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Gestão de governança corporativa, Notas de estudo de Administração Empresarial

O artigo refere-se a uma pesquisa científica com relação à Governança Corporativa dentro das organizações. No presente artigo estão apresentados os conceitos fundamentais de modelos de Governança Corporativa. Através deste, foi possível fazer um levantamento de diferentes autores com relação à importância de um bom modelo de Governança Corporativa dentro das empresas. Quais seus impactos juntamente com seus stakeholders. O objetivo geral é repassar aos leitores modelos de gestão de Governança qu

Tipologia: Notas de estudo

2010

Compartilhado em 01/11/2010

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SOCIEDADE EDUCACIONAL DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM
FACULDADE DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM – FAVIM
MICHEL FELIPE DE SOUZA
VILMAR BALONI
GESTÃO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA
Brusque
2010
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SOCIEDADE EDUCACIONAL DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM

FACULDADE DO VALE DO ITAJAÍ-MIRIM – FAVIM

MICHEL FELIPE DE SOUZA

VILMAR BALONI

GESTÃO DE GOVERNANÇA CORPORATIVA

Brusque 2010

Michel Felipe de Souza 1 Vilmar Baloni 2 Sociedade Educacional do Vale do Itajaí - Mirim – ASSEVIM Faculdade do Vale do Itajaí - Mirim – FAVIM 17/05/

RESUMO

O artigo refere-se a uma pesquisa científica com relação à Governança Corporativa dentro das organizações_._ No presente artigo estão apresentados os conceitos fundamentais de modelos de Governança Corporativa. Através deste, foi possível fazer um levantamento de diferentes autores com relação à importância de um bom modelo de Governança Corporativa dentro das empresas. Quais seus impactos juntamente com seus stakeholders. O objetivo geral é repassar aos leitores modelos de gestão de Governança que uma empresa possa adotar, de uma forma sucinta, de fácil interpretação. Porém, o presente artigo aprofundou-se num contexto geral suas pesquisas e resultados na relação das organizações e sua gestão. Muitas empresas hoje no mundo impõem-se grandes metas, alcançá-las muitas vezes se torna um processo longo e difícil, acarretando investimento em tecnologias de pontas, serviços de níveis desejáveis, e, para isso, há necessidade da influencias dos stakeholders dentro da organização, que dessa forma, vem a influenciar através dos acionistas (investidores) viabilizando o crescimento organizacional da empresa, ou, corporação.

PALAVRAS-CHAVES: Governança Corporativa. Gestão. Stakeholder. Investidores. Logística. Brasil.

1 INTRODUÇÃO

O tema Governança Corporativa vem sendo objeto de estudos em todo o mundo e é amplamente reconhecida como um fator essencial para o acesso das empresas ao mercado de capitais. Ao definir princípios que visam compor os diversos interesses afetados pelas leis, regras e regulamentos internos que regem o governo das companhias sua conceituação apresenta grande abrangência podendo incluir apenas os interesses dos acionistas da sociedade ou, de maneira mais ampla, outros interesses que não exclusivamente o interesse dos acionistas, mas também dos empregados, consumidores e membros da comunidade. Criado nos anos 90 o termo Governança Corporativa difundiu-se em países desenvolvidos, mais especificamente nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha, para definir as regras que regem

(^1) Michel Felipe de Souza: acadêmico do quarto semestre do curso de Administração com Linha de Formação em Logística da FAVIM. (^2) Vilmar Baloni: acadêmico do quarto semestre do curso de Administração com Linha de Formação em Logística da FAVIM.

A governança corporativa é um novo nome para o sistema de relacionamento entre acionistas, auditores independentes e executivos da empresa liderados pelo conselho de administração. (LODI 2000)

Muitos autores dão a entender que o modelo de governança corporativa praticados em diversas nações tem por origem o perfil histórico, a cultura, a economia e instituição que predomina em seu país. Segundo SILVA 2006, existem quatro modelos de Governança que podem ser mostrada da seguinte forma: shareholder restrito – voltado para interesses internos, shareholder avançado

  • voltado para interesses internos mais ampliados, stakeholder restrito – centrado nas partes interessadas voltada aos negócios das corporações, como fornecedores, clientes, credores, entre outros, stakeholder avançado – tem como propósito conciliar a maximização dos resultados expostos nos balanços econômico-financeiros, bem como a divulgação de balanços ambientais e sociais.

No modelo shareholder , existem dois tipos de governança; a escolha de um ou outro vai depender da abrangência. Um tipo é voltado para a maximização dos resultados e o valor de mercado da empresa atende mais aos interesses dos gestores do que dos acionistas. Esse modelo é mais usado nos Estados Unidos e na Inglaterra. O outro tipo do modelo, stakeholder, atenta para um tratamento mais equilibrado, apresenta os resultados com transparência para os acionistas minoritários e majoritários (SILVA 2006). Com referência ao modelo stakeholder , de procedência japonesa e alemã, também apresenta dois tipos. Nesse modelo, um dos tipos aponta que os interesses não são apenas os dos acionistas, mas também do público interno e externo. Esse tipo é voltado para as partes internas e externas que estão envolvidas com os negócios da empresa, no outro tipo, o público externo é mais abrangente; além de serem divulgadas as demonstrações econômico-financeiras, são também publicados os balanços social e ambiental (SILVA 2006).

Numa organização pode se identificar seus stakeholders como: mídia (publicidades, área de marketing ), fornecedores, meio ambiente, serviços ou processos terceirizados, concorrentes, acionistas, clientes, comunidade, enfim, a uma série de processos físicos ou jurídicos de uma organização que podem ser considerada um stakeholder, desde que haja sempre a interação com a mesma. Segundo Freeman, o termo stakeholders refere-se a grupos que têm direito legitimado sobre a organização. Bowditch e Buono (1992) definem stakeholders como: “grupos ou pessoas identificáveis que uma organização depende para sobreviver: acionistas, funcionários, clientes, fornecedores e entidades governamentais.

FIGURA 01: Influência da relação stakeholder -organizacao FONTE: Elaborado pelo Autor.

A teoria dos Stakeholders utilizando-se dos mecanismos de analise da teoria sistêmica, referentes á interdependência e integração dos agentes que compões um sistema procura explicar essa inter-relação e desenvolver fundamentação teórica atinente á responsabilidade social da organização com o ambiente onde está inserida. (Campbell, 1997) Todo plano de negócios e, conseqüentemente, o plano de captação de recursos, deve começar pela compreensão do mercado em que a organização atua: conhecer em detalhes o mercado onde desenvolvemos nossa atividade social é fundamental para que seja possível tomar as decisões mais acertadas. (Andrea Goldschmidt 2009).

Campbell (1997) é defensor das teorias dos stakeholders, pois acreditas que a organização deve ter responsabilidade social diante do ambiente em que vive. Para ele, existem stakeholders que atuam diretamente sobre a empresa buscando dividendos, melhores salários, maiores prazos de pagamentos e preços baixos, são os stakeholders ativos, pois são influenciadores imediatos do processo de gestão organizacional. Ainda segundo este autor, os outros agentes que afetam a organização de forma mediata são os chamados stakeholders passivos, destacando-se entre estes a sociedade, as organizações não governamentais.

Quando falamos de sustentabilidade corporativa, a empresa não é o único agente a ser levado em consideração. É claro que ela é o personagem principal, mas não podemos ignorar opiniões e demandas do público interno, das esferas governamentais, ONGs, mídia, consumidores, fornecedores, comunidades, concorrência e sociedade em geral. Pelo contrário, é um grupo cada vez mais ativo, com poder de auxiliar e, por vezes, devastar. É por isso que o gerenciamento de stakeholders é fundamental para uma empresa que se diz sustentável. De qualquer forma, para que os stakeholders não sejam pesadelo de relações públicas e até mesmo inviabilizem um projeto ou um negócio, um dos preceitos básicos é que a empresa entenda que os interesses desse público são diferentes dos seus. É, também, importante compreender o ponto de vista deles e, a partir daí, tirar benefícios da relação. Se bem trabalhada, a interação dos stakeholders com a empresa é vista como oportunidade, podendo funcionar, até mesmo, como ferramenta para planejamento estratégico e gestão empresarial. Os stakeholders têm interesse legítimo no funcionamento da empresa pelos mais variados motivos. Um sindicato vai lutar pelo melhor para os funcionários; uma associação de moradores quer compensações pela instalação de uma fábrica próxima a sua comunidade; uma organização antitabagista quer leis mais restritivas para a indústria de fumo; e por aí vai. Além disso, as empresas devem ter em mente que nesse mundo interligado, com a velocidade dos meios de comunicação, temos não apenas instituições monitorando o dia-a-dia das empresas, mas também pessoas comuns (ANTUNES).

Outros aspectos referem-se ao número de stakeholders que mantém relações diretas ou indiretas com a organização. Esse número não tem uma quantidade definida. Argenti (1997) deixa claro que o número de stakeholders que atuam na organização é infinito, dependendo de suas peculiaridades e do negócio envolvido.

  • Melhoria no processo de acompanhamento e fiscalização.
  • Diminuição do risco.
    • Empresas
  • Melhoria da imagem institucional.
  • Maior procura pelas suas ações.
  • Valorização das ações.
  • Menor custo de capital.
    • Mercado acionário
  • Aumento de liquidez.
  • Aumento de emissões.
  • Canalização da poupança na capitalização das empresas.

Os investidores teriam como principais vantagens maior precisão na precificação das ações, um melhor processo de acompanhamento e fiscalização, maior segurança quanto aos seus direitos societários e redução do risco. Quanto a empresa, a governança corporativa é capaz de promover melhoria da imagem institucional, maior procura e valorização de suas ações e menor custo de capital. Segundo SILVA (2004), para o mercado acionário, a listagem nos níveis diferenciados gera aumento de liquidez, aumento de emissões e canalização da poupança na capitalização das empresas. Conforme SILVA (2004), os benefícios para o país se concretizam em empresas mais fortes e competitivas e dinamização da economia. SILVA (2004) destaca os seguintes benefícios da governança corporativa: valorização das empresas, pelo estimulo aos investidores a pagar “ágios de governança”; requisito para alianças estratégicas; contribui para um melhor entendimento entre os acionistas, conselho e direção; reduz os conflitos de interesses; concedem maior proteção aos direitos de acionistas, principalmente os minoritários.

O ano de 2004 foi da governança corporativa. Sete empresas fizeram ofertas públicas iniciais de ações, o maior número em oito anos: cinco no Novo Mercado - Natura Cosméticos, Grendene, Dasa-Diagnósticos da América, CPFL Energia e Porto Seguro Seguros; duas no Nível 2 da Bovespa - ALL-América Latina Logística, que já era de capital aberto, e Gol Linhas Aéreas Inteligentes. Todas elas tiveram valorização de seus papéis, em níveis que chegaram a superar 90%, com elevada liquidez. Por isso, planejam novas iniciativas e atraem mais empresas para a idéia de abrir o capital (Carnier 2005). "As empresas mostraram que estão conscientes da importância da transparência", afirma José Roberto Mendonça de Barros, consultor da MB Associados e um dos idealizadores do Novo Mercado. "A governança passa a desempenhar papel fundamental no lançamento de ações, e já está sendo precificada pelos investidores", assinala. A capitalização da Bovespa chegou a R$ 904,9 bilhões no ano passado, mais que o dobro de 2003, e a colocação de novas ações somou R$ 31,3 bilhões, lembra Tereza Maria Fernandez Dias da Silva, sócia da MB. (Carnier 2005). Está, assim, preparado o terreno para a governança corporativa deslanchar em 2005

  • no fim de janeiro, por sinal, mais uma companhia, a Eternit, decidiu aderir ao Nível 2. "Vamos ter mais ofertas iniciais de ações este ano", afirma Nélson Rocha Augusto, presidente da BB DTVM, a distribuidora do Banco do Brasil. José Monforte, presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), confirma a tendência: "Há uma quantidade maior de empresas interessadas em entrar na Bolsa, privilegiando a transparência. Elas descobriram que existem investidores interessados em papéis de companhias voltadas para a governança, e que o mercado de capitais pode dar acesso a recursos a custos mais baixos". O ano de 2004 foi da governança corporativa. Sete empresas fizeram ofertas públicas iniciais de ações, o maior número em oito anos: cinco no Novo Mercado - Natura Cosméticos, Grendene, Dasa-Diagnósticos da América, CPFL Energia e Porto Seguro Seguros; duas no Nível 2 da Bovespa - ALL-América Latina Logística, que já era de capital aberto, e Gol Linhas Aéreas Inteligentes. Todas elas tiveram valorização de seus papéis, em níveis que chegaram a superar 90%, com elevada liquidez. Por isso, planejam novas iniciativas e atraem mais empresas para a idéia de abrir o capital (CAMIER 2005).

As práticas de governança corporativa se constituem em um conjunto de regras que visam definir um padrão de comportamento organizacional que seja aceito por seus grupos de interesse e, por conseguinte, se estabeleça uma relação mútua de confiança. Sob esse enfoque, a literatura apresenta inúmeros benefícios advindos das práticas de boa governança.

3 O PAPEL DA LOGÍSTICA

Um dos principais objetivos da logística é o foco na redução de custo, para que isso aconteça, a um constante trabalho estratégico que permita a otimização de processos, redução de tempo e perdas. Com isso, o processo logístico dentro das empresas vem cada vez mais ganhando autonomia e muita importância, elevando o cargos dos profissionais desta área a ocuparem cada vez mais altos dentro das organizações.

O profissional de logística cuida da organização e do planejamento da empresa; suas decisões afetam e são afetadas por diversas áreas da organização, o que exige constante processo de negociação e análise (SETCESP 2010). Para um investidor, é de suma importância que ele conheça o processo logístico como um todo na empresa, esse pode ser um fator determinante para investir ou não na empresa. Muitos investidores procuram empresas que além do seu principal objetivo, que é o retorno financeiro, ainda agregam valor na questão de sustentabilidade, responsabilidade social. O planeta está sobre – carregado de poluições e dejetos. Muitas empresas ainda não têm uma consciência ecologia capaz de perceber que investir em meio ambiente também é sinal de rentabilidade. Nesse conjunto, entra a estratégia logística, que pode ser através da elaboração de um projeto sustentável em logística reversa.

No Brasil, apesar de tratar-se de um tema contemporâneo e ainda pouco expandido, várias mudanças vêm acontecendo e ganhando novas organizações. A governança corporativa vai cada vez mais se difundindo perante as empresas brasileiras, mostrando sua importância perante o mercado nacional e internacional. Toda e qualquer organização empresarial, tem por premissa, a busca constante por resultados positivos, para isso, buscam – se inovações e melhorias contínuas. A Governança Corporativa, aparece com intuito de somar, ela apresenta uma cultura diferenciada, buscando investidores, atraindo os stakeholders e fazendo com que todos trabalhem em prol da empresa, em troca aparecem os resultados positivos. Pode-se dizer que a organização entra num ciclo, no qual junto a todos os elementos que influenciam a empresa, alcança seus objetivos e também de seus investidores, que é a lucratividade, enquanto os investidores tiverem resultados favoráveis, continuarão injetando dinheiro e proporcionando novos projetos, pode – se chamar de ganha – ganha. Ganha quem investem, através dos resultados, e, ganha a organização que conseguirá atingir suas metas.

O interesse na governança corporativa não é novo, mas a gravidade dos impactos financeiros das fraudes executadas por grandes empresas globais abalou a confiança dos investidores. Estudos comprovam que investidores profissionais se dispõem a pagar mais para investir em empresas com práticas de governança. Por outro lado, a governança dos ativos empresarias, tanto os tangíveis como os intangíveis, ocorre por meio de diversos mecanismos organizacionais como: estruturas, processos, comitês, normas, auditorias etc. Implementar e monitorar tais estruturas é um desafio. (GALEGALE 2010)

Antes do modelo de governança atual, as empresas eram normalmente administradas por núcleos familiares, fechando a porta para o futuro, impedindo novos investidores de potenciar seus negócios. Neste modelo anterior, acionista minoritários não tinham retornos favoráveis, o poder ficava concentrado apenas nos grandes acionistas, que normalmente eram seus proprietários. Várias mudanças se sucederam nos últimos anos com as empresas brasileiras. Caminha-se para uma nova estrutura de empresa, marcada pela participação de investidores institucionais, fragmentação do controle acionário e pelo foco na eficiência econômica e transparência de gestão. Para o IBGC (2004) os cenários dessas mudanças foram principalmente: "as privatizações; o movimento internacional de fusões e aquisições; o impacto da globalização; as necessidades de financiamento e, conseqüentemente, o custo do capital; a intensificação dos investimentos de fundos de pensão; e a postura mais ativa de atuação dos investidores institucionais nacionais e internacionais".

A realidade brasileira com relação a governança corporativa hoje é simples, para o crescimento organizacional e reconhecimento no mundos dos negócios, precisa – se adotar uma cultura, fazer com que todos busquem o mesmo objetivo, fiscalizar, trabalhar com transparência, ter responsabilidade social e econômica. Apesar da complexidade, todos os itens citados anteriormente são premissas de organizações de sucesso, no qual vem ganhando cada vez mais afiliados a este método de crescimento empresarial. Uma organização que pode financiar e gerir os negócios sozinha tendo controle de seu crescimento não enfrenta grandes desafios tecnológicos e não quer ter negócios internacionais pode prescindir de um modelo de governança. Já não se pode dizer o mesmo das empresas que ambicionam crescer e buscar o mercado exterior. Essas, por certo, em dado momento, necessitarão diluir o seu capital na bolsa de valores, buscarem parcerias ou novas formas de financiamento, o que as condiciona a prestar contas, dar satisfações, buscar entendimentos, enfim, a pautarem-se em práticas de governança.

No Brasil, os conselheiros profissionais e independentes surgiram em resposta ao movimento pelas boas práticas de Governança Corporativa e à necessidade das empresas modernizarem sua alta gestão, visando tornarem-se mais atraentes para o mercado. O fenômeno foi acelerado pelos processos de globalização, privatização e desregulamentação da economia, que resultaram em um ambiente corporativo mais competitivo (IBGC 2004). Silveira (2005) esclarece que o estabelecimento das práticas de governança corporativa no Brasil constitui-se em uma somatória de iniciativas institucionais e governamentais, as quais devem ser creditadas:

● ao IBGC, criado em 1995 com o objetivo de fomentar a prática de governança nas empresas e que editou o primeiro Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa do país, documento que depois veio a ser revisado em 2002; ● à aprovação da Lei nº. 10.303 de 31 de outubro de 2001 (com vigência a partir de março de 2002), conhecida como a nova lei das S.A.s; ● à criação dos níveis 1 e 2 de governança corporativa e do novo mercado pela BOVESPA – Bolsa de Valores de São Paulo; ● ao estabelecimento de novas regras pela SPC – Secretaria de Previdência Complementar para a definição dos limites de aplicação dos recursos dos fundos de pensão; ● à definição, pelo BNDES, da adoção de práticas de boa governança corporativa como um dos requisitos preferenciais para a concessão de financiamentos. O Brasil ainda está na fase de desenvolvimento e aperfeiçoamento no quesito de governança corporativa, mas o termo vem ganhando cada vez mais força entre o mundo dos

haveria à necessidade de grandes investimentos, de dar uma injeção financeira para criação de projetos maiores e mais audaciosos. Porém, muitas empresas não têm total poder financeiro capaz de realizar grandes feitos, deixando de lado o “feijão com arroz” feito costumeiramente. Ai que entram os investidores. Com o desenrolar do presente trabalho, tivemos a percepção do quão a logística vai ganhando importância nas organizações, deixando de ser apenas uma área operacional. Hoje a logística já é vista com olhos diferentes do passado, e, já é considerada uma área de estratégia da empresa. A logística tem grande importância no leed time (tempo de industrialização) da produção, hoje algo imprescindível pelo fato do Brasil está no ponto alto economicamente falando, com isso a indústria precisa produzir com mais rapidez e eficiência para atender o mercado. Após a produção (no caso de empresas que não adotam o Just in Time ), a todo um trabalho de marketing para comprometer seus estoques com vendas. Novamente entra a logística, que precisa atender os clientes no momento, local e com o produto desejado, sem apresentar qualquer tipo de contra – tempo. Com toda essa integração de cadeia produtiva e financeira, a empresa passa a ter um diferencial perante o mercado e sua atratividade evolui. Contudo, chegou-se a conclusão que o administrador não pode simplesmente prender-se dentro de uma sala com ar condicionado e fechar-se somente a seus e-mails e relatórios. Administrar é muito mais do que isso, administrar é conhecer de verdade o processo de seu produto e serviço, saber qual atitude tomar diante as adversidades, quais fatores podem influenciar seu mercado, ou seja, conhecer seu público interno e externo.

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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