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Guias e Dicas
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Fitoterapia indígenas, Resumos de Psicoterapia

Medicina, e estudos de plantas para a saúde e bem estar do ser humano

Tipologia: Resumos

2019

Compartilhado em 12/12/2019

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neto-melo-3 🇧🇷

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FACULDADE SANTÍSSIMA TRINDADE
BACHARELADO EM FARMÁCIA
JOSÉ FRANCISCO DE MELO NETO
A FITOTERAPIA INDÍGENA NO BRASIL COLONIAL
RESUMO
NAZARÉ DA MATA
2019
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FACULDADE SANTÍSSIMA TRINDADE

BACHARELADO EM FARMÁCIA

JOSÉ FRANCISCO DE MELO NETO

A FITOTERAPIA INDÍGENA NO BRASIL COLONIAL

RESUMO

NAZARÉ DA MATA

A Fitoterapia Indígena no Brasil Colonial A utilização de plantas como meio de cura ou prevenção de doenças, com a moderna denominação de fitoterapia, ocorreu em todas as regiões do globo, apenas variando regionalmente por influência de características culturais da população, assim como de sua flora, solo e clima. No território brasileiro, diante da enorme diversidade de vida vegetal, a possibilidade de encontrarem-se plantas medicinais sempre foi significativa. Como atentos observadores da natureza, os indígenas conheciam bem a flora da região e não desperdiçaram a oportunidade de sua benéfica utilização. Os europeus passando a viver em ambiente para eles hostil, tal aprendizado poderia simplesmente significar sua sobrevivência. Não por acaso, encontramos diversas citações de vegetais cuja ação consistiria em antídoto a envenenamentos, frequentes em meio às matas. Desta maneira, os colonizadores acabariam sendo os responsáveis pela transmissão destes conhecimentos indígenas. Desprovidos de seus medicamentos conhecidos, no Novo Mundo rapidamente eles absorveram os apontamentos nativos. Cada botica em seus colégios conservava uma Coleção de Receitas, manuscritos onde copiavam as fórmulas terapêuticas mais indicadas e as de melhores resultados. Uma parasitose comumente encontrada nos primeiros anos de colonização, cujo efeito deletério foi testemunhado pela maioria dos cronistas, era o “bicho de pé” (tungíase). Além de tentar extraí-los por meio de estiletes, os indígenas untavam a lesão com o óleo de uma fruta chamada hibourouhu ( Myristica officinalis). Thevet o considerava próprio para a cura de feridas e úlceras, provando ele mesma sua ação terapêutica. O fitoterápico que mais interessou os europeus foi sem dúvida a ipecacuanha (Psychotica emética, Cephaelis ipecacuanha e outras espécies), usada como purgativo e antídoto para qualquer veneno. Contavam os índios que a natureza emética da planta havia lhes sido ensinada pela irara, espécie de pássaro que tinha por hábito alimentar-se de suas raízes e folhas, sempre depois de ter bebido água malsã de algum rio. À medida que a colonização europeia tornava-se mais presente, houve o cultivo plantas medicinais europeias e asiáticas usadas pelos portugueses. As primeiras levas foram provavelmente trazidas junto à frota de Martim Afonso de Souza, já em 1532.