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Fotossensibilização em Equinos: Causas, Diagnóstico e Prevenção, Notas de estudo de Medicina Veterinária

Você sabia que a exposição ao sol pode causar lesões graves na pele dos cavalos, especialmente após a ingestão de certas plantas? A fotossensibilização é uma dermatite solar que compromete o bem-estar e a saúde dos equinos, podendo ter origem tóxica ou hepática. Neste material exclusivo, você vai entender: - Tipos de fotossensibilização - Sinais clínicos típicos - Diagnóstico preciso - Exemplos de plantas tóxicas - Lesões internas e achados de necropsia também são descritos com clareza, apoiados por referências científicas. Este documento é ideal para médicos veterinários, zootecnistas, estudantes e criadores que desejam prevenir ou diagnosticar precocemente uma condição muitas vezes negligenciada, mas de alto impacto. Baixe agora e proteja seus animais dos riscos silenciosos da fotossensibilização!

Tipologia: Notas de estudo

2025

À venda por 02/04/2025

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Fotossensibilização
Fotossensibilização (dermatite solar)
A fotossensibilização é caracterizada por uma
dermatite que se desenvolve pela ação de agentes
fotodinâmicos ingeridos pelos animais.
Fotossensibilização primária: devido à ingestão
de substâncias fotodinâmicas pré-formadas em
plantas, depois que a planta é digerida a
substância vai para corrente sanguínea e quando a
pele entra em contato com o sol acontece a
fotossensibilização.
Plantas e seus agente fotodinâmicos:
Fagopyrum esculentum (trigo sarraneno):
RS e SC, lesão hepática pode ocorrer
cirrose, possui um pigmento chamado
fagopirina.
Ammi majus (cicuta negra): RS, argentina
e Uruguai, possui um pigmento chamado
furocumarinas.
Froelichia humboldtiana (ervanço):
Nordeste do Brasil, possui um pigmento
chamado naftodiantrona.
Malachra fasciata (Malva de espinho):
Norte e Nordeste do Brasil, possui um
pigmento chamado furanocumarinas.
Panicum spp.: feoforbida
Chamaecrista serpens: feoforbida
Patogenia
Pigmento mucosa intestinal circulação
sanguínea – pele entra em contato com a luz solar
e causa fotossensibilização
Fotossensibilização secundária: quando a lesão
hepática instalada, faz com que haja redução ou
até obstrução do fluxo de bile que é rica em
filoeritrina, produto final do metabolismo da
clorofila. Por esta razão, a filoeritrina se acumula
nos tecidos, atingindo níveis cutâneos que tornam
a pele sensível a luz.
Plantas e seus agente fotodinâmicos:
Brachiaria humidicola: espécie vegetal de
qualidade nutricional para cavalos,
com baixos teores de proteínas e minerais,
além de apresentar elevada concentração
de oxalatos (causador da cara inchada). A
presença de saponinas tóxicas na planta,
que podem causar danos ao fígado. Isso
envolve a excreção de metabólitos
fotossensibilizantes (como a filoeritrina),
que se acumulam na pele e reagem à luz
solar, resultando em lesões e lesões
dolorosas.
Enterolobium contortisiliquum: saponinas
Stryphnodendron fissuratum: taninos e
saponinas
Lantana spp.: lantadeno A e B
Crotalaria retusa: alcaloides
pirrolizidínicos
Sinais clínicos
Fotossensibilização manifesta-se em regiões
despigmentadas do corpo do animal,
principalmente no focinho ("chanfro"), narinas,
pálpebras, pavilhão auricular e boletos, com
delimitação evidente com as áreas não afetadas e
pigmentadas.
Emagrecimento progressivo, perda de brilho e
queda de pelos, "ressecamento" da pele, epífora
(lacrimejamento), e conjuntivas e mucosas
ictéricas nos quadros característicos. Os primeiros
sinais clínicos manifestam-se por eritema seguido
de edema e discreto prurido, sendo que os casos
mais graves podem evoluir para pápula,
piodermite e necrose da pele, desprendimento das
partes superficiais da pele e separação (fenda)
entre a pele e a camada córnea do casco.
Diagnóstico
Patologia Clínica
Diagnóstico é estabelecido pela apresentação
clínica do processo, e a possibilidade de ingestão
de agentes fotodinâmicos, além de provas de
função hepática, como AST e GGT.
Apresentam GGT, AST, Bilirrubina direta
elevados além de leucocitose, além disso, animais
que apresentam lesões na pele possuem os níveis
de referências dos exames avaliados bem mais
elevados.
Alterações histológicas
Tumefação
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Fotossensibilização

Fotossensibilização (dermatite solar) A fotossensibilização é caracterizada por uma dermatite que se desenvolve pela ação de agentes fotodinâmicos ingeridos pelos animais. Fotossensibilização primária: devido à ingestão de substâncias fotodinâmicas pré-formadas em plantas, depois que a planta é digerida a substância vai para corrente sanguínea e quando a pele entra em contato com o sol acontece a fotossensibilização. Plantas e seus agente fotodinâmicos:  Fagopyrum esculentum (trigo sarraneno): RS e SC, lesão hepática pode ocorrer cirrose, possui um pigmento chamado fagopirina.  Ammi majus (cicuta negra): RS, argentina e Uruguai, possui um pigmento chamado furocumarinas.

 Froelichia humboldtiana (ervanço):

Nordeste do Brasil, possui um pigmento chamado naftodiantrona.  Malachra fasciata (Malva de espinho): Norte e Nordeste do Brasil, possui um pigmento chamado furanocumarinas.  Panicum spp. : feoforbida  Chamaecrista serpens : feoforbida Patogenia Pigmento – mucosa intestinal – circulação sanguínea – pele entra em contato com a luz solar e causa fotossensibilização Fotossensibilização secundária: quando a lesão hepática instalada, faz com que haja redução ou até obstrução do fluxo de bile que é rica em filoeritrina, produto final do metabolismo da clorofila. Por esta razão, a filoeritrina se acumula nos tecidos, atingindo níveis cutâneos que tornam a pele sensível a luz. Plantas e seus agente fotodinâmicos:

 Brachiaria humidicola : espécie vegetal de

má qualidade nutricional para cavalos, com baixos teores de proteínas e minerais, além de apresentar elevada concentração de oxalatos (causador da cara inchada). A presença de saponinas tóxicas na planta, que podem causar danos ao fígado. Isso envolve a excreção de metabólitos fotossensibilizantes (como a filoeritrina), que se acumulam na pele e reagem à luz solar, resultando em lesões e lesões dolorosas.

 Enterolobium contortisiliquum: saponinas

 Stryphnodendron fissuratum : taninos e

saponinas

 Lantana spp. : lantadeno A e B

 Crotalaria retusa : alcaloides

pirrolizidínicos

Sinais clínicos

Fotossensibilização manifesta-se em regiões despigmentadas do corpo do animal, principalmente no focinho ("chanfro"), narinas, pálpebras, pavilhão auricular e boletos, com delimitação evidente com as áreas não afetadas e pigmentadas. Emagrecimento progressivo, perda de brilho e queda de pelos, "ressecamento" da pele, epífora (lacrimejamento), e conjuntivas e mucosas ictéricas nos quadros característicos. Os primeiros sinais clínicos manifestam-se por eritema seguido de edema e discreto prurido, sendo que os casos mais graves podem evoluir para pápula, piodermite e necrose da pele, desprendimento das partes superficiais da pele e separação (fenda) entre a pele e a camada córnea do casco.

Diagnóstico

Patologia Clínica Diagnóstico é estabelecido pela apresentação clínica do processo, e a possibilidade de ingestão de agentes fotodinâmicos, além de provas de função hepática, como AST e GGT. Apresentam GGT, AST, Bilirrubina direta elevados além de leucocitose, além disso, animais que apresentam lesões na pele possuem os níveis de referências dos exames avaliados bem mais elevados.

Alterações histológicas

 Tumefação

 Vacuolização  Necrose  Megalocitose  Bi ou trinucleados  Anisocariose (alteração no tamanho dos núcleos das células)  Retenção biliar  Proliferação dos dutos biliares Achados de necropsia  Carcaça ictérica  Edema  Vesícula biliar distendida e repleta  Fígado de coloração alaranjado Referências BARBOSA, J. D. et al.. Fotossensibilização hepatógena em eqüinos pela ingestão de Brachiaria humidicola (Gramineae) no Estado do Pará. Pesquisa Veterinária Brasileira, v. 26, n. 3, p. 147–153, jul. 2006. MENDONÇA, M. F. F. et al. Hepatogenous photosensitization in ruminants and horses caused by the ingestion of Chamaecrista serpens in Brazil. Toxicon, v. 193, p. 13–20, 15 abr. 2021. SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.; PALERMO- NETO, J. Toxicologia Aplicada à Medicina Veterinária. 2 ed. Barueri, Manole, 2020. THOMASSIAN, A. Enfermidades dos Cavalos. 2ª ed. Varela, São Paulo, 2005.