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Estrutura de Capital: Teorias e Modelos de Financiamento Empresarial, Esquemas de Teoria Financeira

Estrutura de capital uma análise de Miller e Modogliani

Tipologia: Esquemas

2023

Compartilhado em 25/05/2023

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Estrutura de capital
Entende-se porestrutura de capitala forma como uma empresa se financia e a forma
como aplica os capitais, isto é, se se financia através decapitais própriosoucapitais
alheios. e se aplica mais em bens de investimento de maturidades elevadas ou em bens
circulantes de maior liquidez.
A procura de uma estrutura óptima de capital é um dos grandes desafios da gestão
financeira, em que o objectivo é minimizar o custo total de financiamento e,
simultaneamente, maximizar o valor do investimento para os accionistas/sócios. As
grandes questões que se colocam são: Qual será a relação entre a estrutura de capital e
arendibilidadedas empresas? Serão mais rentáveis as empresas que recorrem a capitais
próprios ou as que recorrem a capitais alheios?
Ao longo do ciclo de vida de uma empresa, esta precisa de financiamento para o
exercício da sua actividade e para a realização de investimentos. Para dar resposta a
estas necessidades de financiamentos, a empresa pode recorrer a uma combinação de
capitais próprios, capitais alheios e instrumentos híbridos. Será a proporção utilizada de
capital próprio e de capital alheio que determinará a estrutura de capital da empresa. A
questão está em determinar qual a proporção óptima, isto é, qual a proporção entre
capitais próprios e capitais alheios (tendo em contas as aplicações ou investimentos)
mais favorável que permite maximizar o valor da empresa, tendo em conta uma
determinada rendibilidade e um determinado risco.
Modelos teóricos sobre a estrutura de capital
A importância da estrutura de capital é de tal ordem que ao longo do tempo têm surgido
inúmero estudos e teorias explicativas que procuram identificar para cada caso concreto
a estrutura óptima de capital. Os primeiros grandes impulsionadores das teorias da
estrutura óptima de capital foram os economistas Franco Modigliani eMerton Miller,
quando em 1958 publicaram o artigo «The Cost of Capital Corporate Finance and
Theory of Investiment». Baseando-se na teoria económica das finanças empresariais,
Modigliano e Miller recorreram ao conceito de equilíbrio de mercado de arbitragem, em
que o valor de mercado de uma empresa seria independente da sua estrutura de capitais,
tendo demonstrado que empresas idênticas tinham o mesmo valor independentemente
do seu financiamento se efectuar através de capitais próprios ou pelo recurso à dívida.
Estas conclusões foram alvo de várias críticas e com elas surgiram outras teorias
explicativas da estrutura de capital. Em 1977, o próprio Merton Miller desenvolveu
aTeoriaTrade Offque assentava na existência de uma estrutura óptima de capital
através de um modelo que introduzia o impacto da fiscalidade associada ao
financiamento para empresas e investidores. O ponto de equilíbrio da estrutura óptima
de capital seria quando a taxa de imposto suportada pelas empresas fosse igual à taxa de
imposto suportada pelos investidores.
Teoria dotrade-off
Ateoria dotrade-offé um teoria financeira que defende a existência de umaestrutura
de capitalóptima, isto é, um rácio óptimo de capital próprio e capital alheio, que
permite maximizar o valor da empresa. De acordo com esta abordagem, a empresa
procura o equilíbrio entre os custos em que incorreria no caso de falência e os
benefícios de emissão de divida (nomeadamente em termos de poupança fiscal e de
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Estrutura de capital Entende-se por estrutura de capital a forma como uma empresa se financia e a forma como aplica os capitais, isto é, se se financia através de capitais próprios ou capitais alheios. e se aplica mais em bens de investimento de maturidades elevadas ou em bens circulantes de maior liquidez. A procura de uma estrutura óptima de capital é um dos grandes desafios da gestão financeira, em que o objectivo é minimizar o custo total de financiamento e, simultaneamente, maximizar o valor do investimento para os accionistas/sócios. As grandes questões que se colocam são: Qual será a relação entre a estrutura de capital e a rendibilidade das empresas? Serão mais rentáveis as empresas que recorrem a capitais próprios ou as que recorrem a capitais alheios? Ao longo do ciclo de vida de uma empresa, esta precisa de financiamento para o exercício da sua actividade e para a realização de investimentos. Para dar resposta a estas necessidades de financiamentos, a empresa pode recorrer a uma combinação de capitais próprios, capitais alheios e instrumentos híbridos. Será a proporção utilizada de capital próprio e de capital alheio que determinará a estrutura de capital da empresa. A questão está em determinar qual a proporção óptima, isto é, qual a proporção entre capitais próprios e capitais alheios (tendo em contas as aplicações ou investimentos) mais favorável que permite maximizar o valor da empresa, tendo em conta uma determinada rendibilidade e um determinado risco. Modelos teóricos sobre a estrutura de capital A importância da estrutura de capital é de tal ordem que ao longo do tempo têm surgido inúmero estudos e teorias explicativas que procuram identificar para cada caso concreto a estrutura óptima de capital. Os primeiros grandes impulsionadores das teorias da estrutura óptima de capital foram os economistas Franco Modigliani e Merton Miller, quando em 1958 publicaram o artigo « The Cost of Capital Corporate Finance and Theory of Investiment ». Baseando-se na teoria económica das finanças empresariais, Modigliano e Miller recorreram ao conceito de equilíbrio de mercado de arbitragem, em que o valor de mercado de uma empresa seria independente da sua estrutura de capitais, tendo demonstrado que empresas idênticas tinham o mesmo valor independentemente do seu financiamento se efectuar através de capitais próprios ou pelo recurso à dívida. Estas conclusões foram alvo de várias críticas e com elas surgiram outras teorias explicativas da estrutura de capital. Em 1977, o próprio Merton Miller desenvolveu a Teoria Trade Off que assentava na existência de uma estrutura óptima de capital através de um modelo que introduzia o impacto da fiscalidade associada ao financiamento para empresas e investidores. O ponto de equilíbrio da estrutura óptima de capital seria quando a taxa de imposto suportada pelas empresas fosse igual à taxa de imposto suportada pelos investidores. Teoria do trade-off A teoria do trade-off é um teoria financeira que defende a existência de uma estrutura de capital óptima, isto é, um rácio óptimo de capital próprio e capital alheio, que permite maximizar o valor da empresa. De acordo com esta abordagem, a empresa procura o equilíbrio entre os custos em que incorreria no caso de falência e os benefícios de emissão de divida (nomeadamente em termos de poupança fiscal e de

ganhos de alavancagem financeira), estabelecendo um valor objectivo para o endividamento. À medida que a empresa vai aumentando o seu nível de endividamento, também aumenta os ganhos fiscais associados ao endividamento, além de poder ter maiores ganhos com a alavancagem financeira, o que leva a empresa a aumentar os seus resultados e, por essa via, o seu valor. Contudo, à medida que aumenta a dívida, também aumentam os custos associados ao endividamento (p.e. juros), bem como o próprio risco financeiro. Assim, a empresa deve ir contrabalançando os impactos do benefício fiscal com as dificuldades financeiras, de forma a atingir um ponto de endividamento que maximize o seu valor. Teoria do Pecking Order A Teoria do Pecking Order , criada em 1984 por Stewart Myers, é uma das mais conhecidas teorias explicativas da estrutura de capital. De acordo com esta teoria, a estrutura do capital de uma empresa não se baseia no nível óptimo de endividamento que maximiza o valor da empresa, mas sim que esta, resulta de decisões óptimas sucessivas, entre as fontes de financiamento de forma hierárquica, tendo como objectivo minimizar os custos provocados pela assimetria de informação. Devido à existência de assimetrias de informação, os títulos das empresas podem estar incorrectamente avaliados pelo mercado (subavaliados ou sobreavaliados) – neste contexto, e face a uma situação de subavaliação, caso a empresa necessite recorrer ao aumento de capital para financiar um novo projecto, os novos accionistas irão ver sua riqueza aumentar num valor superior ao Valor Actual Líquido (VAL); pelo contrário, os atuais accionistas irão registar uma diminuição da sua riqueza, isto porque os seus activos estavam subavaliados, implicando a contratação de capital a uma taxa de juro superior àquela que teriam se os seus activos estivessem correctamente avaliados. Pressupostos da Teoria do Pecking Order A Teoria do Pecking Order tem como pressupostos principais:

  1. As empresas possuem uma clara preferência pelo autofinanciamento, relativamente ao financiamento externo;
  2. Face às oportunidades de investimento, as empresas adaptam gradualmente os seus objectivos de distribuição de resultados ( payout ratios ), de forma a evitar que estes sofram alterações bruscas;
  3. A necessidade de uma política de dividendos estáveis, aliada às flutuações não previsíveis da rendibilidade e das suas oportunidades de investimento, implica que os fundos gerados internamente sejam superiores ou inferiores às exigências de financiamento impostas pelas oportunidades de crescimento: se forem superiores, a empresa amortiza dívida e/ou adquire títulos negociáveis nos mercados de capitais; se forem inferiores, vende os títulos negociáveis que possuí;
  4. Se o financiamento externo é exigido, as empresas começam por recorrer ao endividamento; seguidamente emitem títulos híbridos – de que são exemplos as