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fichamento pensamentos automaticos
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Fichamento - WRIGHT, J. H. et al. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019. O capítulo 6 do livro Aprendendo a Terapia Cognitivo-Comportamental: um guia ilustrado , de Wright et al. (2019), aborda a técnica da reestruturação cognitiva, uma das ferramentas centrais da TCC. Logo no início, os autores apontam que “os pacientes frequentemente não têm consciência de que seus pensamentos estão afetando a maneira como se sentem” (WRIGHT et al., 2019, p. 105). Esse trecho evidencia o quanto a consciência dos pensamentos automáticos é um passo fundamental no tratamento, especialmente porque muitos pacientes chegam à terapia apenas relatando sintomas emocionais, sem fazer ligação com os pensamentos subjacentes.
Os autores explicam que esses pensamentos automáticos “ocorrem em resposta a uma situação e são geralmente aceitos como verdadeiros sem questionamento” (WRIGHT et al., 2019, p. 106). Essa definição me chamou atenção porque destaca como esses pensamentos podem ser distorcidos e ainda assim exercer influência sobre emoções e comportamentos. Isso me fez refletir sobre quantas vezes que acreditamos em idéias sem base sólida apenas porque elas surgem com força em nossa mente.
A proposta da reestruturação cognitiva, segundo o capítulo, é colaborar com o paciente para identificar, avaliar e modificar essas cognições. Os autores destacam que “a reestruturação cognitiva é um processo colaborativo entre terapeuta e paciente” (WRIGHT et al., 2019, p. 109). A ênfase na colaboração é algo que considero essencial na prática clínica. Muitas vezes, a TCC é vista de forma reducionista como uma abordagem diretiva ou rígida, mas esse trecho reforça que, na verdade, trata-se de uma construção conjunta. Para mim, isso também fortalece o vínculo terapêutico, pois posiciona o paciente como agente ativo de sua mudança.
Um dos recursos mais úteis apresentados no capítulo são as perguntas socráticas, descritas como instrumento para “desafiar pensamentos automáticos” (WRIGHT et al., 2019, p. 110). Os exemplos dados, como “Qual é a evidência de que esse pensamento é verdadeiro?” ou “O que você diria a um amigo nessa situação?”, são estratégias que não apenas promovem insight, mas também preservam a autonomia e o respeito à subjetividade do paciente. Pessoalmente, achei essa parte muito prática e fácil de aplicar até mesmo em atendimentos simulados que fazemos no estágio.
Os autores fazem uma ressalva importante ao afirmar que “pensamentos alternativos não devem ser apenas positivos, mas realistas e baseados em evidências” (WRIGHT et al., 2019, p. 111). Esse ponto me parece fundamental, porque diferencia a TCC de um discurso de “positividade tóxica”. Reestruturar não significa pensar que tudo vai dar certo, mas sim desenvolver interpretações mais funcionais e menos catastróficas, que contribuam para o bem-estar emocional.
Além disso, o texto discute as dificuldades que podem surgir na prática clínica, como a resistência ou a dificuldade do paciente em acessar pensamentos automáticos. Para esses casos, os autores sugerem “o uso de metáforas e dramatizações” (WRIGHT et al., 2019, p. 113), o que me pareceu uma excelente alternativa, principalmente com pacientes que têm mais dificuldade de verbalizar ou que se beneficiam de abordagens mais visuais e corporais. Essas estratégias podem tornar a sessão mais dinâmica e acessível, principalmente em contextos de saúde pública, onde o tempo e os recursos são limitados.
Por fim, o capítulo apresenta ainda a importância do uso de registros de pensamento como forma de organizar o raciocínio do paciente e tornar o processo terapêutico mais visível e concreto. “O terapeuta pode utilizar registros de pensamentos para auxiliar o paciente a identificar e examinar padrões cognitivos” (WRIGHT et al., 2019, p. 108). Na minha visão, esse tipo de ferramenta é útil tanto como intervenção quanto como técnica psicoeducativa, pois ensina o paciente a se auto-observar com mais precisão.
De modo geral, considero este capítulo extremamente didático e aplicável à prática clínica. A linguagem é acessível, os exemplos são concretos e há um bom equilíbrio entre teoria e prática. Como estudante, senti que ele me deu uma base sólida para compreender como a reestruturação cognitiva se desenvolve dentro de uma sessão de TCC. A única sugestão que faria seria a inclusão de um caso clínico completo e progressivo, que demonstrasse o uso dessa técnica em todas as suas etapas. Ainda assim, a leitura foi enriquecedora, e pretendo utilizar vários dos recursos apresentados em meus atendimentos.
WRIGHT, J. H. et al. Aprendendo a terapia cognitivo-comportamental: um guia ilustrado. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2019.