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Fisiologia do Trato Gastrointestinal, Notas de estudo de Fisiologia

Nesta apostila é abordado a fisiologia do trato gastrointestinal em animais de pequeno e grande porte, sendo inclusos desde a cavidade oral (classificações odontológicas, como fazer a identificação dos dentes, como reconhecer alterações dentárias) até o funcionamento bioquímico dos órgãos digestórios e acessórios.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 06/10/2024

mariane-lima-megliato
mariane-lima-megliato 🇧🇷

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Fisiologia do trato gastrointestinal
O trato gastrointestinal é composto pela
cavidade oral, esôfago, estômago,
intestino e órgãos acessórios (pâncreas e
fígado).
É a parte do organismo que realiza a
ingestão, digestão e absorção de
alimentos, sendo a parte da ingesta não
absorvida eliminada pelas fezes.
A digestão é o processo de transformação
de macromoléculas em micromoléculas
através da hidrólise enzimática. As
micromoléculas conseguem ser
absorvidas e utilizadas pelas células. A
degradação de compostos alimentares
(digestão) é feita através de três meios:
mecânico (mastigação, peristaltismo
(involuntário), redução de partículas),
químico (estômago, pâncreas, intestino
delgado - fluídos ricos em enzimas -
degradação química) e microbiológico
(intestino grosso - enzimas + digestão
química).
A motilidade é responsável por conduzir o
alimento entre os sistemas, dividindo-se
em:
-> motilidade peristáltica (precursora):
conduz o alimento para a frente, com
menor tempo de trânsito alimentar. Se
o aumento do tempo de peristaltismo,
ocorre a diarreia.
-> motilidade segmentar: ocorre em
segmentos, ou seja, o alimento é movido
para frente e para trás dentro de um
segmento. Possui maior tempo de trânsito
alimentar e consequentemente melhor
absorção de nutrientes. Se o
aumento no tempo da motilidade
segmentar, ocorre a formação de
fecalomas (fezes secas) / prisão de
ventre, devido à grande absorção de
água das fezes.
-> A quantidade de movimento
corporal é proporcional a motilidade
digestória do animal. Se mais
movimento corporal, mais
movimento digestório e vice-versa.
O material eliminado nas fezes é
aquele que não pode mais ser
quebrado ou absorvido, como é o caso
da celulose para os seres
monogástricos.
Quando o ganho de peso pelo
excesso de alimento e redução da
atividade física: obesidade.
Quando a privação de alimento e
mantém-se o ritmo de atividade física:
Caquexia.
Substâncias orgânicas: proteínas
(unidade funcional - aminoácidos),
carboidratos (unidade funcional -
monossacarídeo), lipídios (clivados em
ácido graxo + glicerol) e vitaminas. Eles
precisam ser reduzidos nas unidades
funcionais para serem absorvidos.
Substâncias inorgânicas: água e sais
minerais. A água é absorvida sem
sofrer digestão. O intestino grosso tem
função básica de reabsorver a água.
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O trato gastrointestinal é composto pela cavidade oral, esôfago, estômago, intestino e órgãos acessórios (pâncreas e fígado). É a parte do organismo que realiza a ingestão, digestão e absorção de alimentos, sendo a parte da ingesta não absorvida eliminada pelas fezes. A digestão é o processo de transformação de macromoléculas em micromoléculas através da hidrólise enzimática. As micromoléculas conseguem ser absorvidas e utilizadas pelas células. A degradação de compostos alimentares (digestão) é feita através de três meios: mecânico (mastigação, peristaltismo (involuntário), redução de partículas), químico (estômago, pâncreas, intestino delgado - fluídos ricos em enzimas - degradação química) e microbiológico (intestino grosso - enzimas + digestão química). A motilidade é responsável por conduzir o alimento entre os sistemas, dividindo-se em: -> motilidade peristáltica (precursora): conduz o alimento para a frente, com menor tempo de trânsito alimentar. Se há o aumento do tempo de peristaltismo, ocorre a diarreia. -> motilidade segmentar: ocorre em segmentos, ou seja, o alimento é movido para frente e para trás dentro de um segmento. Possui maior tempo de trânsito alimentar e consequentemente melhor absorção de nutrientes. Se há o aumento no tempo da motilidade segmentar, ocorre a formação de fecalomas (fezes secas) / prisão de ventre, devido à grande absorção de água das fezes. -> A quantidade de movimento corporal é proporcional a motilidade digestória do animal. Se há mais movimento corporal, há mais movimento digestório e vice-versa. O material eliminado nas fezes é aquele que não pode mais ser quebrado ou absorvido, como é o caso da celulose para os seres monogástricos. Quando há o ganho de peso pelo excesso de alimento e redução da atividade física: obesidade. Quando há a privação de alimento e mantém-se o ritmo de atividade física: Caquexia. Substâncias orgânicas: proteínas (unidade funcional - aminoácidos), carboidratos (unidade funcional - monossacarídeo), lipídios (clivados em ácido graxo + glicerol) e vitaminas. Eles precisam ser reduzidos nas unidades funcionais para serem absorvidos. Substâncias inorgânicas: água e sais minerais. A água é absorvida sem sofrer digestão. O intestino grosso tem função básica de reabsorver a água.

MORFOLOGIA DA BARREIRA

INTESTINAL

-> Componentes extracelulares A primeira linha de defesa do trato gastrointestinal é encontrada no lúmen intestinal de forma não específica. Nesse espaço há a ação do pH gástrico e das secreções pancreáticas e biliares de enzimas digestivas, como as lipases, proteases, amilases e nucleases, auxiliando na digestão e exercendo efeitos catalíticos e tóxicos sobre microorganismos e antígenos. A superfície da mucosa intestinal é coberta por uma camada de mucinas e lipídios que limitam a exposição da monocamada das células epiteliais e impedem o contato direto do epitélio a microorganismos. A camada de muco possui propriedades hidrofóbicas e surfactantes (lipídios e proteínas), contribuindo para a retenção das secreções da mucosa que são ricas em peptídeos antibacterianos e imunoglobulina, prevenindo a adesão de microoganismos luminais à mucosa e ao epitélio intestinal. O peristaltismo intestinal, juntamente com a secreção de água, são essenciais para a proteção da barreira intestinal. -> Componentes celulares As vilosidades se estendem para o lúmen intestinal e são revestidas por uma só camada de epitélio colunar com células terminalmente diferenciadas. A renovação celular intestinal ocorre de baixo para cima. Os enterócitos basais da vilosidade são renovados primeiramente, seguindo a morfologia até o ápice da vilosidade. Na corona virose canina, são atingidas as células que estão no ápice da vilosidade. Na parvovirose canina são atingidas as células da base da vilosidade, sendo muito mais agressiva, uma vez que a renovação celular se inicia nos enterócitos basais. Observa-se abaixo a morfologia da vilosidade e dos enterócitos, respectivamente.

Anelodontes: crescimento para. Hipsodontes: raiz maior do que a coroa dentária. Cavalos e ruminantes. Braquiodontes: coroa maior do que a raiz. Carnívoras e primatas. Anodontes; ausência de órgãos dentais. Peixes anfíbios, quelônios, aves e tamanduá. Jacarés e crocodilianos são homodontes polifiodontes de trocas verticais!

CLASSIFICAÇÃO E MORFOFISIOLOGIA

DENTÁRIA

Homodontes: todos dentes com formato iguais. Monofiodontes: uma única dentição a vida inteira. Difiodontes: duas dentições a vida inteira. Polifiodontes: várias dentições a vida inteira. Trocas verticais: dentes nascem verticalmente. Ex: crocodilianos. Trocas horizontais: dentes nascem horizontalmente e vão subindo até ficarem na vertical. Ex: tubarões. Heterodontes: todos dentes com formatos diferentes. Erupções em grupo (lado a lado) Elodontes: constante crescimento / erupção dentária. Todos os dentes: coelhos e alguns roedores. Dentes anteriores: animais com presa e maioria dos roedores. Dentes posteriores: alguns edentados e aadvark.

TRIADAN CANINO

TRIADAN FELINO

EXEMPLO DE FICHA ODONTOLÓGICA

4 MESES 7 MESES 11 MESES 2 ANOS 5 ANOS Visualização de polpa e dentina

ANATOMIA DENTÁRIA

A proteção do dente é feita pela gengiva e o que mantém o dente fixo à cavidade dental é o osso alveolar e o ligamento periodontal. Quando há o acúmulo de placa bacteriana próximo à gengiva aderida, a gengiva incha e descola do dente, permitindo a entrada da bactéria, ocasionando a gengivite (inflamação da gengiva). A bactéria quando atinge e destrói o ligamento periodontal e o osso alveolar faz com que o dente fique móvel na cavidade oral. A polpa produz a dentina, sendo comum o afinamento da polpa e o espessamento da dentina conforme o desenvolvimento do animal. Exemplo de caso: um gato de 10 anos, com imagem radiográfica apresentando polpa espessa correspondente ao dente de um animal de 7 meses. Nesse caso, a polpa ainda se mantinha espessa devido à um trauma, que ocasionou a morte dessa polpa, não produzindo a dentina. Quando a gengiva está aumentada de tamanho, há uma hiperplasia gengival (HG). Quando um dente está com a postura da raiz girada em relação a postura normal, ele está girovertido. Quando um dente está acima de outro dente, ele está apinhado. Quando um dente está para frente, ele está em lança. Quando há a presença de dente decíduo, há a persistência de dente decíduo. Quando o animal possui acúmulo de placa bacteriana, formam-se cálculos dentários, comumente conhecidos como tártaro. CLASSIFICAÇÃO DE CÁLCULO DENTÁRIO Cálculo 1: até 25% do dente é acometido por cálculo dental. Cálculo 2: até 50% do dente é acometido por cálculo dental. Cálculo 3: mais de 50% do dente é acometido por cálculo dental.

Glândulas salivares: se dividem em glândulas sublinguais (monostomática e polistomática), parótidas, zigomáticas, submandibulares e glândulas molares, estas presentes apenas nos felinos. As glândulas salivares possuem ductos que desembocam na boca. Quando os animais se alimentam, o resto alimentar em conjunto com a secreção vinda direto dos ductos acabam calcificando. A secreção salivar varia conforme o tipo de alimento, a taxa de secreção e o conteúdo de água. Alguns animais acabam formando cálculos nos ductos salivares, causando sialocele. A enzima amilase é funcional em pH 7, e 7,38 e é presente em animais onívoros (responsável pela digestão do amido) e em aves (responsável por formar “papo” ). Animais carnívoros não possuem amilase salivar. Bezerros possuem lipase lingual para quebra de lipídios do leite, que desaparecem na forma adulta. Quando adultos há altas concentrações de tampão de bicarbonato de sódio e fosfato para neutralização dos ácidos do rúmen. A produção de saliva pelas glândulas salivares é controlada pelo sistema nervoso parassimpático. O nervo facial glossofaríngeo, com o estimulo visual / olfativo, ativam os receptores colinérgicos, que produzem acetil colina e dão início a digestão. A saliva também pode ser produzida através do estímulo dos receptores adrenérgicos, como exemplo, carnívoros em ataque tendem a salivar mais. Secreções serosas: contêm enzimas do tipo α-amilase ou ptialina e agem no desdobramento do amido. Possuem pequena ação pela pouca concentração das enzimas, ou pela pequena permanência do alimento na boca. Secreções mucosas: que contêm muco e possuem funções de lubrificação, proteção e transporte de alimento. Seromucosa; ambas as ações - mecânica e química. O controle das secreções é feito pelo estímulo da visão, odor e imaginação. A fase de contato (mecânico e químico - sabor) ocorre quando o alimento entra em contato com a mucosa. Sialocele em glândula salivar de felino

GLÂNDULAS FÚNDICAS

Se localizam no fundo do estômago e se dividem em dois tipos de células: parietais e células principais do cólon. Células principais do cólon; produzem o pepsinogênio, uma enzima inativa que precisa de um meio ácido para ser ativada. Células parietais: produzem o Fator de Castle, responsável pelo auxílio na absorção de vitamina B12, e o HCL (ácido clorídrico), necessário para a quebra do pepsinogênio em pepsina, finalizando com a quebra de proteínas. Desempenha funções de armazenamento (parte proximal) e de início da digestão dos alimentos (parte distal). As secreções gástricas do estômago variam conforme a região / tipo celular, podendo ser secretadas por glândulas fúndicas, cárdicas ou pilóricas. GLÂNDULAS PILÓRICAS As glândulas pilóricas são responsáveis pela produção de Células G, células essas que produzem a gastrina, uma enzima que estimula as células parietais a produzirem HCL e Fator de Castle. Ingestão de proteínas Fator de Castle HCL pepsinogênio pepsina quebrar proteína Gastrina Gl. Pilóricas Estimula Estimula Estimula ↑HCL e ↓muco = gastrite. ↓HCL (acloridria) = má digestão. Gl. Pilóricas Céls G Gl. Fúndicas Céls Parietas Céls principais do cólon Ingestão de proteína

Hormônio Sítio de Produção Ação Estímulo de liberação Secretina Duodeno e jejuno superior Estimula secreção HCO3 e inibe secreção ácida Ácido, gordura e proteína Gastrina Estômago e Duodeno Estimula secreção ácidae cresc. do epitélio estomacal Proteína, aumento acidez gástrica Colecistocinina (CCK) Duodeno, jejuno e íleo Estimula secreção enzima pancreática, contração ves. biliar; inibe esvaz. Gástr. Gorduras e proteínas Polipeptídio inibidor gástrico (PIG) Duodeno e jejuno inibe secreção gástricas e estimulo secreção insulina Gordura e glicose Motilina Duodeno e jejuno Indução da fase III do Complexo Motor Migrante – durante o jejum Acetilcolina

SECRETINA

A secretina é um peptídeo secretado pela célula S do duodeno e jejuno superior. Sua produção é estimulada a partir da ingesta de gordura. Ela estimula secreções exócrinas pancreáticas e biliares da água, bicarbonato, muco gástrico e pepsinogênio, além das secreções endócrinas de insulina, glucagon, somatostatina e o crescimento pancreático. Faz inibição da secreção de ácido gástrico, bem como a motilidade do intestino e o crescimento mucoso gástrico Possuem ação dependente com o hormônio CCK. A secretina atua nas células ductais do pâncreas, que produzem e liberam o bicarbonato e a água, que precisam chegar no duodeno para deixar o intestino alcalino e ativar as enzimas digestórias inativas. A hipersecretinemia pode ser observada em caso de úlcera duodenal, insuficiência renal, pancreatite crônica e carcinoma de pequenas células do esôfago. Células epiteliais podem ser enterócitos, células enterocromafins e endócrinas. Elas realizam a função absorvente, de natureza secretória. Células enterocromafins secretam peptídeos ou hormônios, a fim de regular a motilidade visceral, digestão e absorção de alimentos. Serotonina regula a motilidade. Colecistocinina (CCK) é responsável pela contração (esvaziamento) da vesícula biliar. Células semelhantes secretam apenas um tipo de hormônio ou molécula regulatória. CCK -> Células I Secretina -> Células S Gastrina -> Células G PEPTÍDEO INTESTINAL = HORMÔNIO São secretados por uma célula e fazem ação sobre outra célula, além de seu transporte ser feito por uma rota endócrina. A liberação desses peptídeos é estimulada pelos alimentos e não é necessária secreção sob controle neuronal (estímulo nervoso). Há formas sintéticas que imitam as funções fisiológicas, como exemplo a Domperidona, que faz a função da motilina de motilidade intestinal. SECREÇÕES No trato gastrointestinal há camadas musculares com mecanorreceptores que monitoram a distensão do órgão ou quimiorreceptores que monitoram a condição química do órgão.

VIA DE SECREÇÃO NEURONAL DE HCL

DEPENDENTE DE GASTRINA

Com o estímulo da visão ou olfato do alimento, o nervo vago produz o peptídeo liberador de gastrina. Esse peptídeo atua na célula G, estimulando-a a produzir gastrina. A gastrina chega nas células enterocromafins (ECL), que possuem receptores de gastrina, estimulando essas células a produzirem histamina, A histamina chega nas células parietais, que possuem receptores de histamina (h2), gastrina e acetilcolina (Ach). A histamina irá estimular as células parietais a produzirem HCL e Fator de Castle. Existem fármacos que bloqueiam os receptores de histamina (H2), sendo eles: cimetidina, ranitidina, nizatidina e famotidina. O uso de fármacos não inibe a produção de HCL, devido à existência de outras vias de secreção de HCL.

CÉLULAS CENTROACINARES

São as células que vão produzir as enzimas pancreáticas e a liberação dessas enzimas é estimulada pela CCK, produzida pelas células I. Essas enzimas são liberadas no intestino delgado, que deve estar alcalino, o que é mediado pela secretina. Ainda, o CCK regula a secreção de secretina, pois ambas necessitam da ingesta de gordura e ambas são dependentes. GASTRINA Secretada pelas células G, localizadas no piloro gástrico, antro piloro e no duodeno. São liberadas através da presença de proteínas e da distensão gástrica e influenciam no aumento da secreção de ácido gástrico. Há dois tipos de gastrina, diferenciadas pela cadeia de aminoácidos (G17 e G34). G17: no antro gástrico, são liberadas como resposta ao alimento ingerido. G34: no duodeno, liberada entre as refeições. Elevados níveis de gastrina podem ser uma ferramenta de diagnóstico para anemia perniciosa e gastrinoma.

CONTROLE NEURONAL EXTRÍNSECO

É responsável por regular as funções viscerais, sendo composto pelo nervo vago e esplênico. Aferente -> fibras nervosas dos órgãos para SNC (sensoriais) Eferente -> fibras nervosas do SNC para órgãos (motores) NERVO ESPLÊNICO Possui inervações simpáticas e inervações aferentes vertebrais e viscerais e são distribuídos pela mucosa, músculos, serosa e mesentério. Sua função é de informar condições patológicas ao SNC e de inibir a motilidade do trato gastrointestinal e aumentar as secreções glandulares. Em caso de presença química nociva ocorre uma inflamação, gerando cólica e dor abdominal. ALDOSTERONA Absorção de sódio e eliminação de potássio nos túbulos contorcidos distais e no ducto coletor, ambos nos rins. No trato gastrointestinal, também realiza a secreção de potássio e reabsorção do sódio e água, com aumento da pressão sanguínea. Glândulas salivares: saliva umedece, lubrifica e digere parcialmente. Secreção gástrica: mucosa gástrica pode ser glandular (monogástricos) ou aglandular (equinos e ratos) REAÇÃO DE HIDRATAÇÃO DO SISTEMA DIGESTÓRIO Função: produção de HCL. Nas células parietais ocorre a formação do Ácido Carbônico (H2CO3). Com o efeito da enzima Anidrase Carbônica ocorre a formação de hidrogênio + bicarbonato ( H + HCO3). O bicarbonato sai das células parietais e vai para os capilares sanguíneos e o Cloro (Cl) que estava nos capilares migra para o lúmen do estômago. O hidrogênio que estava nas células parietais sai para o lúmen através da bomba de prótons e, para que ele consiga sair, deve entrar o potássio (K) na célula. Com o bicarbonato no sangue, o sangue fica alcalino, ocorrendo a ALCALOSE PÓS PRANDIAL. O HCL se forma devido ao Cloro encontrar o Hidrogênio no lúmen do estômago.

O omeprazol inibe a ação da bomba de prótons. Ele deve ser tomado em jejum, uma vez que se não for em jejum, não tem como ele inibir a ação da bomba de prótons e, consequentemente a formação de HCL, uma vez que o Hidrogênio precisa sair pela bomba de prótons para se juntar ao Cloro e formar o ácido clorídrico no lúmen do estômago. O anti-inflamatório inibe a produção do muco do estômago, o que o torna mais susceptível à ação do HCL e consequentemente a gastrite, por isso é comum prescrever anti-inflamatório junto de omeprazol, que servirá como um protetor gástrico. PEPSINA Conjunto de enzimas que provém da ativação do pepsinogênio. Diferentes espécies possuem diferentes pH estomacais, sendo que o pH interfere diretamente na conversão de pepsinogênio em pepsina. RENINA Está presente na 1ª fase, no canal tubular dos ruminantes. É a renina que desacelera a descida do leite através da formação de coágulos no leite, retardando o tempo de passagem do leite ao rúmen. Adultos não produzem renina. Ela também necessita do HCL para ser convertida de Pró-renina oara Renina.

REFLEXOS COLINÉRGICOS

A visão e o olfato estimulam o hipotálamo à produzirem os colinérgicos, que estimulam as células G a produzirem gastrina, que irão estimular as parietais a produzirem HCL, que irá atuar na conversão da Pró renina em Renina. FASE CEFÁLICA DA SECREÇÃO GÁSTRICA O cheiro do alimento estimula os nervos vagais, que irão estimular uma célula nervosa entérica à produzir acetilcolina. A acetilcolina estimula as células G e células parietais (que possuem receptores Ach) a produzirem gastrina e HCL. Nessa fase há maior fluxo de produção de HCL, uma vez que as células possuem receptores de histamina, gastrina e acetilcolina. Deste modo, a acetilcolina atua nas células parietais (HCL) e nas células G (gastrina). FASE GÁSTRICA DA SECREÇÃO O alimento chega ao estômago, distendendo-o. A distensão estimula a produção de acetilcolina, que estimula a célula parietal a produzir HCL e a célula G a produzir gastrina, que estimula a parietal a produzir HCL. Se o alimento for proteína, a produção de HCL será maior, uma vez que a ingestão de proteína produz mais gastrina. Secreção de histamina Vagal direita