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Guias e Dicas
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Fibromialgia: Diagnóstico, Sintomas e Intervenção Fisioterapêutica, Notas de aula de Reumatologia

A fibromialgia, uma síndrome reumática crônica caracterizada por dor generalizada e pontos dolorosos. Apresenta informações detalhadas sobre a etiologia, epidemiologia, sintomatologia, diagnóstico, critérios de 2010, instrumentos de avaliação e intervenção fisioterapêutica. O documento destaca a importância da individualização do tratamento e a necessidade de considerar os diagnósticos diferenciais.

Tipologia: Notas de aula

2024

À venda por 12/12/2024

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maria-isabela-alves-de-almeida-silv 🇧🇷

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FIBROMIALGIA
CONCEITO
oSíndrome reumática não inflamatória, crônica;
oCaracterizada principalmente por dor generalizada e a presença de pontos
dolorosos sensíveis à palpação no sistema musculoesquelético (tender points)
ETIOLOGIA
oIdiopática
oAlgumas evidências apontam:
Alterações metabólicas e de oxigenação nas fibras musculares
Desequilíbrio entre a percepção de dor e os mecanismos das vias
aferentes
Diminuição dos níveis de serotonina e endorfina
EPIDEMIOLOGIA
oEUA e Europa: 5% na população geral
oBrasil: presente em até 2,5% da população geral
oSegunda doença reumatológica mais frequente, após osteoartrite
oPredomina no sexo feminino, entre 35 e 44 anos
SINTOMATOLOGIA
oDor generalizada
oDistúrbios do sono
oAlteração de humor
oDiminuição da aptidão cardiorrespiratória
oIncapacidade funcional
oRigidez dos músculos e articulações
oRedução da força e da resistência muscular
oIntolerância ao frio
oDepressão
oAnsiedade
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FIBROMIALGIA

CONCEITO

o Síndrome reumática não inflamatória, crônica; o Caracterizada principalmente por dor generalizada e a presença de pontos dolorosos sensíveis à palpação no sistema musculoesquelético (tender points) ETIOLOGIA o Idiopática o Algumas evidências apontam:  Alterações metabólicas e de oxigenação nas fibras musculares  Desequilíbrio entre a percepção de dor e os mecanismos das vias aferentes  Diminuição dos níveis de serotonina e endorfina EPIDEMIOLOGIA o EUA e Europa: 5% na população geral o Brasil: presente em até 2,5% da população geral o Segunda doença reumatológica mais frequente, após osteoartrite o Predomina no sexo feminino, entre 35 e 44 anos SINTOMATOLOGIA o Dor generalizada o Distúrbios do sono o Alteração de humor o Diminuição da aptidão cardiorrespiratória o Incapacidade funcional o Rigidez dos músculos e articulações o Redução da força e da resistência muscular o Intolerância ao frio o Depressão o Ansiedade

o Dor de cabeça o Disfunção intestinal o Prejuízos na atenção e memória o Grande impacto na qualidade de vida DIAGNÓSTICO o Em 2010, o Colégio Americano de Reumatologia (CAR) validou novos critérios preliminares para o diagnóstico da fibromialgia.  Widespread pain index  Symptom severity o Estas escalas permitiram uma acurácia diagnóstica maior (90,8%) quando comparadas com os critérios de 1990. o É necessário ter as 3 condições abaixo:  Índice de Dor Generalizada > igual a 7 e Escala de Severidade dos Sintomas > igual a 5 ou IDG entre 4-6 e ESS > 9  Presença dos sintomas há pelo menos três meses  Ausência de outra doença que possa explicar o quadro  Índice de Dor Generalizada : somar o número de regiões que apresentaram dor ao longo da última semana. Valor máximo = 19  Cada parte do corpo marcada equivale a 1 ponto. Com um total de 19 partes  As partes do corpo estão distribuídas em 5 regiões: região superior direita, região superior esquerda, região inferior direita, região inferior esquerda, região axial  Para ser considerado fibromialgia o IDG deve ser maior ou igual a 7 e deve estar distribuído em 4 das 5 regiões.  IDG entre 4 e 6, o ESS deve ser maior ou igual a 9  Escala de Severidade dos Sintomas : somar a gravidade dos 3 sintomas principais + gravidade dos sintomas somáticos gerais. Valor máximo = 12.  Atribuir uma gradação para cada um dos 3 sintomas principais abaixo: Ausente =0 / leve =1 / moderado =2 / grave =3.

  1. Fadiga: 0 a 3
  2. Sono não reparador: 0 a 3

Podem ser úteis no diagnóstico quando avaliados em conjunto com outros distúrbios funcionais contemplados nos critérios de 2010. Sua contagem pode se correlacionar com a intensidade de alguns sintomas, particularmente de estresse emocional.

  1. Os diagnósticos de sono, fadiga e cognitivos, também são? Os distúrbios do sono, alterações de cognição e fadiga devem ser considerados para o diagnóstico. Sugere-se considera-los também na avaliação da gravidade dos pacientes.
  2. Os critérios de 2010 podem ser considerados para o diagnóstico? Recomendamos o emprego dos critérios do ACR 2010 para o diagnóstico da FM
  3. Há indicação da termografia no diagnóstico? Não existem evidências para recomendar o emprego da termografia.
  4. Quando devemos solicitar a polissonografia (avalia a qualidade do sono) para o diagnóstico? Não recomendamos o uso da polissonografia para o diagnóstico.
  5. O diagnóstico é de exclusão? Não. Sugerimos sempre considerar os diagnósticos diferenciais com outras síndromes ou doenças com sintomas semelhantes.
  6. Devemos avaliar distúrbios de humor no paciente com FM? Como? Sugerimos a mensuração sistemática dos transtornos de humor por meio de instrumentos validados, adequados ao nível de atenção à saúde em que são aplicados. INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO: questionário FIQ (Fibromyalgia Impact Questionnaire) o Envolve questões relacionadas à capacidade funcional, situação profissional, distúrbios psicológicos e sintomas físicos o 19 questões, organizadas em 10 itens. o Quanto maior o escore, maior é o impacto da FM na qualidade de vida. INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA o Dor: barreira importante para a prática de exercícios físicos

o A prescrição do exercício deve ser baseada na individualidade biológica o Teste de 1 RM (repetição máxima): padrão ouro pra determinar a FM o Teste VO2 máx: excelente preditor de desempenho aeróbico. o Resistido: 1 a 3 séries de 8 a 15 repetições que incluem 8 a 12 exercícios de corpo inteiro, utilizando de 40 a 80% de 1RM duas vezes por semana. o Aeróbico: em torno de 40% a 70% da frequência cardíaca máxima de 10 a 60 min por sessão para 2 a 3 vezes por semana (corrida na esteira ou bicicleta ergométrica)  Melhora da dor e função física  Exercícios terrestres e aquáticos parecem igualmente eficazes  Ainda não há evidências suficientes para determinar a superioridade de um exercício sobre o outro.