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Guias e Dicas
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O Permiano na Bacia do Paraná: Fósseis e Paleoambiente em São Paulo, Teses (TCC) de Geologia

Uma análise detalhada do período permiano na bacia do paraná, com foco nas evidências fossilíferas e paleoambientais encontradas no estado de são paulo. Aborda a importância da formação irati e do subgrupo irati, descrevendo a geologia, estratigrafia e paleontologia da região. O documento também discute a evolução paleoambiental da bacia do paraná, incluindo a influência de eventos tectônicos e a formação de ambientes marinhos.

Tipologia: Teses (TCC)

2025

Compartilhado em 21/03/2025

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FACULDADE IGUAÇU FI
CLELVOS SILVERIO BATISTA JUNIOR
FORMAÇÃO IRATI - UMA VIAGEM AO PERIODO PÉRMICO NO
ESTADO DE SÃO PAULO
São Paulo
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FACULDADE IGUAÇU – FI

CLELVOS SILVERIO BATISTA JUNIOR

FORMAÇÃO IRATI - UMA VIAGEM AO PERIODO PÉRMICO NO

ESTADO DE SÃO PAULO

São Paulo 2024

CLELVOS SILVERIO BATISTA JUNIOR

FORMAÇÃO IRATI - UMA VIAGEM AO PERIODO PÉRMICO NO

ESTADO DE SÃO PAULO

Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Iguaçu como exigência para a especialização em “Geologia”. Orientador: Prof.ª(a) São Paulo 2024

CLELVOS SILVERIO BATISTA JUNIOR

FORMAÇÃO IRATI - UMA VIAGEM AO PERIODO PÉRMICO NO

ESTADO DE SÃO PAULO

Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade Iguaçu como exigência para a especialização em “Geologia”. Orientador: Prof.ª(a) EXAMINADORES: Nome do examinador: Titulação: Instituição: Nome do examinador: Titulação: Instituição: Faculdade Iguaçu - FI Data da aprovação: _____/_____/_____

RESUMO

O período do permiano deixou registros e evidências em alguns estados brasileiros e ocorreram durante o Paleozoico, no estado de São Paulo na Bacia do Paraná. A Superseqüência Gondwana I (Carbonífero-Eotriássico) possui registros do período Pérmico que contribuiu e evidenciou a existência do Gondwana nos Grupos Passa Dois, Subgrupo Irati. Registros Fósseis no Estado de São Paulo foram associados ao mesmo evento de Paleomar a nordeste do Estado de São Paulo e foram associados a movimentos tectônicos do distanciamento da África, os registros fica localizados no município de Santa Rosa do Viterbo, São Paulo, devido à existência de fósseis e depósitos evaporitos. As melhores evidências de registros na Bacia do Paraná estão localizadas na mineradora PH7, próximo a Cidade de Santa Rosa de Viterbo, no estado de São Paulo. Na mineradora PH7 foi possível identificar deposições sedimentares, estromatólitos e fósseis. As estruturas presentes demonstraram um ambiente marinho de mar raso. Este ambiente foi formado em um corpo aquoso onde a deposição carbonática foi consumido por microrganismos que depositaram em esteiras formando colônias de microrganismos. . Palavras chave: Bacia do Paraná, Subgrupo Irati e Mineradora PH7.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Coluna estratigráfica da Bacia do Paraná feita por White (1908) modificada por Orlandi Filho et al. (2006), na sequência da base pro topo, Período Glacial, Carvão, pacote red Bad e Vulcanismos. ............................... 11 Figura 2- Modelo de transgressão e regração marinha. .................................. 12 Figura 3 Modelo do supercontinente Godwanico e o modelo do soerguimento Andino............................................................................................................. 12 Figura 4 Formação classificada por Hachiro subgrupo Irati ............................. 13 Figura 5. Bacia do Paraná, Formação Irati, Grupo Passa Dois, Subgrupo Irati. ........................................................................................................................ 14 Figura 6. Morfologia dos estromatólitos........................................................... 16 Figura 7. Bioestratigráficas do Subgrupo Itararé ............................................. 17 Figura 8. Imagem do Mesosaurus encontrado Formação Irati Permiano Médio, Assistência-São Paulo .................................................................................... 18 Figura 9. Santa Rosa do Viterbo - São Paulo .................................................. 19 Figura 10. Campo de estudo ........................................................................... 20 Figura 11. Estromatólito em Domus em área que foi desmonte e hoje é preservada. ..................................................................................................... 21 Figura 12. Vertebras de Mesosaurus solidificada em sedimentos consolidados ........................................................................................................................ 22

SUMÁRIO

    1. INTRODUÇÃO
    1. OBJETIVO
    1. MATERIAIS E MÉTODOS
    1. BACIA DO PARANÁ
    1. REGISTRO FÓSSIL
    1. LocalizaÇÃo e acesso a pedreira ph7..........................................................
    1. Descrição dos Pontos
    1. CONCLUSÕES
    1. REFERÊNCIAS
    • BIZZI ET AL 2001. 10. ANEXO A – COLUNA ESTRATIGRÁFICA MILANI 1997 APUD CRPM,
    • APUD CRPM 2017. 11. ANEXO B – COLUNA ESTRATIGRÁFICA SCHNEIDER ET AL (1974)

As divisões de tempo geológico e, as subdivisões foram estabelecidas através de Éon, Eras, Períodos e Épocas. E os órgãos competentes que regulamentaram a tabela de estratigrafia da História da Terra, no Brasil a Comissão Brasileira de Estratigrafia (CBE) e, a International Commission on Stratigraphy (ICS). O planeta terra tem aproximadamente 4.6 G.a ou B.a, e a vida aparece no intervalo aproximadamente entre 542 ± 488 M.a com a explosão Cambriana. O Ordoviciano entre 488,3± 443,7 M.a, com fósseis dos peixes e flora terrestres, o Siluriano entre 443,7± 416 M.a o aparecimento do escorpião do mar, no Devoniano entre 416± 359 M.a os registros fosseis nesse período foi dos anfíbios e dos répteis. O Carbonífero compreende entre 359,2± 299 M.a onde foi possível encontrar fósseis dos pântanos, Insetos gigantes e as grandes florestas, e, inicia o Período do Pérmico, que aconteceu entre 299± 251 M.a corresponde a marcadores fósseis como os tetrápodes, a flora como os Glossopteris foi a idade do Pangeia e no final dessa era e período a grande extinção em massa do permiano há 250 M.a. O Brasil possui importantes afloramentos associados ao período Pérmico entre 299 ± 251 ao final do Paleozoico, alguns deles existentes na Bacia do Paraná, no Estado de São Paulo, mais especificamente no município de Santa Rosa do Viterbo. Seus registros estão armazenados em uma bacia sedimentar intracratônica, conhecido como a Bacia do Paraná, e a sua localização territorial está no Oriente do Paraguai, Nordeste da Argentina, Norte do Uruguai e Brasil, continente Sul- Americano. As ocorrências de registros fossilíferos no Brasil da Bacia do Paraná estão localizadas no Grupo Passa Dois, Subgrupo Irati, e a ocorrência foi encontrada na zona rural periférica da Cidade de Santa Rosa do Viterbo, no Estado de São Paulo. Os registros paleontológicos incluem a existência dos eventos marinho com alto teor salino com características de mar raso e restrito, com deposições de carbonáticas, e formação de calcário, entre os fósseis como os estromatólitos, cropólitos, e entre os estromatólitos foram possíveis achar fósseis de Mesosaurus. Os Siltitos da Formação Corumbataí (COR) sobrepõem o Grupo Subgrupo Irati e foram associadas à paleoambientais marinho de um antigo mar, um dos fatores pode ser através identificado através dos estromatólitos de formações de ambientes marinhos no planeta terra que apresentaram vestígios de mar (GESICKI et. al ., 2011).

2. OBJETIVO

O objetivo do presente trabalho é apresentar a revisão bibliográfica do Período Pérmico na cidade de Santa Rosa do Viterbo-SP, mostrando suas principais características como, estruturas sedimentares e registros fósseis. Como objetivo específico, pretende-se fazer a interpretação paleoambiental da formação deste afloramento.

3. MATERIAIS E MÉTODOS O presente trabalho foi realizado, em um primeiro momento, a partir de revisão bibliográfica, levantando informações sobre a Bacia do Paraná, Grupo Passa Dois, Subgrupo Irati e Mineradora (Calcário PH7) de extração de Calcário. Foram utilizados como material de consulta livros, artigos disponíveis em revistas eletrônicas, dissertações de mestrado e teses de doutorado sobre o assunto. No ano de 2015 foi feita visita ao afloramento onde foi descrito o afloramento em si, reaproveitando o material do registro fotográfico das partes mais importantes e comparar com os artigos. Houve também a descrição de amostras no local, coleta de amostras. A descrição foi feita com amostras que estavam já soltas no chão e do próprio afloramento. Outros procedimentos feitos foram a descrição do empilhamento sedimentar e as colunas dos estromatólitos comparando as camadas entre si, e a coleta de medidas estruturas.

interior da bacia (Figura 2). A Bacia sedimentar, foi abastecida por diversos eventos deposicional de sedimentos que preencheram ao longo de milhões de anos, e, no hipocentro apresenta a maior espessura sedimentar da bacia. Figura 2 - Modelo de transgressão e regração marinha. Fonte: França et al. (1996) apud Millani et al. Modificado (2007) O flanco leste da Bacia, foi modelado pela erosão que está associada através de um soerguimento proveniente de evento tectônico de rifte do atlântico Sul (Zanotto, 1993 apud Milani, 2007). A Bacia sedimentar possui no flanco ocidental e, a estrutura positiva na bacia norte-sul através de sobrecarga litosféricas por eventos orogênicos (Figura 3) do cinturão andino (Shiraiwa 1994 apud Milani, 2007 ). Figura 3 Modelo do supercontinente Godwanico e o modelo do soerguimento Andino. Fonte: Powell (1993), De Wit et al. (1988), Du Toit (1927) apud Millani et al. Modificado (1998)

O cinturão orogênico soergue e interrompe a Bacia com estruturas positivas devido a eventos andinos (Figura 3), e o Arco de Asunción sobre o Bugge para o sul- sudeste prolongando a Bacia do Uruguai a Argentina (Shiraiwa 1994 apud Milani, 2007 ). Milani ( 1997 apud Milani et al. , 2007 ) reconheceu as seis unidades denominadas de Superseqüências, e a unidade de interesse está localizada no Gondwana I (Carbonífero-Eotriássico) veja na Figura 5. A Superseqüência Gondwana I possui um pacote sedimentar especifico do constituído pela Formação Irati, Grupo Passa Dois, Subgrupo Irati, Formação Assistência Membro Ipeúna (Hachiro et al. 1996 , Warren et al. 2015). Figura 4 Formação classificada por Hachiro subgrupo Irati Fonte: Hachiro et al. Modificado (199 3 ) O interesse do presente trabalho está alocado no nordeste do Estado de São Paulo na cidade de Santa Rosa do Viterbo, na bacia do Paraná, e sua Superseqüência é a Gondwana I. A Superseqüência Gondwana I possui pacotes sedimentares do Neocarboníferos ao Eotriássico. Sua porção basal é representada pelo Grupo Passa Dois (Milani, 1997). O local de estudo está situado no Nordeste do Estado de São Paulo, na cidade de Santa Rosa do Viterbo, na bacia do Paraná, onde aflora o Grupo Passa Dois, Subgrupo Irati (Figura 4 ).

5. REGISTRO FÓSSIL

O mar de Tethys era raso e quente, super salino do supercontinente Godwanico, no qual criou condições para a vida marinha microbiana, naquele período de possíveis vulcanismos liberando pra atmosfera dióxido de carbono e luz. Um ambiente propicio para cianobactérias consumir esse dióxido de carbono e luz, sedimentos e fazer sua manutenção metabólica abaixo a equação geral da fotossíntese: 6 CO2+ 2 H2A CH2O + H2O + 2 A Fotossíntese bacteriana: 6 CO2+ 2 H2S CH2O + H2O + 2 S O mar da pangeia deixou registros fossilíferos conhecidos como estromatólitos, estruturas biossedimentares com diversos formatos dependendo do ambiente que se encontra. Os estromatólitos e composto por acumulação de micróbios bentônicos autroficos, cresceu em filamentos de colônia de cianobactérias, células de cocoides, consumindo a precipitação de sedimentos carbonáticos. Essas colônias formaram esteiras de organismos de biota microbiana em espessuras milimétricas e existem tipos de formação de estromatólitos, em ambientes marinhos , lacustres, pero marinhos. Segundo o manual de Anelli et. al (1999) a morfologia do estromatólito pode ser dômico, colunar, estratiformes, pseudocolunares ou ancólitos. Os estromatólitos se classificam suas morfologias por colunares, e possuem ramificação em sua estrutura, sem ramificação, e paralela, e a ramificação pode ser pouco ou muito divergente (Figura 6). Estromatólitos não colunares suas estruturas podem ser estratiformes, pseudocolunares, oncolito e, em domus (Figura 6). E seu modo de ocorrência pode ser biostromas como as abobadadas e tabulares. Biohermas interdigitada, tabular e sub-esférica dômico. O que determinou sua morfologia foi o ambiente que se desenvolveu como o tipo de deposição, tipo de maré ou corrente ao longo do tempo entre outros.

No período do permiano na Formação Irati, possui registros fossilíferos de estromatólitos em formato de domus. Figura 6. Morfologia dos estromatólitos Fonte: Anelli et al. (199 9 ) Os estromatólitos para prosperar, precisou de um ambiente que recebeu a luz, logo está em uma camada na coluna de água para receber a luz solar, aproximadamente em uma profundidade de 200 metros para serem bem desenvolvidas (Anelli et al. 1999). Os estromatólitos dão indícios que sua formação foi desenvolvida em águas, águas rasas, indicando linha de costa de baixa profundidade, e que dependeu da luz para as cianobactérias formar os estromatólitos em lâminas convexas para cima (Anelli et al. 1999).

O Mesosaurus Brasileiro e Africano que viveu no Período Pérmico, possuía arco hermal, vértebra e costelas, entre 34 a 35 vertebras pré-sacrais, 15 cervicais, 19 a 20 dorsais, dentes curtos, ovais e cônicos com a cabeça mais curta que o pescoço (Anelli et al. 1999). Entretanto, Borgomaneiro & Leonardi (1977) relata esse achado na cidade de São Paulo, no período Pérmico, e descreve o Mesosaurus Brasiliensis o crânio mais cumprido que o pescoço, vertebras pré-sacrais 29, vertebras cervicais 11, V.Tóraco- lombares 18 e em forma de entalhe. Figura 8. Imagem do Mesosaurus encontrado Formação Irati Permiano Médio, Assistência- São Paulo Fonte: Borgomanero & Leonardi ( 1987 ) Entretanto, Borgomaneiro & Leonardi (1977) relata esse achado na cidade de São Paulo, no período Pérmico, e descreve o Mesosaurus Brasiliensis o crânio mais

cumprido que o pescoço, vertebras pré-sacrais 29, vertebras cervicais 11, V.Toóraco- lombares 18 e em forma de entalhe. Hachiro et al. (1991) observou o primeiro ciclo de transgressão e regressão no membro taquaral através dos sedimentos na sucessão Basal, o segundo ciclo transgressivo-regressivo observou os sedimentos clástico e carbonático, terceiro ciclo transgressivo-regressivo com sedimentares rítmicos superior. Segundo Hachiro et al. (1991) a evolução do mar Palermo, foi confinado pelo mar Irati, gradando para o mar Serra Alta, e as variações desses níveis foi responsável pelos eventos dos depósitos sedimentares e suas variações de feições.

6. LOCALIZAÇÃO E ACESSO A PEDREIRA PH7. As melhores exposições de ocorrências de registros fossilíferos brasileiros na Bacia do Paraná estão localizadas na região nordeste do Estado de São Paulo, na Formação Irati da Bacia do Paraná, no Município de Santa Rosa de Viterbo, fica periférico a zona urbana da Cidade na estrada Municipal Abílio Pedro SRV 447 Km 6 no estado de São Paulo (Figura 9). Figura 9. Santa Rosa do Viterbo - São Paulo Fonte: Google Maps.