




Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Anotações da aula de fisiologia, UNISANTA
Tipologia: Notas de aula
1 / 8
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
O sistema endócrino é uma rede integrada que regula funções essenciais no organismo, incluindo metabolismo, crescimento, reprodução e manutenção da homeostase. Ele é composto por glândulas e tecidos que produzem hormônios, moléculas mensageiras que atuam em células-alvo por meio de receptores específicos, seja localmente ou à distância. A regulação hormonal é dinâmica, respondendo a alterações internas e externas por meio de mecanismos de controle neural, hormonal e ambiental. Os hormônios, classificados em proteínas, esteróides e derivados de aminoácidos, possuem características químicas que influenciam sua solubilidade, transporte e meia-vida no sangue. Proteínas e aminas são hidrossolúveis, circulando majoritariamente na forma livre, enquanto esteróides e hormônios tireoidianos são lipossolúveis e dependem de proteínas transportadoras para alcançar suas células-alvo. O equilíbrio entre a forma livre e ligada dos hormônios é essencial para sua biodisponibilidade e regulação. A ação hormonal é mediada por receptores que podem ser localizados na membrana celular, no citoplasma ou no núcleo. Hormônios hidrossolúveis se ligam a receptores de membrana, ativando cascatas de sinalização intracelular, enquanto os lipossolúveis atravessam a membrana plasmática e se ligam a receptores intracelulares, modulando diretamente a expressão gênica. Essa interação hormonal é controlada por feedbacks positivos e negativos, que ajustam a secreção de hormônios com base nas necessidades metabólicas do organismo. O sistema endócrino mantém a homeostase por meio da regulação do equilíbrio hídrico, metabólico e iônico. Exemplos incluem o controle do metabolismo de glicose pelo eixo insulina-glucagon e a regulação dos níveis de cálcio pelo paratormônio (PTH) e calcitonina. Além disso, a coordenação com o sistema nervoso permite respostas rápidas e integradas a estressores, como na liberação de adrenalina pela medula adrenal em emergências. A disfunção endócrina pode resultar de alterações na produção hormonal, na interação com receptores ou no metabolismo periférico dos hormônios. Condições como hipotireoidismo, hipertireoidismo e diabetes ilustram os impactos sistêmicos do desequilíbrio hormonal. A avaliação da função endócrina inclui a dosagem de hormônios, testes dinâmicos de estímulo ou supressão, e análises da funcionalidade dos receptores hormonais, considerando sempre os ritmos circadianos e pulsáteis da secreção hormonal.
O eixo hipotálamo-hipofisário é uma estrutura funcional que conecta o sistema nervoso central ao sistema endócrino, desempenhando um papel crucial na regulação de processos fisiológicos essenciais, como metabolismo, crescimento, reprodução, e resposta ao estresse. O hipotálamo, localizado no diencéfalo, atua como o centro de controle desse eixo, integrando sinais do ambiente externo, das vísceras e do sistema nervoso para coordenar respostas endócrinas e neurais. Ele regula a hipófise, ou glândula pituitária, que está dividida em duas partes funcionais: a adeno-hipófise (anterior) e a neuro- hipófise (posterior). A adeno-hipófise é estimulada por hormônios liberadores e inibidores do hipotálamo, transportados pelo sistema porta-hipofisário. Essa porção secreta hormônios como o hormônio do crescimento (GH), que regula o crescimento e metabolismo celular; a prolactina, que influencia a lactação; o ACTH, que controla a secreção de glicocorticoides pelas glândulas adrenais; o TSH, que estimula a tireoide; e os hormônios gonadotrópicos (LH e FSH), que regulam as funções reprodutivas. Por outro lado, a neuro-hipófise secreta diretamente hormônios produzidos no hipotálamo, como o hormônio antidiurético (ADH), que regula o equilíbrio hídrico, e a ocitocina, que está envolvida no parto e na lactação. Um exemplo central da regulação hipotalâmica é o eixo hipotálamo-hipófise- tireoide. O hipotálamo libera TRH (hormônio liberador de tireotropina), que estimula a adeno-hipófise a secretar TSH (hormônio estimulante da tireoide). O TSH atua na tireoide, uma glândula localizada no pescoço, que produz e libera os hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Esses hormônios desempenham um papel vital no aumento do metabolismo basal, crescimento e desenvolvimento, além de regular processos como termogênese, metabolismo de lipídios, proteínas e carboidratos. O T3 é o principal hormônio ativo e é majoritariamente produzido pela conversão periférica de T4 em órgãos como fígado e rins, mediada por enzimas chamadas deiodinases. A tireoide depende de iodo para a síntese de seus hormônios. Esse mineral é captado pela glândula por meio de um transporte ativo, denominado bomba de iodeto. Após ser oxidado pela enzima tireoperoxidase, o iodo é incorporado a resíduos de tirosina na tireoglobulina, formando os precursores MIT e DIT, que, por acoplamento, dão origem a T3 e T4. Esses hormônios são armazenados no colóide do folículo tireoidiano e liberados conforme as necessidades do organismo.
da reprodução, a modulação do equilíbrio hídrico e a resposta a estressores internos e externos, como a secreção de adrenalina em situações de emergência.
3. Quais as glândulas que compõem o sistema endócrino e onde se localizam? O sistema endócrino é composto pelas seguintes glândulas: o hipotálamo, localizado na base do cérebro acima da hipófise; a hipófise, situada na sela túrcica abaixo do hipotálamo; a tireoide, localizada na parte anterior do pescoço, abaixo da laringe; as paratireoides, posicionadas atrás da tireoide; as adrenais, sobre os rins; o pâncreas endócrino, retroperitoneal; as gônadas, ovários na pelve feminina e testículos no escroto masculino; a glândula pineal, próxima ao terceiro ventrículo do cérebro; e o timo, ativo principalmente na infância, localizado no mediastino superior. 4. Descreva detalhadamente a classificação química e como ocorre a ação dos hormônios. Os hormônios podem ser classificados em proteínas/peptídeos, esteróides e derivados de aminoácidos. Hormônios proteicos, como a insulina e o glucagon, são hidrossolúveis e atuam por meio de receptores de membrana, ativando cascatas intracelulares. Hormônios esteróides, como cortisol e hormônios sexuais, são lipossolúveis e atravessam a membrana celular para se ligar a receptores intracelulares, regulando a transcrição gênica. Já os derivados de aminoácidos, como adrenalina e hormônios tireoidianos, atuam em receptores de membrana ou nucleares, dependendo da sua estrutura química. 5. Descreva detalhadamente os diferentes tipos de ação hormonal. Os hormônios podem agir de forma endócrina, sendo liberados na corrente sanguínea e atuando em tecidos distantes, como o TSH que regula a tireoide. Na ação parácrina, o hormônio atua em células próximas, como fatores de crescimento que influenciam células vizinhas. A ação autócrina ocorre quando o hormônio age na célula que o secretou, regulando processos intracelulares, e na ação intrácrina, o hormônio atua dentro da célula sem ser liberado no meio extracelular. 6. Quais são os fatores que influenciam o controle da liberação hormonal? A liberação hormonal é influenciada por ritmos circadianos, como no caso do cortisol, por feedbacks positivo e negativo que ajustam os níveis hormonais, por estímulos nervosos, como os que regulam a adrenalina, e por alterações nos níveis de nutrientes e íons plasmáticos, como o cálcio regulado pelo PTH. 7. Como é a estrutura histológica da hipófise (neuro e adenohipófise), incluindo seus tipos celulares e os hormônios produzidos por eles? A hipófise é dividida em neuro-hipófise e adeno-hipófise. A neuro-hipófise é formada por axônios de neurônios hipotalâmicos e armazena hormônios como
ADH e ocitocina. Já a adeno-hipófise é composta por células especializadas: as somatotróficas produzem GH, as lactotróficas produzem prolactina, as corticotróficas produzem ACTH, as tireotróficas produzem TSH, e as gonadotróficas produzem LH e FSH.
8. O que é a interrelação neuroendócrina (relação histológica e funcional) entre o hipotálamo e a hipófise? O hipotálamo regula a hipófise por meio de hormônios liberadores e inibidores transportados pelo sistema porta-hipofisário até a adeno-hipófise. Ele também controla a neuro-hipófise por meio de axônios que se estendem do hipotálamo e liberam ADH e ocitocina diretamente na corrente sanguínea. 9. Quais são os principais hormônios liberados pela hipófise anterior e posterior? A hipófise anterior (adeno-hipófise) libera GH, prolactina, ACTH, TSH, LH e FSH. A neuro-hipófise libera ADH e ocitocina, ambos produzidos no hipotálamo. 10. Quais os tecidos/órgãos/glândulas-alvo dos diferentes hormônios hipofisários? Quais as funções desses hormônios? Os hormônios hipofisários têm como alvos diversos tecidos e órgãos. O GH age em ossos, músculos e fígado, promovendo crescimento. A prolactina atua nas mamas, estimulando a lactação. O ACTH age nas adrenais, estimulando o cortisol. O TSH regula a tireoide e a produção de T3 e T4. LH e FSH atuam nas gônadas, regulando gametogênese e secreção de hormônios sexuais. O ADH age nos rins, promovendo a reabsorção de água, e a ocitocina estimula contrações uterinas e a ejeção do leite. 11. O que são hormônios tróficos? Hormônios tróficos são aqueles que estimulam o crescimento, desenvolvimento ou atividade funcional de outras glândulas endócrinas, como o TSH, que regula a tireoide, e o ACTH, que estimula as adrenais. 12.Quais são os fatores estimuladores e as principais funções dos seguintes hormônios: a. Adrenocorticotropina (ACTH): É estimulada pelo CRH hipotalâmico e regula a secreção de glicocorticoides pelas adrenais, influenciando o metabolismo energético e a resposta ao estresse. b. Folículo-estimulante (FSH): Estimulado pelo GnRH, promove a maturação folicular nos ovários e a espermatogênese nos testículos. c. Luteinizante (LH): Também regulado pelo GnRH, estimula a ovulação e a produção de progesterona nas mulheres e de testosterona nos homens. d. Tireotropina (TSH): Estimulada pelo TRH, regula a síntese e secreção de T e T4 pela tireoide, controlando o metabolismo basal e o crescimento.
O aumento dos hormônios tireoidianos leva a uma elevação do metabolismo basal, resultando em sintomas como perda de peso, intolerância ao calor, taquicardia, hiperatividade, tremores, aumento do apetite e sudorese excessiva. Pode haver também impacto cardiovascular significativo, com aumento do débito cardíaco e hipertensão sistólica.
7. Quais são as principais alterações observadas com o aumento do hormônio tireoidiano circulante no sistema digestório? O aumento dos hormônios tireoidianos acelera a motilidade gastrointestinal, o que pode causar diarreia, desconforto abdominal e absorção ineficiente de nutrientes. Esses sintomas estão relacionados à hiperatividade do sistema digestório. 8. Algumas condições específicas poderiam estar fortemente associadas ao hipertireoidismo. Cite-as. Condições associadas ao hipertireoidismo incluem doença de Graves, bócio multinodular tóxico, adenoma tóxico, excesso de ingestão de iodo, tireoidite subaguda e tireotoxicose factícia (causada pela ingestão excessiva de hormônios tireoidianos). 9. Quais os sinais e sintomas mais frequentes no hipertireoidismo? Os sinais e sintomas comuns incluem taquicardia, intolerância ao calor, perda de peso, aumento do apetite, tremores, sudorese excessiva, nervosismo, insônia, fraqueza muscular e, em casos de doença de Graves, exoftalmia (projeção dos olhos) e bócio. 10. Cite e explique três alterações fisiopatológicas causadas pelo hipotireoidismo. No hipotireoidismo, o metabolismo basal reduzido causa ganho de peso e intolerância ao frio. A bradicardia e a diminuição do débito cardíaco resultam em letargia e fadiga. O mixedema, caracterizado pelo acúmulo de mucopolissacarídeos na pele, provoca espessamento cutâneo e edema. 11. Quais os efeitos do hipotireoidismo no metabolismo dos macronutrientes? O metabolismo dos macronutrientes é desacelerado no hipotireoidismo. A lipólise é reduzida, levando ao acúmulo de gordura. O metabolismo de carboidratos também é afetado, com menor eficiência na gliconeogênese e glicogenólise. Além disso, a síntese proteica diminui, causando redução da massa muscular. 12. Quais as repercussões do hipotireoidismo no Sistema Nervoso Central? O hipotireoidismo pode causar letargia, depressão, dificuldade de concentração e perda de memória. Em casos graves e não tratados, pode ocorrer coma mixedematoso. No período neonatal, a deficiência de hormônios tireoidianos
pode levar ao cretinismo, caracterizado por atraso mental severo e problemas no desenvolvimento neurológico.
13. Qual a ingestão adequada de iodo? Quais as consequências da deficiência de iodo alimentar para a tireoide? A ingestão recomendada de iodo é de 150 mcg/dia para adultos, 220 mcg/dia para gestantes e 290 mcg/dia para lactantes. A deficiência de iodo pode causar bócio, hipotireoidismo e, em casos graves, cretinismo em crianças devido ao comprometimento do desenvolvimento do sistema nervoso.