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Fisica basica da tomografia computadorizada, Notas de estudo de Física

TOMOGRAFIA

Tipologia: Notas de estudo

2011

Compartilhado em 25/04/2011

elanne-cristina-11
elanne-cristina-11 🇧🇷

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Física básica da tomografia computadorizada
Dra. Claudia da Costa Leite, Dr. Edson Amaro Júnior, Dra. Maria Garcia Otaduy
Principios da Formação de Imagem em Tomografia Computadorizada
Godfrey Hounsfield é que desenvolveu esta técnica de
obtenção de imagens em 1972. Na verdade os princípios físicos da
tomografia computadorizada são os mesmos da radiografia
convencional. Para a obtenção de imagens são utilizados os raios-x.
Enquanto na radiografia convencional ou simples o feixe de raio-x é
piramidal e a imagem obtida é uma imagem de projeção, na
tomografia computadorizada o feixe é emitido por uma pequena
fenda e tem a forma de leque.
Na tomografia computadorizada o tubo de raio-x gira 360o em
torno da região do corpo a ser estudada e a imagem obtida é
tomográfica ou seja “fatias” da região do corpo estudada são obtidas.
Em oposição ao feixe de raios-x emitidos temos um detector de
fótons que gira concomitantemente ao feixe de raios-x. Como na
radiografia convencional as características das imagens vão
depender dos fótons absorvidos pelo objeto em estudo.
Dessa forma, os fótons emitidos dependem da espessura do
objeto e da capacidade deste de absorver os raios-x. Os detectores
de fótons da tomografia computadorizada transformam os fótons
emitidos em sinal analógico (quanto mais Rx chega, maior é a
diferença de potencial, ou voltagem que cada detector fornece ao
computador) e depois digital (o computador converte os valores de
voltagem, contínuos, em unidades digitais, vistas abaixo).
Como dito anteriormente, para a formação da imagem de
tomografia computadorizada a emissão do feixe de raio-x é feita em
diversas posições, posteriormente as informações obtidas são
processadas utilizando uma técnica matemática chamada de
projeção retrógrada, ou outras, como a transformada de Fourier.
Um tomógrafo é formado por um tubo no interior do qual
um anel no qual estão localizados em posições opostas o emissor do
feixe de raio-x e os detectores, sendo que este conjunto gira 360
graus para a obtenção da imagem.
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Física básica da tomografia computadorizada

Dra. Claudia da Costa Leite, Dr. Edson Amaro Júnior, Dra. Maria Garcia Otaduy

Principios da Formação de Imagem em Tomografia Computadorizada

Godfrey Hounsfield é que desenvolveu esta técnica de obtenção de imagens em 1972. Na verdade os princípios físicos da tomografia computadorizada são os mesmos da radiografia convencional. Para a obtenção de imagens são utilizados os raios-x. Enquanto na radiografia convencional ou simples o feixe de raio-x é piramidal e a imagem obtida é uma imagem de projeção, na tomografia computadorizada o feixe é emitido por uma pequena fenda e tem a forma de leque.

Na tomografia computadorizada o tubo de raio-x gira 360 o^ em torno da região do corpo a ser estudada e a imagem obtida é tomográfica ou seja “fatias” da região do corpo estudada são obtidas. Em oposição ao feixe de raios-x emitidos temos um detector de fótons que gira concomitantemente ao feixe de raios-x. Como na radiografia convencional as características das imagens vão depender dos fótons absorvidos pelo objeto em estudo.

Dessa forma, os fótons emitidos dependem da espessura do objeto e da capacidade deste de absorver os raios-x. Os detectores de fótons da tomografia computadorizada transformam os fótons emitidos em sinal analógico (quanto mais Rx chega, maior é a diferença de potencial, ou voltagem que cada detector fornece ao computador) e depois digital (o computador converte os valores de voltagem, contínuos, em unidades digitais, vistas abaixo).

Como dito anteriormente, para a formação da imagem de tomografia computadorizada a emissão do feixe de raio-x é feita em diversas posições, posteriormente as informações obtidas são processadas utilizando uma técnica matemática chamada de projeção retrógrada, ou outras, como a transformada de Fourier.

Um tomógrafo é formado por um tubo no interior do qual há um anel no qual estão localizados em posições opostas o emissor do feixe de raio-x e os detectores, sendo que este conjunto gira 360 graus para a obtenção da imagem.

Atualmente há vários tipos de tomógrafo: convencional ou simplesmente tomografia computadorizada, tomografia computadorizada helicoidal, tomografia computadorizada “multi-slice” e tomógrafos mais sofisticados, como “ultra-fast” e “cone-beam”. Na tomografia helicoidal além do tubo de raio-x e os detectores girarem, a mesa também é deslocada e a trajetória do feixe de Rx ao redor do corpo é uma hélice (ou espiral, senso lato). fonte detectores

Figura 1: esquema da fonte e detectores de um tomógrafo

Características das Imagens Tomográficas

Entre as características das imagens tomográficas destacam- se os pixels, a matriz, o campo de visão (ou fov, “field of view”), a escala de cinza e as janelas. O pixel é o menor ponto da imagem que pode ser obtido. Assim uma imagem é formada por inúmeros pixels. O conjunto de pixels está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz. Quanto maior o número de pixels numa matriz melhor é a sua resolução espacial, o que permite um melhor diferenciação espacial entre as estruturas.

O campo de visão (FOV) representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz, por exemplo, uma matriz pode ter 512 pixels em colunas e 512 pixels em linhas, e se o campo de visão for de 12 cm, cada pixel vai representar cerca de 0,023 cm ( cm/512). Assim para o estudo de estruturas delicadas como o ouvido interno o campo de visão é pequeno, como visto acima enquanto

uma faixa de tons de cinza que nos interessa, de forma a adaptar a nossa capacidade de visão aos dados obtidos pelo tomógrafo.

Numa janela define-se a abertura da mesma ou seja qual será o número máximo de tons de cinza entre o valor númerico em HU do branco e qual será o do preto. O nível é definido como o valor (em HU) da média da janela.

O uso de diferentes janelas em tomografia permite por exemplo o estudo dos ossos com distinção entre a cortical e a medular óssea ou o estudo de partes moles com a distinção, por exemplo, no cérebro entre a substância branca e a cinzenta. A mesma imagem pode ser mostrada com diferentes ajustes da janela, de modo a mostrar diferentes estruturas de cada vez. Não é possível usar um só ajuste da janela para ver, por exemplo, detalhes ósseos e de tecido adiposo ao mesmo tempo.

As imagens tomográficas podem ser obtidas em 2 planos básicos: o plano axial (perpendicular ao maior eixo do corpo) e o plano coronal (paralelo a sutura coronal do crânio ou seja é uma visão frontal). Após obtidas as imagens, recursos computacionais podem permitir reconstruções no plano sagital (paralelo a sutura sagital do crânio) ou reconstruções tri-dimensionais.

Como na radiografia convencional o que está sendo analisado são diferenças de densidade, que podem ser medidas em unidades Hounsfield.

Para descrever diferenças de densidades entre dois tecidos é utilizada uma nomeclatura semelhante à utilizada na ultrassonografia: isoatenuante, hipoatenuante ou hiperatenuante. Isoatenuante é utilizada para atenuações tomográficas semelhantes. Hipoatenuantes para atenuações menores do que o tecido considerado padrão e hiperatenuante para atenuações maiores que o tecido padrão (geralmente o órgão que contém a lesão é considerado o tecido padrão, ou quando isto não se aplica, o centro da janela é considerado isoatenuante).

Bibliografia: