








Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Saiba como planejar a capacidade produtiva de uma empresa para atender à demanda e maximizar a eficiência. Aprenda sobre economias e deseconomias de escala, e como medir e melhorar a utilização da capacidade. Este documento inclui um vídeo animado para melhor compreensão.
Tipologia: Transcrições
1 / 14
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Agora que já entendemos a importância da função produção nas organizações, vamos estudar o planejamento da capacidade. Imagine que você irá abrir um novo negócio e umas das decisões mais importantes no planejamento dele é definir o quanto você pretende vender para viabilizar o seu projeto. Após definir essa estratégia de vendas/marketing, é necessário construir uma estrutura para atender à demanda.
Se você está projetando um novo hospital para fazer 20 cirurgias por dia, é necessário planejar a estrutura para isso. Você precisará construir salas de cirurgia, leitos para internar os pacientes, comprar os equipamentos necessários, montar estruturas de atendimento ao paciente, contratar equipes de médicos e equipes de enfermagem, além de outras áreas de apoio para atingir a sua meta inicial.
Figura 01 - Planejamento da capacidade
Sem um planejamento adequado da capacidade, nenhuma empresa conseguirá atingir seus objetivos de vendas.
Capacidade é a quantidade máxima de produtos e/ou serviços que podem ser produzidos numa mesma unidade produtiva, num dado intervalo de tempo. Unidade produtiva pode ser uma fábrica, um armazém, uma loja, um departamento, um posto de trabalho, uma máquina, um equipamento etc. (CORREA; CORREA, 2008).
Para entender o conceito/processo de capacidade produtiva, assista ao vídeo/animação abaixo. Este vídeo/animação faz parte da sequência desta aula e, portanto, é essencial para a aprendizagem.
Planejar a capacidade é, portanto, definir a quantidade máxima de produtos ou serviços que uma empresa será capaz de produzir em longo prazo. Os planos de capacidade lidam com investimentos em novas instalações e equipamentos e exigem a participação e a aprovação da alta gerência. Esses planos geralmente têm prazos de dois anos, mas podem ser mais longos em função dos tempos de espera com obras e possíveis problemas de disponibilidade de recursos financeiros (KRAJEWSKI et al., 2005).
O Brasil, por exemplo, precisa planejar sua capacidade de logística e de estádios para atender à demanda que a Copa do Mundo de futebol de 2014 irá trazer. Um dos problemas a resolver será o de ampliar a capacidade dos aeroportos para atender um maior número de voos necessários para transportar os turistas, equipe de futebol e demais profissionais desse evento. Através deste exemplo podemos observar que o cálculo da capacidade não está restrita a produção/fabricação de um produto, mas também a execução de um serviço.
Calcule a parcela de custo fixo que cada produto vendido irá receber: Custo unitário fixo = custo fixo total/quantidade vendida
Teremos: 10.000/100 (itens vendidos) = 100 reais por unidade. Então vamos simular um aumento de produção, ou seja, vamos dobrar a produção dessa loja para 200 calças vendidas, mantendo o custo fixo.
Teremos: 5.000/200 (itens vendidos) = 25 reais por unidade. Aqui chegamos a uma importante concepção no mundo dos negócios:
Quanto mais eu consigo produzir, menor será o custo fixo por unidade vendida (seja ela uma mercadoria ou um serviço prestado).
Até aqui é possível constatar que aumentar a capacidade de uma empresa quando existe uma demanda para atender parece ser um ótimo caminho. Mas, cuidado, nem sempre expandir uma instalação poderá trazer benefícios, em alguns casos, em vez de gerar economias de escalas, irá gerar o que chamamos de deseconomias de escala.
É quando o custo médio por unidade aumenta à medida que o tamanho da instalação aumenta. O motivo é que o tamanho excessivo pode trazer complexidade, perda de foco e ineficiências que elevam o custo da unidade média de um serviço ou produto. Muitos níveis hierárquicos e burocracias podem fazer com que a gerência perca o contato com funcionários e clientes. A empresa acaba perdendo agilidade e flexibilidade para atender às necessidades dos seus clientes e às mudanças tecnológicas do ambiente (KRAJEWSKI et al., 2005).
Exemplificando: Um hospital de 500 leitos teria um custo médio menor por paciente do que um hospital de 20 leitos usufruindo dos benefícios da economia de escala. Porém, ao expandir sua capacidade para 750 leitos, poderia apresentar deseconomias de escala caso essa expansão gerasse uma complexidade administrativa, elevando o custo médio por paciente. Mas lembre-se de que isso não é uma regra, trata-se apenas de um alerta de que nem sempre aumentar a capacidade produtiva de um negócio trará apenas benefícios.
Na maior parte das organizações, a previsão de demanda é de responsabilidade do departamento de vendas e/ou de marketing. A previsão de vendas, ou seja, o quanto uma empresa irá vender em um determinado período, é a principal informação do planejamento e controle de capacidade, que é de responsabilidade do departamento de produção/operação.
Porém, de nada adianta uma previsão expressa em valores monetários, é preciso que a informação seja traduzida nas mesmas unidades que a capacidade (por exemplo: quantidade de produto/serviço a ser realizado, horas-máquinas por ano, pessoal operacional necessário, espaço etc.)
Nessa hora, é importante se preocupar com as flutuações sazonais de demanda. Algumas indústrias são afetadas por sazonalidades, como alguns setores de alimento de agriculturas sazonais, serviços de viagens pelas épocas de férias, materiais de construção pelas condições econômicas etc. Alguns eventos sazonais são previsíveis (estação climática, férias, festas etc.), já outros são variações inesperadas no clima e por mudanças econômicas.
Esta imagem interativa faz parte da sequência desta aula e, portanto, é essencial para a aprendizagem.
Medir a capacidade significa dizer o quanto a empresa pode produzir por determinado período. Para muitas operações, definir a capacidade não é tão simples, especialmente quando uma gama muito mais ampla de produtos apresenta demandas variáveis para o processo; então as medidas de produção são menos úteis. Nesse caso, as medidas baseadas em insumos (entradas) são usadas para definir a capacidade. Veja os exemplos na tabela a seguir, e observe que o que está em negrito
é a medida mais comumente usada de capacidade:
Exemplo: A empresa LNS1 tem, em seu processo produtivo, 2
máquinas com capacidade produtiva de 10 unidades por hora, com jornada
diária 9 horas. Sabe-se, ainda, que os colaboradores dispõem de 20% de
sua jornada diária para refeição e descanso. Determinar a capacidade
efetiva mensal da empresa.
Se haverá uma interrupção de 20% na jornada dos colaboradores,
então o sistema irá trabalhar 80% do tempo disponível (100% - 20%),
teremos:
Resolução:
Tendo em vista essas colocações, podemos agora definir duas
grandezas fundamentais quando se estuda a capacidade de uma
unidade produtiva, que seriam:
I. Grau de utilização: é um parâmetro para medir a efetiva
utilização da capacidade projetada, sendo obtido por meio da
relação percentual entre a capacidade efetiva e capacidade
II. Eficiência do sistema: é a proporção entre o volume de
produção realmente conseguido pela unidade produtiva com a
Novamente, tomando como base o exemplo dado, teríamos:
Grau de utilização:
Capacidade efetiva/Capacidade Teórica = 720/900 = 0,80 ou
80% de utilização. Isso quer dizer que a empresa em condições
normais está utilizando 80% da capacidade disponibilizada.
Eficiência do sistema:
Produção realizada/Capacidade Efetiva = 670/720 = 0,
ou 93,06% de eficiência.
Isso quer dizer que empresa utilizou apenas 93,06% da
capacidade que ela esperava obter em condições normais, ou seja,
a empresa perdeu 6,94% da capacidade produtiva (100% -
Com a compreensão da demanda e da capacidade, o próximo
passo é definir como a empresa se posicionará para os casos de
variação da demanda. Conforme Slack et al. (2009), há três opções
para lidar com essas variações: