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Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Turismo, Faculdade Castro Alves, como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Turismo, à banca examinadora.
Tipologia: Notas de estudo
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Monografia apresentada ao Curso de GraduaçãoCastro Alves, como requisito parcial para em Turismo, Faculdade a obtenção do grau de Bacharel em turismo. Orientador: Carlos José Almeida Santana
Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Turismo, Faculdade Castro Alves, como requisito parcial paraa obtenção do grau de Bacharel em Turismo, à banca examinadora.
Aprovada em de 2005
Prof. Carlos José Almeida Santana Mestre em Geografia
Profª. Eurides de Oliveira Queiroz Neta Especialista em Psicopedagogia
Prof. Silvio Luiz Leite Especialista em Finanças
Para a nossa querida família, e ao eternos amantes, e aos nossos s (^) grandesnossos amigos.
Lou louvaivai ao Senhor vós todos os gentios,-o todos os povos. Por que mui grande é sua misericórdia para conosco, e a fidelidade do SENHOR subsisti para sempre. Aleluia. Salmos 117
O Patrimônio Cultural de uma população é um dos assuntos de maior debate da atualidade,tanto pela preocupação com sua continuidade quanto pela procura de uma viabilidade de utilização preservacionista e financeira. O turismo tem interferido bastante nessa discussão, pois os utiliza, das mais variadas formas, podendo denegrir ou resguardar, dependendo da forma praticada. O presente estudo pretende investigar a situação atual dos Fortes Monte Serrat e Santa Maria, na cidade de Salvador e sua utilização para incentivo ao turismo culturalna cidade, verificando assim o motivo que levam as pessoas a visitarem ou não os fortes, certificando-se se há possibilidades de aumento de demanda para os fortes com a revitalização dos mesmos. O trabalho se desenvolveu com pesquisa bibliográfica nos impressos recolhidos em bibliotecas, arquivos e acervos públicos e privados. A área abordada na pesquisa possui inestimável importância, tanto material, pois faz parte das riquezas e glórias alcançadas emum século passado, quanto imaterial, pois deste modo é possível redescobrir a grandeza cultural, com isso valorizando patrimônios históricos, verificando que a revitalização desses patrimônios são indispensáveis para uma utilização concreta e rentável.
Palavras-chave: Revitalização. Patrimônio Cultural; Fortes Monte Serrat e Santa Maria; Turismo Cultural;
ABRAF – Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações e Sítios Arqueológicos BAHIATURSA – Órgão Oficial de Turismo na Bahia CRA – Centro de Recursos Ambientais EMTURSA – Empresa de Turismo de Salvador FIB – Faculdades Integradas da Bahia FACTUR – Faculdade de Turismo Integradas Olga Metting GRPU – Gerência Regionais de Patrimônio da União IPHAN – Instituto do Patrimônio e Histórico Artístico Nacional UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
mesmo tempo de vínculo com um acessório marcante para os envolvidos cotidianamente ou mesmo os visitantes. É nessa perspectiva que percebemos e valorizamos os monumentos construídos no passado e que hoje se apresentam como atrativos para turistas e curiosos. Nessa linha de preservação e manutenção temos os fortes. Estes, na história da humanidade, especificamente na Idade Média, sempre foram um acessório de defesa em quaisquer circunstâncias, principalmente, contra a invasão de estrangeiros ou até mesmo dos próprios habitantes de um local.
O seu papel e a sua função eram defender os seus moradores ou aqueles que estavam no seu entorno. Aqui no Brasil e especificamente na Bahia, boa parte dos fortes foi construída, na época em que os holandeses disputavam a ocupação e posse das terras brasileiras, devido à União Ibérica, quando Portugal ficou sob o domínio espanhol de 1580 até
Fortes como os Monte Serrat e o Santa Maria, nossos objetos de estudo, sempre fizeram parte de vários momentos da nossa história e são marcos referenciais para analisar uma determinada época e perceber sua funcionalidade para os dias atuais, especialmente porque, ao perderem sua principal finalidade que era a de defesa passaram a ser uma ferramenta de grande valor para a indústria do turismo, mesmo com as diferenças de aproveitamento destes. O Santa Maria depois de muito tempo abandonado, agora está passando por uma reforma e o Monte Serrat, reformado a mais de 10 anos tem um aproveitamento bem mais dinâmico, em termos de visitação. Por trata-se de uma área que influencia toda a história de uma localidade, sua formação e sua estrutura, analisar os fortes é conhecer seu motivo de construção, além de incentivar a sociedade a perceber, valorizar e a respeitar a beleza e imponência descendentes
de expressão viva da fé e da coragem portuguesa que se espalharam por todo Brasil e principalmente em Salvador. Ciente dos nossos propósitos temos a plena convicção de que este trabalho tem como um dos seus fundamentos, propiciar o enriquecimento científico, não só para os integrantes da área do Turismo, mas também, de áreas acadêmicas, como História, Ciências Sociais e Antropologia, dentre outras. Pois, no futuro, o mesmo, poderá colaborar direta ou indiretamente para ampliar os conhecimentos para interessados no assunto, como estudantes, pesquisadores ou aqueles voltados para apenas conhecer os fortes e sua história.
Dessa forma, nossa problematização é na verdade, investigar as causas que levaram as duas fortalezas a terem tratamentos diferentes, dentro de um mesmo espaço (a cidade de Salvador), levando-se em consideração serem ambos atrativos turísticos de valor imensurável para aqueles que praticam o turismo cultural ou outra modalidade dessa indústria em que os mesmos possam ser enquadrados.
Infelizmente, boa parte dos fortes de Salvador está quase que totalmente abandonada. Havendo uma política de restauração dos mesmos, sem sombra de dúvidas ocorreria um aumento da demanda turística para estes atrativos, e não só a capital baiana ganharia com isso, mas todo o estado da Bahia e o Brasil. Fortificações como o da Lagartixa, na Cidade Baixa e o Farol da Barra, atestam isso. Temos plena certeza, de que a revitalização dos fortes aumenta o fluxo de turistas não só estrangeiros, mas de outras partes do País, interessados em ampliar o rol de informações sobre essa temática na cidade de Salvador. O segmento que vem de fora, na maioria europeu, composto em boa parte por estudantes de graduação, chega ao nosso município, com o intuito de utilizar as fortificações como objeto de pesquisa, e ao mesmo tempo como atração
este tem como principal meta, a comprovação ou negação das hipóteses levantadas durante a elaboração do projeto e desenvolvimento da monografia. No quinto capitulo concluiremos o presente estudo, fazendo uma análise dos pontos relatados e comprovando nossa expectativa concernente ao nosso problema. Além de propor sugestões para manutenção e visitação constante dos fortes em questão. Nossa entrevista semi-estruturada será desenvolvida com 2 representantes da comunidade local, 2 pessoas que tenham conhecimento sobre o assunto a ser abordado 2, funcionários e/ou representantes dos fortes e a 20 turistas nacionais e/ou estrangeiros encontrados nas regiões próximas aos fortes.
Serão utilizadas fontes secundárias, que se encontram registradas em documentos extraídos de órgãos governamentais como BAHIATURSA, EMTURSA, IPHAN, e a órgãos ligados às fortificações, como a ABRAF, (Associação Brasileira dos Amigos das Fortificações e Sítios Históricos), ao Exército Brasileiro e à Marinha do Brasil, de artigos publicados em jornais como Jornal A Tarde, Correio da Bahia e Tribuna da Bahia, e livros ligados ao assunto encontrados nas bibliotecas publicas, bibliotecas de instituições de ensino superior - Faculdade Castro Alves (FCA), FIB e FACTUR, com o intuito de dar maior aprofundamento e consistência às informações adquiridas.
As pesquisas feitas têm como base verificar se a visão (metas, projetos, interesses sobre os fortes, necessidades de revitalização) das autoridades competentes e dos representantes da comunidade estaria realmente de acordo com a expectativa e necessidades turísticas, facilitando o desenvolvimento e a avaliação da pesquisa sobre revitalização e utilização dos fortes e o sentido de preservação de um bem cultural para a humanidade, em meio às necessidades logísticas, com o intuito de criar um novo roteiro cultural em Salvador, que para nós poderia ser denominado “Roteiro das Fortalezas”.
O patrimônio histórico e artístico de um povo é mais do que um conjunto de antigüidades ou mera coleção de curiosidades que a corrente do tempo foi largando pela vida. Ele é responsável pela continuidade histórica de uma comunidade que se reconhece como tal e que mostra seus ideais e valores, transcendendo gerações. Baseado no cotidiano da vida das pessoas, os elementos do patrimônio, sejam eles ligados à música popular, aos bens culturais mais disponíveis à população, bens esses, normalmente, de fácil acesso vistos nas ruas como as construções antigas, ou ouvidos no rádio e na televisão, são os ícones que personalizam as cidades, são os pontos referenciais nos percursos do dia-a-dia. São, portanto, importantes fatores de junção social, de orientação e identidade, sem os quais a estabilidade mental e os valores existenciais de cada um não existiria. Por isso, a sociedade se mobiliza em torno do patrimônio e com ele se sensibiliza, perpetuando ao mesmo tempo memória e história. Para a sociedade antiga, o patrimônio e seu significado eram basicamente voltados para os bens materiais das famílias. Porém, em meados do século XIII, os franceses já estavam preocupando-se em proteger os monumentos de ordem pública e na mesma seqüência a perceberem que esses iam muito além de bens materiais. Entretanto, somente no século XIX, alguns países puderam entender ou classificar patrimônio de outra forma, que não a tradicional citada acima. Com isso, as pessoas começaram a enxergar tal palavra como de fundamental importância para determinados monumentos públicos, demonstrarem seu valor. E é justamente nessa filosofia que os fortes, enquanto Patrimônio Cultural se enquadram.
(2005), Patrimônio Cultural é o conjunto de manifestações, criadas pela natureza e/ou construídas historicamente por uma civilização. De acordo com a revista do Instituto Geográfico e Histórico Brasileiro, de 1897, nº11, a idéia que se fez de monumento limita-se às obras grandiosas, destinadas a perpetuar no bronze fundido ou no mármore talhado, por entre os valores e magnificência da arte decorativa, algum personagem ou acontecimento da história. Essa idéia é estreita (elitizada), visto que exclui da maior cópia de monumentos históricos, todos os que não foram erguidos intencionalmente, pedra por pedra, pela gratidão ou nobre orgulho dos homens. Mas, constituíram-se, por assim dizer, das estratificações dos fatos, aos transcorrer dos anos e séculos, durante a vida de muitas gerações, sendo de suam importância sua perpetuação. Para Funari (2003), “Pensar e definir patrimônio é bem mais que uma simples definição que abrange várias interpretações e visões, seria um bem ou mesmo um conjunto de bens culturais ou naturais de valor, reconhecidos para determinada localidade, país ou para uma humanidade”. Invariavelmente, o Patrimônio Cultural de uma cidade é o produto de toda sua história. Ele é o reflexo de transformações da época em que foi construído, bem como do regime político, da economia, das lutas, do estilo arquitetônico, ou seja, da vida e do cotidiano da população. Não precisa ratificar, que todo e qualquer local possui história e suas peculiaridades. Quanto a essas questões, Godoy apud Oriá, afirma o seguinte:
Comterminologia patrimônio cultural abrangeria os traços que a constituição esquecera todas as transformações, patrimônio histórico passa por análises. A anteriormente, englobando agora toda produção humana de ordem emocional,intelectual e material, independente da sua origem, época ou aspecto formal, bem como a natureza que propiciem o conhecimento e a consciência do homem sobre simesmo e sobre o mundo que o rodeia. (GODOY apud ORIÁ, 1995, p.87)
Entendemos que o Patrimônio Cultural pode ser definido como o conjunto de bens materiais e imateriais que identificam e caracterizam a cultura de uma cidade, região, país, ou da própria humanidade, que retratam sucessivos momentos históricos que marcaram momentos importantes no decorrer do crescimento e desenvolvimento de uma localidade, e que permanecem nos dias atuais na forma de edifícios, de monumentos, de vestígios arqueológicos, do meio natural, das artes, entre outros.
No início do século XVII, quando os primeiros sinais do crescimento industrial começaram a afetar o modo de vida estabelecido durante os séculos. O aumento gradual da riqueza, a extensão das classes de comerciantes e profissionais, os efeitos do incentivo a educação estimularam o interesse por outros países e a aceitação da viagem em si como elemento educacional. A era das ferrovias e dos transportes marítimos, com maior fator tecnológico, quando os trens e navios a vapor transformaram e ampliaram as oportunidades de viagens, marcam essa nova fase. O rápido crescimento da população e o aumento da riqueza criaram um novo e enorme mercado em um curto período. Inventou-se a viagem em massa, com isso ocorre o desenvolvimento dos resorts, a criação das agências e operadoras de turismo, compostos que deram ao turismo um sentido organizacional e dinâmico, elementos que vêm se desenvolvendo ao longo do tempo.