respiratória. Tipicamente, caracterizam-se por dores fortes no peito, abdómen ou costas, pela ausência de movimentos e ruídos respiratórios, pela dificuldade em falar, pela cianose de lábios e extremidades, pela palidez e pela perda de consciência.
Figura 3 – Vítima inconsciente em paragem cardiorrespiratória.
A posição lateral de segurança é uma técnica de assistência a uma vítima que respira normalmente mas está inconsciente.
Esta posição garante a permeabilidade da via aérea e a drenagem de fluidos da cavidade oral.
A técnica não deve ser aplicada quando há suspeita de traumatismo da coluna vertebral.
O que é…
A posição lateral de segurança
Figura 5 – Vítima em posição lateral de segurança.
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Via aérea ventilada
Face protegida
Posição lateral
Perna estabilizada
Braço em ângulo reto
As duas manobras fundamentais do suporte básico de vida são as compressões torácicas e as ventilações. O fluxo de sangue para o coração, o cérebro e outros órgãos vitais só pode ser reposto pela aplicação das compressões torácicas que, de uma forma grosseira, vão substituir os batimentos cardíacos. Estas manobras devem ser devidamente enquadradas num algoritmo mais amplo de suporte básico de vida.
Figura 6 – Algoritmo simplificado de suporte básico de vida no adulto.
O que fazer em caso de…
Condições de segurança
Vítima consciente?
Reavaliar e pedir ajuda se necessário
Ligar 112
Posição lateral de segurança
Gritar por ajuda
Abrir via aérea
Vítima respira normalmente?
Ligar 112
30 compressões torácicas
2 ventilações
Não
Não
Sim
Sim
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Para fazer a extensão da cabeça, pouse a palma de uma mão na testa da vítima e coloque os dedos indicador e médio da outra mão na extremidade óssea da mandíbula. Incline suavemente a cabeça para trás e eleve a mandíbula sem fazer pressão nos tecidos moles por baixo do queixo. D
Não feche a boca da vítima.
5. Avaliar a respiração
Mantendo a via aérea permeável, verifique se a vítima respira normalmente. Para tal, aproxime a sua cara da face da vítima e, olhando para o seu tórax, execute o VOS, para:
- Ver se existem movimentos torácicos. - Ouvir eventuais ruídos da saída do ar pela boca ou nariz da vítima. - Sentir na face se há saída de ar pela boca ou nariz da vítima. E
A execução do VOS não deve exceder os 10 segundos.
Minutos após uma paragem cardiorrespiratória, algumas vítimas podem apresentar uma respiração irregular e ruidosa que não deve ser confundida com uma respiração normal.
Caso a vítima esteja a respirar normalmente, deve ser colocada em posição lateral de segurança.
D
E
Figura 8 – Permeabilização da vítima.
Figura 9 – Aplicação do VOS.
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6. Ligar 112
Caso a vítima não responda e não tenha a respiração normalizada, deve ativar de imediato o sistema de emergência médica, ligando 112.
Se estiver sozinho(a), poderá ter de abandonar a vítima e o local. Se estiver alguém consigo, deve solicitar a essa pessoa que faça a chamada para o 112.
Se a vítima for uma criança ou um indivíduo de qualquer idade que tenha sido vítima de afogamento, só deve ligar para o 112 após 1 minuto de suporte básico de vida. Figura 10 – Instituto Nacional de Emergência Médica.
Figura 12 – Ativação da emergência médica (112).
Figura 11 – Informações a facultar ao operador aquando da ativação do sistema de emergência médica.
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**- O tipo de situação (doença, acidente, etc.).
O que deve informar
8. Ventilações
Para executar as ventilações (respiração boca a boca), deve proceder da seguinte forma:
1.° Comece por permeabilizar a via aérea da vítima, colocando-lhe uma mão na testa e inclinando-lhe a cabeça para trás. I
2.° Coloque os dedos da outra mão perto do queixo, por baixo da parte óssea da mandíbula, de modo que o queixo da vítima permaneça levantado mas sem que a boca fique fechada.
3.° Mantendo a mão na testa da vítima, comprima as suas narinas, inspire normalmente, sele os seus lábios ao redor da boca da vítima e aplique uma ventilação, soprando por 1 segundo. J
4.° Observe se existe elevação do tórax da vítima, como numa respiração normal. K
5.° Se o tórax não se elevar, repita as manobras de permeabilização da via aérea.
6.° Aplique uma segunda ventilação.
7.° Caso as 2 ventilações se revelem ineficazes, avance de imediato para novas compressões torácicas.
Deve manter os ciclos de 30 compressões, alternadas com 2 ventilações, e parar apenas quando:
a) chegarem os técnicos de emergência médica; b) estiver fisicamente exausto(a); ou
c) a vítima recomeçar a ventilar normalmente.
I
J
Figura 14 – Ventilações. K
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O exame da vítima e as manobras de suporte básico de vida diferem dos adultos para as crianças com idades inferiores a 8 anos. Para os lactentes , com idade inferior a 1 ano, existem procedimentos específicos.
Condições de segurança
Vítima consciente?
Reavaliar e pedir ajuda se necessário
Ligar 112
Posição lateral de segurança
Gritar por ajuda
Abrir via aérea
Vítima respira normalmente?
5 ventilações
Não há sinais de vida?
30 compressões torácicas
2 ventilações
Ligar 112 após 1 minuto de SBV
Não
Não
Sim
Sim
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Figura 15 – Algoritmo simplificado de suporte básico de vida na criança.
Figura 17 – Algoritmo simplificado de desobstrução da via aérea por corpo estranho.
O encorajamento da tosse é uma medida indicada na obstrução ligeira da via aérea. A vítima deve ser apenas vigiada enquanto a tosse se revelar eficaz. Caso a obstrução da via aérea não fique resolvida, começando a surgir sinais de acentuadas dificuldades respiratórias e de cianose, é necessário agir rapidamente, como se de uma obstrução grave se tratasse.
Condições de segurança
Avaliar a gravidade
OVA grave (tosse ineficaz)
Ligar 112
Iniciar SBV
Encorajar a tosse
OVA ligeira (tosse eficaz)
Vigiar a vítima
A vítima está consciente? Apresenta sinais de OVA?
Obstrução de via aérea por corpo estranho no adulto e na criança com idade superior a 1 ano
Inconsciente Consciente
5 palmadas interescapulares
5 compressões abdominais (manobra de Heimlich)
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A palmada interescapular e a manobra de Heimlich ou compressão abdominal são medidas de socorro à obstrução grave da via aérea.
Palmada interescapular – Técnica de desobstrução da via aérea baseada na aplicação de palmadas entre as omoplatas, na parte superior das costas da vítima.
Para executar corretamente esta técnica de socorro, deve proceder da seguinte forma:
1.° Coloque-se ao lado e ligeiramente atrás da vítima, encostando uma das pernas a uma base de apoio.
2.° Passe um braço por baixo da axila da vítima e suporte-a, ao nível do tórax, com a mão, de modo que qualquer objeto deslocado com as palmadas possa sair livremente pela boca.
3.° Aplique palmadas com a base da outra mão, no meio da parte superior das costas, entre as omoplatas, isto é, na zona interescapular.
4.° Aplique, em cada palmada, a força necessária para resolver a obstrução.
5.° Verifique, após cada palmada, se a obstrução foi ou não resolvida.
6.° Aplique um total de 5 palmadas.
Figura 18 – Aplicação de palmadas interescapulares.
CTIC9GSBV-
CTIC9GSBV © Porto Editora
Figura 20 – Preparação da vítima para a manobra.
O que fazer em caso de…
Para ser colocada em posição lateral de segurança (PLS), a vítima tem de ser deitada de lado, pois, se permanecer deitada de costas, o relaxamento da língua e de outras estruturas moles da boca e da faringe provoca a obstrução da via aérea. Esta também pode ficar obstruída por vómitos, secreções ou sangue.
A posição lateral de segurança baseia-se num conjunto de regras em que a posição da vítima: a) deve garantir a permeabilidade da via aérea; b) deve permitir a livre saída de fluidos da cavidade oral; c) tem de ser estável; d) não pode implicar uma pressão sobre o tórax, dificultando uma respiração normal; e) deve facilitar a sua rápida colocação de costas; f ) não lhe pode causar nenhuma lesão adicional.
Para colocar uma vítima que se encontra deitada de costas em posição lateral de segurança, deve executar os seguintes procedimentos:
1.° Ajoelhe-se ao lado da vítima e retire-lhe eventuais objetos que lhe possam causar lesões, como óculos e canetas. A
2.° Assegure-se de que as pernas da vítima estão estendidas. B
CTIC9GSBV © Porto Editora A^ B
3.° Coloque o braço que está mais próximo de si em ângulo reto com o corpo, dobrando o cotovelo. A palma da mão fica virada para cima. C
4.° Segure o outro braço da vítima, cruzando o tórax, e fixe as costas dessa mão no lado da face voltado para si. D
5.° Levante a perna do lado oposto, com a outra mão, dobrando o joelho e deixando o pé da vítima assente no chão. E
6.° Role a vítima para si, mantendo uma mão a apoiar a cabeça e a outra a puxar a perna dobrada. F
Figura 22 – Manobra de rolamento do corpo da vítima.
Figura 21 – Manobra de colocação do braço em ângulo reto com o corpo e proteção e suporte da face da vítima.
E
C
F
D
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