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fichamento maquiavel, Manuais, Projetos, Pesquisas de Direito

fichamento de citação do livro. o principoe de maquiavél

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2010

Compartilhado em 25/08/2010

olavo-ribeiro-5
olavo-ribeiro-5 🇧🇷

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FICHAMENTO DO LIVRO:
O PRÍNCIPE-MAQUIÁVEL
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FICHAMENTO DO LIVRO:

O PRÍNCIPE-MAQUIÁVEL

FICHAMENTO DO LIVRO:

O PRÍNCIPE-MAQUIÁVEL

“[...] é que os homens, com satisfação, mudam de senhor pensando melhorar e esta

crença faz com que lancem mão de armas contra o senhor atual, no que se enganam

porque, pela própria experiência, percebem mais tarde ter piorado a situação”.(p.8)

Isso depende de uma outra necessidade natural e ordinária, a qual faz com que o novo príncipe sempre precise ofender os novos súditos com seus soldados e com outras infinitas injúrias que se lançam sobre a recente conquista; dessa forma, tens como inimigos todos aqueles que ofendeste com a ocupação daquele principado e não podes manter como amigos os que te puseram ali, por não poderes satisfazê-los pela forma por que tinham imaginado, nem aplicar-lhes corretivos violentos uma vez que estás a eles obrigado; porque sempre, mesmo que fortíssimo em exércitos, tem-se necessidade do apoio dos habitantes para penetrar numa província.(p.8)

“[...] reconquistando posteriormente as regiões rebeladas, mais dificilmente se as

perdem, eis que o senhor, em razão da rebelião, é menos vacilante em assegurar-se da

punição daqueles que lhe faltaram com a lealdade [...]”. (p.8)

E quem conquista, querendo conservá-los, deve adotar duas medidas: a primeira, fazer com que a linhagem do antigo príncipe seja extinta; a outra, aquela de não alterar nem as suas leis nem os impostos; por tal forma, dentro de mui curto lapso de tempo, o território conquistado passa a constituir um corpo todo com o principado antigo. (p.9)

“Mas, quando se conquistam territórios numa província com língua, costumes e leis

diferentes, aqui surgem as dificuldades e é necessário haver muito boa sorte e

habilidade para mantê-los.”. (p.9)

“[...] província conquistada não é saqueada pelos lugar-tenentes; os súditos ficam

satisfeitos porque o recurso ao príncipe se torna mais fácil, donde têm mais razões para

amá-lo, querendo ser bons, e para temê-lo, caso queiram agir por forma diversa.” (p.9)

“Quem do exterior desejar assaltar aquele Estado, por ele terá maior respeito; donde,

habitando-o, o príncipe somente com muita dificuldade poderá vir a perdê-lo.” (p.9)

“[...] depreende que os homens devem ser acarinhados ou eliminados, pois se se

vingam das pequenas ofensas, das graves não podem fazê-lo; daí decorre que a ofensa

que se faz ao homem deve ser tal que não se possa temer vingança.” (p.9)

“Deve, ainda, quem se encontre à frente de uma província diferente, como foi dito,

tornar-se chefe e defensor dos menos fortes, tratando de enfraquecer os poderosos e

cuidando que em hipótese alguma aí penetre um forasteiro tão forte quanto ele.” (p.9)

E a ordem das coisas é que, tão logo um estrangeiro poderoso penetre numa província, todos aqueles que nela são mais fracos a ele dêem adesão, movidos pela inveja contra quem se tornou poderoso sobre eles; tanto assim é que em relação a estes não se torna necessário grande trabalho para obter seu apoio, pois logo todos eles, voluntariamente, formam bloco com o seu Estado conquistado. Apenas deve haver o cuidado de não permitir adquiram eles muito poder e muita autoridade, podendo o conquistador, facilmente, com suas forças e com o apoio dos mesmos, abater aqueles que ainda estejam fortes, para tornar-se senhor absoluto daquela província. (p.9-

“[...] sabiam que a guerra não seevita mas apenas se adia em benefício dos outros [...]”

(p.10)

“[...] na verdade o tempo lança à frente todas as coisas e pode transformar o bem em

mal e o mal em bem”. (p.10)

É coisa muito natural e comum o desejo de conquistar e, sempre, quando os homens podem fazê-lo, serão louvados ou, pelo menos, não serão censurados; mas quando não têm possibilidade e querem fazê-lo de qualquer maneira, aqui está o erro e, consequentemente, a censura. (p.11)

“ [...] nunca se deve deixar prosseguir uma crise para escapar a uma guerra, mesmo

porque dela não se foge mas apenas se adia para desvantagem própria.” (p.11)

“[...] quem é causa do poderio de alguém arruina-se, por que esse poder resulta ou da

astúcia ou da força e ambas são suspeitas para aquele que se tornou poderoso.” (p.12)

POR QUE O REINO DE DARIO, OCUPADO POR ALEXANDRE, NÃO SE

REBELOU CONTRA SEUS SUCESSORES APÓS A MORTE DESTE

Argumento: os principados de que se conserva memória, têm sido governados de duas formas diversas: ou por um príncipe, sendo todos os demais servos que, como ministros por graça e concessão sua, ajudam a governar o Estado, ou por um príncipe e por barões, os quais, não por graça do senhor mas por antigüidade de sangue, têm aquele grau de ministros. (p.13)

“[...] assim, estar preparado para que, quando não acreditarem mais, se possa fazê-los

crer pela força.” (p.17)

DOS PRINCIPADOS NOVOS QUE SE CONQUISTAM COM AS ARMAS E

FORTUNA DOS OUTROS

“Aqueles que somente por fortuna se tornam de privados em príncipes, com pouca

fadiga assim se transformam, mas só com muito esforço assim se mantêm [...]” (p.18)

DOS QUE CHEGARAM AO PRINCIPADO POR MEIO DE CRIMES

“Não se pode, ainda, chamar virtude o matar os seus concidadãos, trair os amigos, ser

sem fé, sem piedade, sem religião; tais modos podem fazer conquistar poder, mas não

glória.” (p.22)

Bem usadas pode-se dizer serem aquelas (se do mal for lícito falar bem) que se fazem instantaneamente pela necessidade do firmar-se e, depois, nelas não se insiste mas sim se as transforma no máximo possível de utilidade para os súditos; mal usadas são aquelas que, mesmo poucas a princípio, com o decorrer do tempo aumentam ao invés de se extinguirem. (p.23) Por isso é de notar-se que, ao ocupar um Estado, deve o conquistador exercer todas aquelas ofensas que se lhe tornem necessárias, fazendo- as todas a um tempo só para não precisar renová-las a cada dia e poder, assim, dar segurança aos homens e conquistá-los com benefícios, Quem age diversamente, ou por timidez ou por mau conselho, tem sempre necessidade de conservar a faca na mão, não podendo nunca confiar em seus súditos, pois que estes nele também não podem ter confiança diante das novas e contínuas injúrias. Portanto, as ofensas devem ser feitas todas de uma só vez, a fim de que, pouco degustadas, ofendam menos, ao passo que os benefícios devem ser feitos aos poucos, para que sejam melhor apreciados. Acima de tudo, um príncipe deve viver com seus súditos de modo que nenhum acidente, bom ou mau, o faça variar: porque, surgindo pelos tempos adversos a necessidade, não estarás em tempo de fazer o mal, e o bem que tu fizeres não te será útil eis que, julgado forçado, não trará gratidão. (p.24) DO PRINCIPADO CIVIL

“O principado é constituído ou pelo povo ou pelos grandes, conforme uma ou outra

destas partes tenha oportunidade” (p.25)

“O que chega ao principado com a ajuda dos grandes se mantém com mais dificuldade

daquele que ascende ao posto com o apoio do povo, pois se encontra príncipe com

muitos ao redor a lhe parecerem seus iguais[...]” (p.25)

“[...] aquele que chega ao principado com o favor popular, aí se encontra só e ao seu

derredor não tem ninguém ou são pouquíssimos que não estejam preparados para

obedecer.” (p.25)

“Contudo, um príncipe hábil deve pensar na maneira pela qual possa fazer com que os

seus cidadãos sempre e em qualquer circunstância tenham necessidade do Estado e dele

mesmo, e estes, então, sempre lhe serão fiéis.” (p.26)

COMO SE DEVEM MEDIR AS FORÇAS DE TODOS OS PRINCIPADOS

Um príncipe, pois, que tenha uma cidade forte e não se faça odiar, não pode ser atacado e, existindo alguém que o assaltasse, retirar-se- ia com vergonha, eis que as coisas do mundo são assim tão variadas que é quase impossível alguém pudesse ficar com os exércitos ociosos por um ano, a assediá-lo. (p.27) A quem replicasse que, tendo as suas propriedades fora da cidade e vendo-as a arder, o povo não terá paciência e o longo assédio e a piedade de si mesmo o farão esquecer o príncipe, eu responderia que um príncipe poderoso e afoito superará sempre aquelas dificuldades, ora dando aos súditos esperança de que o mal não será longo, ora incutindo temor da crueldade do inimigo, ora assegurando-se com destreza daqueles que lhe pareçam muito temerários. (p.27)

“E a natureza dos homens é aquela de obrigar-se tanto pelos benefícios que são feitos

como por aqueles que se recebem” (p.28)

“Donde, em se considerando tudo bem, não será difícil a um príncipe prudente

conservar firmes, antes e depois do cerco, os ânimos de seus cidadãos, desde que não

faltem víveres nem meios de defesa.” (p.28)

DOS PRINCIPADOS ECLESIÁSTICOS

“[...] sendo eles dirigidos por razão superior, à qual a mente humana não atinge,

deixarei de falar a seu respeito, mesmo porque, sendo engrandecidos e mantidos por

O QUE COMPETE A UM PRÍNCIPE ACERCA DA MILÍCIA (TROPA)

Deve, pois, um príncipe não ter outro objetivo nem outro pensamento, nem tomar qualquer outra coisa por fazer, senão a guerra e a sua organização e disciplina, pois que é essa a única arte que compete a quem comanda. E é ela de tanta virtude, que não só mantém aqueles que nasceram príncipes, como também muitas vezes faz os homens de condição privada subirem àquele posto; ao contrário, vê-se que, quando os príncipes pensam mais nas delicadezas do que nas armas, perdem o seu Estado. A primeira causa que te faz perder o governo é negligenciar dessa arte, enquanto que a razão que te permite conquistá-lo é o ser professo da mesma. (p.36)

DAQUELAS COISAS PELAS QUAIS OS HOMENS, E ESPECIALMENTE OS

PRÍNCIPES, SÃO LOUVADOS OU VITUPERADOS

Em verdade, há tanta diferença de como se vive e como se deveria viver, que aquele que abandone o que se faz por aquilo que se deveria fazer, aprenderá antes o caminho de sua ruína do que o de sua preservação, eis que um homem que queira em todas as suas palavras fazer profissão de bondade perder-se-á em meio a tantos que não são bons. (p.38)

“Donde é necessário, a um príncipe que queira se mantiver aprender a poder não ser

bom e usar ou não da bondade, segundo a necessidade.” (p.38)

DA LIBERALIDADE E DA PARCIMÔNIA

Um príncipe, pois, não podendo usar essa qualidade de liberal sem sofrer dano, tornando-a conhecida, deve ser prudente, deve não se preocupar com a pecha de miserável, eis que, com o decorrer do tempo, será considerado sempre mais liberal, uma vez vendo o povo que com sua parcimônia a receita lhe basta, pode defender-se de quem lhe mova guerra e tem possibilidade de realizar empreendimentos sem gravar o povo; assim agindo, vem a usar liberalidade para com todos aqueles dos quais nada tira, que são numerosos, e a empregar miséria para com todos os outros a quem não dá, que são poucos. (p.39) Portanto, um príncipe deve gastar pouco para não precisar roubar seus súditos, para poder defender-se, para não ficar pobre e desprezado, para não ser forçado a tornar-se rapace, não se importando de incorrer na fama de miserável, porque esse é um daqueles defeitos que o fazem reinarem. (p.39)

“[...] ou o príncipe gasta do seu, ou de seus súditos, ou de outrem; no primeiro caso,

deve ser parcimonioso; nos outros, não deve deixar de praticar nenhuma liberalidade.”

(p.39-40)

“[...] é mais sabedoria ter a fama de miserável, que dá origem a uma infâmia sem ódio,

do que, por querer o conceito de liberal, ver-se na necessidade de incorrer no

julgamento de rapace, que cria uma má fama com ódio.” (p.41)

DA CRUELDADE E DA PIEDADE; SE É MELHOR SER AMADO QUE

TEMIDO, OU ANTES, TEMIDO QUE AMADO

“[...] cada príncipe deve desejar ser tido como piedoso e não como cruel: não obstante

isso, deve ter o cuidado de não usar mal essa piedade.” (p.42)

O príncipe, contudo, deve ser lento no crer e no agir, não se alarmar por si mesmo e proceder por forma equilibrada, com prudência e humanidade, buscando evitar que a excessiva confiança o torne incauto e a demasiada desconfiança o faça intolerável. (p.42)

“[...] um príncipe sábio, amando os homens como a eles agrada e sendo por eles temido

como deseja, deve apoiar-se naquilo que é seu e não no que é dos outros; deve apenas

empenhar-se em fugir ao ódio [...]” (p.43)

DE QUE MODO OS PRÍNCIPES DEVEM MANTER A FÉ DA PALAVRA

DADA

“Se todos os homens fossem bons, este preceito seria mau; mas, porque são maus e não

observariam a sua fé a teu respeito, não há razão para que a cumpras para com eles.”

(p.44)

[...] um príncipe novo, não pode praticar todas aquelas coisas pelas quais os homens são considerados bons, uma vez que, freqüentemente, é obrigado, para manter o Estado, a agir contra a fé, contra a caridade, contra a humanidade, contra a religião. (p.45)

“[...] um príncipe prudente deve proceder por uma terceira maneira, escolhendo em seu

Estado homens sábios e somente a eles deve dar a liberdade de falar-lhe a verdade

daquilo que ele pergunte e nada mais.” (p.58)

“Um príncipe, portanto, deve aconselhar-se sempre, mas quando ele queira e não

quando os outros desejem; antes, deve tolher a todos o desejo de aconselhar-lhe alguma

coisa sem que ele venha a pedir.” (p.58)

“[...] os bons conselhos, venham de onde vierem, devem nascer da prudência do

príncipe, e não a prudência do príncipe resultar dos bons conselhos.” (p.59)

CARTA DE MACHIAVELLI A FRANCESCO VETTORI, EM ROMA

E da minha fidelidade não se deveria duvidar porque, tendo sempre observado a lealdade, não devo aprender agora a rompê-la; quem foi fiel e bom durante quarenta e três anos, que eu os tenho, não deve poder mudar sua natureza; da minha lealdade e bondade é testemunho a minha pobreza. Desejaria, pois, que vós ainda me escrevêsseis aquilo que sobre este assunto vos pareça. A vós me recomendo. Seja feliz. (p.69)

Indicado para estudantes de Direito.

http://www.4shared.com/document/Jj_teBJW/O_Prncipe_-_Maquiavl.html?

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