






Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Um roteiro de atividades relacionado à formação continuada em língua portuguesa, com ênfase no poema 'a catedral' de alphonsus guimaraens. Ele aborda a lirismo místico, a fuga da realidade, a musicalidade e a ruptura com a concepção parnasiana no texto, além de discutir a importância da figura de linguagem na construção de imagens sugestivas. O documento também inclui questões para o aluno resolver e atividades de leitura adicionais.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 11
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
2ª SÉRIE
3° BIMESTRE
AUTORIA ADRIANA AGUIAR
Rio de Janeiro
O poema A catedral, é de autoria de Alphonsus Guimaraens, um dos maiores nomes do Simbolismo no Brasil. Apesar da obra poética de Afonso Henriques da Costa Guimarães
apresentar apenas três temas básicos: morte da amada, pena de si mesmo e religiosidade, ele representou um dos grandes autores do Simbolismo no Brasil. Adotou o nome literário de Alphonsus de Guimaraens, mais musical e simbolista para sua figura poética. Dedicou-se à literatura com maior intensidade, após 1906, já juiz em Mariana, onde passou a residir.
Entre brumas, ao longe, surge a aurora O hialino orvalho aos poucos se evapora, Agoniza o arrebol. A catedral ebúrnea do meu sonho Aparece, na paz do céu risonho, Toda branca de sol.
E o sino canta em lúgubres responsus: “Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!” O astro glorioso segue a eterna estrada. Uma áurea seta lhe cintila em cada Refulgente raio de luz. A catedral ebúrnea do meu sonho,
E o sino geme em lúgubres responsus: “Pobre Alphonsus! Pobre Alphonsus!” Alphonsus Guimaraens
a) Nesta poesia, pode-se perceber o lirismo místico, a fuga da realidade, a técnica, a musicalidade e a ruptura com a concepção parnasiana, trabalhados por ele de forma magistral. O texto representa um bom exemplo no que diz respeito às sugestões, à sonoridade e ao ritmo, típicos de um poema simbolista. Além disso, há uma intensa atmosfera mística e religiosa, impregnando com mais este caráter marcante desta fase literária, presente também em muitos poemas simbolistas, sobretudo neste autor, declaradamente católico. A realidade objetiva não interessa mais, o homem parte em busca de uma realidade subjetiva, retomando um “eu”, não tão superficial como o faziam os Românticos, porém mais profundo, buscando a essência do ser humano, os estados da alma, do sonho, do vago. Em razão desse subjetivismo, o Simbolismo é todo sugestão. Tendo em vista essa observação destaque palavras ou expressões onde possamos encontrar uma apreensão sutil da realidade, uma visão sugestiva. b) Explique como a figura de linguagem atua na construção dessa imagem sugestiva no poema.
Habilidade Trabalhada
Reconhecer o emprego de figuras de linguagem na construção de imagens sugestivas.
Resposta Comentada
a) Com essa questão, pretende-se que o aluno perceba essa apreensão sutil da realidade logo no início do poema que se apresenta já entre brumas e ao longe. Logo em seguida, o adjetivo hialino (que tem a aparência do vidro, transparente como o vidro), o adjetivo ebúrneo (de marfim, que tem a aparência do marfim) e o verbo evaporar (converter em vapor, consumir desaparecer) contribuem para a elaboração dessa imagem translúcida da catedral – catedral de um sonho; uma visão sugestiva de uma coisa concreta que remete ao eu do poeta, ao que lhe é mais íntimo: o objeto é internalizado para sentimentalizá-lo. E isso se estende por todo o poema. O que se percebe em Alphonsus de Guimaraens, além do subjetivismo patente – cita o próprio nome em cada uma das estrofes pares do poema, usa verbos e pronomes em primeira pessoa –, é um forte espírito religioso que, apesar de pessoal, soa universal; não em sua generalidade, mas pelo particular de cada criatura, ou seja, cada um tem em si um pouco do místico e do religioso que Alphonsus tanto reflete em seus poemas. No texto em questão, “A Catedral”, além de citar Jesus Cristo, usa o termo responso (versículo rezado ou cantado depois da leitura de determinados textos litúrgicos) e a própria catedral como metáfora maior do seu poema.
b) O aluno deve identificar no poema, quatro instantes, nos quais as estrofes são agrupadas em quatro pares, em que se sugere a passagem do tempo. Aqui espera-se que eles percebam o conteúdo metafórico da gradação , a mudança de clima em cada uma dessas partes pode ser percebida pelo jogo de palavras, destacando-se a passagem do tempo, em cada par de estrofes. Essas fases do tempo real: manhã, tarde, noite e madrugada são conotações sutis que levam a perceber o íntimo do poeta, sugerindo as peculiaridades de cada etapa do dia como se traduzissem a essência de seu universo interior, de sua vida:
marcado pelo pessimismo. O eu lírico sente-se esmagado por uma desilusão sufocante em relação ao mundo que o rodeia.
A musicalidade é uma das características mais marcantes da estética simbolista, pois está ligada às suas intenções mais profundas da conquista de uma suprema harmonia verbal. Apesar de não ser intenção dos simbolistas reduzir a poesia à música, essa aproximação representa uma das faces da nova concepção de linguagem poética, “trata-se já da música como ritmo natural do mundo, como lei espiritual das relações entre as coisas ou entre as idéias”. Alphonsus de Guimaraens, em “A Catedral” faz uso de alguns recursos para uma magnífica sonoridade musical. Identifique-os.
Habilidade Trabalhada
Analisar textos simbolistas, identificando recursos ligados à musicalidade.
Resposta Comentada
O poeta utiliza bastante a aliteração , ou seja, a repetição de fonemas para sugerir sons, assonâncias, rimas. Nesse momento é importante que você reapresente os conceitos dos referidos recursos. O poeta faz desses recursos instrumentos para uma magnífica sonoridade musical, que, nas estrofes pares, aludem à reprodução das badaladas sonantes dos sinos de uma catedral. “E o sino chora em lúgubres responsos: ‘Pobre Alphonsus, pobre Alphonsus!’” A começar pela assonância das vogais “o” e “u”, por suas características sonoras e muitas vezes nasalizadas durante o poema, nota-se que se procura, de maneira bastante cuidadosa, imitar o som do sino que “canta”, “clama”, “chora” e “geme” na catedral. Essa musicalidade é reforçada
principalmente pela aliteração da consoante oclusiva “p” em responsus e pobre e pela fricativa “f” nas duas vezes que a palavra Alphonsus aparece no verso, lembrando as pancadas do pino nas paredes do sino. Além disso, há grande quantidade de sílabas tônicas que contêm as vogais “o” e “u”, nasais na maioria das vezes, entre outras, que ajudam a marcar o eco que o som do badalar do sino produz e intensificar a sensação de pesar e angústia que se arrasta por todo o poema:
A própria repetição do verso “Pobre Alphonsus, pobre Alphonsus!”, ao longo do texto, ajuda a marcar esse ritmo musical que sugere o poema. Essa repetição também se dá com outros versos: Importante que você faça uma leitura compartilhada para que isso seja realmente percebido por eles.
A Caneta e a Enxada Zico e Zeca Composição: Capitão Barduíno e Teddy Vieira
Certa vez uma caneta foi passear lá no sertão Encontrou-se com uma enxada, fazendo uma plantação. A enxada muito humilde, foi lhe fazer saudação, Mas a caneta soberba não quis pegar na sua mão. E ainda por desaforo lhe passou uma repreensão. Disse a caneta pra enxada não vem perto de mim, não
Ave Maria Simone Composição: Jaime Redondo/ Vicente Paiva Ave Maria Dos seus andores Rogai por nós
Os pecadores Abençoai! estas terras morenas
Seus rios, seus campos e as noites serenas Abençoai! as cascatas e as borboletas Que enfeitam as matas Ave Maria Cremos em vós Virgem Maria Rogai por nós Ouvi as preces, murmúrios e luz Que aos céus ascendem E o vento conduz Conduz à vós Virgem Maria Rogai por nós.
Sabemos que o aluno geralmente não é interessado em ir às aulas, suas atenções são voltadas para coisas muito mais atraentes que estão além dos portões das escolas. A escola não é atraente, ela não se assimila com o que há fora dela. Para o jovem, são muito mais interessantes os costumes e os conceitos transmitidos pelos meios de comunicação, absorvendo muito mais facilmente filmes e novelas da televisão do que as informações na sala de aula. E nós, professores, temos o desejo de que o aluno aprenda e sabemos que ele é capaz de aprender. Devemos achar a chave para o desenvolvimento e interesse deles.
O interesse se deu a partir da diversificação do material didático. Apesar dos temas trazerem dificuldades, estão longe da realidade dos alunos, a questão inovadora dos vídeos e músicas e até a própria apostila destinada a eles, foi muito bem recebida. Se mostraram motivados.
Foi obtido um resultado satisfatório nas avaliações do bimestre. No que diz respeito a avaliação externa também comentaram a ocorrência de questões muito parecidas com as que trabalhamos em sala, o que certamente proporcionou um melhor desempenho deles.
As orientações pedagógicas, devo salientar, são de grande valia, para consolidação do processo de aprendizagem.