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Este documento explica os efeitos adversos de fármacos inibidores da enzima convertedora de angiotensina (eca), com ênfase na tosse seca, hiperpotassemia, erupção cutânea e hipotensão. Além disso, discute o mecanismo de ação desses medicamentos e as interações medicamentosas potenciais. O texto também apresenta alternativas terapêuticas e casos clínicos.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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Não perca as partes importantes!
Fármacos inibidores da ECA Efeitos adversos: ➢ Tosse seca (principalmente o captopril que foi o primeiro fármaco a ser produzido dessa classe, promove na maioria dos pacientes a tosse seca). ➢ Hiperpotassemia (o acumulo de potássio no organismo. Não pode ter uma associação de um captopril + espironolactona que é um diurético poupador de potássio. Temos a associação do captopril + hidroclorotiazida ou captopril + furosemida pois são fármacos que eliminam potássio do organismo) ➢ Erupção cutânea (pode-se gerar uma dermatite em pacientes isolados) ➢ Hipotensão (fármacos anti-hipertensivos tem esse efeito colateral) Qual o mecanismo de ação que os IECA’s, principalmente o captopril, que promovem a tosse seca? A ECA está presente abundantemente nos pulmões. A Eca converte angiotensina I em angiotensina II, no entanto a ECA pulmonar tem outra função que é degradar bradicinina que é um tipo de enzima pró inflamatória. Então, quando essa enzima está em excesso na cavidade pulmonar isso vai fazer com que haja proliferação maior de células do sistema imune, com isso vai ter aumento da produção de muco, aumento do poder bronco constritor na região e a tosse. Só que essa ECA efetiva no sistema pulmonar nos protege. A ECA vai degradar bradicinina protegendo o pulmão. O captopril vai inibir a ECA, ou seja, tanto a ECA que está no sistema vascular quanto a ECA do sistema pulmonar vão ser bloqueadas. A partir do momento que a ECA for bloqueada os níveis de bradicinina vão aumentar, pois não tem nada para inibi-la. Essa bradicinina aumentada vai gerar um processo inflamatório pulmonar resultando em tosse. O aumento de bradicinina no sistema vascular é bom, pois vai aumentar a produção de óxido nítrico que é um vaso dilatador fisiológico potente e isso é muito bom para a pressão arterial. O aumento da bradicinina no sistema pulmonar vai gerar inflamação, essa inflamação é gerada porque ela vai ativar o sistema imune que vai tentar combater o corpo estranho que na verdade são as células do sistema pulmonar. Isso vai gerar a inflamação e como resposta do organismo para tentar eliminar esse processo inflamatório vai gerar a tosse como reflexo. Uma opção viável é trocar o captopril pelo enalapril que foi produzido depois, ou seja, tem um melhoramento químico. Não vai ausentar totalmente a tosse. Tem pacientes que mesmo assim ainda apresentam a tosse e outros que não, é bem menos comum a tosse com enalapril e seus derivados do que com o captopril (mais recorrente).
Interação medicamentosa: interação de anti- hipertensivos e anti-inflamatórios. Sabe-se que os anti-inflamatórios inibem COX1 E COX consequentemente os níveis de prostaglandinas, prostaciclinas, tromboxanos vão reduzir. Se prostaglandinas e prostaciclinas estão diminuindo vai acontecer um processo de vaso constrição. Vasoconstrição, aumento da resistência vascular periférica, aumento da pressão arterial. Contra- indicação: Podem ser utilizados a partir do segundo trimestre desde que essa paciente tenha passado pela terapia com a metildopa e não teve efeito. O captopril ou o enalapril podem ser utilizados com ressalvas, tendo todo o acompanhamento fetal, saber se em todo o pré-natal está acontecendo alguma disfunção com o feto. Uma outra classe no sistema renina-angiotensina-aldosterona são: Antagonistas de receptores de angiotensina II (também pode ser encontrado na literatura como bloqueadores de receptores de angiotensina II). Agem através do bloqueio dos receptores AT1 da angiotensina II, inibindo a ação do eixo da renina. O bloqueio do receptor AT1 resulta na redução da pressão arterial e nos efeitos benéficos da ICC. Portanto, os efeitos são similares aos inibidores da enzima conversora, com as vantagens de não atuar sobre a bradicinina e de atuar sobre o ponto final do eixo renina angiotensina, portanto, sobre a angiotensina II resultante das vias não dependentes da enzima conversora. Os inibidores de angiotensina não podem ser associados aos inibidores da ECA, pois eles agem na mesma cascata. Se agem na mesma cascata isso vai gerar uma potencialização e o risco de uma hipotensão severa é muito grave. Angiotensinogênio quebrado pela renina, gerou angiotensina I que será convertida pela ECA em angiotensina II. Angiotensina II após ligação aos receptores AT1 vai ter a ativação do sistema fisiológico aumentando a pressão arterial. O que os receptores de angiotensina II fazem? São antagonistas, ou seja, vai se ligar no mesmo receptor bloqueando a ação do agonista. O agonista nesse caso é a própria angiotensina II. Com essa ação do ARA II, vai se ligar no receptor AT1 e vai impedir que a angiotensina II se ligue. O ARA II só vai se ligar no receptor, então tudo que acontece anteriormente vai acontecer normalmente, porém, vai chegar um momento em que o organismo vai entender que aquilo deve ser bloqueado e aos poucos vai diminuindo. Terminou em sartana é inibidor dos receptores angiotensina II. Terminou em prio é inibidor da ECA. Contra-indicação: Contraindicação absoluta na gravidez (má formação fetal); Estenose renal bilateral e/ou estenose renal em rim único (essa estenose é uma constrição que pode acontecer em um ou nos dois rins, ou seja, a losartana e todos os outros ARA II são contraindicados para esse tipo de paciente. seria mais indicado para esses indivíduos um antagonista alfa1, seria o fármaco de primeira escolha).