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Gramática Japonesa, noções básicas, Manuais, Projetos, Pesquisas de Ciências Sociais

kEnsina o básico da gramática japonesa, o uso de estruturas em geral, a função de absolutamente todas as partículas do idioma, noções básicas de kanjis e radicais, até mesmo o uso de expressões usadas no cotidiano por nativos, exemplos esclarecedores (com trechos de músicas, livros).

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2020

Compartilhado em 13/10/2020

lais-louis
lais-louis 🇧🇷

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VOLUME 1 GRAMÁTICA FÁCIL
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VOLUME 1 – GRAMÁTICA FÁCIL

VOLUME 1 – GRAMÁTICA FÁCIL

ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: Sexta-Feira, 15 de maio de 2020 – 14 h: 05 min

O PROJETO

A. SOBRE O ORGANIZADOR DESTE PROJETO

Falando um pouco sobre mim, eu me chamo Nelson e sou descendente de japo- neses. Aos 2 anos de idade fui diagnosticado com paralisia cerebral e o médico disse que o máximo que eu poderia fazer era ficar vegetando numa cama. Depois de meus pais muito brigarem e correrem atrás de tratamento, aos 4 anos de idade, comecei o meu tratamento na AACD, onde permaneci por 10 anos. Hoje, depois de muitas cirurgias (20 mais ou menos) e tratamento, estou andando de muletas, possuo graduação em Gestão Financeira e MBA em Controladoria e Finanças. B. HISTÓRICO Sempre fui muito fã de seriados japoneses, animês e vídeo games e esse gosto fez despertar em mim ainda mais o interesse pela língua e cultura japonesa. Quando resolvi procurar material para estudar, deparei-me com algo que me incomodou bastante: não encontrava bons sites e/ou livros em português! Tudo era muito básico e incompleto!! Em compensação, havia bons sites e livros em inglês. Conheci o site do Tae Kim. Achei a abordagem dele excelente e inovadora, mas de algum modo aquilo ainda era insuficiente para mim. Então, passado um tempo, deparei-me com o site Imabi e, através dele, conheci o espetacular livro “Classical Japanese: A Grammar” de Haruo Shirane. A partir daí me interessei pelo Japonês Clássico e comecei a pesquisar mais sobre o assunto na internet. Com essas três “ferramentas” – Manual do Tae Kim, Imabi e Japonês Clássico – , as coisas começaram a ficar muito mais claras e o aprendizado havia se tornado ainda mais divertido e intrigante. Resolvi, então, juntar as minhas pesquisas em

um arquivo de Word: tudo que encontrava e achava interessante, eu traduzia e colocava nele. Depois de 3 anos de pesquisas, então, pensei: “por que não com- partilhar as minhas pesquisas?” Então, no dia 26/05/2014, inaugurei o blog “Ganbarou Ze! – Gramática Japo- nesa”, cujo endereço é http://ganbarouze.blogspot.com/, totalmente em portu- guês e gratuito, tendo por finalidade abordar a gramática da língua japonesa par- tindo do ponto de vista japonês (como o Tae Kim faz) e também mostrar a evo- lução da língua e os seus porquês (através do Japonês Clássico) para que você disponha de conhecimento para tentar entender sozinho determinado padrão gramatical, mesmo sem tê-lo visto em um livro de gramática antes. C. POR QUE O JAPONÊS CLÁSSICO É IMPORTANTE AINDA HOJE? Quando iniciei este projeto, já era evidente para mim a importância do Japonês Clássico para um melhor entendimento da língua moderna. Conforme progredi- mos em nossos estudos, fica fácil perceber que principalmente na linguagem es- crita formal, deparamo-nos com construções estranhas que, sem o conhecimento do Japonês Clássico, ficaria impossível compreendê-las de forma satisfatória. Também, se você deseja fazer o nível 1 do JLPT, irá se deparar com essas “coisas estranhas” da língua japonesa. É por isso que me propus a fazer uma abordagem diferente de tudo o que você já viu, abordando o Japonês Clássico, tanto para mostrar a evolução dos padrões modernos, como para explicar pontos gramati- cais clássicos que ainda podem ser vistos na língua moderna. D. POR QUE ESTE LIVRO DE GRAMÁTICA FÁCIL? Desde que lancei o blog em maio de 2014, tenho recebido e-mails elogiando o conteúdo, entretanto, há também alguns leitores que afirmam que, apesar de o conteúdo do blog ser muito bom, é muito complexo para quem está tendo contato com a língua japonesa pela primeira vez. Diante disso, resolvi elaborar este livro com uma 'gramática fácil' direcionada àqueles que ainda não tiveram nenhum contato com a língua japonesa. Sendo assim, se você é um desses, recomendado que comece pelos tópicos a seguir nos quais serão abordados, em 18 tópicos, os fundamentos do japonês da maneira mais simples possível. Assim que você tiver dominado o conteúdo deste livro, passe para as 55 lições no blog. Caso você tenha, pelo menos, conhecimento básico de inglês, o “Jisho.org” (https://jisho.org/) possui uma funcionalidade muito interessante: você pode colocar uma oração inteira na barra de pesquisa e ele a desmembrará! Assim, você poderá copiar as orações de exemplo deste livro e conferir o significado de cada palavra!! Observe o exemplo com a oração “Eu comi sushi”:

Infelizmente, não há muitas opções de dicionários Japonês – Português / Portu- guês – Japonês para consulta online. Conheço apenas dois que, no entanto, pare- cem não possuir uma base de dados satisfatória: DICIONÁRIO JP: http://dicionario.jp/ NIPPO (português de Portugal): http://nippo.com.pt/# Há também o GLOSBE (https://pt.glosbe.com/ja/pt/). Embora não seja um di- cionário, mas sim um tradutor, prefiro ele aos dois dicionários citados. E. CONSIDERAÇÕES Por fim, quero deixar claro que não sou fluente em japonês e que este livro se trata de material que venho pesquisando ao longo desse tempo. Portanto, sempre que encontrar algo interessante, atualizarei algum tópico ou mesmo novas lições poderão ser acrescentadas de acordo com as circunstâncias. Não deixe de entrar em contato conosco caso tenha sugestões, críticas ou algum também material interessante que deseje que esteja em futuras atualizações. Anote nosso e-mail: contato.ganbarouze@gmail.com SE DESEJAR, FAÇA UMA DOAÇÃO: https://pag.ae/7UD7smmHG CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK: https://www.facebook.com/ganbarouze/ “Não palmilhe sempre o mesmo caminho, passando somente onde outros já pas- saram. Abandone ocasionalmente o caminho trilhado e embrenhe-se na mata. Certamente descobrirá coisas nunca vistas, insignificantes, mas não as ignore. Prossiga explorando tudo sobre elas; cada descoberta levará a outra. Antes do esperado, haverá algo que mereça reflexão”. (Graham Bell)

1. ESCRITA I – KANA E ROOMAJI

A escrita japonesa possui quatro formas de expressão: O Kana, formado por dois conjuntos de fonemas – Hiragana e Katakana (que juntos formam o silabário ja- ponês), o Kanji, ou ideogramas chineses e o Roomaji, que é a forma de se repre- sentar os sons da língua japonesa através das letras do nosso alfabeto romano. Com relação ao Kana, o Hiragana é usado para se escrever palavras japonesas e o Katakana, palavras estrangeiras. Vejamos: Perceba que ambos possuem os mesmos sons, sendo que o que os diferencia é a forma dos fonemas. Também, diferentemente do português, em que se segue o padrão de vogais “A – E – I – O – U”, no japonês é “A - I - U - E – O”. Com relação à pronúncia e traçado, assista aos vídeos nos links abaixo: A. PRONÚNCIA DOS FONEMAS: https://tinyurl.com/y4srvdh; B: TRAÇADO DO KATAKANA: https://tinyurl.com/y42s5899; C. TRAÇADO DO HIRAGANA: https://tinyurl.com/y22q9t6n. Ao observar o quadro, também é possível ter uma ideia de como o Roomaji fun- ciona. Por exemplo, “cachorro” em japonês é 「いぬ」, que em Roomaji ficaria “INU”. Como regra, essa palavra não poderia ser escrita em Katakana, isto é, 「 イヌ」, por se tratar de uma palavra japonesa.

A dúvida aqui é em relação ao “L” solitário, pois não existe som equivalente em japonês. Quando isso acontecer precisaremos transformá-lo em um fonema japo- nês existente mais próximo. Nesses casos, utiliza-se o recurso da adição de som de vogal, podendo ser “U” ou “O”, dependendo do caso. Como regra geral:

  1. VOGAL + CONSOANTE (+ U). Sendo assim: O “L” solitário ficaria “LU”, entretanto, como também não existe som “LU” na língua japonesa, usaremos “RU” por ser o mais próximo.
  2. CONSOANTE (+ O) + CONSOANTE. No caso do nome “Leandro”, tem-se a sílaba “DRO”, na qual temos consoante e consoante. Assim:
  3. CONSOANTE (+ U) + CONSOANTE – No começo da palavra;
  4. CONSOANTE (+ O) – No final da palavra. Tenha em mente que a representação de sons e palavras estrangeiras será sempre uma aproximação, portanto, haverá “formas convencionadas”, isto é, formas que caíram na preferência dos falantes. Veja que no exemplo acima, não se coloca o “U” para o trecho “– MAR – “, preferindo-se o alongamento da vogal “A” por meio do sinal “ー” (no Hiragana, esse alongamento é obtido através da colocação da mesma vogal presente no fonema – 「さあ」– SAA). Na representação de pa- lavras inglesas há muitas formas convencionadas como o “TH” que normalmente vira “S”: 「サンキュー」= Thank you. Já que o Katakana é usado para se escrever palavras de origem estrangeira, como representar sons com a letra “V”, por exemplo? Há duas possibilidades: transfor- mar o “V” em “B” ou usar a letra “U” com as aspas em conjunto com a vogal desejada. Observe a tabela abaixo com os sons adicionais possíveis:

Há ainda o pequeno 「つ」que tem como principal finalidade representar uma pausa antes da pronuncia do fonema que o sucede. Na pratica, é basicamente a pausa que se faz “já com a língua no céu da boca” antes de seguir para uma nova sílaba. Dividiremos pronúncia de 「さっか」 em tempos para que você entenda melhor como funciona essa pequena pausa: 「さ」 – 1º tempo; 「っ」 – 2º tempo: “comece” a pronunciar o próximo fonema e então faça uma pequena pausa “já com a língua no céu da boca”; 「か」 – 3º tempo: “termine” de pronunciar o fonema que segue o 「つ」 pe- queno. Na transcrição para o Roomaji, o pequeno 「つ」é representado pela duplicação da consoante da sílaba que o precede – por isso também é conhecido como “con- soante germinada”. Sendo assim, 「さっか」 deve ser romanizado “SAKKA” e não “satsuka” ou “saka”, pois o fonema que precede o pequeno 「つ」é “KA”, logo, a consoante “K” será duplicada. Com relação à ordem alfabética, observe o quadro abaixo:

Como você leria o Kanji em 「食べる」? Vamos observar as leituras do ideograma em questão: Primeiramente, como 「食べる」 se trata de um verbo, deve-se considerar a lei- tura Kun. Mas qual é a correta, haja vista que temos quatro leituras Kun possí- veis? Basta observar o Okurigana que acompanha o Kanji. Neste caso é 「べる」, logo, segundo a tabela acima, a pronúncia correta para o ideograma em questão é 「 た」. Esquematizando, temos: Já a leitura ON é usada quando a palavra está escrita “à moda chinesa”, isto é, somente com Kanjis. Como exemplo, repare nos Kanji abaixo: Agora, observe-os no exemplo a seguir: Na primeira ocorrência, 「新」 aparece isolado (sem outro Kanji o acompa- nhando), então, a pronúncia é “Atara.shii”, lido com o Hiragana que o segue e significa “novo”.

Na segunda ocorrência, 「新」 aparece acompanhado pelo Kanji 「聞」, por- tanto, será usada a on’yomi de ambos. Desta forma, juntos formam 「しん.ぶん 」, que significa “jornal”. Mas a coisa infelizmente não é tão simples assim. Isso por que há casos em que composições de Kanjis recebem leituras especiais, que podem ser divididas em três grupos: A. LEITURA MESCLADA: é baseada nas leituras individuais de cada Kanji, mas não seguem a regra básica. Veja o exemplo abaixo: 王様 = おう.さま (rei) – on’yomi do primeiro ideograma + kun’yomi do segun- do ideograma. B. LEITURA EXTRA: chamada de 「なのり」 (名乗り), é a leitura presente em alguns ideogramas, geralmente intimamente relacionada com o kun'yomi. É usada principalmente para nomes de pessoas e, às vezes, para nomes de lugares (quando não se usam leituras únicas não encontradas em outro lugar). Observe o exemplo abaixo: C. LEITURA ATRIBUÍDA: não possui relação com as leituras individuais dos Kanjis. Aqui leva-se em consideração apenas o significado individual de cada caractere e se dá uma pronúncia ao conjunto. Observe: 「明日」= composição pronunciada 「あした」 ou 「あす」, que significa “amanhã” em japonês. 「小宇宙」= normalmente se lê essa composição como 「しょううちゅう」. En- tretanto, se estiver subentendido o animê “Os Cavaleiros do Zodíaco”, deve-se levar em consideração que esta composição é usada para substituir a grafia 「コ スモ」 que significa, “cosmo”. Portanto, neste caso específico, deve ser lida 「コ スモ」 e não 「しょううちゅう」. Esquematizando, temos:

Tal recurso é usado especialmente em textos para crianças ou alunos estrangeiros e mangá, como também em jornais para leituras raras ou incomuns e para ideo- gramas não incluídos no conjunto de reconhecidos oficialmente. De fato, dominar os Kanjis não é tarefa fácil, mas isso não significa de forma al- guma que seja impossível. Usaremos Kanjis desde o começo para ajudá-lo a ler japonês "real" o mais rápido possível. Nestas duas lições, abordamos algumas das propriedades dos ideogramas numa tentativa de tornar seu aprendizado me- nos penoso e mais divertido e, dado o que foi exposto, vamos responder a duas perguntas que devem estar pairando na sua cabeça agora:

  1. Se mesmo um nativo pode ter dificuldades em saber como ler determinada composição de Kanjis, dada a quantidade de possiblidades de leitura e as mu- danças sonoras, qual a melhor maneira de aprender a lê-los? Realmente, a quantidade de leituras que um único Kanji pode ter e, ainda mais, as possíveis mudanças sonoras que podem ocorrer em alguns casos, de início, o faria concluir que aprender as leituras individuais se torna totalmente inútil, por- que na prática, ao se deparar com uma composição desconhecida, você só teria um “poder de suposição” no quesito qual leitura usar. Para clarificar, suponha- mos que você não conheça a composição 「行楽」, mas conhece as leituras indi- viduais dos Kanjis 「行」 e 「楽」. Com isso, a primeira imagem que viria a sua mente certamente seria esta: Ok, perfeito! Você sabe todas as leituras ON individuais de cada Kanji. Entre- tanto, especificamente para esta composição, qual é a combinação de leituras cor- reta? Aí começa o grande problema! Inevitavelmente, você acaba se vendo diante de um quebra-cabeça no qual você tem as peças, mas não sabe como encaixá-las...

Isso só considerando as leituras ON. Imagine então se esta composição tem uma leitura mesclada, extra, atribuída, ou ainda tem a pronúncia simplificada? Veja como há muitas, mas muitas possibilidades... Como bem aponta Luiz Rafael em seu livro “Desvendando a Língua Japonesa”, “o que faz o japonês realmente aprender KANJI não é o ensino deles na escola, e sim a convivência em tempo integral, o uso massivo em praticamente todas as situações do dia-a-dia. Na escola, o japonês aprende os KANJIS mais pela neces- sidade de ler textos, copiar conteúdo da lousa referente a todas as matérias, es- crever redações e resolver exercícios, do que pelo ensino formal do KANJI.” Esse é o lado ruim da história. Mas há o lado bom: se você memorizar leituras individuais em grande quantidade vai, inevitavelmente, adquirir um senso de como se dá é a formação das palavras na língua japonesa. Por exemplo, “por que há um pequeno 「つ」 aqui?”. Também, não aprender as leituras individuais é desvantajoso, porque com o tempo você perceberá que geralmente uma leitura ON de cada Kanji é usada com mais frequência (estima-se que em 80-90% das vezes, usa-se apenas uma única leitura On dentre as possíveis para cada Kanji). Tal afirmativa ganha força ainda mais quando vemos que livros convencionais e métodos de memorização costu- mam listar 2 ou no máximo 3 leituras On para cada Kanji! Sendo assim, geral- mente a leitura On # 1, entraria nessa faixa de 80-90% e a leitura # 2 somente seria usada em casos específicos. Com relação às leituras KUN, aprendê-las individualmente é bom se o Kanji re- presentar uma palavra por si só. Por exemplo, o Kanji 「力」 tem a leitura KUN 「ちから」, que por si mesmo (sem necessidade de se completar com o Okuri- gana) é a palavra para “força”. Veja como o significado do Kanji, se traduz dire- tamente em uma palavra inteira que você pode realmente usar. Falando em significado, saber o significado individual de um Kanji é certamente muito útil para palavras e conceitos mais simples. Kanjis, tais como 「続」 ou 「 連」 definitivamente vão ajuda-lo a lembrar de palavras como 「接続」、「連 続」 e 「連中」. Em conclusão, não há nada de errado em aprender o significado de um Kanji e isso é algo que recomendamos. Bem, agora você deve estar pensando “OK, eu vejo que há os prós e contras em se aprender as leituras individuais. Mas, ainda assim, não seria muito mais fácil simplesmente assimilar Kanjis e composições conforme formos nos deparando com eles? Isso faz muito sentido e talvez seja a opção defendida por muitos, isto é, aprender Kanji por meio das PALAVRAS que você for encontrando por aí, e não através de caracteres isolados, a menos que este seja por si só uma palavra “utilizá- vel”. Afinal, a fim de aprender uma palavra, você obviamente precisa aprender o significado, a leitura, o traçado dos Kanjis e qualquer Okurigana, se for o caso.

você vai ver que ao observar o caractere oriental, vai logo se lembrar dele. Veja os dois exemplos abaixo: 口【くち】 (significado: boca): este Kanji é uma figura que lembra uma boca aberta, porém um pouco quadriculada; 本【ほん】 (significado: raiz, livro): este Kanji é uma árvore e o traço no meio é a terra onde ela está plantada. Então, abaixo da terra está sua raiz. A raiz de onde brota o conhecimento são os livros. Reveja como escrever os Kanjis ao menos uma vez todos os meses até que você tenha certeza de que tenha aprendido bem. Esta é outra razão pela qual começa- remos usando Kanjis. Não há razão para deixar o imenso trabalho de aprendê- los em um nível avançado. Ao estudar Kanjis junto com novos vocábulos desde o começo, o imenso trabalho será dividido em pedaços pequenos e controláveis e o tempo extra ajudará a fixar na memória permanente os ideogramas aprendi- dos. Além disso, isto irá ajudá-lo a ampliar seu vocabulário, o qual geralmente terá combinações de Kanjis que você já conhece. Se você começar a aprender Kan- jis depois, este benefício será desperdiçado ou limitado. Há também uma grande quantidade de websites e softwares para auxiliá-lo no aprendizado dos Kanjis. Infelizmente, a maioria dessas fontes está em inglês, ou seja, seria bom que você soubesse o básico dessa língua para que possa tirar pro- veito. Vamos citar duas fontes de estudos de Kanjis – um software gratuito e um website: o JWPce e o Jisho.org. O “JWPce” (baixe neste link: https://tinyurl.com/y4rnkpff) é um editor de texto e di- cionário no qual você encontra o significado de qualquer Kanji rapidamente entre os milhares do banco de dados, se souber como procurar. A busca pode ser feita através do número de traços ou do radical. Observe: O número de traços (strokes) e qual é o radical de um ideograma são as duas informações mais úteis que você pode ter. Se tiver seu computador do lado, ne- nhum Kanji desconhecido irá atrapalhar seus estudos.

Você já aprendeu anteriormente que durante os seis anos da escola primária, os alunos aprendem os 1006 Kanjis básicos e os outros 1130 nos três anos posterio- res. Obviamente, os Kanjis apresentados na primeira série são mais simples que os Kanjis da sexta série. Esse método irá seguir exatamente a ordem de aprendi- zado de um aluno numa escola japonesa. Podemos concluir, portanto, que os Kanjis são ensinados de acordo com sua simplicidade, facilidade e importância. Então, não seria interessante que os Kanjis fossem organizados pelo uso, pelo seu aparecimento no dia a dia? No JWPce uma das informações que podem ser obtidas de um Kanji é a sua fre- quência, ou seja, o número de vezes que este aparece no dia a dia, em jornais, livros e qualquer fonte escrita. Observe as figuras abaixo: Podemos notar que o Kanji "dia" 「日」 é o mais frequente, ou seja, aparece toda hora, em todos os lugares. Já o Kanji "explosão" 「爆」, não aparece tantas vezes; existem 734 Kanjis mais frequentes que ele. Essa classificação é útil para organizar Kanjis pela sua utilidade. Se você aprender antes os Kanjis que aparecem mais frequentemente, maior a probabilidade de entender um texto em japonês. NOTA: se você deseja filtrar os Kanjis de acordo com a frequência, série de en- sino, etc. acesse o site “KanjiCards” (http://kanjicards.org/). Vá até a opção “Kanji Lists” e você encontrará filtros muito úteis. O “Jisho.org” (http://jisho.org/) é um dicionário online de japonês com diversas funções. Na aba “Kanji” é possível efetuar uma busca por Kanjis através de um filtro: