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Controle desde a negociação no transporte até a entrega para o cliente final, gerenciando e integrando todas as áreas das transportadoras, de carga fracionada e lotação, com transporte nacional e internacional.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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UNIDADE 1 | MÉTODOS
PRÁTICOS PARA
DIMENSIONAMENTO E
OPERAÇÃO DE FROTAS
Unidade 1 | Métodos Práticos para Dimensionamento e
Operação de Frotas
Caro(a) aluno(a), bem-vindo(a) à primeira unidade do Curso Gestão do Transporte e da Frota.
Você sabia que os veículos são o item de patrimônio mais importante em uma empresa de transporte? E que para os transportadores autônomos o caminhão constitui-se na maioria dos casos a própria empresa?
Pois é isso mesmo. É com os caminhões que a empresa e o autônomo obtêm sua renda, ampliam seu mercado e oferecem serviços de transporte e logística aos seus clientes. Esse é um dos motivos para que se exija uma boa administração da frota de veículos, para que se zele pelos mesmos e para que se dimensione a frota adequadamente em termos de número, capacidade e tipo de veículo. É isso que abordaremos, agora, nesta Unidade. Bons estudos!
1 Estimativa da Demanda
A primeira providência que devemos tomar para dimensionar a frota de veículos é estimar ou conhecer as características da demanda. Nem sempre essa tarefa é simples!
Muitos fatores a influenciam. Primeiramente, devemos levar em conta que o futuro é incerto. Não sabemos como o mercado vai se comportar amanhã, devido a uma série de elementos. Cabe aqui destacar alguns:
Então, você sabe o que fazer para prever a demanda?
O que se pode dizer é que estamos tratando de um processo bastante complexo. Já dissemos que a previsão da demanda é complexa em função de uma série de fatores externos que a influenciam. São poucos os profissionais que têm as competências e habilidades para dominar o processo por completo. Em geral, são profissionais com sólida formação quantitativa, que possuem conhecimentos profundos em modelos matemáticos e estatísticos. Na maior parte dos casos são economistas, engenheiros de tráfego e transporte, estatísticos, entre outras categorias profissionais.
Ela é efetuada com o uso de modelos matemáticos. Mas antes de se determinar qual é o modelo a ser utilizado, é conveniente realizar-se uma análise que contemple os seguintes passos (VALENTE; PASSAGLIA; NOVAES, 1997):
Somente após tudo isso é que se pode determinar a equação matemática mais adequada para calcular a demanda pelo serviço de transporte. Como dissemos anteriormente, é um estudo que ultrapassa os objetivos do nosso curso e por isso não o aprofundaremos nem o trataremos mais em detalhes.
Agora vamos ao caso em que a demanda é conhecida!
É conveniente antes de tudo categorizar a demanda por transporte em função das distâncias a serem percorridas entre a origem e o destino das cargas. Esse fator determinará o tamanho e as características do veículo que será utilizado. Há uma regra básica que diz o seguinte: o transporte de cargas em meio urbano, quando as distâncias são pequenas e o trânsito é complexo, deve ser realizado usando caminhões de menor capacidade de carga. Já a operação de transporte de cargas em maiores distâncias é mais racional se for realizada por caminhões maiores, que tenham capacidade mais elevada de carregamento.
Assim, teríamos duas situações a considerar:
Se a empresa trabalhar nos dois tipos de mercado (urbano e rural), ela precisa dimensionar uma frota com veículos de diferentes tamanhos e características para atender às necessidades de cada um deles. Caso opere somente em um mercado, poderá ter uma frota mais homogênea em termos de capacidade.
Há, porém, outros parâmetros que devem ser observados para o dimensionamento da frota como a definição das características, das dimensões e do número de veículos, além do tipo de mercado que será atendido.
Um roteiro para o dimensionamento da frota de veículos é proposto nesta tabela (VALENTE; PASSAGLIA; NOVAES, 1997):
Passo 1 Determinar a demanda mensal de carga, especificando a unidade de carga (volume, peso, etc.).
Passo 2 Fixar os dias de trabalho durante o mês e as horas de trabalho por dia.
Passo 3 Verificar as rotas a serem utilizadas, analisando o relevo, as condições de tráfego, ascondições do pavimento, o tipo de pavimento, etc.
Passo 4 Determinar a velocidade média de deslocamento durante o percurso.
Passo 5 Determinar os tempos de carga, descarga, paradas em filas, paradas para refeição e descanso dos motoristas.
Passo 6 Pesquisar e analisar junto aos fabricantes as especificações técnicas de cada modelo de veículo disponível.
Passo 7 Identificar a capacidade de carga útil do veículo escolhido. Passo 8 Calcular o número de viagens/mês que cada veículo pode realizar.
Passo 9 Determinar a quantidade de carga (peso, volume) transportada por veículo duranteo mês.
Passo 10 Calcular o número de veículos necessários dividindo-se a demanda mensal de carga pela quantidade de carga transportada por veículo durante o mês.
Passo 11
Ao número de veículos calculado é conveniente acrescentar alguns veículos adicionais para substituir os caminhões que entram em manutenção, que são avariados, etc.
A demanda de cada empresa não completa a capacidade de carga do caminhão. Ao se unirem em parceria, as cargas das duas empresas podem ser colocadas no mesmo caminhão, completando a sua capacidade. Desta forma, um caminhão de uma empresa pode atuar em um mercado e o caminhão da outra empresa em um mercado diferente.
Na parceria, procura-se otimizar o uso da frota, dando maior aproveitamento aos veículos e, em consequência, reduzindo os custos com transporte (combustível, mão- de-obra, manutenção, etc.). Com as frotas unidas, pode-se até reduzir o número de veículos de cada empresa para realizar o mesmo serviço.
b) Terceirização
Você sabia que muitas das empresas de transporte de cargas fazem uso da terceirização de serviços?
O que isso significa?
A técnica de terceirização diz respeito ao uso de serviços de terceiros por uma empresa de transporte. Quando uma empresa tem uma demanda elevada de serviços e não tem uma frota de veículos suficiente para atender a todas as solicitações, ela pode contratar um transportador autônomo, por exemplo, para realizar parte do transporte. Ela também pode locar veículos.
Esse procedimento é bastante conhecido e utilizado no setor de transporte, principalmente, através da contratação de transportadores autônomos, os agregados, para prestar serviços de transporte por um período determinado.
A terceirização evita que a empresa tenha que adquirir veículos novos quando a demanda é elevada e depois vendê-los quando a demanda volta ao nível normal. Ela é muito utilizada nos mercados que apresentam maiores oscilações da demanda.
c) Franquias (em inglês, Franchising )
O sistema de franquias é muito utilizado pelas empresas de transporte para expandir sua área de atuação no mercado. Há transportadoras que possuem atuação em todo o território nacional. Em muitos estados elas possuem filiais que podem ser oferecidas a interessados em atuar com o nome da empresa, aproveitando a sua experiência, conhecimentos e contatos acumulados no setor.
Assim, um agente de carga ou mesmo um outro transportador pode adquirir uma franquia da empresa e trabalhar em mercados onde ela não tinha acesso ou não tinha condições de prestar um atendimento direto.
Esse tipo de relacionamento no mercado de transporte de cargas funciona de maneira análoga aos vários tipos de franquias que conhecemos em outros setores: alimentação, ensino de línguas, distribuidoras de produtos, etc.
1.3 Operação da Frota
O que significa operar a frota de veículos de uma empresa de cargas?
De uma maneira bastante simples, podemos dizer que a operação da frota consiste na gestão e planejamento das operações de coleta e entrega de mercadorias. Logicamente, para efetuar essas duas tarefas precisamos passar por outras, tais como: carga, descarga, roteirização e despacho de veículos, alocação e programação de motoristas, etc.
Agora veremos mais em detalhes as operações de roteirização e despacho.
Para desenvolvermos esses dois conhecimentos, vamos supor que a nossa empresa seja uma transportadora de cargas (ela poderia ser uma distribuidora de produtos que possui frota própria, entre outras alternativas possíveis) que possui um depósito ou um terminal a partir do qual ela distribui os produtos a seus clientes localizados em uma determinada área urbana. Veja o esquema representado a seguir:
Mas o que é roteirização?
Nos setores de transporte e logística a roteirização é entendida como um método de busca da melhor sequência de visitas a um determinado número de clientes no interior de uma zona de coleta ou de distribuição. Entende-se por sequência, a ordem estabelecida para as entregas ou coletas, como por exemplo, a sequência 1 – 2 – 3 - 4 – 5 – 6, para atender aos 6 clientes da figura anterior. Poderia, talvez, ser melhor utilizarmos a sequência 2 – 4 – 5 – 3 – 6 – 1, ou qualquer outra sequência, combinando os seis clientes. Poderíamos ainda estabelecer duas entregas, dividindo três clientes para cada caminhão. O que se quer dizer é que o número de alternativas para se realizar a roteirização é grande, pois podemos combinar os seis clientes da zona de distribuição de diferentes formas para estabelecermos os roteiros de entrega de mercadorias.
Sintetizando, a roteirização é o processo de determinação das sequências otimizadas de entregas ou coletas de mercadorias aos clientes.
Observe, porém, que a roteirização pode ser utilizada também para a prestação de outros serviços: imagine como são programadas as visitas das companhias de energia elétrica para fazer a medição do consumo na casa das pessoas e nas empresas; imagine também como são feitas às entregas de correspondências pelos correios; pense ainda no serviço fornecido pelas companhias de água e nos serviços de televisão a cabo ou via satélite; pense também na forma como é programada a coleta do lixo residencial.
Todas essas atividades necessitam de um planejamento de coletas, entregas ou simplesmente visitas, não é mesmo?
Por que a roteirização deve ser uma sequência otimizada de visitas?
Para podermos realizar os serviços com os menores custos possíveis e para realizá-los com a qualidade exigida pelos clientes ou usuários do serviço.
Assim, a roteirização procura:
Assim, o problema da programação da roteirização envolve a definição dos seguintes pontos, entre outros:
Mas como devemos fazer para saber qual é o melhor ou quais são os melhores roteiros para uma determinada empresa coletar ou distribuir produtos em uma região para diversos clientes?
Como já havíamos dito anteriormente, o número de possíveis alternativas para roteirizar as entregas ou coletas é grande. Quanto maior for o número de clientes, mais complexa é a solução para o problema e, em geral, é necessário o uso de métodos bastante sofisticados, operacionalizados no computador. Nós veremos, na próxima Unidade, como funcionam alguns dos métodos operacionalizados na forma de softwares de roteirização de veículos.
Podemos, entretanto, em uma primeira etapa definir algumas regras práticas para efetuar a roteirização em situações mais simples, que não exigem o uso de softwares ou modelos matemáticos complexos. Vamos a elas?
Ballou (1993) descreve um conjunto de regras operacionais que auxiliam consideravelmente na determinação de roteiros. Segundo esse autor, bons roteiros podem ser obtidos com a consideração das seguintes regras:
Note que só podemos estabelecer um roteiro quando tivermos condições de realizá-lo na prática. Por isso, é necessário antes de separarmos os clientes em cada roteiro para sabermos se a carga será entregue ou coletada para o conjunto de clientes de cada roteiro. E também para sabermos se a carga está condizente com a capacidade em volume e em peso dos veículos que temos disponíveis para realizar o serviço. Da mesma forma, é preciso verificar se todos os clientes do roteiro poderão ser atendidos dentro do intervalo de tempo que dispomos para realizar as visitas. Quando esses dois problemas estiverem resolvidos, então basta encontrar a melhor sequência de visitas em cada roteiro, minimizando as distâncias.
Nas atividades práticas, problemas de roteirização ocorrem frequentemente na distribuição e na coleta de produtos e também na prestação de serviços. Alguns exemplos mais conhecidos são os seguintes (NOVAES, 2001):
Uma situação bastante comum na distribuição e coleta de cargas ocorre quando não se conhecem exatamente os pontos de parada. Esta situação é conhecida como despacho de veículos.
A diferença do despacho para a roteirização é a seguinte:
Na roteirização os volumes de carga e as paradas são conhecidos antes de se fazer a programação de entregas ou coletas. Na prática, as empresas de transporte ou as distribuidoras recebem os pedidos no dia anterior e fazem a programação da roteirização para o dia seguinte. Isso ocorre no período noturno no dia anterior ao da entrega/coleta ou mesmo na manhã do dia da realização dos serviços.
No despacho, a demanda de um determinado cliente pode acontecer quando o veículo de transporte já percorre sua rota. Isso acontece em diversos tipos de atividades, como por exemplo, com táxis, com os veículos dos Correios e com viaturas policiais. De acordo com Ballou (1993), a solução para esse tipo de problema passa pela capacidade dos programadores da empresa de direcionar os veículos à medida que a demanda ocorre, de forma a utilizá-los racionalmente. Na prática, uma maneira de fazer o despacho é direcionar o veículo localizado mais próximo da parada em que ocorreu a demanda. Logicamente, é preciso verificar se o veículo tem a mercadoria solicitada disponível, no caso da entrega, ou se possui espaço suficiente para realizar a coleta dos produtos. A situação de despacho de veículos tem um pouco mais de complexidade que a roteirização, pois as demandas que ocorrem são imprevistas.
Vamos a um exemplo prático de como essa atividade pode acontecer?
Este exemplo foi extraído do livro de Ballou (1993):
Você sabia que em alguns casos o processo de roteirização pode se limitar à definição da rota, ou seja, do caminho a seguir para ir do ponto de entrega até o cliente?
São normalmente os casos em que a entrega ou coleta é feita com carga completa, em que o caminhão parte do fornecedor e vai até um único cliente.
Como se determina qual é a melhor rota nessa situação?
Em geral, tenta-se encontrar a rota com a menor extensão, caso as outras condições de infraestrutura das vias (relevo, qualidade do pavimento, etc.) não sejam fatores limitantes.
Vamos a um exemplo desse tipo de situação?
Este mapa mostra as possibilidades de ligação rodoviária entre duas cidades: Oiapoque e Chuí.