METAPNEUMOVÍRUS 18
- Etiologia: O Metapneumovírus aviário (aMPV) é o agente etiológico da Rinotragueite
dos Perus (Turkey Rhinotracheitis - TRT) e está associado à Síndrome da Cabeça
Inchada (Swollen Head Syndrome - SHS) em galinhas. Pertence à ordem
Monogenegaviales, família Pneumoviridae e genêro Metapneumovírus.
- Característica do agente etiológico: Vírus envelopado com RNA de fita simples,
pleomórfico esférico, longos filamentos e nucleocapsídeo helicoidal.
- Patogenia e epidemiologia: Entra no organismo pelo trato respiratório, e sua
replicação implicará na perda do movimento ciliar, o que posteriormente vai
caracterizar os sintomas respiratórios e facilitará a contaminação por agentes
secundários. O vírus se replica no epitélio ciliado do trato reprodutivo através de
corrente circulatória após a replicação primária no trato respiratório, podendo ocasionar
um bloqueio de algumas funções do oviduto e ovário dessas aves.
- Animais susceptíveis e portadores: Tem como hospedeiros naturais perus e galinhas,
mas também já foi isolado em aves silvestres.
- Fontes de infecção, meios de disseminação e vetores: A transmissão ocorre de
forma horizontal por aerossol, através do contato entre aves doentes e aves sadias,
movimentação de aves contaminadas, água contaminada, equipamentos, caminhões de
ração. Até hoje não há evidências de contaminação vertical da doença.
- Porta de entrada e vias de eliminação: Porta de entrada é o trato respiratório e a
eliminação é por meio da via aérea, pelos aerossóis.
- Sintomas: Causa infecção aguda no trato respiratório superior das aves levando a
destruição do epitélio e produção de muco. Nos frangos, o vírus se manifesta como a
síndrome da cabeça inchada e torna-se mais grave quando associado à agentes
secundários, principalmente a bactéria Escherichia coli. A síndrome acomete matrizes,
poedeiras e frangos de corte e é caracterizada por apatia, dificuldade respiratória,
opistótono, inchaço dos seios infraorbital e periorbital, além de comprometer a
produção de ovos.
- Alterações macro: Edema e exsudato purulento no tecido subcutâneo da cabeça,
pescoço e barbela. Também pode ocorrer edema dos seios infraorbitários.
- Alterações microscópicas: As alterações histopatógicas no epitélio respiratório
incluem perda dos cílios e infiltração inflamatória de submucosa.
- Método(s) de diagnóstico:
(x) Clínico: Suas manifestações clínicas não são específicas.
(x) Anatomo-patológico: Necrose do baço, aerossaculite fibrinosa e peri-hepatite.
(x) Laboratorial: Isolamento viral, detecção do genoma viral e detecção de anticorpos
específicos. O melhor material para o isolamento são secreções oculares e nasal e
também raspado de seio nasal das aves infectadas. É importante que se obtenha este
material ainda no início da infecção. O diagnóstico molecular do aMPV tem sido muito
utilizado, uma vez que oferece resultados mais rápidos que o isolamento viral.
- Diagnóstico diferencial: Paramyxoviroses, doença de Newcastle e APMV-3,
Bronquite infecciosa e Influenza aviária.
- Controle e prevenção: Boas práticas de manejo na criação das aves e o
estabelecimento de programas de biosseguridade na propriedade. Vacinação: Vacinas
vivas atenuadas. A via de administração pode ser na água de beber, pulverização ou
administração oculonasal e intramuscular.
- Existe tratamento? Sem tratamento específico, o uso de antibióticos pode ajudar a
controlar infecções bacterianas secundárias.
- É uma zoonose? ( ) sim (x) não - É uma DTA? ( ) sim (x) não
-O sacrifício do animal é obrigatório para conter a doença? ( ) sim (x) não