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Guias e Dicas
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Viabilidade de Central Hidrelétrica para Alimentar Bomba em Fábrica de Água Mineral, Resumos de Máquinas

Este documento discute a viabilidade de instalar uma central hidrelétrica (cgh) na fazenda mineração bom jesus, localizada em luziânia, goiás, para alimentar uma bomba hidráulica que bombeia água para uma futura fábrica de água mineral. O texto explica os componentes de um sistema de bombeamento hidráulico, as bombas hidráulicas e suas propriedades, e o processo de dimensionamento de uma bomba e tubulação. O documento também discute as perdas de carga nas tubulações e a importância de conhecer as propriedades do fluido.

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Universidade de Brasília
Faculdade UnB Gama FGA
Curso de Engenharia de Energia
ESTUDO DE VIABILIDADE NA IMPLANTAÇÃO DE
UMA CENTRAL DE GERAÇÃO HIDRELÉTRICA PARA
ALIMENTAÇÃO DE UMA BOMBA HIDRÁULICA.
Autor: Vanessa de Oliveira Ribeiro
Orientador: Prof. Dr. Rudi Henri Van Els
Brasília
2015
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Universidade de Brasília

Faculdade UnB Gama – FGA

Curso de Engenharia de Energia

ESTUDO DE VIABILIDADE NA IMPLANTAÇÃO DE

UMA CENTRAL DE GERAÇÃO HIDRELÉTRICA PARA

ALIMENTAÇÃO DE UMA BOMBA HIDRÁULICA.

Autor: Vanessa de Oliveira Ribeiro

Orientador: Prof. Dr. Rudi Henri Van Els

Brasília

VANESSA DE OLIVEIRA RIBEIRO

ESTUDO DE VIABILIDADE NA IMPLANTAÇÃO DE UMA CENTRAL DE

GERAÇÃO HIDRELÉTRICA PARA ALIMENTAÇÃO DE UMA BOMBA

HIDRÁULICA.

Monografia submetida ao curso de Engenharia de Energia da Universidade de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia de Energia. Orientador: Prof. Dr. Rudi Henri Van Els

Brasília 2015

ESTUDO DE VIABILIDADE NA IMPLANTAÇÃO DE UMA CENTRAL DE

GERAÇÃO HIDRELÉTRICA PARA ALIMENTAÇÃO DE UMA BOMBA

HIDRÁULICA.

Aluna: Vanessa de Oliveira Ribeiro

Monografia submetida como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Engenharia de Energia da Faculdade UnB Gama - FGA, da Universidade de Brasília, em 07/ 12/2015 apresentada e aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:

Prof. Dr: Rudi Henri Van Els, UnB/ FGA Orientador

Prof. Doutor: Luciano Gonçalves Noleto, UnB/ FGA Membro Convidado

Prof. Doutor: Augusto César de Mendonça Brasil, UnB/ FGA Membro Convidado

Brasília 2015

AGRADECIMENTOS

A Deus, que com sua misericórdia e amor me sustentou até aqui. Aos meus pais, Andrea de Oliveira e Galdino Hilário, pela infinita compreensão diante dos meus sentimentos aflorados quando passava por alguns desafios durante a graduação, eu os amo e os admiro. Obrigada por toda palavra de incentivo, pela paciência e amor, por sempre me darem a liberdade de ser e fazer aquilo que o meu coração mandava, a vocês o meu amor e gratidão para sempre.

Aos meus familiares e amigos de longa data que estiveram do meu lado durante toda a minha graduação sempre acreditando em meu potencial. Em especial minha amiga Mariana Vasconcelos de Castro, que sempre me deu apoio desde o Ensino Médio e o meu amigo Paulo Henrique Castro dos Santos que durante grande parte da graduação esteve ao meu lado me apoiando, sendo um grande amigo e companheiro.

Ao meu amigo de graduação Diego Cardoso de Souza por me motivar a não desistir em nenhum momento e com sua fé em Deus me inspirar a acreditar em minha capacidade.

Ao meus amigos de trabalho Rodrigo e Zenaildo que me ajudaram muito e com muita paciência me deram apoio técnico de excelência.

Aos Professores Doutores da UnB do Gama, Augusto Brasil e Luciano Noleto pelos auxílios e conhecimentos repassados para este trabalho.

Ao meu orientador Professor Doutor Rudi Henri Van Els que com toda paciência e solidez me orientou na realização desse trabalho.

A todos os que estiveram comigo direta ou indiretamente durante os anos de graduação, obrigada.

ABSTRACT

With the increased use of Electricity in Brazil small hydroelectric power generation facilities have been gaining strength in the Brazilian energy matrix, becoming thus a renewable resource to be used as an alternative energy source. This study was to analyze the viability of implantation of a small hydro plant as an alternative to power a hydraulic pump that will capture water from a spring and will pump at a constant flow rate of 10 m3/h to a stainless steel tank with 12 m3 capacity, which will be installed in a future factory of mineral water. The use study is the farm Mineração Bom Jesus, in the municipality of Luziânia, state of Goiás. The development of this work was based on theoretical studies to estimate the hydropower produced by a waterfall, through data flow of the course existing water in place of 0.3032 m3/s and drop height of 8.4 meters. After lifting all the necessary data, it was found that the hydropower generated is a maximum of 25 kW, which ranks the small hydropower plant as the micro type and low head, because the power found is less than 100 kW. The turbine was chosen to Indalma and have a maximum power of 4.04 kW, from that information set up the diameter of the discharge piping with 21/2 "(two and a half inches) and suction with 3" (three inches ), it had a lower pressure drop for the system which influence the choice of a pump of the ME 2350 model Schneider manufacturing company, with an output of 3.7 kW, within the power limit Indalma generated by the turbine, indicating feasibility of installation of the micro to the hydraulic pump power. The total project cost is R$ 140,297.11. The payback is about 9 years .The installation of the micro provide financial improvements, for the generation of electric energy supply the consumption of the pump and will also bring environmental and marketing benefits to future plant.

Keywords : Hydroelectric micro-station. Hydraulic pump. Hydroelectric potential.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

LISTA DE ABREVIATURAS

ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica CGH - Central de Geração Hidrelétrica LTDA - Limitada EPE - Empresa de Pesquisa Energética PNUMA - Programa das Nações Unidas para o meio ambiente G1 - Fonte Gênesis 1 G2 - Fonte Gênesis 2 TCC2 - Trabalho de Conclusão de Curso 2 NBR – Norma Brasileira

SUMÁRIO

  • Figura 1 - Turbina Francis e seus principais componentes.............................................
  • Figura 2 - Turbina Kaplan e seus principais componentes..............................................
  • Figura 3 - Turbina Pelton e seus principais componentes...............................................
  • Figura 4 - Turbina Indalma..............................................................................................
  • Figura 5 - Roda hidráulica instalada no local de estudo..................................................
  • Figura 6 - Partes principais de um sistema de bombeamento..........................................
  • Figura 7 - Esquema típico de microusina hidrelétrica fio d’água....................................
  • Figura 8 - Localização da Mineração Bom Jesus ltda no contexto estadual...................
  • Figura 9 - Bacias hidrográficas do estado do Goiás........................................................
  • 2....................................................................................................................................... Figura 10 - Vista geral da captação da mina d’água, Fontes de água Gênesis 1 e
  • Figura 11 - Distância entre as fontes e o vertedouro (V).................................................
  • deságua o fluxo.de água................................................................................................... Figura 12 - Diagrama de blocos do processo de captação da água até o vertedouro onde
  • Figura 13 - Tubulão instalado na captação......................................................................
  • Figura 14 - Caixa de passagem no interior da área cercada da captação.........................
  • Figura 15 - Caixa de saída, das fontes até o vertedouro..................................................
  • Figura 16 - Vertedouro na margem do córrego Santo Antônio da Boa Vista................
  • da Boa Vista..................................................................................................................... Figura 17 - Vista superior do vertedouro situado na margem do Córrego Santo Antônio
  • Figura 18 - Visão lateral simplificada da queda d’água..................................................
  • Figura 19 - Distância entre as fontes e a futura fábrica de água......................................
  • Figura 20 - Instalação típica de bomba centrífuga..........................................................
  • Figura 21 - Escolha da bomba pela altura manométrica e vazão - caso 1.......................
  • Figura 22 - Curva de pressão da bomba VME-9875 da marca Schneider - caso 1.........
  • Figura 23 - Gráfico da Potência de eixo da bomba VME-9875 - caso 1.........................
  • Figura 24 - Gráfico do rendimento da bomba VME-9875 - caso 1.................................
  • Figura 25 - Escolha da bomba pela altura manométrica e vazão - caso 2.......................
  • 2....................................................................................................................................... Figura 26 - Curva de pressão da bomba VME-2350 da marca Schneider - caso
  • Figura 27 – Gráfico da Potência de eixo da bomba ME-2350 - caso 2...........................
  • Figura 28 - Gráfico do rendimento da bomba ME-2350 - caso 2....................................
  • Figura 29 - Visão geral do sistema de bombeamento......................................................
  • Figura 30 - Detalhe do desenho do sistema de bombeamento........................................
  • Figura 31 - Detalhe do percurso da tubulação com os suportes......................................
  • Figura 32 - Visão isométrica do local de instalação da bomba.......................................
  • Figura 33 - Vista da parte de trás de onde sairá a tubulação de recalque........................
  • Figura 34 - Diagrama de blocos com o esquemático da proposta deste trabalho............
  • Figura 35 - Ábaco de seleção de turbinas para microcentrais hidrelétricas....................
  • Figura 36 - Vista lateral da instalação da turbina Francis...............................................
  • Figura 37 - Vista lateral da instalação da turbina Indalma..............................................
  • Figura 38 - Turbina Francis em detalhe...........................................................................
  • Figura 39 - Casa de máquinas da microcentral com a turbina Francis............................
  • Figura 40 - Turbina Indalma em detalhe dentro da casa de máquinas............................
  • Indalma............................................................................................................................ Figura 41 - Casa de máquinas da microcentral de geração hidrelétrica com a turbina
  • Figura 42 - Gráfico de Rotação versus potência a rendimento da turbina Indalma........
  • Figura 43 - Diagrama elétrico de acionamento da bomba hidráulica..............................
  • Figura 44 - Caso em que a bomba não funcionará..........................................................
  • Figura 45 - Casos em que a bomba funcionará...............................................................
  • Figura 46 - Casos em que a bomba funcionará...............................................................
  • Figura 47 - Payback do valor investido...........................................................................
  • Tabela 1 - Centrais de Geração Hidrelétrica no Estado do Goiás.................................. LISTA DE TABELAS
  • Tabela 2 - Classificação das PCH quanto à potência e quanto à queda de projeto........
  • Tabela 3 - Velocidades de escoamento para diferentes diâmetros de tubulação............
  • Tabela 4 - Comprimento equivalente da tubulação de recalque de 2”...........................
  • Tabela 5 - Comprimento equivalente da tubulação de recalque de 2 1/2”.....................
  • Tabela 6 - Comprimento equivalente da tubulação de sucção de 2 1/2”........................
  • Tabela 7 - Comprimento equivalente da tubulação de sucção de 3”..............................
  • Tabela 8 - Bomba selecionada para 98,84 mca (caso 1)...............................................
  • Tabela 9 - Bomba selecionada para 56,7 mca (caso 2)..................................................
  • (2” no recalque e de 21/2” na sucção)............................................................................. Tabela 10 - Tabela com o custo do material do sistema de bombeamento com aço inox
  • 2” no recalque e de 21/2” na sucção)............................................................................. Tabela 11 - Tabela com o custo do material do sistema de bombeamento com o PVC (
  • 21/2" no recalque e de 3” na sucção).............................................................................. Tabela 12 - Tabela com o custo do material do sistema de bombeamento com aço inox (
  • 21/2” no recalque e de 3” na sucção).............................................................................. Tabela 13 - Tabela com o custo do material do sistema de bombeamento com o PVC (
  • Tabela 14 - Tabela comparativa dos custos para tubo de PVC e aço inox para os casos
  • e 2....................................................................................................................................
  • Tabela 15 - Custo de instalação da turbina Indalma.......................................................
  • Tabela 16 - Custo total de instalação de uma turbina Francis.........................................
  • Tabela 17 - Tabela dos componentes do circuito elétrico...............................................
  • Tabela 18 - Custo total do projeto proposto....................................................................
  • CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
  • 1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
  • 1.2 MOTIVAÇÃO
  • 1.3 JUSTIFICATIVA
  • 1.4 OBJETIVOS
  • 1.4.1 Objetivos específicos..................................................................................................
  • 1.5 METODOLOGIA
  • 1.6 ORGANIZAÇÃO
  • CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
  • 2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS HIDRÁULICAS
  • 2.1.1 Máquinas motrizes......................................................................................................
  • 2.1.1.1 Turbinas hidráulicas
  • 2.1.1.1.1 Francis.................................................................................
  • 2.1.1.1.2 Kaplan.................................................................................
  • 2.1.1.1.3 Pelton..................................................................................
  • 2.1.1.1.4 Indalma...............................................................................
  • 2.1.1.1.5 Rodas hidráulicas ..............................................................
  • 2.1.2 Máquinas geratrizes....................................................................................................
  • 2.1.3 Máquinas mistas..........................................................................................................
  • 2.2 BOMBEAMENTO HIDRÁULICO
  • 2.3 CENTRAL HIDRELÉTRICA
  • CAPITULO 3 - O SÍTIO
  • 3.1 LOCALIZAÇÃO
  • 3.2 BACIA HIDROGRÁFICA
  • 3.3 AQUÍFERO EXPLORADO
  • 3.4 DADOS HIDROENERGÉTICOS
  • CAPÍTULO 4 SISTEMA DE BOMBEAMENTO
  • 4.1 DIMENSIONAMENTO DA BOMBA
  • 4.1.1 Memorial de cálculo...................................................................................................
  • 4.1.2 Vazão de bombeamento.............................................................................................
  • 4.1.3 Diâmetro da tubulação................................................................................................
  • 4.1.4 Velocidades de recalque e Sucção
  • 4.1.4.1 Velocidade de recalque................................................................
  • 4.1.4.2 Velocidade de Sucção
  • 4.1.5 Conexões e acessórios................................................................................................
  • 4.1.5.1 Recalque........................................................................................
  • 4.1.5.2 Sucção...........................................................................................
  • 4.1.6 Perda de Carga............................................................................................................
  • 4.1.6.1 Perda de carga no recalque
  • 4.1.6.2 Perda de carga na Sucção
  • 4.1.7 Altura manométrica...................................................................................................
  • 4.1.8 Definição da bomba...................................................................................................
  • 4.2 CUSTO DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO
  • 4.3 DESENHO DO SISTEMA DE BOMBEAMENTO PROPOSTO.....................................
  • CAPÍTULO 5 - CENTRAL DE GERAÇÃO HIDRELÉTRICA
  • 5.1 DETERMINAÇÃO DO POTENCIAL HIDRÁULICO DA QUEDA D’ÁGUA
  • 5.2 DEFINIÇÃO DO TIPO DE TURBINA A SER UTILIZADA
  • 5.3 ALIMENTAÇÃO DA BOMBA HIDRÁULICA
  • CAPÍTULO 6 - RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................
  • CAPÍTULO 7 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • REFERÊNCIAS
  • ANEXOS
  • APÊNDICES

1.2 MOTIVAÇÃO

A Fazenda Mineração Bom Jesus, objeto de estudo deste trabalho, será futuramente uma fábrica de água mineral, fato que demonstra a importância de se analisar de viabilidade na instalação de uma CGH para que toda a energia elétrica gerada alimente uma bomba hidráulica que mandará água para o processo industrial, esse bombeamento será de fundamental importância para a boa eficiência da fábrica.

1.3 JUSTIFICATIVA

Os aproveitamentos hidrelétricos de médio e pequeno porte estiveram em operação até as primeiras décadas do século, mas no período depois da guerra mundial fez com que esses empreendimentos aumentassem sua capacidade de produção de energia elétrica, aumentando assim o porte, porém, ao passar dos anos percebeu-se que os altos custos de construção e os impactos ambientais gerados pelas hidrelétricas de grande porte, foram fatores que fizeram com que as atenções fossem voltadas novamente para as centrais de geração hidrelétrica, pois são vantajosas tanto para uso da energia em produção isolada como para abastecer o consumo do sistema energético brasileiro, além de sua construção ser a metade do tempo da construção de uma hidrelétrica de grande porte. (BELUCO, 1994). Segundo dados da ANEEL (2015), no Brasil existem hoje aproximadamente 500 centrais de geração hidrelétrica (CGH), totalizando uma potência de 330.019,05 kW , essas são miniusinas com potência de até 1 MW, representando 0,24 % da matriz energética, dado esse que em 2011 representava apenas 0,11%. Dessas 500 CGH’s, 12 são do Estado de Goiás, estado onde esse estudo está sendo realizado, com os dados presentes na Tabela 1 observa-se que essas CGH’s geram juntas 6.454,52 kW de potência instalada somente no estado de Goiás, o que corresponde a 1,95 % da potência total instalada no Brasil pelas CGH’s (ANEEL, 2015).

Tabela 1 : Centrais de Geração Hidrelétrica no Estado do Goiás.

Usina

Potência Outorgada (kW) Município Agropecuária Rio Paraíso 302 Jataí - GO Cachoeira do Ronca (Antiga Mosquito) 900 Campos Belos - GO do Candeeiro 270 Doverlândia - GO Eletrocéu 296 Chapadão do Céu - GO Fazenda Rancho Alegre e Fazenda Caraibinha 79,

Alto Paraíso de Goiás - GO Gameleira 990

Gameleira de Goiás - GO Mãe Benta 750 Niquelândia - GO PG2 288 Ipameri - GO Rio Bonito II^600 Caiapônia^ -^ GO Saia Velha 360

Valparaíso de Goiás - GO São Bento 622,4 Catalão - GO Usina do Rio Bonito I 997 Caiapônia - GO Fonte: ANEEL, 2015.

Nem todas as microcentrais hidrelétricas estão registradas devido a dificuldade da Aneel em mapear todos esses empreendimentos, pois a maioria delas estão em propriedades privadas ou têm difícil acesso (ALVES, 2007).

A viabilidade na instalação de uma central hidrelétrica pode ser de rápida aprovação pois está embasada em alguns incentivos por parte do governo, como é o caso do Decreto nº. 2003/1996, onde diz que os aproveitamentos de potenciais hidráulicos de até 1 MW independem de concessão ou autorização, porém devem ser comunicados ao órgão regulador e fiscalizador do poder concedente para fins de registro que podem ser destinados para fins de uso exclusivo e outro para comercializar no mercado a energia elétrica produzida na central hidrelétrica, para isso os empreendedores devem apresentar diversos documentos, e se dispõe a aproveitar um potencial hidráulico para aproveitar a energia gerada, descontos que podem chegar até 50% nas tarifas que incidirem sobre o estabelecimento (ANEEL, 2011). A Eletrobrás (2013) classifica as Centrais de Geração Hidrelétrica como micro, mini ou pequenas, e a altura de queda de projeto como baixa, média ou alta. Na Tabela 2 é possível, com os dados de potência hidráulica e altura da queda de projeto, do local em que está sendo realizado o estudo, pode-se classificar o empreendimento.

1.5 METODOLOGIA

Para o dimensionamento do sistema de bombeamento parte-se dos conceitos do autor Macintyre para tratar do dimensionamento da central hidrelétrica, tipo de turbina e bombas, bem como conceitos acerca do sistema de bombeamento. Com o intuito de analisar a pré-viabilidade para a implantação de uma CGH como alternativa para alimentação de uma bomba hidráulica que captará a água de uma fonte e bombeará até um tanque reservatório, bem como colocar em seus processos a questão da energia renovável, que está inserida a metodologia desenvolvida neste trabalho.

1.6 ORGANIZAÇÃO

No que tange à organização, este trabalho está dividido em capítulos, na qual o Cap. 1 apresenta o contexto, motivação, justificativa, os objetivos gerais e específicos e por fim, a metodologia utilizada. No Cap.2 são trazidos os conceitos básicos necessários para entendimento das questões discutidas no estudo na forma de revisão bibliográfica. O Cap.3 consiste na descrição do local onde é feito o presente estudo acerca da viabilidade de se instalar um central de geração hidrelétrica e o sistema de bombeamento. No Cap. 4 fala-se sobre os principais componentes de um sistema de bombeamento e seus conceitos, calcula-se também as velocidades de recalque e sucção, perda de carga para dois casos de diâmetro de tubulação. O Cap. 5 apresenta os principais conceitos acerca de central de geração hidrelétrica. Os resultados e discussão são apresentados no Cap.6, já no Cap. 7 estão as considerações finais do trabalho de conclusão de curso.

CAPÍTULO 2 - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste Capítulo são apresentados os principais conceitos acerca do tema deste trabalho de conclusão de curso, primeiramente, explica-se a classificação das máquinas hidráulicas e suas aplicações, em segundo está a explicação de bombeamento hidráulico e seus principais componentes por fim uma abordagem de como é uma Central de Geração Hidrelétrica.

2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS MÁQUINAS HIDRÁULICAS

As máquinas hidráulicas, segundo MACINTYRE 1987, são classificadas em três principais grupos:  Máquinas motrizes: que transformam energia hidráulica em energia mecânica (turbinas);  Máquinas geratrizes ou operatrizes: que convertem energia mecânica em energia hidráulica (bombas);  Máquinas mistas: que convertem a forma da energia hidráulica disponível (carneiro hidráulico, ejetores etc).

2.1.1 Máquinas motrizes

São máquinas que transformam a energia hidráulica fornecida por meio de um fluxo de água em trabalho mecânico, de um modo geral se destinam a acionar outras máquinas elétricas, como geradores de energia elétrica. Dois tipos principais de máquinas motrizes serão descritos abaixo:

2.1.1.1 Turbinas hidráulicas

Nesse tipo de máquina o escoamento da água se dá em canais formados por pás curvas, dispostas simetricamente em torno de um eixo móvel, e que constituem o rotor ou o receptor e um eixo fixo chamado de distribuidor que exerce sobre o líquido motor uma ação diretriz, e o conduz ao eixo móvel, conseguem que a ocorrência de algumas formas advindas da velocidade de escoamento, determine um conjunto de rotação que