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Descrição dos princípios estratigráficos
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Trabalho apresentado a Professora Sheila Fabiana M. de Souza da disciplina Geoquímica da turma 4° período, turno da Noite do curso de Engenharia de Petróleo.
Faculdade UNES ESPÍRITO SANTO – 08/09/
Este trabalho tem como intenção discorrer sobre os princípios estratigráficos, de forma
simples e clara, com base na geologia. Podendo ter aplicação didática para alunos com
interesses na área da Geociência.
Com o decorrer do tempo geológico, os sedimentos depositados vão sendo recobertos por
novos sedimentos e tendem a agrupar-se formando camadas geralmente horizontais.
Ao longo do tempo geológico, os estratos vão sendo comprimidos pelo peso dos
sedimentos que se vão depositando. As rochas sedimentares são sujeitas a um aumento de
pressão e de temperatura.
Regendo assim, princípios que permitem, observar a disposição atual de formações
estabelecendo a sua idade relativa e a forma como foram criadas.
A estratigrafia é a ciência do ramo da geologia que estuda e descreve os estratos. Define-se como a descrição de todos os corpos rochosos que formam a crosta terrestre e estabelece relações entre a sua distribuição no espaço com a sua sucessão no tempo para interpretar a sua história geológica.
A estratigrafia não está relacionada apenas com a posição ou sucessão original das camadas rochosas, assim como não se limita às relações de idade das mesmas. Esta ciência trata também das relações de forma, arranjo interno, distribuição geográfica, composição litológica, conteúdo fossilífero, propriedades geoquímicas e geofísicas, entre outras características e propriedades das camadas de rochas, e ainda com a sua interpretação genética, ambiental e a sua história geológica.
O objetivo fundamental da estratigrafia é através da observação das unidades litológicas e das suas propriedades chegar ao seu modo de origem estabelecendo a sua evolução temporal e espacial. Fundamentalmente a estratigrafia estuda as relações no espaço e no tempo dos conjuntos líticos e dos acontecimentos neles registados, de modo a chegar à reconstituição da história na Terra.
Corresponde ao estabelecimento da idade de uns estratos em relação aos outros, determinando qual o estrato mais antigo e qual o mais recente. A datação relativa permite estabelecer a sucessão temporal das rochas de uma região, formando uma coluna estratigráfica. Regendo-se deste modo por cerca de sete princípios que permitem, por exemplo, ao observar a disposição atual de formações estabelecer a sua idade relativa e a forma como foram criadas. Sendo elas: Princípio do uniformitarismo; Princípio da sobreposição; Princípio horizontalidade inicial;
processos temporais, mas não no tempo bíblico, mas sim em um tempo profundo, gradual que surgira no passado geológico e que ainda continuava ocorrendo. A partir daí, surgira o uniformitarismo , idealizado por James Hutton; que no qual é formado por dois conceitos básicos:
Os acontecimentos do passado que ocorrem na Natureza, são idênticos ao que ocorrem nos dias de hoje; A formação das estruturas geológicas são resultados de processos gradativos e lentos. A partir deste pensamento, surgira a famosa frase dele:
“O presente é a chave para o passado.”
É o princípio que estabelece que numa série de estratos sedimentares cuja disposição é aproximadamente horizontal, e que não sofreu alterações de posição, cada camada é mais moderna que a camada que recobre, porém mais antiga que a camada que à cobre. Esta relação de idade não poderia ser outra no caso em que camadas de sedimento se formam a partir de uma suspensão na água ou no ar. Mas, apesar da sua simplicidade, este princípio de estratrificação por idade pode levantar algumas dúvidas. É o caso de quando os estratos ou camadas são dobrados durante a atividade tectónica, como ocorre vulgarmente em intensas deformações dos estratos de tal maneira que as camadas superiores são mais antigas que as inferiores. Os geólogos têm atenção a prevenção deste erro, examinando detalhadamente a rocha sedimentar. Características como marcas de ondulações (ripple marks), estratificação cruzada e orientação de conchas fósseis indicam se os estratos estão invertidos ou se encontram na sua posição original. Para saberem em cada momento qual é a posição normal e ordenada dos estratos, os geólogos recorrem a vários processos. Nos sedimentos do tipo deltaico é vulgar encontrar estratificação cruzada. É possível estabelecer uma ordem desedimentação, tomando como referência que toda a camada que é cortada por outra é mais antiga que a primeira. Nas grandes formações sedimentares estratificadas, como acontece no Grande Canyon, do Rio Colorado, nos EUA, existem cerca de 900 metros de estratos em disposição paralela quase
horizontal. De uma maneira mais restrita, a observação do tamanho dos grãos do material sedimentar – grano-classificação - pode constituir um critério se considerarmos, por exemplo, que o material detrítico transportado até ao mar pelos rios e torrentes é classificado pelo seu tamanho e na base da sua capacidade de transporte. Por isso, os materiais mais grosseiros, como os seixos e cascalhos, serão os primeiros a depositar-se, depois serão os de diâmetro sucessivamente mais pequeno, as areias e finalmente os limos ou lodos e as argilas. Transportando para uma grande escala, esta mesma sequência de sedimentação pode ocorrer numa bacia oceânica, onde os movimentos eustáticos ou isostáticos que provocam o avanço ou recuo do mar podem alterar a deposição seletiva dos sedimentos ou granoclassificação. Num processo de transgressão marinha, haverá uma progressiva diminuição da granulometria dos sedimentos, desde alguns centímetros até algumas micras. Num caso de regressão marinha, sobre os sedimentos mais finos começarão a depositar-se (se não ocorrer interrupção na sedimentação) os de maior tamanho. O princípio da sobreposição foi proposto por Nicolaus Steno, em 1669, tendo por base observações realizadas sobre os materiais sedimentares do Oeste da Itália. Há casos em que o princípio da sobreposição não se aplica. São os casos dos terraços fluviais, das dobras deitadas, dos filões-camada ou soleiras e dos sedimentos depositados nas grutas.
O princípio da continuidade lateral é um dos princípios fundamentais da estratigrafia. Este princípio define que uma camada tem sempre a mesma idade ao longo da sua extensão, e em todos os seus pontos, isto implica que os limites superior (tecto) e inferior (muro) representem superfícies isócronas, ou seja com a mesma idade. Este princípio completa o princípio da sobreposição, na medida que possibilita a extensão lateral das observações na mesma bacia sedimentar. No entanto, é de se notar que em regiões de climas húmidos ou zonas muito urbanizadas este princípio apresenta dificuldade de aplicação. A necessidade de estabelecer a forma como os fácies se associam e sucedem não é “satisfeita” apenas à luz dos princípios fundamentais da estratigrafia, assim o geólogo alemão Johannes Walther estabeleceu em 1984 a “Lei da correlação de fácies de Walther” - Walther's law of correlation (or succession) of facies. A lei de Walther estabelece que numa sucessão vertical, uma passagem gradual entre duas fácies sugere que elas estão associadas, tendo sido geradas em ambientes deposicionais lateralmente contínuos, ao passo que um contacto abrupto ou erosivo pode indicar intervalos de não-deposição ou mudanças significativas no ambiente deposicional. De uma maneira simplista esta lei explica que em ambientes deposicionais, diferentes tipos de sedimentos se acumulam uns ao lado dos outros gerando camadas lateralmente continuas, no entanto como os ambientes migram ao longo do tempo, as fácies sobrepõem-se umas às outras, portanto numa sequência vertical que não apresente grandes descontinuidades, todas as rochas e ambientes representados devem ter existido ao mesmo tempo, tendo assim a mesma idade. A deposição de sedimentos se faz de uma forma lateralmente continua, ora duas ou mais fácies lateralmente continuas, com passagens graduais entre si e nas quais não se evidenciem descontinuidades, estão certamente associadas a ambientes deposicionais contemporâneos, então facilmente se percebe que estas serão da mesma idade.
Um dos princípios utilizados na datação relativa dos estratos, o princípio da identidade paleontológica admite que, nos estratos, os grupos de fósseis surgem numa ordem definida, podendo reconhecer-se um determinado período de tempo geológico pelas características dos fósseis. Às camadas que possuem o mesmo conjunto de fósseis de idade pode ser atribuída a mesma idade. Este princípio, inicialmente utilizado como um instrumento prático, foi posteriormente explicado pela Teoria da Evolução de Charles Darwin
Este princípio, introduzido por James Hutton, afirma que uma rocha ígnea intrusiva ou falha que corte uma sequência de rochas, é mais jovem que as rochas por ela cortadas. Esse princípio permite a datação relativa de eventos em rochas metamórficas, ígneas e sedimentares, sendo fundamental para o trabalho em terrenos orogênicos jovens e antigos. Este princípio é válido para qualquer tipo de rocha cortada por umas das estruturas acima relacionadas.
Através desses princípios podemos levar em conta a importância no estudo da Terra
e da sua datação, pois utilizando-os podemos continuar estudando no dias de hoje
suas estruturas e observarmos seus estratos utilizando de base esses princípios.
Grandes descobertas cientificas se deram a partir deles, pois despertaram em outros
cientistas a vontade de conhecer cada vez mais essas estruturas da Terra.
Com o avanço tecnológico e a utilização desses princípios de estratigrafia, ajudou
um enorme avanço na área de estudos voltados para a formação do petróleo.
Seus conhecimentos, facilitam a identificação de bacias sedimentares e também o
conhecimento de sua formação.
Decifrando a Terra / organizadores Wilson Teixeira - 2.ed. - São Paulo: Companhia
Editorial Nacional, 2009.
Paleontologia: conceito e métodos, volume 1/editor, Ismar de Souza Carvalho. - 3.ed. -
Rio de Janeiro: Interciência, 2010.
Princípio da sobreposição. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2014. Disponível
na <URL: http://www.infopedia.pt/$principio-da-sobreposicao>. Acesso em
08/09/2014.
Maria Leonor Costa Ramalho. A utilização dos princípios fundamentais de
estratigrafia. Lisboa 2007. Tese da faculdade Nova de Lisboa. Disponível em:
< http://roteirosgeologicos.files.wordpress.com/2010/07/tesem_leonorramalho.pdf >