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A gestão de qualidade é uma abordagem de gerenciamento focada na produção e serviços de alta qualidade em empresas. O mercado de trabalho para este profissional está disponível em setores como petroquímica, alimentícia e automobilística. A gestão de qualidade tem sido fundamental para a eficiência e sucesso de instituições, com a primeira adoção no japão e sua política de total quality management (tqm). Este documento explora as características do serviço do toyotismo, as principais técnicas da gestão de qualidade e as normas iso relacionadas.
Tipologia: Notas de aula
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SUMÁRIO
1. Conceitos de Qualidade 1.1 Gestão da Qualidade 1.2 O que é Gestão da Qualidade 1.3 História da Gestão da Qualidade 1.4 Gestão da Qualidade no Brasil 1.5 Curso Superior em Gestão da Qualidade 2. Armand Feigenbaum TQM – Qualidade Total 2.1 O que é Gestão da Qualidade Total 2.2 História da Gestão da Qualidade Total 2.3 Fordismo 2.4 Toyotismo 2.5 Taylorismo 2.6 Princípios 2.7 Ferramentas 2.8 Teóricos 2.9 Prêmio Nacional de Qualidade 3. Sistemas de Qualidade 3.1 Acreditação 3.2 Certificação 3.3 Padronização 4. Normas ISO 4.1 ISO 9. 4.2 O que é? 4.3 Normas 4.4 Vantagens 4.5 Como implantar? 4.6 ISO 9001 4.7 Princípios 4.8 Ferramentas 4.9 Técnicas 5. Diagrama de Pareto 5.1 Como fazer? 5.2 Porcentagem e Porcentagem Acumulada
6. Kaoru Ishikawa Diagrama de Causa e Efeito Método 5S 6.1 Diagrama 6.2 Espinha de Peixe 6.3 6 Mś 6.4 Programa 5S 6.5 Objetivos 7. Walter Shewhart Ciclo PDCA 8. Brainstorm 5W2H 8.1 Como Utilizar? 9. David A. Garvin Dimensões da Qualidade Principais Estratégias de Qualidade 10. Joseph Moses Juran Definições da Qualidade Tipos de Custos Trilogia da Qualidade 11. William Edwards Deming Teoria das Restrições, em parceria com Elyahu Goldratt CEP – Controle Estatístico de Processos 14 Princípios 12. Philip Crosby Programa para Melhoria da Qualidade
seja, o cliente está com a razão. Dependendo do caso, mais de 50% das reclamações não são atendidas, como é o caso da operadora de telefonia citada no parágrafo anterior. O fato é: em todo e qualquer lugar é preciso ter fiscalização quanto à qualidade do produto. Um alimento estragado pode levar alguém a óbito. Tendo em vista esses aspectos, podemos concluir que as empresas e instituições precisam de uma gestão de qualidade.
Desde a antiguidade, a qualidade possuía diferentes formas, de acordo com o tipo de negócio. Nos séculos XVIII e XIX, os artesãos relacionavam a qualidade de um produto ao atender as necessidades de seus clientes. Com a Revolução Industrial, os artesãos perderam clientela, assim a mão de obra de trabalhos manuais foi trocada por trabalhos mecânicos, sendo necessário inspecionar todos os produtos, dando início ao modelo do Taylorismo, de produção em série. Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), foram encontrados vários defeitos em produtos bélicos, mesmo havendo pessoas responsáveis pela supervisão da qualidade desses produtos. Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), a industria foi impulsionada a produzir materiais bélicos de qualidade. Foi nesse período, que o controle estatístico de qualidade se destacou. Assim, em 1931, W. A. Shewart, em uma publicação decidiu mostrar alguns conceitos sobre qualidade. Walter Andrew Sherwart, físico, engenheiro e estatístico norte-americano, também conhecido como “Pai do controle estatístico de qualidade”, iniciou estudos sobre a qualidade nas indústrias e demais locais de produção. Desenvolveu o CEP: Controle Estatístico de Processo e criou o ciclo PDCA. O Japão foi um dos países que se destacou, pois houve a necessidade de melhoria de seus produtos. Em 1950, o americano Edwards Deming surgiu com o método de controle estatístico no Japão, introduzindo-o a técnicos e engenheiros. Em 1954, Joseph Juran contribui com a evolução da qualidade para os japoneses. Outros autores também ajudaram a formar o conceito de qualidade e nas décadas de 70 e 80, as potências da época, Estados Unidos e Japão aprimoravam os processos de qualidade, mas de maneiras distintas. A partir daí, organizações no mundo todo implementam os modelos de
Gestão de Qualidade. A partir do século XX, os consumidores tornaram-se cada vez mais exigentes, cobrando a qualidade do produto.
Esse modelo começou a ser implantado no Brasil a partir de 1990. Através dele, a organização passou a adquirir novas competências como: aprender novos procedimentos, ter atitudes diferenciadas, interação com o público interno e externo e também com o mercado. Além disso, a década de 90 trouxe o início da utilização das normas ISO 9000, bem como o Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade, criado pelo Governo Federal que tinha o objetivo de auxiliar na competitividade dos produtos brasileiros. Vários estados do Brasil implantaram e criaram programas de qualidade.
O curso em Gestão de Qualidade, geralmente é tecnólogo, portanto tem a duração de 2 anos. O profissional responsável pela área participará de todos os processos que fazem parte da produção industrial, afim de trazer maior qualidade e produtividade para os serviços. Há cursos que focam na qualidade dos serviços e não na área industrial como a gestão da qualidade em saúde, ambiental, etc. Mas, se tratando do curso de Gestão da Qualidade, o aluno aprenderá sobre como trabalhar em indústrias de diversos segmentos. Disciplinas que podem ser estudadas são Informática, Administração, Matemática Aplicada, Gerenciamento de Processos, Gestão de Recursos Humanos, Métodos Estatísticos Aplicados, Metrologia, dentre outras. O mercado de trabalho para esse profissional está disponível dentro de indústrias, principalmente, na petroquímica, alimentícia, automobilística com a finalidade de implantar e manter um sistema de gestão da qualidade. Até empresas pequenas e instituições financeiras podem contratar esse profissional para manter a qualidade dos seus serviços. Ele implantará os padrões e nas aceitos internacionalmente. Além disso, poderá também fazer auditorias externas e internas para auxiliar a empresa
devem ser responsáveis pela qualidade de seus produtos e/ou serviços, Isto quer dizer, todo o pessoal do escritório no processo como os engenheiros e os trabalhadores do chão de fabrica devem trabalhar integrados num só objetivo. O trabalho deve estar livre de erros e deve ser o objetivo de novas técnicas quando apropriadas. Aquilo que é aceitável hoje a nível de qualidade para um cliente hoje poderá não sê-lo amanhã.
organizacional.
Inicialmente, o termo qualidade era relacionado apenas aos conceitos técnicos da produção. Depois o conceito se desenvolveu e esteve relacionado a satisfação do cliente. Posteriormente, descobriu-se que com o aumento da qualidade, as empresas poderiam ter uma credibilidade maior frente ao mercado. Assim, todas as áreas da empresa, envolvendo os clientes externos (fornecedores, usuários) e internos levam uma organização a atingir a excelência. Gestão de Qualidade Total são pensamentos estratégicos que antecedem o agir e o produzir. Também, em relação à mudança de postura gerencial e a forma de entender o sucesso de uma organização. Esse termo abrangente fornece ao leitor uma sensação de totalidade, estando relacionada a ética, moral, qualidade intrínseca, atendimento e segurança. Utiliza-se a palavra ‘total’ de forma a mostrar que todos os setores da empresa serão incluídos no processo. Essa gestão é dividida em quatro etapas: Planejamento, Organização, Controle e Liderança. Ela foi introduzida desde o inicio da Gestão da Qualidade Total. A gestão de qualidade vem tão somente para a total eficiência e sucesso das instituições. A valorização do cliente está em primeiro lugar.
O Japão foi o primeiro país a adotar a gerência de qualidade dos seus produtos e serviços, em inglês, Total Quality Management “TQM”, que significa Gestão da Qualidade Total (GQT). O surgimento se deu no período do fordismo e, no Japão, o toyotismo aplicou a nova técnica organizacional e conseguiu estabilizar a economia no pós-guerra. Ora, após a Segunda Guerra Mundial, os japoneses estavam destruídos pelo efeito das bombas, tanto física, quanto moralmente. Com o passar dos anos, vieram as produções em massa, as indústrias cresceram e o nível de exigência dos consumidores aumentou. Por isso,
A Toyota, no Japão, foi uma das primeiras empresas a utilizar o sistema de Gestão de Qualidade Total. Na manufatura enxuta, aplicada pelo Sistema Toyota de Produção, preza-se pela qualidade total imediata: excluir qualquer tipo de defeito, detectá-lo na origem e solucionar os problemas de origem. No toyotismo, procurava-se eliminar qualquer tipo de desperdício e aproveitamento do capital, funcionários e espaço de trabalho. O Lean Manufacturing do toyotismo se aproxima da técnica de gestão de qualidade, pois os japoneses direcionam o trabalho na obtenção dos materiais essenciais, em locais propícios, sem sobrar nem faltar, nas medidas exatas e de forma a não prejudicar a eficiência do processo produtivo, pois a quantidade de produtos pode ser menor. Menos produtos, com mais qualidade, basicamente. A empresa automobilística Ford, por não adotar o sistema flexível de gestão de qualidade e apenas se preocupar com a produção em massa, sem se atentar para qualificação dos funcionários e muito menos com as inovações surgidas no mercado, perdeu espaço para a General Motors (GM). Além de aderir às normas e técnicas de qualidade, fez uma aliança com a Toyota. Em pouco tempo, a GM acabou com império Ford. Para exemplificar, algumas características do serviço do toyotismo, que aderiu a essa política de qualidade:
Foi um dos primeiros sistemas de produção criado por Frederick Taylor, nos Estados Unidos. Um dos princípios dele, se encalça basicamente em técnicas de planejamento, seleção, controle e execução. No ato do planejamento, substituem-se os métodos de “por a mão na massa” por estudos comprovados e cientificamente testados. Na seleção, é feita uma triagem dos funcionários, a fim de delegar cada qual para a função que melhor lhe cabe. Porém, é tudo segundo as aptidões de cada indivíduo. O princípio do controle funciona com a supervisão de uma pessoa mais qualificada, que entende o processo de produção daquele setor, e assim, está apto para intervir nos momentos de erro no trabalho executado. E o princípio de execução se trata de uma organização e disciplina do trabalho, pois assim, o desenvolvimento é mais efetivo. A metodologia de Taylor, segundo seus estudos, traz uma série de vantagens para a indústria em que se trabalha. Por exemplo, o salário dos funcionários quase dobra, uma vez que a produção aumenta. Os empregados se sentem mais valorizados, acolhidos e têm prazer no que fazem. A jornada de trabalho é reduzida e podem usufruir de descansos remunerados. E não são apenas os proletariados que saem lucrando, mas, também, os empregadores, pois: a empresa terá produtos de maior qualidade, o ambiente será mais harmonioso, livre de greves e desânimo e, principalmente, redução dos custos e gastos.
utilizadas para controle de qualidade: Gráfico de Pareto, Diagrama de Causa e Efeito, Histograma, Folhas de Verificação, Gráficos de Dispersão, Fluxogramas e Cartas de Controle.
É um prêmio da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) que acontece anualmente, destinado as organizações públicas e privadas. O objetivo é verificar se as práticas de gestão mundiais foram aplicadas às empresas brasileiras.
Os sistemas de gestão da qualidade (SGQ) tem o objetivo de verificar todos os processos da empresa e como esses processos podem melhorar a qualidade dos produtos e serviços frente aos clientes. Nesse sistema existem princípios e diretrizes da qualidade que são aplicados em cada processo que envolve o dia a dia da instituição. Através deles, é possível fazer a tomada de decisões de forma segura, pois através das ferramentas utilizadas, o gestor poderá ver os indicadores de desempenho da empresa. Várias empresas no mundo todo, utilizam o SGQ, para implantar novos processos, gerenciar e checar a qualidade deles. Uma das razões da utilização desse sistema é que consequentemente um maior número de clientes se tornam satisfeitos com a empresa. Além disso, há uma melhora na imagem, no desempenho e na cultura organizacional. A produção sobe e os custos reduzem, é um diferencial, sendo um critério que garante maiores oportunidades e competitividades frente aos mercados nacional e internacional. Surge um clima satisfatório e uma comunicação melhor entre os funcionários, a implantação da gestão da qualidade traz benefícios, pois é dotada de treinamentos, mapeamento dos processos empresariais e registros das atividades da organização. A empresa poderá apenas implementar o sistema e melhorar os processos,
mas para que o resultado desse sistema seja reconhecido será necessário que outra empresa especializada em auditoria de gestão de qualidade faça esse serviço para que ela obtenha um certificado de qualidade, isso irá depender da área onde a empresa atua e também das normas que regem esta área. Sendo assim, existem dois tipos de certificados válidos:
O certificado de acreditação é conseguido através das normas ISO/IEC 17025 e ISO 15189 é realizada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O objetivo é verificar se a organização está atendendo os requisitos estabelecidos pela norma e se tem competência para realizar determinada atividade. Uma empresa que possui essa acreditação terá maior credibilidade diante de seus concorrentes.
Tipo de certificação que pode ser implantada em qualquer empresa pública ou privada. Ter essa certificação quer dizer que a empresa atende os requisitos de qualidade de acordo com a norma ABNT NBR ISO 9001 ou outro sistema de gestão, por exemplo gestão ambiental ou de tecnologia da informação. Os benefícios de implantar este sistema são que a empresa passa uma imagem segura para o cliente e para os colaboradores, além de aumentar a produção e reduzir os custos.
O organismo internacional que dita as normas do Sistemas de Gestão é a International Organization for Standardization (ISO) foi criada em Genebra, na Suíça, em 1947. É uma instituição sem vínculos
Estas normas certificam produtos e serviços em várias organizações no mundo todo. Essa normalização está baseada num documento de normas que oferece um modelo padrão para a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade. No Brasil, estas normas são compostas pela sigla NBR e são criadas e gerenciadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Com relação à qualidade, as normas ISO são formadas por um grupo de normas direcionadas para o Sistema de Gestão da Qualidade, das quais as principais são:
Na gestão de qualidade, a ISO 9000 é um conjunto composto pelas normas ISO 9000, 9001, 9004 e
de organização: indústrias, empresas, instituições e afins e se referem apenas a qualidade dos processos da organização e não dos produtos ou serviços. Esse grupo de normas descreve regras relacionadas a implantação, desenvolvimento, avaliação e continuidade do Sistema de Gestão da Qualidade. Elas se tornaram oficiais a partir do ano de 1987, baseada em normas britânicas e desde então vem sofrendo revisões. Empresas que aplicam as normas ISO 9000 tem uma vantagem adicional, ao contrário das outras, pois tem maior credibilidade frente aos seus clientes e concorrentes.
A ISO 9000 é a norma que regulamenta os fundamentos e o vocabulário do Sistema de Gestão de Qualidade, portanto, ela não é capaz de orientar ou certificar o sistema, mas mostrar a organização qual o seu objetivo e os termos que devem ser aplicados, bem como suas vantagens para a gestão da qualidade. O documento possui os conceitos principais utilizados no sistema. O sistema ISO fornece uma infinidade de técnicas para a otimização dos processos internos de uma indústria, empresa ou instituição. A aplicação dessas é profícua para a empresa, uma vez que são posturas flexíveis, todas estudadas e fundamentadas para a melhor satisfação do cliente. A padronização fornecida pelo sistema ISO é aconselhável para qualquer instituição que quiser lucrar, beneficiando ambos os lados: oferta e demanda.