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Funções Metabólicas do Fígado: Estudo Completo e Abordagem Interdisciplinar, Notas de estudo de Fisiologia Humana

De forma completa as funções metabólicas do fígado, incluindo sua capacidade de regeneração, vascularização, homeostase da glicose, metabolismo lipídico, síntese de proteínas, armazenamento de nutrientes e função de degradação e excreção. O documento também apresenta um caso clínico de icterícia, ascite e sonolência, ilustrando a importância do fígado na saúde humana. Além disso, o documento explora a síntese dos sais biliares, o sistema de transporte da bile e a secreção da bile, incluindo a ação da secretina e da colecistocinina. Por fim, o documento aborda a secreção pancreática, incluindo as células acinares e ductais, as enzimas pancreáticas e as fases da secreção pancreática.

Tipologia: Notas de estudo

2024

À venda por 27/02/2025

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Funções metabólicas do fígado
Caso clínico
Icterícia 3+/4 metabolismo da bilirrubina
Ascite volumosa distúrbio circulatório
Sonolência
Doença hepática crônica devido a etlismo
Plaquetopenia anticoagulação hemorragia
Diminuição da hepcidina: ferro, o que radicais livre
Mito de Prometeu
O fígado possui alta capacidade de regeneração. No mito,
Prometeu tinha seu fígado “atacado” todos os dias, mas como
ele era imortal, o fígado se regenerava e ele não morria.
Vascularização porta-hepática
75% sangue venoso
Taxa perfusional elevada
Pressão na veia porta = 10 mmHg
Pressão na veia centro-lobular = 2/3 mmHg
Isso significa que por diferença de pressão, o sangue venoso flui
da v. Porta para a v. Centro-lobular, que entrará nos capilares e
possibilita irrigação
Tríade portal: ramificações da v. Porta, a. Hepática e canalículos
biliares. Esse sistema drena para a v. Centro-lobular.
Capilares sinusoides fenestrados para a passagem de
substâncias para os hepatócitos.
Funções metabólicas do fígado
Homeostase da glicose: glicogenólise, glicogênese,
gliconeogênese (ex: desequilíbrio glicêmico no etilismo; álcool
inibe fosfoenol piruvato quinase)
Ureogênese: desaminação de aas, conversão de amônia em
ureia
Metabolismo lipídico: ß-oxidação, extração de quilomícron,
colesterol para síntese de sais biliares. Lipoproteínas.
Síntese de aminoácidos não essenciais
acúmulo de fenilalanina fenilcetonúria
acúmulo de triptofano !convertido a serotonina,
provocando sonolência
Hiperamonemia: promove aumento de GABA (inibitório) e
diminuição de glutamato (excitatório), o que também está
relacionado a sonolência
Função de síntese do fígado
Albumina pressão coloidosmótica nos capilares
Sistemas de proteases plasmáticas coagulação, fibrinolítico,
complemento, cininas (calicreína-bradicinina)
Proteínas transportadoras: ceruloplasmina, transferrina
(reações de oxirredução e produção de radicais livres)
Trombopoietina equivalente a eritropoietina na síntese de
plaquetas (aumenta o recrutamento da colônia de
megacariócitos)
IGF-1 !sintetizada a partir do GH (somatotrofina).
Na criança, é responsável pelo crescimento estatural
enquanto houver espaço na cartilagem de crescimento.
Hepcidina - inibe absorção do ferro intestinal
Proteína canal divalente: absorve o ferro ferroso. Na
presença de hepcidina, este canal se fecha.
Função de armazenamento do fígado
Glicogênio
TG
B12 síntese de bases púricas e pirimídicas
Fe (ferritina, hemossiderina), Cu
Vitaminas lipossolúveis (A armazenada nas células estreladas,
D)
Células estreladas/de Ito ocupam o espaço de Disse
(extracelular aos hepatócitos)
Células de Kupfer: macrófagos do fígado
Função de degradação de excreção
Esteroides (derivados do colesterol) sexuais, cortisol,
aldosterona, progesterona
ADR (MAO), NOR (COMT)
Horm. Peptídicos
Detoxificação de xenobióticos (zona III)
Ativação hormonal
Solubilização de substâncias lipossolúveis bilirrubina é
lipossolúvel, então se adere a tecidos tipo a pele. (Conjudada e
não conjugada)
Ácinos hepáticos
Zona 1: maior pO2 por estar mais próxima da tríade portal
-mais resistentes à injúria
-Primeiros a se regenerarem
-Metabolismo muito mais oxidativo
Zona 3: metabolismo mais anaeróbio por estar mais próximo da
v. centrolobular
Cibele Alaminos LXI
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Funções metabólicas do fígado

Caso clínico

Icterícia 3+/4 → metabolismo da bilirrubina Ascite volumosa → distúrbio circulatório Sonolência Doença hepática crônica devido a etlismo Plaquetopenia → anticoagulação → hemorragia Diminuição da hepcidina: ↑ferro, o que ↑radicais livre

Mito de Prometeu

O fígado possui alta capacidade de regeneração. No mito, Prometeu tinha seu fígado “atacado” todos os dias, mas como ele era imortal, o fígado se regenerava e ele não morria.

Vascularização porta-hepática

75% sangue venoso Taxa perfusional elevada Pressão na veia porta = 10 mmHg Pressão na veia centro-lobular = 2/3 mmHg Isso significa que por diferença de pressão, o sangue venoso flui da v. Porta para a v. Centro-lobular, que entrará nos capilares e possibilita irrigação Tríade portal: ramificações da v. Porta, a. Hepática e canalículos biliares. Esse sistema drena para a v. Centro-lobular. Capilares sinusoides fenestrados para a passagem de substâncias para os hepatócitos.

Funções metabólicas do fígado

  • Homeostase da glicose: glicogenólise, glicogênese, gliconeogênese (ex: desequilíbrio glicêmico no etilismo; álcool inibe fosfoenol piruvato quinase)
  • Ureogênese: desaminação de aas, conversão de amônia em ureia
  • Metabolismo lipídico: ß-oxidação, extração de quilomícron, colesterol para síntese de sais biliares. Lipoproteínas.
  • Síntese de aminoácidos não essenciais
    • acúmulo de fenilalanina^ →^ fenilcetonúria
    • acúmulo de triptofano^ →^ convertido a serotonina, provocando sonolência
    • Hiperamonemia: promove aumento de GABA (inibitório) e diminuição de glutamato (excitatório), o que também está relacionado a sonolência

Função de síntese do fígado

  • Albumina → pressão coloidosmótica nos capilares
  • Sistemas de proteases plasmáticas → coagulação, fibrinolítico, complemento, cininas (calicreína-bradicinina)
  • Proteínas transportadoras: ceruloplasmina, transferrina (reações de oxirredução e produção de radicais livres)
  • Trombopoietina → equivalente a eritropoietina na síntese de plaquetas (aumenta o recrutamento da colônia de megacariócitos)
  • IGF-1 → sintetizada a partir do GH (somatotrofina).
    • Na criança, é responsável pelo crescimento estatural enquanto houver espaço na cartilagem de crescimento.
  • Hepcidina - inibe absorção do ferro intestinal
    • Proteína canal divalente: absorve o ferro ferroso. Na presença de hepcidina, este canal se fecha.

Função de armazenamento do fígado

  • Glicogênio
  • TG
  • B12 → síntese de bases púricas e pirimídicas
  • Fe (ferritina, hemossiderina), Cu
  • Vitaminas lipossolúveis (A armazenada nas células estreladas, D) - Células estreladas/de Ito ocupam o espaço de Disse (extracelular aos hepatócitos) - Células de Kupfer: macrófagos do fígado

Função de degradação de excreção

  • Esteroides (derivados do colesterol)^ →^ sexuais, cortisol, aldosterona, progesterona
  • ADR (MAO), NOR (COMT)
  • Horm. Peptídicos
  • Detoxificação de xenobióticos (zona III)
  • Ativação hormonal
  • Solubilização de substâncias lipossolúveis → bilirrubina é lipossolúvel, então se adere a tecidos tipo a pele. (Conjudada e não conjugada)

Ácinos hepáticos

Zona 1: maior pO2 por estar mais próxima da tríade portal

- mais resistentes à injúria

- Primeiros a se regenerarem

- Metabolismo muito mais oxidativo

Zona 3: metabolismo mais anaeróbio por estar mais próximo da v. centrolobular

Síntese dos sais biliares

27 átomos de carbono com uma cadeia que pode ser clivada em diferentes pontos → A quebra da cadeia lateral do colesterol entre os carbonos 24 e 25 gera uma substância conhecida como radical colane com 24 átomos de carbono, que é precursora dos sais biliares → O radical colane é acoplado às hidroxilas ali presentes, formando o ácido cólico (principal substância da bile). → O ácido quenodesoxicólico e o ácido cólico são as formas primárias dos sais biliares → A 7 alfa dendroxilase promove a retirada da hidroxila, formando os sais biliares secundários: ácido desoxicólico e ácido litocólico → Os 4 componentes estão presentes na bile; A taurina e a glicina, por exemplo, podem reciclar (reconjugar) os sais primários. A bile sofre, em 95%, um processo de recirculação hepática, o que mostra que ela não só é usada no aparelho digestivo. pK: solubilidade (o sal é mais solúvel porque se dissocia melhor) Sistema de transporte da bile Ingresso no hepatócito → transporte na forma vesicular DENTRO DO HEPATÓCITO → modificação parecido com a conjugação da bilirrubina → novo composto secretado para o canalículo biliar Transportadores presentes na MBL importantes para que o transporte dos sais biliares ocorra (sódio, cloreto, bicarbonato) Colerese: produção de 900mL de bile por dia. Colagogo: quanto de bile é liberado no duodeno.

Secreção da bile

  • Bile hepática: mais diluída (97% de água)
  • Bile da vesícula: mais concentrada (84% de água): concentração muito maior de sais, porque só armazena 50 mL de bile. Maior capacidade emulsificante. - Quantidade de colesterol:
    • 0,06 na hepática
    • 0,5 na vesícula >>> do que a hepática - Quantidade de cálcio: maior quantidade na vesícula aumenta propensão a cálculos biliares - Quantidade de bicarbonato: é maior na hepática, o que tem uma capacidade de tamponamento maior Secreção da bile nos ductos biliares Esfíncter biliar se contrai ou relaxa a partir do fluxo do bolo alimentar. Período pós-prandial: interação neuro-endócrina

- secretina tem efeito colerético → aumenta a colerese (estimula

produção de bile)

- Colecistocinina → aumenta o efeito colagogo (estimula a

contração da vesícula e relaxamento do esfíncter de Oddi para liberação de bile)

- Se não tiver vesícula biliar: só existe secreção de bile hepática;

deve ser menos eficiente no papel alcalinizante para o bom funcionamento de proteases. Uma pessoa sem vesícula, se consumir muita gordura, terá dificuldade na emulsificação, portanto terá esteatorreia.

- Confluência entre ducto bilir comum e ducto pancreático.

Uma obstrução da vesícula poderá causar um aumento da pressão do ducto pancreático, promovendo prancreatite aguda.

Pâncreas exócrino

  • Células serosas/acinares: enzimas
  • Células ductais/intercalares: bicarbonato
  • Células centroacinares: intermediárias Acetilcolina se une a receptores muscarinicos CCK se une a receptor CCK- Ambos, por meio de IP3, promovem a ação do íon cálcio, que ativa transcrição e tradução de pro-enzimas por meio das quinases, que ficam em grânulos de zimogênio que quando chegam na membrana apical são liberados. O sistema da secretina e e VIP promove ativação de AMPc, o que também ativa quinases.

Secreção das células acinares

Cotransporte de Sódio, cloreto e potássio (NKCC2) para dentro das células acinares. Secreção de ânions cloreto para a luz dos ácinos. Com isso, ocorre um transporte paracelular de sódio. quando vai sódio, vai água Por isso, a secreção pancreática é isotônica em NaCl Ativa canais de cloreto ativados por cálcio e AMPc na membrana voltada para a luz. A membrana oposta tem bomba de sódio e potássio, bem como tem canais de potássio abertos por cálcio.