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Uma visão geral sobre os benzodiazepínicos e barbitúricos, duas classes de fármacos que atuam no sistema nervoso central (snc). São abordados os mecanismos de ação, as principais aplicações clínicas (como ansiolíticos, hipnóticos, anticonvulsivantes e relaxantes musculares) e os efeitos adversos desses medicamentos. O documento também discute as diferenças farmacocinéticas entre os benzodiazepínicos de ação curta, intermediária e longa, bem como entre os barbitúricos de ação rápida e prolongada. Essa compreensão é essencial para o uso racional e seguro desses fármacos na prática clínica.
Tipologia: Resumos
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A divisão do sistema nervoso central (SNC) inclui a medula (ME) e o encéfalo, sendo este último composto pelo cérebro (diencéfalo e telencéfalo) e tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo). O sistema nervoso somático é responsável pelos neurônios motores e sensitivos, enquanto o sistema nervoso autônomo é dividido em simpático e parassimpático.
A condução do impulso elétrico no SNC envolve o potencial de membrana ou repouso, com carga negativa no interior da célula (-70 a -90 milivolts). Estímulos físicos, químicos e elétricos causam a entrada de sódio (Na+), resultando na despolarização e inversão da carga elétrica. A despolarização, por sua vez, leva à entrada de cálcio (Ca2+), acúmulo de vesículas de neurotransmissores (NT) na periferia e exocitose, liberando o NT que irá agir nos receptores pré e pós-sinápticos.
Os receptores pós-sinápticos geralmente resultam em resposta, enquanto os pré-sinápticos causam estímulo inibitório por feedback negativo. A ação nos receptores pré-sinápticos controla a síntese e exocitose do NT, enquanto a ação nos receptores pós-sinápticos resulta em resposta. Após a liberação, o NT pode ser recaptado ou inativado enzimaticamente na fenda sináptica ou em outro local. A repolarização retoma o potencial de repouso, e a hiperpolarização, com saída prolongada de potássio (K+), resulta em período refratário do sódio, funcionando como mecanismo protetivo contra hiperexcitabilidades, como ansiedade e convulsão.
O GABA (ácido gama-aminobutírico) é o principal neurotransmissor inibitório, uniformemente distribuído no cérebro, com função protetiva contra impulsos em excesso e anormais. Sua síntese ocorre a partir do glutamato, e seus receptores (GABA-A e GABA-B) estão presentes no SNC, como córtex, sistema límbico, mesencéfalo e medula. O mecanismo de ação envolve a ligação ao receptor, abertura de canais de cloreto (Cl-), hiperpolarização e inibição do potencial de ação.
O glutamato é o principal neurotransmissor excitatório, envolvido em patologias com suscetibilidade a convulsão e relacionado à memória e aprendizado. Sua síntese ocorre a partir de glutamina ou glicose, e seus receptores (NMDA, AMPA, cainato e metabotrópicos) estão distribuídos por
todo o SNC. Em altas concentrações na fenda sináptica, pode causar excitotoxicidade e morte neuronal.
A acetilcolina possui ação na junção neuromuscular (contração muscular), sinapse vago-fibra muscular cardíaca (bradicardia) e sítios no SNC (atenção, aprendizado e memória). Seus receptores são nicotínicos (gânglios autônomos e junções neuromusculares) e muscarínicos (músculo liso, coração e gânglios).
As monoaminas, como noradrenalina, dopamina e serotonina, estão relacionadas a diversas funções no SNC, como movimento, humor, atenção, função visceral e controle hormonal. Suas vias de localização e acometimento em patologias específicas são importantes.
Os fármacos sedativo-hipnóticos, como benzodiazepínicos e barbitúricos, deprimem o SNC de maneira dependente da dose e potência, produzindo um espectro de respostas que vão desde a sedação branda até o coma e a morte.
Os benzodiazepínicos e barbitúricos potencializam a ação do GABA, aumentando a abertura e o tempo de abertura dos canais de cloreto, respectivamente, o que leva à hiperpolarização e dificuldade de despolarização e disparo do potencial de ação.
As ações e usos desses fármacos incluem: - Ansiolíticos e hipnóticos: os benzodiazepínicos são mais utilizados que os barbitúricos. - Anestésicos e anticonvulsivantes: os barbitúricos são mais utilizados que os benzodiazepínicos. - Benzodiazepínicos podem causar amnésia anterógrada (para fatos recentes) e relaxamento muscular.
Os benzodiazepínicos apresentam diferentes durações de ação, sendo classificados em curta (3-8 horas), intermediária (11-20 horas) e longa (1- dias). Já os barbitúricos podem ter ação ultra-curta (5-15 minutos), curta (3-8 horas) e longa (dias).
Quanto ao uso, os benzodiazepínicos são utilizados como ansiolíticos (em situações pontuais), hipnóticos, relaxantes musculares e anestésicos, além de serem empregados no tratamento de síndromes de pânico e crises convulsivas. Os barbitúricos são utilizados como anticonvulsivantes (prevenção de crises) e anestésicos gerais.
Os benzodiazepínicos potencializam o GABA por aumentar a frequência de abertura dos canais de cloreto, enquanto os barbitúricos aumentam o tempo de abertura desses canais e antagonizam o glutamato.
Ambas as classes de fármacos podem causar dependência e vício, coma e overdose, diminuição da atividade cognitiva, ataxia, distúrbios de fala e
Dentre os benzodiazepínicos, o triazolam é o que mais se aproxima dessa descrição teórica.
Benzodiazepínicos úteis como anticonvulsivantes devem ter meia-vida longa e entrada rápida no cérebro para eficácia no tratamento do estado epiléptico. Hipnóticos devem ter meia-vida de eliminação curta. Agentes usados contra ansiedade devem ter meia-vida longa, apesar da desvantagem do risco de déficits neuropsicológicos causados pelo acúmulo. Anticonvulsivantes também devem apresentar meia-vida longa com entrada rápida no cérebro.
Os benzodiazepínicos mantêm os canais de cloro abertos por mais tempo e bloqueiam os receptores excitatórios do glutamato em concentrações subanestésicas.
Absorção: Via oral e parenteral Distribuição: Ligação a proteínas plasmáticas, frequentemente acumulando no tecido adiposo Eliminação: Metabolismo hepático e filtração glomerular. O tiopental sofre redistribuição tecidual.
Os barbitúricos são mais utilizados como anestésicos e anticonvulsivantes do que os benzodiazepínicos.
Os efeitos adversos da abstinência por barbitúricos são mais graves, podendo causar convulsões e parada cardíaca. Outros efeitos incluem depressão respiratória, tolerância, vício, dependência, depressão e reações paradoxais de excitação.
Em casos de overdose, deve-se tratar o choque (por exemplo, com adrenalina) e alcalinizar a urina, administrando uma substância básica.
Devido ao seu efeito indutor enzimático, os barbitúricos não devem ser utilizados concomitantemente com outras drogas, como anticoagulantes e anticoncepcionais, pois aceleram a eliminação destes.