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constipação ou diarreia, tosse seca, roséolas tíficas (manchas rosadas no tronco) e hepatoesplenomegalia. CASO CONFIRMADO.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
CID 10: A 01.0 RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli
Simone Dias Rodrigues
Solange Aparecida C. Marcon
É uma doença bacteriana aguda, de distribuição mundial, causada pela Salmonella typhi ,
associada a baixos níveis socioeconômicos, principalmente em áreas com precárias condições de
saneamento, higiene pessoal e ambiental.
É causada pela Salmonella typhi , que é um bacilo Gram negativo que possui alta
infectividade, baixa patogenicidade e alta virulência.
A S. typhi é bastante resistente ao frio e ao congelamento, resistindo também ao calor de 60
°C por uma hora. É pouco resistente à luz solar. Conserva sua vitalidade em meio úmido e sombrio e
na água. É bastante sensível ao hipoclorito, motivo pelo qual a cloração da água é suficiente para sua
eliminação.
O ser humano é o único reservatório natural conhecido.
Direta: pelo contato direto com as mãos do doente ou portador.
Indireta: ingestão de água e alimentos contaminados com fezes ou urina de doentes ou
portadores. A contaminação de alimentos se dá principalmente durante o processo de preparação e
manipulação dos alimentos.
De 1 a 3 semanas, em média 2 semanas.
A transmissibilidade se mantém enquanto existirem bacilos sendo eliminados nas
fezes ou urina, o que ocorre, geralmente, desde a primeira semana da doença até o fim da
convalescença. Sabe-se que cerca de 10% dos pacientes continuam eliminando bacilos até 3 meses
após o início da doença.
Indivíduo com febre persistente, acompanhada ou não de um ou mais dos seguintes
sinais e sintomas: cefaleia, mal-estar geral, dor abdominal, anorexia, dissociação pulso-temperatura,
constipação ou diarreia, tosse seca, roséolas tíficas (manchas rosadas no tronco) e
hepatoesplenomegalia.
Critério clínico laboratorial: indivíduo que apresente achados clínicos compatíveis com a
doença e isolamento da S. typhi ou detecção pela técnica de PCR.
Critério clínico epidemiológico: indivíduo com quadro clinicamente compatível e que
apresente associação epidemiológica com caso confirmado por critério laboratorial.
Indivíduo que, após enfermidade clínica ou subclínica, continua eliminando
bacilos pelas fezes e/ou urina por vários meses.
A Febre Tifoide consta da listagem nacional das doenças de notificação
compulsória. Faz-se necessária a notificação de casos suspeitos que serão investigados e
posteriormente confirmados ou descartados. A notificação é feita por meio de instrumento
padronizado, a ficha individual de notificação/investigação da febre tifóide no Sinan/NET ( anexo VI ).
Diante da ocorrência de caso ou óbito com suspeita de febre tifóide, o
profissional ou equipe responsável pela vigilância epidemiológica deve investigar e avaliar o caso,
estabelecendo o seu significado real para a população e a área em que o caso ocorreu, tendo como
finalidade a adoção de medidas de controle em tempo hábil.
O instrumento utilizado para a coleta dos dados é a Ficha de
Notificação/Investigação Epidemiológica, observando-se o preenchimento criterioso da mesma.
Quando se suspeita que outros casos possam ter ocorrido, impõe-se a busca
ativa de casos, visando o conhecimento da magnitude do evento e à ampliação do espectro de
medidas de controle.
Os sintomas clássicos consistem em febre alta, dor de cabeça, mal-estar,
inapetência, bradicardia relativa (dissociação pulso/temperatura), hepatoesplenomegalia, manchas
rosadas no tronco (roséola tífica, rara), constipação intestinal ou diarréia e tosse seca. O quadro
clássico completo é raramente observado, sendo mais frequente a febre acompanhada por alguns
dos demais sinais e sintomas citados. A febre é geralmente mais baixa na parte da manhã, atingindo
um pico no final da tarde ou à noite. Nas crianças, a doença costuma ser menos grave do que nos
adultos, acompanhada frequentemente de diarreia.
Baseia-se no isolamento e identificação do agente etiológico.
Hemocultura: tem alta sensibilidade, principalmente durante as duas primeiras semanas de
infecção; deve ser solicitada obrigatoriamente para todos os casos suspeitos, independente da fase
em que se encontre.
Coprocultura: a pesquisa de Salmonella typhi nas fezes é indicada a partir da 2ª até a 5ª
semana de doença.
OBS: No anexo III encontra-se descrito o método de coleta, acondicionamento, conservação e
transporte de amostras segundo orientações do Lacen/TO.
As amostras devem ser encaminhadas ao Lacen/TO e posteriormente realizados em laboratório de
referência nacional – Fiocruz/RJ, devido a indisponibilidade de cepas de Salmonella typhi****.
Ampicilina ou Amoxicilina nas mesmas doses e frequência do tratamento do doente, via oral,
durante 4 a 6 semanas.
Sete (07) dias após o término do tratamento, iniciar a coleta de três coproculturas, com
intervalo de 30 dias entre elas.
Se o portador for manipulador de alimentos, realizar coprocultura uma vez por semana,
durante três semanas.
Caso uma delas seja positiva, o indivíduo deve ser novamente tratado, de preferência com
uma quinolona, e orientado quanto ao risco que representa para os seus comunicantes íntimos e
para a comunidade em geral.
As medidas de prevenção e proteção da população estão relacionadas a melhores condições
de saneamento, higiene e cuidados com alimentos:
Garantir o destino e o tratamento adequado dos dejetos;
Garantir a coleta, o acondicionamento e o destino adequado do lixo;
Realizar ações de vigilância da qualidade da água para consumo humano, como o
Nos casos de sistemas que forneçam água sem tratamento prévio, proceder cloração
da água com hipoclorito de sódio a 2,5%, conforme tabela abaixo:
Adoção de medidas de precauções entéricas, por parte dos profissionais de saúde, nas
unidades assistenciais;
Desinfecção de objetos que entraram em contato com excreções;
Boas práticas de higiene;
Os pacientes devem receber adequado tratamento de suporte. Atentar para o
aparecimento de complicações graves, como hemorragia e perfuração intestinal, pois,
para a última, a indicação cirúrgica é imediata.
Lavar sempre as mãos antes e depois de: utilizar o banheiro, trocar fraldas,
manipular/preparar os alimentos, amamentar, tocar em animais;
Cuidados com os alimentos desde a produção até o consumo;
Evitar o contato dos alimentos prontos para o consumo com os utensílios utilizados no
preparo dos alimentos in natura (carnes, aves, ovos, etc);
Realizar coprocultura como exame admissional para indivíduos que manipulam
alimentos e quando os mesmos apresentarem doença diarreica aguda;
Orientar pacientes, portadores e convalescentes sobre os cuidados de higiene pessoal,
principalmente antes da manipulação de alimentos;
Afastar paciente das atividades habituais até a cura, devido ao risco de disseminação
Realizar vigilância dos portadores e garantir afastamento dos mesmos de atividades
que envolvam a manipulação de alimentos.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Guia de vigilância epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_epidemiologica_7ed.pdf
______Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Manual integrado de vigilância, prevenção e controle de doenças transmitidas por
alimentos. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2010. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_integrado_vigilancia_doencas_alimentos.pdf
______Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
Epidemiológica. Manual integrado de vigilância e controle da febre tifóide. Brasília: Ministério da
Saúde, 2010. Disponível em: