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Um relato de caso de uma fratura de cartilagem alar em um mule, descrevendo seus sintomas, diagnóstico e possíveis causas. O texto também discute a importância do exame físico e radiográfico no diagnóstico de doenças relacionadas ao aparelho locomotor de muares.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
¹ALVES, J.E.R.; ¹ARRUDA, L.I.; ¹CARNEIRO, R.; ¹GONÇALVES, C.Z.; ¹PEREIRA, M.B. ¹Discente do Curso de Medicina Veterinária - Faculdades Integradas de Ourinhos – FIO/FEMM RESUMO Por muitos anos, os muares vêm sendo usados pela humanidade tanto para fins de trabalho, como para lazer. Com o passar do tempo, veio às descobertas de novas patologias e também o estudo sobre a espécie aumentou significamente. Algumas lesões provocadas no aparelho locomotor podem acabar acarretando em uma ossificação das cartilagens alares. A enfermidade é comum nas patas dianteiras de muares pesados que trabalham em superfícies duras. A condição também é promovida pela ferração imperfeita que inibe o movimento fisiológico normal dos quartos. O relato do caso descreve um muar, apresentando claudicação dos membros anteriores. Para fechar o diagnostico, foi realizado um radiografia.
Palavras - chave: Muares. Claudicação. Aparelho Locomotor.
ABSTRACT For many years, the mules have been used by mankind for the purpose of work or pleasure. With the passage of time, came the discovery of new diseases and also the study of the species increased significantly. Some injuries can end up in locomotor resulting in ossification of the alar cartilages. The disease is common in the front feet of heavy mules working on hard surfaces. The condition is also promoted by imperfect farriery that inhibits the normal physiological motion of the rooms. This case report describes a mule, with forelimb lameness. To close the diagnosis, one radiograph was performed.
Keywords: Mules, claudication. Locomotor Organ.
INTRODUÇÃO Por séculos, os muares vêm sendo utilizados pela humanidade tanto para fins de trabalho, como para lazer. Devido a isso, o número populacional desses animais, vem crescendo desenfreadamente, e isso vêm acompanhado da descoberta de novas patologias e também, o estudo mais intenso das já existentes. E também a casuística dessas patologias tiveram um aumento bem considerável, principalmente as que são ligadas ao aparelho locomotor. As pessoas exigem cada vez mais dos seus animais, sobrecarregando-os, e se este animal não estiver com uma boa condição, isso pode ser refletido em seu corpo, causando várias lesões e até mesmo sua morte. Algumas lesões provocadas no aparelho locomotor podem acabar acarretando em uma ossificação das cartilagens alares. A doença é comum nas patas dianteiras de muares pesados que trabalham em superfícies duras. Concussões repetidas nos quartos dos
cascos são provavelmente a causa essencial, mas pode haver uma predisposição hereditária. A condição também é promovida pela ferração imperfeita que inibe o movimento fisiológico normal dos quartos. Alguns casos surgem a partir de trauma direto. A maioria dos muares sofre de ossificação da cartilagem alar. Essa ossificação é classificada em graus, de 0 a 5, segundo Ruohoniemi et al. (1993). O exame físico do paciente é realizado através da inspeção, palpação e manipulação dos membros em repouso e em movimento. Torna-se muito importante, ao se observar a claudicação, que se identifique o membro ou membros afetados, observando-se o cavalo andando, a passo, com especial atenção à simetria do movimento, extensão da passada, aprumos e o modo de apoio do casco ao solo. Em seguida, observa- se, do mesmo modo, o cavalo a trote, para a complementação do exame, principalmente, no caso de claudicações ligeiras. Em superfície dura, faz-se a avaliação do animal à guia, trotando para ambas as mãos. A claudicação pode ser evidenciada após o teste de flexão, realizado pelo médico veterinário. Avaliam-se os membros e suas respectivas articulações. As forças de tensão e de pressão são exercidas em diversas estruturas, tais como ligamentos e cápsulas articulares. Assim, é possível realçar focos inflamatórios ligeiros, com evidência de dor. A claudicação não é tão simples de ser identificada. Por isso, há que se fazer um exame minucioso do animal, para se detectar onde se encontra o problema. Existem outros meios eficientes para que o médico veterinário consiga um diagnóstico mais preciso, nesse caso, como a infiltração local de anestésico, ou a anestesia intra-articular. (RUOHONIEMI et al. 1993). Um dos métodos auxiliares de diagnóstico em grandes animais é a radiologia. O exame radiográfico das alterações ósseas e articulares é necessário para o completo diagnóstico. Para que seja obtido um diagnóstico confiável é necessário conhecimento da técnica e dos equipamentos utilizados, bem como ter capacidade de interpretação radiográfica. Outro método é a ultrassonografia, que tem contribuído significativamente para o diagnóstico das lesões dos tecidos moles em equinos e proporciona a visualização de pequenas lesões agudas que, muitas vezes, ainda não apresentaram expressão clínica para serem diagnosticadas nos exames de rotina. (FEITOSA, 2008). O tratamento da claudicação equina é um processo menos direto que pode variar de terapias de frio e calor através de botas e enfaixamentos, a suplementos e
doença navicular. A andadura pode apresentar um passo encurtado e conduzindo-se o animal através de um plano inclinado pode-se exacerbar a sensibilidade. As mulas têm, frequentemente, grandes ossificações, todavia raramente apresentam claudicação. A calcificação das cartilagens alares pode ser suspeitada após observação e palpação, porém o exame radiográfico é essencial para a confirmação do diagnóstico. (A ossificação das cartilagens alares comumente ocorre sem sintomas de claudicação.). A ossificação, ou mineralização pode ser considerado um processo normal em qualquer animal de dois anos de idade ou mais, não sendo o caso do paciente. Ossificação pode começar na metade proximal da cartilagem e propagação para fora. Este é normalmente assintomática. Embora estas mudanças não sejam susceptíveis de causar claudicação evidente, que pode resultar em alguma redução da passada membro anterior. A metade proximal da cartilagem é dirigida ligeiramente axialmente, e onde ocorre a ossificação da base e a partir da metade proximal da cartilagem, simultaneamente, uma linha radiolucente pode ser aparente no ponto onde os dois se encontram frequentemente ao nível a que o desvio axial ocorre na cartilagem. Isto pode ser difícil de diferenciar de uma fratura da cartilagem. (BUTLER, 1993) Fratura de uma cartilagem ossificada é uma ocorrência rara, mas fará com que o início agudo de claudicação que normalmente se resolve com o repouso. Cartilagens completamente ossificadas raramente são vistos, e pode estender proximalmente ao nível da articulação interfalângica proximal. A condição também é promovida pela ferração imperfeita que inibe o movimento fisiológico normal dos quartos. Alguns casos surgem a partir de trauma direto. Perda de flexibilidade à palpação digital de uma ou ambas as cartilagens alares é um sinal indicativo de ossificação.
CONCLUSÃO Com ajuda da anamnese e o exame físico bem feito, além dos exames complementares, chegamos ao diagnóstico. A ossificação, decorrente da fratura da cartilagem, pode ser evitada realizando um manejo adequado ao animal, principalmente não sobrecarrega-lo. O tratamento pode ser feito com uso de ferraduras e em ultimo caso é necessário uma cirurgia corretiva.
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ARANZALES, J.R.M.; Defeitos de aprumo em equinos mestiços de bretão: Avaliação clínica e radiográfica. Viçosa, MG. 2004
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BUTLER, J.A.; COLLES, C.M.; DYSON, S.J.; KOLD, S.E.; POULOS, P.W. Clinical radiology of the horse. Oxford: Blackwell Scientific Publication, 1993. 50p.
FEITOSA, F.L.; Semiologia Veterinária: A arte do diagnóstico. Ed. Roca, 2⁰ Ed. São Paulo, 2008. 598p.